sábado, agosto 26, 2006

[o descobrimento do brail]

.será que você vai saber
o quanto penso em você com
o meu coração ?
quem está agora ao teu lado ?
quem para sempre está ?
quem para sempre estará ?
(...)

sexta-feira, agosto 25, 2006

.o tempo, que deveria fortalecer e cicatrizar, só deixa mais evidentes e latentes certezas que sempre tive.

quinta-feira, agosto 24, 2006

. quem eu amo é quem mais consegue me deixar triste e me derrubar. e é quem mais faz.
['hey, não seja quadrado, a terra é redonda, não fique parado!']

... só pq eu disse que não sou mais nada emo, nem insegura nem nada, pá, uma bobagenzinha me deixa blerght. êta fraqueza de merda ...

... mas já já passa. até pq, peguei 1 dos 3 cds bacanões da fase psicodélica do ronnie von, final dos anos 60, que se foram junto com o hd falecido (e mais milhões de fotos e mp3, chuif, chuif). e 'viva o chopp escuro'!

quarta-feira, agosto 23, 2006

.uma falta enorme. tão grande que as vezes falta tudo, falta música no vazio, falta cor no preto e branco. não dói, não sofre, não nada. só falta, e mesmo sem poder saber, sem poder afirmar, a certeza é de que é pra todo o sempre. como sei? não sei. só sinto. sem choro também, só as vezes, mas também, ninguém é de ferro. acumula, acumula, acumula e pá, estoura tudo junto. mas normalmente ninguém percebe, não tem como. a vida segue, o dia segue, a noite segue, vem o sono, o vinho, o riso, a banda nova, o amigo novo, os amigos de sempre, o trabalho amontoado, o telefone que toca, o email que chega, o msn que pisca... e quando vê, deixou de pensar. uns meros minutos, mas deixou. mas a certeza, a única, é a mesma de sempre. alivia, deixa estar. tudo no seu tempo, ninguém pode prever, ninguém pode deter.

.e amanhã, dois. mais que dois, e dois. tudo ao mesmo tempo agora. mas é bom, é bom... melhor assim. até quando? até...
.almoço de muito papo, certezas, resoluções, desejos, pensamentos, carinho, amizade e sei lá mais o que... almoço que me fez bem e nem apresentou muitas novidades, mas um banho de realidade nem sempre é confortável, apesar de não ser ruim. só sei que tudo muda e vai mudar, porque é impossível permanecer como está, tudo que nem cadeira de cinema, vc fica eternamente se arrumando e procurando a posição que nunca acha. então eu sei que, de uma forma ou de outra, eu me arranjo. até pq, tenho quem olhe por mim... e to aprendendo um monte, todo o tempo.

terça-feira, agosto 22, 2006

"Quando não há compaixão
Ou mesmo um gesto de ajuda
O que pensar da vida
E daqueles que sabemos que amamos?

Quem pensa por si mesmo é livre
E ser livre é coisa muito séria
Não se pode fechar os olhos
Não se pode olhar pra trás
Sem se aprender alguma coisa pro futuro

Corri pro esconderijo
Olhei pela janela
O sol é um só
Mas quem sabe são duas manhãs

Não precisa vir
Se não for pra ficar
Pelo menos uma noite
E três semanas

Nada é fácil
Nada é certo
Não façamos do amor
Algo desonesto

Quero ser prudente
E sempre ser correto
Quero ser constante
E sempre tentar ser sincero

E queremos fugir
Mas ficamos sempre sem saber

Seu olhar
Não conta mais histórias
Não brota o fruto e nem a flor

E nem o céu é belo e prateado
E o que eu era eu não sou mais
E não tenho nada pra lembrar

Triste coisa é querer bem
A quem não sabe perdoar
Acho que sempre lhe amarei
Só que não lhe quero mais

Não é desejo, nem é saudade
Sinceramente, nem é verdade

Eu sei porque você fugiu
Mas não consigo entender
Eu sei porque você fugiu
Mas não consigo entender"

segunda-feira, agosto 21, 2006

.texto enviado por email pelo amigo MA, correspondente da Folha.
.bem bacana, vale a pena ler (pra quem se interessa por música, obviamente).

