sábado, setembro 07, 2002
Estou cansada demais para pensar em algo legal pra escrever. Então, o que que eu posso dizer? Ah, esse findi tem o London Burning e eu estarei lá. Tem bastante coisa legal, Netunos, Glamourama, Onno (só porque é banda de amigo...), Brilhantines e Smiley (quero ver qual é...). Bem, tá baratinho e ainda é beneficente. E no sábado, depois do Glamourama, tomarei o rumo do Ballroom, atrás do Autoramas e seu excelente show. Só espero chegar depois do tal Narjara, porque ninguém merece aquilo.
sexta-feira, setembro 06, 2002
Tô morta, cansaço, sono... Ando acordando mais cedo do que eu ia dormir, e leva um tempo pra se acostumar. Mas isso não quer dizer que as noitadas morreram, só vou dar um tempo... Mas tá valendo a pena, tô fazendo a coisa mais legal do mundo, porque fotografia é foda. Depois escrevo algo mais interessante, bye.
quarta-feira, setembro 04, 2002
"Não está sendo fácil
Não está sendo fácil
Não está sendo fácil viver assim
Você está grudado em mim"
Essa é a crááássica música dela.
terça-feira, setembro 03, 2002
diga / pra onde vamos / o que o tempo fará conosco / nunca quero estar distante // fale / porque às vezes / mesmo sem palavras / é tão fácil entender // quanto tempo temos em mãos / até que a vida diga adeus? // será que vamos chorar quando o medo chegar? / você me faz pensar no porquê das coisas // tenho problemas / às vezes medo / mas tenho você // às vezes fico / tão distante / nem mesmo eu sei porquê
Alguém conhece Maria Bacana? Uma excelente banda baiana que chegou a lançar um único disco pela falecida Rock It!, a loja-que-virou-gravadora-e-então-morreu do Dado (Legião Urbana) Villa-Lobos. Eles fizeram uma demo pra um segundo álbum, mas acabaram antes de se pensar em lançar. Eu até tinha como conseguir, mas meu amiguinho que trabalhava na gravadora levou um chute antes disso. A banda chegou a fazer alguns shows aqui no Rio, no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Ballroom (lançamento do cd do selo, o Brasil Compacto) e até abriram pra Cássia Eller no Canecão. Me lembro de ter ido ao camarim nesse show, pra tietar a banda, não a cantora. A gente chegou até a roubar umas bananas. Tosqueira. Hoje em dia tenho mais classe, só como morangos em camarins (vide Loser Manos em Paracambi).
(a foto não prova nada, mas ok...)
Alguém conhece Maria Bacana? Uma excelente banda baiana que chegou a lançar um único disco pela falecida Rock It!, a loja-que-virou-gravadora-e-então-morreu do Dado (Legião Urbana) Villa-Lobos. Eles fizeram uma demo pra um segundo álbum, mas acabaram antes de se pensar em lançar. Eu até tinha como conseguir, mas meu amiguinho que trabalhava na gravadora levou um chute antes disso. A banda chegou a fazer alguns shows aqui no Rio, no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Ballroom (lançamento do cd do selo, o Brasil Compacto) e até abriram pra Cássia Eller no Canecão. Me lembro de ter ido ao camarim nesse show, pra tietar a banda, não a cantora. A gente chegou até a roubar umas bananas. Tosqueira. Hoje em dia tenho mais classe, só como morangos em camarins (vide Loser Manos em Paracambi).
Deu no Segundo Caderno de hoje:
Viagem de volta ao mundo das canções infantis
(Bernardo Araujo)
A indústria fonográfica já conseguiu repor boa parte dos lançamentos anteriores à era do CD, mas sempre falta algo, como comprovam os colecionadores de vinil. Um dos gêneros mais mal representados no universo dos disquinhos prateados até hoje é o dos musicais e séries de televisão infantis, presentes na memória afetiva-musical de várias gerações e muito difíceis de se encontrar. Para solucionar parcialmente essa carência, o cantor Bruno Gouveia, do Biquíni Cavadão, e o produtor Luiz Carlos “Meu Bom” reuniram artistas do pop-rock brasileiro de várias gerações, cada um cantando uma música de sucesso em sua infância.
