sexta-feira, fevereiro 23, 2007

poucas vezes tomo resoluções com tanta certeza. e foi tão blasé que desci pra comer. deixei o stereolab rolando, a banda favorita dele, e desencanei. "larguei de mão", pensei. volto, mensagens, foi, voltou. fofura. muito rápido, mas fofura. o suficiente pra dar mais vontade, pra sorrir e continuar.

tá, eu sei, sou facinha.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007



.praia com as bibas, divertidíssimo, dia feliz. farme, água de côco, caipirinha de maracujá, sol, barraca, sono, chuveirinho pq o mar tava forte. amiga, falei merda. afe. daí todos reapareceram, todos eles, e foférrimos, altas declarações. aliás, só um continua sumido, e eu nem esquento, já sei o que será, como será... e na boa, não sei o que quero, se quero, se sinto. ando tão "eu" que quer saber? sou mais eu mesmo, azar o teu.
.corte de cabelo, suco de manga, bate papo com a porta aberta por causa do calor, fotos, confidências. nhá.

detesto esse calor.
e o hematoma tá preto e ainda inchado, o que é pior. não peguem caronas com meros conhecidos, ainda mais se tiverem bebido. aprendam, crianças.

"existirmos, a que será que se destina?"

terça-feira, fevereiro 20, 2007

diga-se de passagem que as coisas darem certo pras minhas pessoas queridas me dá esperanças, me faz acreditar. ainda mais nesses dias de loucuras no mundo, cabeças no lugar e razão, e coisas sentidas de verdade me comovem. eu só quero também, caramba, eu também mereço.

ele se preocupou, disse que é 'uma das pessoas que mais ama', e eu só queria ser também. umas das, sabe? queria tanto cuidado e carinho e preocupação! porque essa coisa de precisar tanto de afagos? afagos sinceros, porque de mentira não me servem. não posso ser mais legal do que sou, e eu sou, não quero ser. sou. o que fazer? não há. só quero abraços, beijos e mordidas sinceros, lambidas dadas de coração. chega dessa coisa volúvel que sempre acaba na quarta-feira de cinzas e que nesse ano, literalmente, nem começar começou.

e ele disse de novo. nem ouvi, mas depois me contou. me apresentou como "sua igual". eu faço aquela cara quando estou pensando, longe, longe. a boca de lado, tortinha, a mesma desde criança. a pensar. ele gosta, diz que faz igual e a amiga comenta, "a boca da juliana". ele disse que sempre fez, mas agora virou marca minha. "somos iguais", ele diz, e eu sei, também acho. talvez menos que ele, mas reconheço os gostos, afinidades, atos, sentimentos, a preocupação com o outro, essa coisa toda, pensar, sentir, fazer. iguais. nego as vezes comenta, fala mal, critica a ele, provavelmente a mim também, porque não sejamos ingênuos, todos falam mal de todos. mas eu gosto dele, mesmo enfiando a cabeça bêbado na caixa de som, me dando tapas e se dando tapas, dançando loucamente e feliz de me ver dançar loucamente a música que adoro. somos iguais, e ele reconhece. o que será que sente, será que sente minha falta, que lembra, pensa? imagino que sim, já vi nas entrelinhas, mais até do que eu imagino. leva um tempo pra dar o braço a torcer, eu bem sei. mas quero que seja amigo, amigo mesmo, com essa coisa de se preocupar, que nem com ela. sou a mais ciumenta, e a amizade grande já me satisfaria.

sinto falta dele. ah, sinto. todo dia peço a deus que arranque. mas é bonito, grande, sincero. amor. o maior e mais sincero do mundo todo.
conversávamos sobre várias coisas. acho que fui eu quem citou o álbum "muitos carnavais" do caetano. datado de 1977, o álbum traz marchinhas de carnaval, e é bem quarta-feira de cinzas, uma coisa do pierrot apaixonado pela colombina que caga pra ele, como o sambinha de noel (não, não los hermanos, noel fazia isso bem antes, meu querido (a)). um ano antes d'eu nascer, caetano cantava o carnaval numa pseudo alegria, numa coisa tão conformada que é a minha cara, 'tá na chuva é pra se molhar'.
"Você tenha ou não tenha medo/ Nego, nega, o carnaval chegou/ Mais cedo ou mais tarde acabo/ De cabo a rabo com essa transação de pavor/ Que deus abençoou
Deus e o diabo no rio de janeiro/ Cidade de são salvador/ Não se grile". viemos cantando, de algum ponto de ipanema até botafogo. a conversa parou no ponto da real grandeza, íamos para o bloco da matriz.

e carnaval acaba comigo, mas doeu menos do que eu espera. "Sofrer também é merecimento", e acho que não mereci. nada foi tão bonito nem tão certo por esses dias, só para os outros, mas ainda assim me deu esperanças. esperanças de tudo aquilo que eu não vi.

festas, acabaram as festas, todas elas, as do calendário. mais um ano pra passar, pra eu esquecer, pra eu me encontrar e te encontrar. pra ser feliz sem dores nem traumas.

...e conversamos, nada rolou, mas há uma intimidade, algum carinho embutido na casualidade.
ypioca com fanta laranja, confidências, lambidas no braço, na smirnoff ice que derramaram no meu braço. lembranças de monthy phyton e do que fizemos juntos vendo o filme, e na boa, não te amo, nem estou encantada. porque me dói? essa maldita carência, ah.
não és tu, bem sei, mas quem é? volta, charlie, volta. preciso do seu cafuné que nem nunca tive. "Quando a hora é da razão/ Alguém vai sambar comigo/ E o nome eu não digo, guardo tudo no coração".

mais smirnoff ice, dessa vez sou eu quem bebe. sono, preciso dormir mais, esse maldito calor não me deixa. ele não ligou, aquele também não, o outro muito menos, já era de se esperar. o carnaval não poderia ser feliz e menos volúvel do que o cliché do carnaval?

...

e eu tava certa, lou, era "piaba" o que o caetano cantava na canção. "Piaba, piaba
Gastar tanta energia pra nada/ Piaba, piaba/ Mas é comigo que o mergulho/ Um dia você vai dar". engraçado que antes da conversa do ônibus, essa letra já me perseguia. curioso. e é comigo que um dia um mergilho você vai dar. não gasto mais energia com nada, eu bem sei mesmo...

vou dormir. pensar demais enlouquece, sentir demais fura o peito.