(ENVIADO ESPECIAL A CHELMSFORD)

"A concorrência era forte _Morrissey, Beck, Kasabian, Bloc Party_, mas Thom Yorke e seus comparsas botaram todos no bolso assim que pisaram no palco, na noite do último sábado.

Era a primeira aparição do Radiohead em um festival britânico nos últimos três anos, e a banda fez o que se esperava dela: em um cenário deslumbrante, apresentou três músicas novas, enfileirou hits e fez o melhor e mais longo show do V Festival.

O evento, que aconteceu no último fim de semana em Chelmsford e em Staffordshire (ambas na Inglaterra) simultaneamente, reuniu 130 mil pessoas em torno de seis palcos (em cada cidade) e de mais de uma centena de artistas.

O ingresso antecipado para os dois dias custava 100 libras (cerca de R$ 400), fáceis de relativizar dado o número de grandes atrações e tendo em mente que a entrada para a recente turnê de Madonna na Inglaterra custou até 160 libras (cerca de R$ 640).

Mas as considerações financeiras ficam em segundo plano quando o Radiohead entra em cena, tocando "Airbag", do clássico "Ok Computer" _base do show, que tem ainda "Paranoid Android", "Lucky", "No Surprises" e "Karma Police".

Em frente a um cenário de dez telões poligonais e sob uma iluminação estupenda, Thom Yorke faz sua tradicional dança epiléptica enquanto alterna velhos sucessos _"Just", "Creep"_ com canções do próximo álbum, como a empolgante "All I Need".

Marionetes
A animação do público confirmou a vitória do Radiohead como principal atração do festival, mas antes da banda se apresentar tudo levava a crer que o título seria difícil de decidir.

No mesmo horário, em outro palco, tocava o Kasabian, uma das maiores sensações atuais do Reino Unido, apresentando seu segundo álbum, "Empire".

O americano Beck, que tocou antes do Radiohead, foi outro que certamente entrou no "top 3" da maior parte da audiência, com o show mais divertido do fim de semana, com direito a marionetes e fantasias de urso.

Com o excelente repertório do último disco, "Guero", na ponta da língua _do rock de "E-Pro" à dançante "Girl"_, o público ainda viu Beck desfilar seus principais sucessos, como "Loser" e "Devil’s Haircut".

Quem também poderia clamar para si o título de estrela maior, mas sofreu com o horário ingrato em Chelmsford, fechando a noite de domingo, foi o ex-líder dos Smiths, Morrissey.

Abrindo e fechando o show com clássicos de sua ex-banda _"Panic" e "How Soon is Now", respectivamente_, com uma imensa foto da escritora Virginia Wolf como cenário e elegantes ternos vestindo a banda, o velho Mozza mostrou que sua voz continua ótima, sua língua, afiada, e seu público, fiel.

Bandas novas
Se é fácil entender a atração exercida por medalhões com uma carreira já bem-desenvolvida, é impressionante como bandas mal saídas do primeiro disco viram grandes atrações do festival e magnetizam o público.

O quarteto de neo-hippies gordinhos do The Magic Numbers, por exemplo, parecia ter anos de carreira quando o público acompanhava com palmas as músicas de seu único disco.

Bloc Party, Hard-Fi e Keane _todos estrelas do palco principal_ já são entidades pop, com suas músicas cantadas por uma audiência bem mais eclética do que apenas os indies que os conhecem no Brasil.

E ainda havia roqueiros cheios de gás _The Dead 60’s, The Young Knives, We Are Scientists, Art Brut_ lotando suas tendas nos dois dias."
Não-Pensamento do Dia

A vida é basicamente insegura. Esta é sua qualidade intrínseca; não pode ser mudado.
A morte é segura, absolutamente segura. No momento em que você escolhe segurança, inocentemente você escolheu a morte.
No momento em que você escolhe vida, inadvertidamente você escolheu insegurança.