sábado, agosto 24, 2002

Estou feliz. Sei lá porque, mas estou cantando alto e no repeat "Baby, one more time", da Britney Spears. Mas nem embregueci de vez, tô alternando as versões do Fountains of Waine (estilosa) e a do Travis (trashona). E gesticulando bastante, com direito a caras e bocas. E olha que nem tenho platéia, e nem espelho (menos mal).

"My loneliness is killing me
I must confess I still believe
When I'm not with you I lose my mind
Give me a sign
Hit me baby one more time"


Mas estou feliz.
E com sono.
Vou dormir, tenho aulas chatas daqui a pouco, preciso debater sobre o Amóóór. Isso é a aula de Psicologia.

quinta-feira, agosto 22, 2002

Jello Biafra para presidente
O Partido Verde americano já está fazendo pesquisas para definir quem
será seu candidato a presidente na próxima eleição federal. Em 2000,
Jello Biafra (ex-vocalista dos Dead Kennedys) era um dos candidatos à
vaga mas acabou preterido. Agora, seu nome volta a ser considerado.
Quem quiser dar uma força para o velho punk pode passar no site dos
militantes do Green Party (www.tcgreens.org) e ajudá-lo a ser uma
pedra no caminho da reeleição de W. Bush.


(USINADOSOM)
"Nothing in this ugly world comes easily...
...Well, I was a gloomy soul/ Never thought I see a brighter day/ The dark interior/ Blows those silver clouds away"

quarta-feira, agosto 21, 2002

Ontem teve Clash City Rockers, banda do Philippe Seabra da Plebe Rude, tributo ao Clash. E patrocinadas por ele, eu e Kamille tomamos o rumo do Ballruim. Lá, encontramos a Ciça e o Fred. Sobrevivemos ao péssimo show de abertura do Detonautas e lá pelas tantas o show de verdade começou. O foda daquele lugar é isso, tudo demora demais, seja qual for o dia da semana. Mas então, teve participações especiais, Tony "Cassia Eller" Platão, o Bruno Gouveia do Biquini Cavadão (que tá muito esquisito, diga-se de passagem) e o maravilhoso, inigualável, fodão... Ah, o da foto aí.
"The ice age is coming, the sun is zooming in
Engines stop running and the wheat is growing thin
A nuclear error, but I have no fear
London is drowning-and I live by the river"


(Aliás, o Ritchie tá com uma cara de quem cheirou cocô... E gostou, diga-se de passagem, porque ele tá rindo...)

segunda-feira, agosto 19, 2002

Às vezes eu sinto uma saudade estranha do passado, saudade de coisas boas e de outras nem tanto, sinto falta de pessoas que tiveram passagem relâmpago pelo meu filme, pela minha vida. E de outras que ficaram por muito tempo e mesmo assim se foram, algumas vezes até sem se despedir. E eu detesto quando as pessoas não dão nem um tchau sequer. Tenho um sério problema em cortar o cordão imaginário, porém não menos vinculador, que me liga a cada criatura que aparece. Com alguns eu mesma trato de me desvencilhar, mas basta a coisa se complicar que o vínculo está formado.
E eu começo a assistir o tal filme, e vai dando um certo aperto. Sinto saudades de um alguém que estava comigo naquele show, ou naquele outro dia na escola. Saudade de um beijo, saudade de um filme, saudade até do dia do fora, porque se ao lembrar da dor posso senti-la, também me recordo o quão prazeroso foi antes dele.
Acho que eu sou doente.
Mas também sinto saudades daquele dia que nós discutimos sobre o horário que íamos sair. Um amigo acaba de me dizer que sentir tanta nostalgia é perigoso, mas não me explicou o porquê. E também, ele falava dele. "Eu não posso causar mal nenhum a não ser a mim mesma". E o vínculo com o passado é vicioso e irressistível, sabendo que o futuro está sempre adiante e é uma incógnita, mesmo que charmosa por ser uma surpresa. Prefiro ele, o passado, que não me deixa ansiosa por não saber o que está por vir. Dele eu sei tudo, e posso descobrir cada vez mais. A única que consegue me atrapalhar nessas viagens é a minha memória, mas fazendo um pouco de força as imagens vão se formando, vão surgindo em minha mente.
A saudade vem do nada e, ainda bem, se vai da mesma forma. As vezes ela aparece numa tarde, num passeio no shopping, quando alguém passa por mim e tem o seu cheiro. Ou quando aquela música toca no rádio do taxi que eu pego, atrasadíssima, indo pra uma entrevista de emprego.
Dessa vez a culpa é desse CD, é do Bernard Butler que repete com tanta ênfase "'cos I'm not alone, these days". Porque eu estou aqui sozinha, e seu nome pisca no icq. Mesmo que só aqui na minha cabeça, só pra mim. E essa semana é o lançamento do seu livro, o livro que você escreveu enquanto ainda estávamos juntos. E eu não vou viajar com você. Nem sequer fui convidada, mesmo que por educação. Mas também, eu não quero sua educação. Não é isso o que eu quero de você.
Eu só quero um colo que me dê um cafuné, mesmo que só uma vez, a última vez. Pode ser ali, no seu sofá, vendo um daqueles filmes chatos antigos em P&B, que você tanto adora. Eu finjo que vejo enquanto adormeço no seu colo.
Ontem, na Loud!
Fernando, yo e Kamille.

Valeu, Fred, adorei as fotos.