quinta-feira, janeiro 30, 2003
Eu realmente não queria ficar choramingando minhas tristezas e desilusões, até porque isso não resolve droga nenhuma. Mas faz tempo que meu aniversário não me deixa feliz. Eu tento fazer algo legal, estar com os amigos e com as pessoas que eu gosto, mas tem sempre algo tentando me vencer pelo cansaço e me deixar triste. E agora tá tudo dando errado ao mesmo tempo, e eu não sei o que fazer, nem sei mesmo se posso fazer muita coisa, ou alguma coisa.
(...)
O legal do dia de hoje foi o CD de roque que o amigo querido de SP mandou. Amei. Tá rolando repeat. A ironia foi a música que ele escolheu pra fechar o cd, a única que eu conhecia e por acaso a minha favorita do último cd do Elvis Costello, "My little blue window":
Nothing in this ugly world comes easily"
(...)
O legal do dia de hoje foi o CD de roque que o amigo querido de SP mandou. Amei. Tá rolando repeat. A ironia foi a música que ele escolheu pra fechar o cd, a única que eu conhecia e por acaso a minha favorita do último cd do Elvis Costello, "My little blue window":
Nothing in this ugly world comes easily"
As vezes é legal ouvir rádio, você pode dar a sorte de descobrir algo realmente legal.
Ando sem inspiração para escolher os "cds certos", então, quando estou no computador (que tá dando pau direto), termino ligando o rádio mesmo. E há dias que eu ouço uma música, mas nunca dizem de quem é. Mas por acaso, acabou de passar na Mtv o clip e foi uma doce surpresa: Supergrass, banda do hit "Alright".
O nome da música é "Grace".
Nunca que eu ia imaginar...
Great!
"Oh Grace
Save your money for the children"
Ando sem inspiração para escolher os "cds certos", então, quando estou no computador (que tá dando pau direto), termino ligando o rádio mesmo. E há dias que eu ouço uma música, mas nunca dizem de quem é. Mas por acaso, acabou de passar na Mtv o clip e foi uma doce surpresa: Supergrass, banda do hit "Alright".
O nome da música é "Grace".
Nunca que eu ia imaginar...
Great!
"Oh Grace
Save your money for the children"
terça-feira, janeiro 28, 2003
As vezes me sinto demasiadamente adolescente nas atitudes e a sensação é de que nunca vou mudar a forma de sentir as coisas, mesmo que eu consiga mudar a forma de lidar com elas. É muito difícil conviver bem com seres humanos, tem muitas coisinhas em jogo - sim, a vida parece um jogo. A gente tem que estar sempre pisando em ovos e tomando um puta cuidado para não fazer e nem falar a coisa errada, já que qualquer pisão em falso pode fazer do paraíso um inferno. Até porque, na realidade, não existe nem um nem outro. Existe o meio termo, o equilíbrio, caminho que as vezes parece utópico.
Assim como eu também nunca vou saber o que sinto de verdade sobre as coisas e as pessoas. A cada hora tudo muda, e por mais que eu pense a respeito, só os acontecimentos tem poder de me dar alguma direção. E a sensação de perder me dá medo. Confusão.
(ouvindo a rush of blood to the head, coldplay)
Assim como eu também nunca vou saber o que sinto de verdade sobre as coisas e as pessoas. A cada hora tudo muda, e por mais que eu pense a respeito, só os acontecimentos tem poder de me dar alguma direção. E a sensação de perder me dá medo. Confusão.
(ouvindo a rush of blood to the head, coldplay)
bout my favorite...
O Faaaabio mandou um link que me deixou muito feliz. Pra quem conhece, pra quem nunca ouviu falar, aqui tem um show do Jeff Tweedy, vocal do Wilco, banda "alt folk" de Chicago (e "inspiradora" de tudo nesse blog, desde o endereço, até o título e a frase lá de cima). O show é acústico, bem diferente dos discos da banda. Pra quem gostar, baixa o Summerteeth, o mais pop. E pra quem gosta de baladas, o último "Yankee Hotel Foxtrot" traz várias, num disco chiquérrimo, muito bem cuidado nos mínimos detalhes.Não é a toa que foi aclamado pela crítica e até lançado no Brasil, por salgados 30 e poucos reais. Mas vale cada centavo. O Faaabio mandou também um endereço de ftp com o EP de Kamera, do YHF. Se alguém quiser, deixa comentário aí embaixo.
