quarta-feira, dezembro 13, 2006

O que me tranqüiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.

O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.

Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.

O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.

Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.


(A perfeição - Clarice Lispector)
...são os devaneios da garotinha ruiva, que pensa, pensa, pensa, pensa, e escreve tanto quanto fala, compulsivamente, milhões de idéias na cabeça, tantas coisas, e ela quer falar, pôr tudo pra fora, mas a inspiração não pára, os assuntos não cessam. e ela sente um turbilhão, um monte de coisas boas com um tiquinho de medo. medo é ruim, e pra quem acredita em deus, uma contradição. mas dá medo, o charlie brown a encontrou, finalmente, mas é ela quem sonha com ele, mesmo em tão pouco tempo, apesar de como tudo aconteceu, e talvez até por isso.
engraçado que tá até lá no orkut, o par perfeito, ele, o charlie brown. e volta e meia eu pensava na utopia disso, e pá, ele existe. existe? ou será uma mera utopia de fato?

queria tanto poder falar com alguém, contar, explicar, perguntar, mas quem sabe? Nem o charlie brown sabe, nem eu (só de mim...). ninguém vai poder me explicar, ninguém vai conseguir me dizer o que é, o que pode ser e o que nunca será. e eu já vi tantas coisas inacreditáveis se tornarem possíveis que só me resta acreditar e desejar de verdade.

me formei, e todo dia sinto que não pertenço a essa rotina, me sinto atada a essa terra que eu amo, mas já deu pra mim. posso voltar algum dia, e quero, mas preciso ir embora, mudar de cidade, de estado, quiçá de país. quero estudar, trabalhar, aprender, conhecer, VIVER. quero dinheiro sim, mas só pro meu sustento, pra poder pagar contas, pra sair, pra dar presentes, pra me agradar um tiquinho de vez em quando. mas quero e preciso ir muito além, quero a felicidade estampada no coração.

terça-feira, dezembro 12, 2006

ai, ansiosa, mordendo os lábios, comendo a boca.
adoro e odeio ficar assim, esperando, pensando... imaginando. querendo.
blé.