A grande sacada de “Superfantástico” (Som Livre) é exatamente essa: de quarentões como Branco Mello, dos Titãs, e Leoni, à jovem Kelly Key, passando pela banda Penélope e por Vinny, quase três décadas de musiquinhas entoadas por crianças estão representadas. E Bruno, ao lado de Meu Bom, teve o cuidado de procurar artistas de perfis diferentes, o que evita que o disco tenha o perfil de ação entre amigos que caracteriza muitos lançamentos do gênero.
Escolado por um disco de versões lançado no ano passado (“80”, de sucessos de bandas de sua geração), o próprio Biquíni abre o disco com a sacudida “O carimbador maluco (Plunct, plact, zum)”, seguido pela clássica “Superfantástico”, que reúne Penélope e Arnaldo Antunes, em um bom contraste entre a voz “menininha” de Érika Martins e o serrote vocal do ex-titã. A bonitinha Kelly Key esnoba os coroas com uma música de Xuxa, “Doce mel (bom estar com você)”, lembrando o quão recente é sua infância e mostrando que a famigerada Rainha dos Baixinhos também pode acertar no repertório. O arranjo baba (opa!)-dançante não prima pela criatividade, mas dá conta do recado e mostra — se alguém ainda duvidava — que a loirinha é boa cantora pop. A voz característica de Dinho Ouro Preto traz uma das melhores pérolas do cancioneiro infantil nacional. É difícil superar o clássico arranjo do MPB-4 para “Casa” (a de “Rua dos Bobos, número zero”), mas o Capital Inicial chega perto em sua versão roqueira, que tem a participação das filhas do cantor. Candidatíssima ao posto de melhor faixa, “Hollywood”, (do filme “Os saltimbancos trapalhões”, de 1981) traz a habitual criatividade dos Hermanos. A voz doce de Marcelo Camelo mostra o carinho do cantor pela canção, originalmente gravada por Lucinha Lins, e o arranjo, com as guitarras e teclados típicos da banda, só valoriza a (boa) melodia e a letra.
— Insisti com as bandas para que elas não tentassem soar diferentes só porque estavam gravando um disco para crianças — diz Gouveia. — A criançada vai gostar do Capital Inicial, por exemplo, se ele soar como Capital Inicial.
Curiosamente, os Hermanos mudaram um trecho da letra de “Hollywood”, onde Nova Iguaçu vira “A casa do Gugu”, numa saída politicamente correta para preservar a cidade da Baixada Fluminense.
Entre as crianças de diversas idades que formam o público-alvo do disco, as próximas dos 40 anos certamente estarão entre as mais emocionadas com algumas das faixas. O titã Branco Mello arrebenta no tema do Vigilante Rodoviário — que as gerações Xuxa e Balão Mágico nunca ouviram — enquanto Leoni se baseia em violões em uma bela versão de “Sideral”, tema do Capitão Asa, bem desencavada do fundo do baú pelo ex-baixista do Kid Abelha.
Como quase todas as canções originais, seja pela qualidade musical ou pelo lado sentimental, são boas, a maioria das faixas honra com louvor sua tarefa. Guilherme Arantes, autor de algumas das melhores canções do gênero, é um que acaba mal regravado. A versão do SNZ para “Lindo balão azul” nada acrescenta à ótima original e tampouco Jair Oliveira — que mais uma vez se recusou a lembrar o Balão Mágico — dá-se bem com “Xixi nas estrelas”. Mas são exceções num CD ótimo no conceito e na execução.
Viagem de volta ao mundo das canções infantis
(Bernardo Araujo)
A indústria fonográfica já conseguiu repor boa parte dos lançamentos anteriores à era do CD, mas sempre falta algo, como comprovam os colecionadores de vinil. Um dos gêneros mais mal representados no universo dos disquinhos prateados até hoje é o dos musicais e séries de televisão infantis, presentes na memória afetiva-musical de várias gerações e muito difíceis de se encontrar. Para solucionar parcialmente essa carência, o cantor Bruno Gouveia, do Biquíni Cavadão, e o produtor Luiz Carlos “Meu Bom” reuniram artistas do pop-rock brasileiro de várias gerações, cada um cantando uma música de sucesso em sua infância.
