sábado, julho 05, 2003

A porra do enjôo não me deixa esquecer.
Os ponteiros dos relógios giram ao cntrário

Quantas coisas eu vivi e vi de lá pra cá? Quanta gente passou, quanta gente ficou e quantas mais se foram? Tanta vida, tantas lembranças, tantas pessoas e aqueles dias sempre tão presentes, emaranhados nessa vida toda. As vezes passavam quase desapercebidas, perdidas no meio de tanta mágoa. Mas eu sabia que ela estava certa; o assunto nunca se esgotou porque nunca se resolveu, e talvez algo mais ainda estivesse por vir. E veio, e eu estou ainda mais confusa. Não sei se eu te amo, não sei se sinto saudades ou se não é nada, só a poeira que foi remexida, mas só quando as coisas assentarem talvez eu consiga ver o que realmente é agora. E eu que batia o pé por não querer te ver nunca mais e dizia tantas coisas que agora parecem não fazer mais sentido, pelo menos no seu caso. Não, eu não te amo, a sua arrogância me irrita (ou fascina?) e eu não quero voltar, eu quero seguir em frente, mas agora me permito não buscar só o novo e sim deixar o velho dar umas voltas no presente. Não te acho foda e nem te odeio mais. Eu só consigo ver as suas limitações de forma mais clara, mais humana. Você parece decidido, as coisas mudaram, claro, vivemos e aprendemos nesses tempo todo. Mas você parece tão confuso e carente quanto eu, fingindo ser gente grande.

Você era a última pessoa que eu esperava encontrar agora e eu nunca pensei que coisas pudessem acontecer. Hoje a sua voz no telefone é indiferente mas ninguém nunca vai sequer imaginar como as coisas realmente são. Eu conheço os dois que habitam aí dentro, ontem era aquele que eu tanto amei, o da emoção, hoje era o que acabou com tudo, o da razão. Mas eu sei que ontem você sentiu e desejou as mesmas coisas que eu. Eu devia era ter ficado com as imagens e os sons e os cheiros de ontem, não devia ter tentado entender no dia de hoje. Mas o tempo, mais uma vez é que vai ter que ser mercúrio cromo. Afinal tempo é tudo que somos, e ontem eu percebi que nada nem ninguém, nem nós mesmos, pode arrancar tanta vida da gente, e somos maiores que podemos imaginar. Eu te conheço muito bem, talvez mais que você mesmo e você me conhece da mesma forma. Sei que ontem foi o dia da emoção, e não foi ilusão, foi real. Mas hoje é o dia da razão. Só que o mundo dá voltas e você não consegue enganar as emoções por muito tempo, como não conseguiu até hoje. Só adiamos antes e adiamos agora. Mas até quando?

E eu bebi um monte, e eu dormi, e eu chorei. O enjôo de hoje só não me deixa esquecer aquilo tudo, de novo.

Ah, consegui o estágio. E ainda elogiaram bastante meu texto. Pô, eu fico emocionada, eu nunca me acho boa em nada, mas tô descobrindo por esses dias um monte de coisas legais dentro de mim, e fora também. Tô feliz comigo, mas em conflito com o mundo exterior, com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo. É intensidade demais, mais do que eu mesma sou capaz de produzir e suportar inconseqüentemente. Mas sei lá, Deus sabe o que faz. Eu acho. E espero.

Ah, o horóscopo: Dia favorável para relações sociais, para resolver antigas questões com amigos ou familiares. (...) Haverá uma necessidade de mudar certas atitudes na vida amorosa. Busque perceber melhor a realidade. Como?

sexta-feira, julho 04, 2003

Definitivamente há algo errado comigo. Eu não aguento mais uma noitada com ânimo, dançando e bebendo e me divertindo. Eu fico cansada, com sono e sem saco. E me irrito mais que nunca com todo e qualquer homem que me olhe, que dirás que se aproxime. Não, não desisti deles, não seria capaz, mas homens de baladas são uó, me dão náuseas.
Bom dia tristeza

quinta-feira, julho 03, 2003

Meu coração, não sei porque
Bate feliz, quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim, foges de mim