O Faaaabio mandou um link que me deixou muito feliz. Pra quem conhece, pra quem nunca ouviu falar, aqui tem um show do Jeff Tweedy, vocal do Wilco, banda "alt folk" de Chicago (e "inspiradora" de tudo nesse blog, desde o endereço, até o título e a frase lá de cima). O show é acústico, bem diferente dos discos da banda. Pra quem gostar, baixa o Summerteeth, o mais pop. E pra quem gosta de baladas, o último "Yankee Hotel Foxtrot" traz várias, num disco chiquérrimo, muito bem cuidado nos mínimos detalhes.Não é a toa que foi aclamado pela crítica e até lançado no Brasil, por salgados 30 e poucos reais. Mas vale cada centavo. O Faaabio mandou também um endereço de ftp com o EP de Kamera, do YHF. Se alguém quiser, deixa comentário aí embaixo.
segunda-feira, janeiro 27, 2003
Pô, nego catando fotos de criacinhas nuas no Google. Tem vergonha não, criatura? O pior é vir parar no meu blog.
Tomá no cu.
Tomá no cu.
Todo mundo anda me perguntando se tô tirando muitas fotos. Não, infelizmente não. Preciso de companhia pra sair pra fotografar, porque é perigoso sair sozinha com a minha querida Nikon, ainda mais agora, com a alta do dólar, ela tá cada vez menos fusquinha, tá dando um updade. Tenho uns filmes color lá na geladeira esperando a volta ao estágio e a conseqüente grana pra serem revelados, e tenho também dois p&b, um ainda de Brasília em outubro, quando fui ver o Leléo (:~~~), e outro desse mês, dos meus gatos lindos e da ida relâmpago à Arraial do Cabo. Nada muito inspirado, mas sempre fico ansiosa, sabe como é, nessas é que a gente tira a "foto da nossa vida". Esses p&b eu mesma revelo quando as aulas começarem, na Facha - nos dois sentidos (hahaha, muito engraçada).
Depois dos genias geradores de letras dos Tribalistas e dos Engenheiros do Hawaii, o melhor de todos: gerador de texto do Jorge Amado.
Esse é o meu:
Do ressentimento de Sharif pela morena Maria
Coronel Hemengardino tentava desviar os olhos de Maria, mas era difícil não reparar na maneira bela com que a moça preparava o bife à milanesa. Enquanto Maria acariciava a carne, o coronel só conseguia pensar em ter a barriga da cabrita em sua boca. Sharif fingia não perceber o constrangimento do homem mais poderoso da cidade. Desafiar o dono da Fazenda Sonho de Amor? Só com muita justeza e proteção de Oxalá, melhor aquietar a cabeça e manter aquele ressentimento guardado junto com a faca.
- O que aconteceu com meus sapatos?
A voz de Maria quebrou o silêncio tenso do ambiente. Mas por pouco tempo. Ela sabia que não teria respostas. Não era sua voz, mas seu par de coxas que chamava a atenção daqueles dois. Ela não valia mais do que um livro. Melhor esquecer. Melhor nem gritar. Voltou a acariciar a carne.
Faça os seus lá.
Esse é o meu:
Do ressentimento de Sharif pela morena Maria
Coronel Hemengardino tentava desviar os olhos de Maria, mas era difícil não reparar na maneira bela com que a moça preparava o bife à milanesa. Enquanto Maria acariciava a carne, o coronel só conseguia pensar em ter a barriga da cabrita em sua boca. Sharif fingia não perceber o constrangimento do homem mais poderoso da cidade. Desafiar o dono da Fazenda Sonho de Amor? Só com muita justeza e proteção de Oxalá, melhor aquietar a cabeça e manter aquele ressentimento guardado junto com a faca.
- O que aconteceu com meus sapatos?
A voz de Maria quebrou o silêncio tenso do ambiente. Mas por pouco tempo. Ela sabia que não teria respostas. Não era sua voz, mas seu par de coxas que chamava a atenção daqueles dois. Ela não valia mais do que um livro. Melhor esquecer. Melhor nem gritar. Voltou a acariciar a carne.
