sábado, maio 22, 2004
Já falei dezenas de vezes e repito, não sei lidar com perdas. Não sei perder um livro, um cd, uma mala, coisas sem importância, no fundo. Mas muito menos sei perder pessoas, corações. Quem uma dia tava perto, e tava porque queria, mas resolveu não querer mais. Dói quando o outro não quer e você ainda pensa... Pensa com o coração. E é egoísmo, recalque, mas quando outra pessoa quer (independente de quem deixou de querer primeiro, se eu ou você), dá uma sensação de incopetência tão grande, que consome, arrasa, detona tudo lá dentro, como um furacão. Eu queria ter tudo, carregar pertinho de mim todas as pessoas fantásticas que já conheci, mas não dá, nem poderia se desse. Cada um precisa seguir um rumo e nos abandonar, cedo ou tarde. Poucos ficam. Aliás, será que fica alguém? A gente nasce só e morre só, essa é a única certeza. O resto todo é passageiro. Dura um dia, uma semana, um ano, dez... Mas se vai, sempre vai.
(ouvindo Radiohead, Cuttooth)
(ouvindo Radiohead, Cuttooth)
quarta-feira, maio 19, 2004
Horóscopo do bol:
"Dica do dia: Não veja somente o lado sombrio da vida. Todos nós passamos por altos e baixos, mas tenha fé que amanhã sempre será um novo dia com oportunidades diferentes.
E o do guruweb:
"Cuidado para que as pessoas não confundam sua autenticidade natural com excentricidade. Especialmente ao transmitir suas opiniões, é importante que ao longo do dia você redobre a atenção para que não provoque os demais com idéias provocativas."
Como diz o Fred, "não saia de casa sem ele".
"Dica do dia: Não veja somente o lado sombrio da vida. Todos nós passamos por altos e baixos, mas tenha fé que amanhã sempre será um novo dia com oportunidades diferentes.
E o do guruweb:
"Cuidado para que as pessoas não confundam sua autenticidade natural com excentricidade. Especialmente ao transmitir suas opiniões, é importante que ao longo do dia você redobre a atenção para que não provoque os demais com idéias provocativas."
Como diz o Fred, "não saia de casa sem ele".
"One day maybe we will dance again
Under fiery skies
One day maybe you will love again
Love that never dies
One day maybe you will see the land
Touch skin with sand
You've been swimming in the lonely sea
With no company
Oh, don't you want to find?
Can't you hear this beauty in life?
The roads, the highs, breaking up your life
Can't you hear this beauty in life?
One day maybe you will cry again
Just like a child
You've gotta tie yourself to the mast my friend
And the storm will end
Oh, don't you want to find?
Can't you hear this beauty in life?
The times, the highs, breaking up your mind
Can't you hear this beauty in life?
Oh, you're too afraid to touch
Too afraid you'll like it too much
The roads, the times, breaking up your mind
Can't you hear this beauty in life?
One day maybe I will dance again
One day maybe I will love again
One day maybe we will dance again
You know you've gotta
Tie yourself to the mast my friend
And the storm will end
One day maybe you will love again
You've gotta tie yourself to the mast my friend
And the storm will end"
Under fiery skies
One day maybe you will love again
Love that never dies
One day maybe you will see the land
Touch skin with sand
You've been swimming in the lonely sea
With no company
Oh, don't you want to find?
Can't you hear this beauty in life?
The roads, the highs, breaking up your life
Can't you hear this beauty in life?
One day maybe you will cry again
Just like a child
You've gotta tie yourself to the mast my friend
And the storm will end
Oh, don't you want to find?
Can't you hear this beauty in life?
The times, the highs, breaking up your mind
Can't you hear this beauty in life?
Oh, you're too afraid to touch
Too afraid you'll like it too much
The roads, the times, breaking up your mind
Can't you hear this beauty in life?
One day maybe I will dance again
One day maybe I will love again
One day maybe we will dance again
You know you've gotta
Tie yourself to the mast my friend
And the storm will end
One day maybe you will love again
You've gotta tie yourself to the mast my friend
And the storm will end"
terça-feira, maio 18, 2004
Li no anúncio do ônibus hoje "Procuro o homem da minha vida (marido já tive)". Foda.
Fui almoçar sozinha, mais tarde, pq tava atolada aqui, fazendo o "trabalho sujo". Mas foi até bom, engoli um lanche do Mc Junkie e fui andar na praia. Tava triste, dia triste, eu pensativa, praia vazia, mar agitado. Pessoas faziam o mesmo que eu, olhavam, pensavam. Pensei no lance do dia de sol, dia nublado, metáforas... Hoje tá nublado e eu me sinto mais tranquila que em muitos dias de sol. Só por hoje, pelo menos. Tirei fotos, e vi como posso chamar a atenção andando arrumadinha, com essa minha cara, num dia nublado tirando fotos na praia. Enfim...