Ah! Se tu soubesses
Como sou tão carinhoso
E muito e muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim
Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor
Dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar esta paixão
Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz, bem feliz

quarta-feira, julho 02, 2003

Mais uma vez ele, o tempo é quem manda. Mas dessa vez nem tô revoltada, vou esperar. Eu queria me distrair com outras coisas enquanto aquela não anda, mas ok, todas resolveram ficar engarrafadas a minha frente, então eu espero por tudo. Mas sem abrir mão. Não abro mão de nada nessa vida, eu só espero, fazer o quê... Você vai ficar um bom tempo na dúvida. E eu prefiro que tenhas tomado o outro caminho tendo as idéias perdidas por aqui do que ter seguido esse rumo com a cabeça perdida por lá. Qualquer coisa você volta, e daí não vai ter outro caminho. Quem sabe eu não espero?
Numa estrada dessa vida
Eu te conheci, óh flor
Vinhas tão desiludida
Mal sucedida
Por um falso amor

Dei afeto e carinho
Como retribuição
Procuraste um outro ninho
Em desalinho, ficou meu coração
Meu peito agora é só paixão
Meu peito agora é só paixão

Tamanha desilusão
Me deste óh flor
Me enganei, redondamente
Pensando em te fazer o bem
Eu me apaixonei
Foi meu mal

Agora, uma enorme paixão me devora
Alegria partiu, foi embora
Não sei viver
Sem teu amor
Sozinho curto a minha dor
Uma vez eu li um texto que falava sobre as pessoas que passam pelas nossas vidas, que todo mundo deixa um pouco e leva um pouco. Eu sempre levo muito, porque eu não sei deixar, não sei abrir mão, eu guardo zilhões de quinquilharias no quarto assim como guardo no peito, como forma de ter as lembranças vivas nos olhos como gostaria que fossem sempre reais. Mas não são, o pra sempre sempre acaba, mais cedo ou mais tarde a gente tem que abrir as caixas largadas num canto e jogar as coisas fora. Mas a pior parte é escolher o que merece ficar e o que vai embora. Eu sou péssima para escolher caminhos, quero tudo, quero todos, porque nem sempre dá pra voltar atrás e tentar outro. Eu sou que nem esse poema do outro Fernando Pessoa que ele criou pra ele mesmo (o heterônimo Ricardo Reis). E daí quando eu quero de verdade eu tento tudo o que eu posso e sofro horrores quando não consigo. E quanto mais eu quero algo, mais difícil parece, e o tombo é certo. Basta eu nem ligar, não dar muita importância, aí então fica fácil conseguir. Porra, mas porque aquilo que não apetece é disponível e o realmente interessante não é? Não me venha com expectativas, elas são consequência dessas tais coisas interessantes... Ah! Eu não sei de mais nada. Nem quero saber. Na verdade, eu queria realmente não querer saber. E daí eu esqueço, as coisas passam, e quando eu menos espero reaparece do nada. É sempre assim. Normalmente passa mesmo, sem chances de volta. É isso o que eu mais lamento. E não é orgulho meu, só realmente acaba o brilho. Enfim, vida louca vida.

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua tôda
Brilha, porque alta vive.

