sexta-feira, setembro 26, 2003
Sonhei que alguém me contava que você não é nada do que parece. Eu acordei bem triste, porque creio deveras em você. Mas o despertador tocou, aquela criatura horrivelmente brega (mudei o cd!) começou a cantar e fui pro banho, cabisbaixa. Sonho, sonho, não é real. As vezes o sonho nos acompanha numa compensação à vida real, como momentos de fuga, utopias do coração. Mas hoje não quero o sonho não, obrigada. Só quero o real.
quinta-feira, setembro 25, 2003
Preciso urgentemente mudar o cd do meu som. Eu quase não uso ele, fico mais no micro sistem que tem ao lado do computador ou com os mp3, o grandão fica quase que exclusivamente como despertador. Acontece que há dias tem um Roberto Carlos (fase Jovem Guarda) lá, e desperta sempre com a mesma música, o que me faz ficar cantarolando esta o dia todo. Insuportável pra mim e pra quem ouve. Parece "o dia da marmota".
quarta-feira, setembro 24, 2003
Alguém falou de você e me deu saudades. Lembrei das noitadas, das bebedeiras, das risadas, das músicas horrendas cantadas em conjunto, da competição de quem falava mais, do brigadeiro e do ombro de sempre, das confidências.
E no final das contas, minha mãe me berrou porque tinha Ritchie, Biafra e cover do Agepê no Ratinho.
E no final das contas, minha mãe me berrou porque tinha Ritchie, Biafra e cover do Agepê no Ratinho.
terça-feira, setembro 23, 2003
Hoje eu tô sentindo falta de algo que volta e meia você comenta também desejar; um alguém pra dormir abraçadinho. Dormir, só isso, simples assim. Mas não server qualquer pessoa, não serve qualquer abraço. E com um abraço desses, eu que adoro dormir nem ia querer dormir tão rápido, queria só ficar te olhando, olhando, olhando... até dormir e sonhar, sonhar com você ali, dormindo abraçado comigo. E então acordar e sorrir ao te ver.
"Amor é propriedade. Sexo é posse. Amor é a lei; sexo é invasão.
O amor é uma construção do desejo. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre com tesão.
Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio ou veneno - depende da quantidade ingerida.
O sexo vem antes. O amor vem depois. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha.
O amor sonha com uma grande redenção. O sexo sonha com proibições; não há fantasias permitidas. O amor é o desejo de atingir a plenitude. Sexo é a vontade de se satisfazer com a finitude.
O amor vive da impossibilidade - nunca é totalmente satisfatório. O sexo pode ser, dependendo da posição adotada. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrário não acontece. Existe amor com sexo, claro, mas nunca gozam juntos.
O amor é mais narcisista, mesmo na entrega, na 'doação'. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo do egoísmo.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do 'outro'. O sexo, mesmo solitário, precisa de uma 'mãozinha'. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até na maior solidão e na saudade. Sexo, não - é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora. O amor vem de nós. O sexo vem dos outros. 'O sexo é uma selva de epilépticos' (N.
Rodrigues). O amor inventou a alma, a moral. O sexo inventou a moral também, mas do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge.
O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um cowboy - quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: 'Faça amor, não faça a guerra.' Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas. O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica.
O sexo sempre existiu - das cavernas do paraíso até as 'saunas relax for men'. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provençais do século 12 e, depois, relançado pelo cinema americano da moral cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem - o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção; sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira controlá-lo é programá-lo, como faz a indústria da sacanagem. O mercado programa nossas fantasias.
Não há 'saunas relax' para o amor, onde o sujeito entre e se apaixone. No entanto, em todo bordel, finge-se um 'amorzinho' para iniciar. O amor virou um estímulo para o sexo.
O problema do amor é que dura muito, já o sexo dura pouco. Amor busca uma certa 'grandeza'. O sexo é mais embaixo. O perigo do sexo é que você pode se apaixonar. O perigo do amor é virar amizade. Com camisinha, há 'sexo seguro', mas não há camisinha para o amor.
O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é a lei. Sexo é a transgressão. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo é o sonho dos casados. Amor precisa do medo, do desassossego. Sexo precisa da novidade, da surpresa. O grande amor só se sente na perda. O grande sexo sente-se na tomada de poder.
Amor é de direita. Sexo, de esquerda - ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta.
E, por aí, vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos fazer esquecer a morte. Ou não; sei lá... E-mails de quem souber para a redação."
Esse é do Arnaldo Jabor. De verdade, eu garanto, peguei no Estadão de hoje.
O amor é uma construção do desejo. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre com tesão.
Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio ou veneno - depende da quantidade ingerida.
O sexo vem antes. O amor vem depois. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha.
O amor sonha com uma grande redenção. O sexo sonha com proibições; não há fantasias permitidas. O amor é o desejo de atingir a plenitude. Sexo é a vontade de se satisfazer com a finitude.
O amor vive da impossibilidade - nunca é totalmente satisfatório. O sexo pode ser, dependendo da posição adotada. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrário não acontece. Existe amor com sexo, claro, mas nunca gozam juntos.
O amor é mais narcisista, mesmo na entrega, na 'doação'. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo do egoísmo.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do 'outro'. O sexo, mesmo solitário, precisa de uma 'mãozinha'. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até na maior solidão e na saudade. Sexo, não - é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora. O amor vem de nós. O sexo vem dos outros. 'O sexo é uma selva de epilépticos' (N.
Rodrigues). O amor inventou a alma, a moral. O sexo inventou a moral também, mas do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge.
O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um cowboy - quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: 'Faça amor, não faça a guerra.' Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas. O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica.
