sexta-feira, maio 07, 2004

Falta de preparo físico é foda. Andei tanto na quarta-feira, mas tanto, que tô manca esses dias, até porque, minha unha do pé quebrou e fiz uma tatuagem, tudo dolorido. Problemas de junta...

quinta-feira, maio 06, 2004

Ontem passei por um boteco na Aclimação, perto da rua do Paraíso (nome no mínimo irônico, tendo em vista que é uma mega ladeira quase vertical), enfim, e no boteco tocava Who. Sim, sim, não acreditei. Olhei pra trás mil vezes, e a criatura que estava fumando na porta deve ter achado que era mole. Mas eu não consegui imaginar que ele fosse fã de Who...

quarta-feira, maio 05, 2004

Tô em SP, na FNAC da Paulista, nerdando. Na verdade, tentei despejar as fotos do show do Teenage ontem, mas não consegui. Paciência, posto amanhã, quando volto. Foi bem bacana, encontrei muitos amigos, ganhei camisetas de bandas...

segunda-feira, maio 03, 2004

A rotina te pega mesmo quando você foge dela. Nem sempre, não o tempo todo, mas é inevitável.
Com ela as coisas fugiam do marasmo de vez em sempre e, mesmo nem sempre tendo final feliz, pelo menos rendia boas histórias pra se contar, que nem novela, a vida su-real. E quem foi que disse que só com "happy-ends" é que é bom? Se o durante for feliz, já tá valendo. Pelo menos ela pensava assim, nos momentos de consciência. No tombo, podia até se arrepender, mas já já levantava e vivia.
Ela ia pro trabalho de metrô todos os dias, no mesmo vagão, mais ou menos a mesma hora. As pessoas eram as mesmas, e ganhavam apelidos, sendo cumprimentadas mentalmente como num ritual, já sem querer, pelo costume.
Um dia ele passou por ela e lhe pareceu familiar. Ela não conseguiu tirar os olhos, ele nem era lindo, nada, só era... era impossível não olhar pra ele. Não lembrou de onde o conhecia, e nunca mais o viu. Pensou alguns dias naquela criatura e, meses depois, o viu num ponto de ônibus - acompanhado. O encanto adormecido acabou desfalecendo de vez.
Segue a vida, metrô, metrô, metrô, trabalho todo dia. E um belo dia - tcharam! O menino passou novamente por ela. Ele olhou discretamente, e foi para o fundo. Agora era diferente, eles se viam mais, quase todos os dias da semana, e cada vez mais olhares. Meses se passaram, 3, 6, 12, nem sei mais. E era quase sempre a mesma coisa, ele olhava, passava por ela e sumia.
Eis que numa sexta-feira o ônibus estava cheio mas, já atrasada, ela resolver ir mesmo assim. Parou lá no fundão, encostou no ferro, em pé, para melhor se apoiar. Depois da discussão da noite passada com o ex, insônia, choro, e a fatídica cara inchada naquela manhã de sol. Pensou nele, desejou que aparecesse para salvar o dia, para lhe dar o prazer de um sorriso apenas, mera alegria depois de tanta tristeza. E como nas revistas romântico-cafonas de banca de jornal, ele surgiu. Olhou, riu, e subiu no veículo. Ela gelou, porque já estava bem cheio e o único lugar vago ela lá atrás, na continuação do ferro de segurança, ao lado dela. E assim aconteceu. Ele se apoiou na mesma posição, ela virou o rosto. No aperto que estava, o dedo dele encostou no seu. Ela deixou. Ele chegou mais perto, encostou mais, ela tremeu, respondeu a pergunta do homem a sua frente. Havia tido um acidente, engarrafamento, carros parados, horas ali. Mas nem parecia. A mão, gelada, trêmula, o dedo que virou mão inteira, carinho. Carinho, carinho, mais carinho. Todos os dedos dele entrelaçavam os seus, ela olhou. Ele sério, depois sorriu, ela não conseguia ficar séria, queria rir. Puxou a mão, mudou de posição. Voltou. Carros parados, horário do rush, a porta se abriu. Eles se olharam e resolveram não descer. Conversa, perguntas, respostas, a vida real. Tempos modernos, o inevitável papo de internet, troca de emails para mais conversa no programa em tempo real. Se despediram, se falaram depois, online. Aquele era o último dia dela no trabalho, se não houvesse acidente, ônibus cheio, talvez nunca se falassem. E ela lembrou de onde o conhecia. Daquele show de anos atrás, que fora sozinha. Deu até carona a ele na volta, e nunca mais se falaram. Ela sabia, ele não. E daí, o que querem dizer tantas coincidências? Nenhuma garantia, só a de que a vida é igualzinha o que se vê na tv, todos se conhecem, todos se esbarram, mais cedo ou mais tarde. E com muitos detalhes.
Hoje comecei meu novo horário no estágio, de 11hs as 18hs. E tô a toa, duas horas ainda sem nada pra fazer! Tédio.
E tô tensa, tensa, tem que dar certo... Não o trabalho, aliás, também, mas... (Fred, quero falar com vc!)

E amanhã dou um pulinho em SP, Teenage, amigos... Foda.