terça-feira, julho 01, 2003

Turista no Rio - Diários dos últimos dias

Dias movimentados esses... sexta ia ao cinema mas nem deu tempo, terminamos jantando num restaurante japonês (atendimento fraco, por sinal). Passei mal, não sei se pela comida ou se porque comi demais. No sábado fui encontrar com um amigo no shopping, ele anda super fofo (o que não condiz muito com a personalidade dele, mas enfim, acho que ele tá se soltando, como diz a Kamille). Fomos dar umas voltas e ele me deu uma camisa de uma banda que por acaso eu conheço, ele não, The Juliana Teory. Bonitinho, ele tava na Galeria em SP, viu e lembrou de mim. Adorei! Depois do shopping fui ao cinema com "outra pessoa" ver Tiros em Columbine e jantamos por lá, no Fashion Mall (único lugar que ainda tá passando o filme). Aquele shopping é surreal, mas é bom pra passear. E o jantar no Gula Gula foi tudo de bom. Boa companhia, eu é que acho que não estou na mesma sintonia... Mas isso é uma outra história... No domingo acordei "cedo", e fui pra casa do Fred. Fomos na Parada ali em Copa e na praia encontramos o JP e a Ciça. Foi tudo de bom, muita bicha linda, muita drag, muita risada. Ganhei vários presentinhos da biba do carro de som e tirei muitas fotos. Vim pra casa e li, li, li e escrevi o tal texto pro estágio. Agora é esperar... Segunda meu grande amigo do coração chegou cedo, e fui encontrar com ele, finalmente, depois de tanto tempo. Fiquei horas esperando ele no consulado e depois fomos passear. Fomos ao Pão de Açúcar, almoçamos no Rio Sul e a noite andamos em Ipanema e Copacabana, passando pelo Arpoador. Tudo que eu amo. Adoro passear pelo Rio, nunca canso de mostrar as maravilhas da cidade para pessoas deslumbradas com a cidade. : )
Dormi umas 12hs de ontem pra hoje, e mais passeio! Fomos andar de pedalinho na Lagoa, o dia estava lindo! Depois fomos almoçar no Pizza Park (com direito a brownie de sobremesa) e fechando o dia com chave de ouro, subimos o Corcovado de trenzinho. Amei! Nunca subi de trem, é foda, a vista é linda, a estradinha, o trem, tudo. Fui levá-lo no aeroporto e fiquei triste, porque eu sempre fico triste em despedidas.

*****


Ai, e depois de dias tão bons e d'eu me sentir tão bem, sem esperar nem me importar tanto, aparece alguém. E tem uns "alguéns" que a gente sem querer espera e se importa, mesmo tendo a idéia fixa na cabeça de que não deve ter expectativas. Mas foi tudo tão legal, tão legal, que eu queria mais. Mas não posso, porque as coisas legais sempre tem que acabar. Eu gostaria que pessoas legais fossem substituíveis, porque existem milhares de pessoas legais no mundo. Mas elas não são, algumas resolvem ficar sempre rondando a nossa mente. E até quando? Ficam eternamente orbitando, e a cada dia uma nova entra em órbita, até o dia em que nos vemos cercados de vários satelitezinhos a nossa volta e nos deparamos com a nossa imagem no espelho, só. Eles ali, sempre ali, e a gente aqui, vivendo de lembranças e esperanças eternas.

*****


Me lembrei agora de outro primeiro de julho. Também foi um dia de perdas. Detesto ter traumas, mas o que fazer pra esquecer isso agora?

1º De Julho

Eu vejo que aprendi e o quanto te ensinei
E é nos teus braços que ele vai saber
Não há porque voltar
Não penso em te seguir
Não quero mais a tua insensatez
O que fazes sem pensar aprendeste do olhar
E das palavras que eu guardei pra ti

Não penso em me vingar
Não sou assim
A tua insegurança era por mim
Não basta o compromisso
Vale mais o coração
Já que não me entendes, não me julgues, não me tentes
O que sabes fazer agora
Veio tudo de nossas horas
Eu não minto, eu não sou assim

Ninguém sabia e ninguém viu
Que eu estava ao teu lado então
Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha, minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua deusa, meu amor

Alguma coisa aconteceu
Do ventre nasce um novo coração
Baby, baby, baby, baby
O que fazes por sonhar
E o mundo que virá pra ti e para mim
Vamos descobrir o mundo juntos, baby
Quero aprender com o teu pequeno grande coração
Meu amor, meu amor
Os comentários voltaram! Berrem!

domingo, junho 29, 2003

O sistema de comentários deu pau, como sempre. Então entrem lá no fotolog, atualizado diariamente, e comentem :)
Sabe aquelas pessoas "super legais" que passam pela nossa vida - e só passam - mas somem do nada, da mesma forma que vieram? Pois é, isso me acontece direto, eu me culpo, sofro, mas passa. E outros aparecem, levantam a poeira e se vão da mesma forma. Mas agora está acontecendo uma sucessão de fantasmas que resolvem reaparecer, mas não para assombrar, e sim para paparicar. Tô achando tudo muito engraçado e curioso, na verdade nem entendo bem essa idolatria, será que todos descobriram que eu sou foda? Será que é aquele troço de colher o que se planta? Pô, então acho que vem coisa boa por aí. Eu espero.