Faça os seus lá.
domingo, janeiro 26, 2003
É isso, a gente não pisa em ovos com quem já faz parte, esses nos conhecem e vão sempre perdoar e entender, a gente pensa. Os novos é que merecem todo o cuidado e atenção, porque ainda devem ser cativados. Tsc, tsc. Lembra da Regra três do Vinícius de Moraes? "Tantas você fez que ela cansou...". Todo mundo cansa, a diferença é que uns, os "de sempre", se cansam depois, quando você menos espera. Dói mais do que não ver nunca mais aquele rosto recente.
I'm dying.
Sim, só pode ser. Porque senão, como explicar esse meu vício recente de ficar relembrando o passado o tempo todo? Basta eu ficar sozinha, quieta, no banho, vendo tv ou deitada e pronto: alguma parte do filme da minha vida começa a rolar na minha frente e a minha atenção vai longe dali. Sem querer, e não me larga de jeito nenhum.
Dizem que quando a gente vai morrer a nossa vida passa como um filme na nossa frente. Mas isso nos últimos minutos ou segundos. Comigo é um troço mais lento, já tá rolando há uns meses. Vai ver que até nisso eu sou esquisita.
Bem, hoje eu tava pensando naquele velho esquema de todos nós de só darmos valor as coisas quando perdemos. Eu mesma já cometi essa burrice umas poucas vezes e prometi não permitir que isso acontecesse mais na minha vida. Porque eu sofro e mais gente sofre. É foda, mas na hora que você mete os pés pelas mãos, o que importa é o que se sente na hora, e mesmo que a gente tenha feito de cabeça pensada, quando se observa futuramente, parece que sempre quem manda é um impulso desarvorado. Daí vc chora, se arrepende e quase sempre é tarde. Não quero mais isso pra mim, não quero mais dor nem sofrimento. Mas eles me querem! Porque tá tudo bem, mas dentro de mim não tá tudo bem! Um turbilhão tá remexendo tudo aqui e não me deixa curtir as coisas mais simples e mais legais da vida. Eu tô sempre pensando, pensando... E esqueço de viver. Ou melhor, não sei se quero. Merda. É sempre assim. Aquela coisa do ideal romântico, de quem só gosta do utópico, de ser eternamente sofredor pelo que nunca vai estar ao alcance. E perde a graça se por algum motivo se torna possível. Eu ia dizer que comigo não era assim, mas pensando bem.... Argh. Acho que eu mesma vou tomar providências quanto a mim. Isso deve ser genetico. Sangue ruim.
Sim, só pode ser. Porque senão, como explicar esse meu vício recente de ficar relembrando o passado o tempo todo? Basta eu ficar sozinha, quieta, no banho, vendo tv ou deitada e pronto: alguma parte do filme da minha vida começa a rolar na minha frente e a minha atenção vai longe dali. Sem querer, e não me larga de jeito nenhum.
Dizem que quando a gente vai morrer a nossa vida passa como um filme na nossa frente. Mas isso nos últimos minutos ou segundos. Comigo é um troço mais lento, já tá rolando há uns meses. Vai ver que até nisso eu sou esquisita.
Bem, hoje eu tava pensando naquele velho esquema de todos nós de só darmos valor as coisas quando perdemos. Eu mesma já cometi essa burrice umas poucas vezes e prometi não permitir que isso acontecesse mais na minha vida. Porque eu sofro e mais gente sofre. É foda, mas na hora que você mete os pés pelas mãos, o que importa é o que se sente na hora, e mesmo que a gente tenha feito de cabeça pensada, quando se observa futuramente, parece que sempre quem manda é um impulso desarvorado. Daí vc chora, se arrepende e quase sempre é tarde. Não quero mais isso pra mim, não quero mais dor nem sofrimento. Mas eles me querem! Porque tá tudo bem, mas dentro de mim não tá tudo bem! Um turbilhão tá remexendo tudo aqui e não me deixa curtir as coisas mais simples e mais legais da vida. Eu tô sempre pensando, pensando... E esqueço de viver. Ou melhor, não sei se quero. Merda. É sempre assim. Aquela coisa do ideal romântico, de quem só gosta do utópico, de ser eternamente sofredor pelo que nunca vai estar ao alcance. E perde a graça se por algum motivo se torna possível. Eu ia dizer que comigo não era assim, mas pensando bem.... Argh. Acho que eu mesma vou tomar providências quanto a mim. Isso deve ser genetico. Sangue ruim.
Assinar:
Postagens (Atom)