A grande sacada de “Superfantástico” (Som Livre) é exatamente essa: de quarentões como Branco Mello, dos Titãs, e Leoni, à jovem Kelly Key, passando pela banda Penélope e por Vinny, quase três décadas de musiquinhas entoadas por crianças estão representadas. E Bruno, ao lado de Meu Bom, teve o cuidado de procurar artistas de perfis diferentes, o que evita que o disco tenha o perfil de ação entre amigos que caracteriza muitos lançamentos do gênero.
Escolado por um disco de versões lançado no ano passado (“80”, de sucessos de bandas de sua geração), o próprio Biquíni abre o disco com a sacudida “O carimbador maluco (Plunct, plact, zum)”, seguido pela clássica “Superfantástico”, que reúne Penélope e Arnaldo Antunes, em um bom contraste entre a voz “menininha” de Érika Martins e o serrote vocal do ex-titã. A bonitinha Kelly Key esnoba os coroas com uma música de Xuxa, “Doce mel (bom estar com você)”, lembrando o quão recente é sua infância e mostrando que a famigerada Rainha dos Baixinhos também pode acertar no repertório. O arranjo baba (opa!)-dançante não prima pela criatividade, mas dá conta do recado e mostra — se alguém ainda duvidava — que a loirinha é boa cantora pop. A voz característica de Dinho Ouro Preto traz uma das melhores pérolas do cancioneiro infantil nacional. É difícil superar o clássico arranjo do MPB-4 para “Casa” (a de “Rua dos Bobos, número zero”), mas o Capital Inicial chega perto em sua versão roqueira, que tem a participação das filhas do cantor. Candidatíssima ao posto de melhor faixa, “Hollywood”, (do filme “Os saltimbancos trapalhões”, de 1981) traz a habitual criatividade dos Hermanos. A voz doce de Marcelo Camelo mostra o carinho do cantor pela canção, originalmente gravada por Lucinha Lins, e o arranjo, com as guitarras e teclados típicos da banda, só valoriza a (boa) melodia e a letra.
— Insisti com as bandas para que elas não tentassem soar diferentes só porque estavam gravando um disco para crianças — diz Gouveia. — A criançada vai gostar do Capital Inicial, por exemplo, se ele soar como Capital Inicial.
Curiosamente, os Hermanos mudaram um trecho da letra de “Hollywood”, onde Nova Iguaçu vira “A casa do Gugu”, numa saída politicamente correta para preservar a cidade da Baixada Fluminense.
Entre as crianças de diversas idades que formam o público-alvo do disco, as próximas dos 40 anos certamente estarão entre as mais emocionadas com algumas das faixas. O titã Branco Mello arrebenta no tema do Vigilante Rodoviário — que as gerações Xuxa e Balão Mágico nunca ouviram — enquanto Leoni se baseia em violões em uma bela versão de “Sideral”, tema do Capitão Asa, bem desencavada do fundo do baú pelo ex-baixista do Kid Abelha.
Como quase todas as canções originais, seja pela qualidade musical ou pelo lado sentimental, são boas, a maioria das faixas honra com louvor sua tarefa. Guilherme Arantes, autor de algumas das melhores canções do gênero, é um que acaba mal regravado. A versão do SNZ para “Lindo balão azul” nada acrescenta à ótima original e tampouco Jair Oliveira — que mais uma vez se recusou a lembrar o Balão Mágico — dá-se bem com “Xixi nas estrelas”. Mas são exceções num CD ótimo no conceito e na execução.
segunda-feira, setembro 02, 2002
Atchim.
Muitos milhões de espirros, por causa desse tempo que não se decide. Não estou reclamando, adoro o frio, adoro casacos, tenho vários deles, mas essa cidade não me permite usufruir de tal prazer constantemente. Ah, mas isso é bobagem. Você pode muito bem passar dias com uma roupa qualquer emprestada e um cobertor e ainda assim ser bem feliz. Eu que o diga. Na verdade, só trocaria o cobertor por um edredom. Meu nariz agradece.
