sábado, dezembro 23, 2006

"I'm fine without you", já dizia o poster do Brilho eterno.
Mas eu sou teimosa da porra, não posso nem falar da Lou (hein, Lou?)

Mas er, hã, amargura de lado, Feliz Natal.
é no mínimo curioso, e eu fico sempre querendo entender tin tin por tin tin o porquê das coisas. eu tenho calcinha, pijama, chinelo, duas camisas (tá, uma eu dei) e ele tatuado nas costas. ele, o charlie. eu pensei durante anos, porque eu sempre adorei o desenho, todo o simbolismo, mas tinha a coisa indie-loser, tatuar um loser, ter um atestado desses na pele. sou contra essas coisas down-depreciativas, detesto esse orgulho emo, acho que só atrai mais coisa down. mas concluí que o charlie brown é um cara bacana, um menino bom que acredita e não desiste mesmo com as maldades do mundo, mesmo caindo, mesmo sendo enganado. ele continua tentando, eternamente, com o mesmo amor enorme dentro do peito. ele é um vencedor, é diferente, sabe? oi, alguma semelhança? não, não é mera coincidência. quase no inferno astral, saindo do tal retorno de saturno (finalmente!), quase 29 anos na cara, e eu continuo assim, buscando o bem, fazer e conviver com ele. fazendo o melhor e acreditando que existam pessoas assim. e não, não desisto, é mais forte que eu.

o charlie passou o tempo todo apaixonado pela mesma pessoa, tentando, acreditando. ele acreditava quando a lucy dizia "confia em mim", e colocava a bola na frente dele, mas chutava antes. e eu acreditei quando ele me pediu que confiasse nele, que sentia, que queria, que faria. eu ainda acredito. eu sou a garotinha ruiva que finalmente aparece, toma forma, vira algo real, e numa revanche, perde o sono pensando nele, no minduim. e dá o beijo na bochecha que apareceu só no especial da tv. algo quase inédito. porque a minha vida é cheia de surpresas, de loucuras, de coisas fora do comum. porque não existem coincidências, e deus é bom quando escreve a minha novela, apesar de.
(...)
decidi que não quero nada passageiro nem momentâneo com ninguém. não quero passar tempo, não quero nada em que eu não acredite. e não acredito em pessoas da noite, não acredito nas pessoas no geral. acredito nas exceções, e espero ansiosa pela minha. mas definitivamente não quero as pessoas em geral. nem pra amigo, nem pra amante. eu fico bem só, melhor que com qualquer companhia. quero amor pra valer, só quero companhias de coração grande que nem o meu, e já tenho algumas delas...
e eu cansei sim, mas não desacreditei, e não deixei de esperar aqui dentro. eu tenho certeza que é, lá no fundo, mesmo aqui fora dizendo que não.
;)

(...)

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Cansei.
Mamãe sempre disse pra dar sem esperar em troca, mas as vezes a plantinha morre se não é regada, a fonte seca sem manutenção, sabe?
Cansei, cansei de não ter um pingo de afago, de carinho como retribuição. Sempre me contentei com migalhas, mas elas são de fato migalhas, e não preenchem mais. Talvez nunca tenha preenchido, talvez eu mesma tenha tapado buracos, um dom que tenho. Mas não dura pra sempre, definitivamente...

De um lado, "acho que sempre te amarei, só que não te quero mais". A não ser que... A não ser que.
Do outro, cansei, mas sei que há explicações sérias para coisas graves, e daí passa, eu entendo, aceito, e seremos felizes para sempre. "Presentinho dos céus" me fez chorar. Fato que sou e sempre fui chorona, e fico pensando, pensando ('será que você vai saber o quanto penso em você com o meu coração?"). E mesmo tendo cansado, mesmo não querendo mais, lá no fundo eu sei, eu sinto, e eu quero. Tudo tem seu tempo, e a hora certa vai chegar, sempre chega.

-x-

Montei a árvore de Natal, agora vou na rua comprar lampadinhas. Afff, minha amargura ante-Natal (trauma, eu diria), mas ainda há fé, esperança e amor de que tudo seja lindo e diferente, maior. Claudinho e Buchecha aos berros no som, e fico felizinha. Sou facinha, facinha.

"Somewhere over the rainbow
Skies are blue
And the dreams that you dare to dream
Really do come true

Some day I'll wish upon a star
And wake up where the clouds are far behind me
Where troubles melt like lemondrops
Away above the chimney tops
That's where you'll find me

Somewhere over the rainbow
Bluebirds fly
Birds fly over the rainbow
Why then, oh why can't I?"

terça-feira, dezembro 19, 2006

...quando eu fico triste, quando dá uma pontinha de medo, dúvida, receio, eu vou lá e leio tudo de novo, como um mantra.
.besta! como se precisasse. eu sei, eu sinto, é forte, como nunca antes. e é certo, índependente de datas. surpresas sempre me apeteceram, né?

segunda-feira, dezembro 18, 2006

dei um presente pra mamã, fomos passear, só as duas, como nos velhos tempos e vi ela feliz, deslumbrada, comentando detalhes comuns pra maioria das pessoas. ela agradeceu, e eu ganhei o dia. feliz.
.o homem de lata vai ficar sem coração. peguei de volta, mas já dei de novo, porque eu não sossego com nada. ou melhor, até sossego...

(sabe o email de dois dias atrás? então, mandei.
ainda bem que deus me deu o dom de saber escrever.
e de ter esse coração enorme)

:D

domingo, dezembro 17, 2006

Eu sou o Cupido, Eros, deus do amor. Eu flecho, e nunca sou flechada. As vezes acontece, mas devo ser alérgica, me machuco, me firo, fico de cama. Durmo, durmo, febre, cansaço, dor no corpo e falta de vontade.

Sou também o Charlie Brown ("Sempre chove durante seu desfile e seu jogo de baseball, as coisas não dão certo em sua vida, a garotinha ruiva nunca o olha. Se você costuma dizer coisas como:
"Mas que puxa", "Que lástima", "Por que isso só acontece comigo?", "Por que não eu?", "Todo mundo ganhou alguma coisa. E eu uma pedra..."), o Snoopy ("O Snoopy dança como se ninguém estivesse olhando, ele não tem medo de parecer ridículo. Dança de olhos fechados, cabeça pra cima, com as orelhas em movimento) e a Patty Pimentinha (Valente;
Impetuosa; Traquinas; Sem frescuras;).

A minha caixa de rascunhos do email lota com todas as coisas que ficariam entaladas na garganta, que eu gostaria de contar, mas eu escrevo com vontade e nunca mando. Eu preciso falar e falo. Sinto como se tivesse mandado, e fica tudo bem, sem resposta, total loser mesmo. As pessoas não estão preparadas para saber de certas coisas, infelizmente. Mas no dia que eu morrer, prometo que deixo que alguém mande tudo, tudinho. Deixarei a senha anotada e os destinatários. Nessa hora provavelmente todos lamentarão, mas duvido que dessem valor igual comigo em vida. É irônico e triste.