De manhã vi o menininho no metrô, não consegui não olhar. E não pq ele tinha down, mas sim porque era lindo e alegre. Me mostrou a língua várias vezes e ameaçou me bater. Mas a mãe era tão carinhosa, e ele tão engraçadinho... Reparei nas coisas, nas pessoas, nos lugares... Cansei de pedir, de viver esperando, desejando... Quero viver sem esperar, sem pensar muito. Tudo o que eu mais queria era conseguir, com o coração, ter atitudes que a cabeça sempre soube... trabalhar, estudar, sair com amigos e ligar o foda-se pro resto. Sem procura e sem desejo pode ser que surja algo mais certo e bacana que criaturas loucas e problemáticas escolhidas a dedo. Caguei que tenho quase 30, isso só serve pra ter adoquirido (alguma) maturidade. As coisas sempre aconteceram na minha vida como tempestades de verão no dia quente e ensolarado. Como um relâmpago, repentinamente. E hei de continuar assim.
Ontem alguém me disse que ser burra era a solução. Concordo. Já pensei nisso várias vezes, esse lance da vida moderna, trabalho, estudo, família, dinheiro, marido, namorado, filhos, brigas, amigos, contas... acabam com os neurônios de qualquer um, põe "Tico, Teco" e quem mais vier em graves conflitos. Eu descobri que tive TOC por muitos anos, e sabia, tinha consciência de que era loucura e lutava contra, me obrigava a não seguir os rituais. Acho que me livrei das nóias sozinha mesmo, mas não sei como. As vezes elas ainda tentam vir, mas eu me forço a não dar vazão.
Ah, mandei o email. Abri o jogo e não me arrependi, mas me questionei várias vezes por ser tão impaciente. Certa, errada? E agora resolvi dar um "oi". A fotinho nova me arrepiou, ele é uma graça (mesmo sem ser - mais um "escolhido a dedo"...)...
Fui almoçar sozinha, mais tarde, pq tava atolada aqui, fazendo o "trabalho sujo". Mas foi até bom, engoli um lanche do Mc Junkie e fui andar na praia. Tava triste, dia triste, eu pensativa, praia vazia, mar agitado. Pessoas faziam o mesmo que eu, olhavam, pensavam. Pensei no lance do dia de sol, dia nublado, metáforas... Hoje tá nublado e eu me sinto mais tranquila que em muitos dias de sol. Só por hoje, pelo menos. Tirei fotos, e vi como posso chamar a atenção andando arrumadinha, com essa minha cara, num dia nublado tirando fotos na praia. Enfim...
De manhã vi o menininho no metrô, não consegui não olhar. E não pq ele tinha down, mas sim porque era lindo e alegre. Me mostrou a língua várias vezes e ameaçou me bater. Mas a mãe era tão carinhosa, e ele tão engraçadinho... Reparei nas coisas, nas pessoas, nos lugares... Cansei de pedir, de viver esperando, desejando... Quero viver sem esperar, sem pensar muito. Tudo o que eu mais queria era conseguir, com o coração, ter atitudes que a cabeça sempre soube... trabalhar, estudar, sair com amigos e ligar o foda-se pro resto. Sem procura e sem desejo pode ser que surja algo mais certo e bacana que criaturas loucas e problemáticas escolhidas a dedo. Caguei que tenho quase 30, isso só serve pra ter adoquirido (alguma) maturidade. As coisas sempre aconteceram na minha vida como tempestades de verão no dia quente e ensolarado. Como um relâmpago, repentinamente. E hei de continuar assim.
Ontem alguém me disse que ser burra era a solução. Concordo. Já pensei nisso várias vezes, esse lance da vida moderna, trabalho, estudo, família, dinheiro, marido, namorado, filhos, brigas, amigos, contas... acabam com os neurônios de qualquer um, põe "Tico, Teco" e quem mais vier em graves conflitos. Eu descobri que tive TOC por muitos anos, e sabia, tinha consciência de que era loucura e lutava contra, me obrigava a não seguir os rituais. Acho que me livrei das nóias sozinha mesmo, mas não sei como. As vezes elas ainda tentam vir, mas eu me forço a não dar vazão.
Ah, mandei o email. Abri o jogo e não me arrependi, mas me questionei várias vezes por ser tão impaciente. Certa, errada? E agora resolvi dar um "oi". A fotinho nova me arrepiou, ele é uma graça (mesmo sem ser - mais um "escolhido a dedo"...)...
domingo, maio 16, 2004
"Se tudo pode acontecer
se pode acontecer
qualquer coisa
um deserto florescer
uma nuvem cheia não chover
Pode alguém aparecer
e acontecer de ser você
um cometa vir ao chão
um relâmpago na escuridão
E a gente caminhando
de mão dada
de qualquer maneira
eu quero que esse momento
dure a vida inteira
e além da vida
ainda de manhã
no outro dia
se for eu e você
se assim acontecer"
se pode acontecer
qualquer coisa
um deserto florescer
uma nuvem cheia não chover
Pode alguém aparecer
e acontecer de ser você
um cometa vir ao chão
um relâmpago na escuridão
E a gente caminhando
de mão dada
de qualquer maneira
eu quero que esse momento
dure a vida inteira
e além da vida
ainda de manhã
no outro dia
se for eu e você
se assim acontecer"
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