O sexo sempre existiu - das cavernas do paraíso até as 'saunas relax for men'. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provençais do século 12 e, depois, relançado pelo cinema americano da moral cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem - o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção; sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira controlá-lo é programá-lo, como faz a indústria da sacanagem. O mercado programa nossas fantasias.
Não há 'saunas relax' para o amor, onde o sujeito entre e se apaixone. No entanto, em todo bordel, finge-se um 'amorzinho' para iniciar. O amor virou um estímulo para o sexo.
O problema do amor é que dura muito, já o sexo dura pouco. Amor busca uma certa 'grandeza'. O sexo é mais embaixo. O perigo do sexo é que você pode se apaixonar. O perigo do amor é virar amizade. Com camisinha, há 'sexo seguro', mas não há camisinha para o amor.
O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é a lei. Sexo é a transgressão. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo é o sonho dos casados. Amor precisa do medo, do desassossego. Sexo precisa da novidade, da surpresa. O grande amor só se sente na perda. O grande sexo sente-se na tomada de poder.
Amor é de direita. Sexo, de esquerda - ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta.
E, por aí, vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos fazer esquecer a morte. Ou não; sei lá... E-mails de quem souber para a redação."
Esse é do Arnaldo Jabor. De verdade, eu garanto, peguei no Estadão de hoje.
Sempre digo que eu sou que nem aqueles computadores da década de 70; imensos, mas com uma memória do tamanho das de agendas eletrônicas atuais. Mas mesmo Memento, tenho mania de observar os detalhes, as entrelinhas. E é isso o que as vezes me faz sorrir de orelha a orelha, como agora, mas também é o que muitas vezes me faz sofrer sem ao menos ter certeza.
segunda-feira, setembro 22, 2003
Tentativa de bloggar da faculdade. O lentium é tão, mas tão lerdo, que se você abre mais que uma janela, a espera se torna um martírio, como na época dos rpimórdios da internet, algo quase apagado das nossas mentes, esquecido no século passado.
A Fabinha passou a tarde no computador e só me restou dormir e costurar, salvar uma blusinha linda de gato que eu amo e que tava com o fio puxado. Costumizei ela com algumas miçangas e vai ficar um luxo.
O icq não abre mais aqui, dizem que deixa a rede lenta. Isso desde a semana passada, quando conectei daqui, e sem dúvida estava mais fácil acessar os sites. Tolerância zero pra isso aqui, Deus me livre. Mas ainda tenho aula no segundo tempo...
A Fabinha passou a tarde no computador e só me restou dormir e costurar, salvar uma blusinha linda de gato que eu amo e que tava com o fio puxado. Costumizei ela com algumas miçangas e vai ficar um luxo.
O icq não abre mais aqui, dizem que deixa a rede lenta. Isso desde a semana passada, quando conectei daqui, e sem dúvida estava mais fácil acessar os sites. Tolerância zero pra isso aqui, Deus me livre. Mas ainda tenho aula no segundo tempo...
Meu coração
Ah, coração
Bate mais devagar , coração
Ah, coração
Toma jeito em meu peito, senão
Eu vou morrer
Nessa saudade sem fim
Não bate assim
Faz, coração, que ela volte
Ah, faz que sim, coração
Ah, volta não
Ela não gosta de mim
Ela é assim
Mais certo é que ela não volte
Ah, faz que não, meu coração
Ah! Ilusões,
Corações nunca batem iguais
Ah, batem sim
Por que é que o amor não tem paz
É sempre assim
Esse martírio sem fim
Ah, que ilusão
Ela não quer mais voltar não
Ela não tem coração, não
Ah, coração
Bate mais devagar , coração
Ah, coração
Toma jeito em meu peito, senão
Eu vou morrer
Nessa saudade sem fim
Não bate assim
Faz, coração, que ela volte
Ah, faz que sim, coração
Ah, volta não
Ela não gosta de mim
Ela é assim
Mais certo é que ela não volte
Ah, faz que não, meu coração
Ah! Ilusões,
Corações nunca batem iguais
Ah, batem sim
Por que é que o amor não tem paz
É sempre assim
Esse martírio sem fim
Ah, que ilusão
Ela não quer mais voltar não
Ela não tem coração, não
Recebi inúmeras declarações via email, carta, icq e sinal de fumaça por eu ter falado da tal da Pitty aqui. Pessoas, eu nem falei bem dela, disse que ela é chatinha e blasé, mas fui sim ao show, di grátis por sinal, e pra ver qual é, porque, até pra falar mal tem que se conhecer, né? Além do que, tinha boa companhia, e isso não se dispensa de forma alguma. Bem, só pra completar, não gosto do som dela, não vejo nenhum diferencial de um monte de bandinhas malas de nu metal e hc que tem por aí, não acho que ela se destaque no palco, e as letras são bobas. Aquele lance do "Seja você", "bizarro, bizarro" é bobo demais. Aliás, a Kamille imitando foi hilário. Bem, é isso.
Festa estranha com gente esquisita
Ontem, na Nautillus, mas foi bem legal, pulei, dancei, me diverti, e ainda machuquei meu dedo, devido a minha enorme empolgação e joselitice, numa entrada triunfal no salão.
Pintei cabelo de manhã, e dormi pacas.
Hoje fui jantar num japa com a Julli, e isso é sempre bom. Sashimis fazem meu dia mais feliz.
Ontem, na Nautillus, mas foi bem legal, pulei, dancei, me diverti, e ainda machuquei meu dedo, devido a minha enorme empolgação e joselitice, numa entrada triunfal no salão.
Pintei cabelo de manhã, e dormi pacas.
Hoje fui jantar num japa com a Julli, e isso é sempre bom. Sashimis fazem meu dia mais feliz.
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