E cá estou eu, ouvindo Chewy Marble, I want you only. Adoro essa música, adoro os 60'. Achei uma batida de côco na geladeira e enchi uma caneca, fui ler na cama até que o telefone tocou. Eu bem queria ir na Maldita, mas um teletransporte bem que ajudava, porque a preguiça impera. Mas tem a banda do Rodrigo, tem discotecagem do Lariú... E aqui tem minha cama quentinha, meus cds e meu goró. E essa sensação de solidão, a dúvida, os pensamentos que voam... Eu não tenho controle de nada, e nem nunca vou ter. Ilusão achar que palavras, rótulos e promessas garantem algo. Tsc, tsc. Sem garantias. ou aceita, ou aceita. Até porque, mais importante são os atos. E é tão raro... Chega. Tô alcolizada.
Muitos milhões de espirros, por causa desse tempo que não se decide. Não estou reclamando, adoro o frio, adoro casacos, tenho vários deles, mas essa cidade não me permite usufruir de tal prazer constantemente. Ah, mas isso é bobagem. Você pode muito bem passar dias com uma roupa qualquer emprestada e um cobertor e ainda assim ser bem feliz. Eu que o diga. Na verdade, só trocaria o cobertor por um edredom. Meu nariz agradece.
E cá estou eu, ouvindo Chewy Marble, I want you only. Adoro essa música, adoro os 60'. Achei uma batida de côco na geladeira e enchi uma caneca, fui ler na cama até que o telefone tocou. Eu bem queria ir na Maldita, mas um teletransporte bem que ajudava, porque a preguiça impera. Mas tem a banda do Rodrigo, tem discotecagem do Lariú... E aqui tem minha cama quentinha, meus cds e meu goró. E essa sensação de solidão, a dúvida, os pensamentos que voam... Eu não tenho controle de nada, e nem nunca vou ter. Ilusão achar que palavras, rótulos e promessas garantem algo. Tsc, tsc. Sem garantias. ou aceita, ou aceita. Até porque, mais importante são os atos. E é tão raro... Chega. Tô alcolizada.
Alguns dias parecem contos de fadas. E aí de uma hora pra outra você acorda e se dá conta de que voltou a vida real. Mas não, não foi um sonho, tenho certeza que não. Pelo menos, pareceu tão real... Será que alguns momentos da vida só são mágicos porque são apenas momentos e se se tornarem constantes deixam de ser mágicos? Eu acredito (e espero) que não. Bons momentos não necessariamente precisam ser escassos. Porque são as pequenas coisas que valem mais, e são elas que fazem de alguns dias perfeitos. A felicidade mora nos pequenos detalhes.
Saiu na seção "Veja Recomenda", da Revista Veja (oh! é mesmo?!) dessa semana uma notinha sobre uma das minhas bandas favoritas. Ctrc+C/ Ctrl+V aqui:
Yankee Hotel Foxtrot, Wilco (Warner) – O cantor e guitarrista Jeff Tweedy, do grupo americano Wilco, é um dos alunos mais aplicados do roqueiro canadense Neil Young: combina baladas de cortar o coração com rockões trovejantes e letras que fogem do lugar-comum. A antiga gravadora do Wilco, no entanto, não se deixou sensibilizar pelo talento de Tweedy. Yankee Hotel Foxtrot foi recusado por causa de seu material "pouco comercial". O grupo comprou da companhia as fitas de gravação da obra e lançou-a por um pequeno selo. Graças a essa ousadia pode-se saborear um discaço. O Wilco turbina as canções com influências country-rock (Kamera, I'm the Man Who Loves You) e elaborados arranjos de cordas (Jesus, Etc.). Destaca-se também a faixa Heavy Metal Drummer, que ironiza o universo dos adolescentes metaleiros.
Yankee Hotel Foxtrot, Wilco (Warner) – O cantor e guitarrista Jeff Tweedy, do grupo americano Wilco, é um dos alunos mais aplicados do roqueiro canadense Neil Young: combina baladas de cortar o coração com rockões trovejantes e letras que fogem do lugar-comum. A antiga gravadora do Wilco, no entanto, não se deixou sensibilizar pelo talento de Tweedy. Yankee Hotel Foxtrot foi recusado por causa de seu material "pouco comercial". O grupo comprou da companhia as fitas de gravação da obra e lançou-a por um pequeno selo. Graças a essa ousadia pode-se saborear um discaço. O Wilco turbina as canções com influências country-rock (Kamera, I'm the Man Who Loves You) e elaborados arranjos de cordas (Jesus, Etc.). Destaca-se também a faixa Heavy Metal Drummer, que ironiza o universo dos adolescentes metaleiros.
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