quinta-feira, junho 24, 2004

Almoço as quatro da tarde. De novo. Teve festinha aqui hoje, pavê, coca-cola, e a fome foi embora. E eu nem tinha tomado café, por conta do atraso. Só um farelo social, no metrô.
Big Mac e suco de amora do Bibi. Adoro suco com polpa congelada, frozen, mas acho que não devo. Tosse, tosse.
Esse negócio de tossir e espirrar ao mesmo tempo não dá. Não aguento mais. Não guento também esse vício de internet, todo dia digo que vou dormir cedo, nunca consigo. Não tive aula nem prova, passei naquela loja foda de All Star escondida na galeria da praça. Quero um preto de cano longo, pra combinar com o seu azul, que eu vou dar. Mas vc quer um preto tb, né? Enfim. Bagunça, poeira, sono, cansaço. Amigos. Web cam, dormi tarde. Perdi a hora, maldito despertador! Só valeu pela amiga da época do (primeiro) cursinho que eu vi no metrô. "Tenho 5 minutos para estar na Urca", disse ela. E eu, 5 minutos para o Leblon. Fudeu. Mas ri, fiquei feliz ao vê-la. Mensagem no celular boboca, engraçadinha. Recebo uma resposta séria, sem graça. Ok, ok, não vou reclamar. Cada um tem seu jeito, sei lá. Trabalho, trabalho, ócio. Frio, calor, internet. Saudades. Maldita saudade, maldita vontade de te ver. Não quero, quero não sentir, quero ser controlada e fria. Hahaha, nunca, né?

segunda-feira, junho 21, 2004

Tô morta de sono, há duas noites tenho dormido mal. Mas isso é o de menos, carpe diem, dormir pras horas vagas. O lance é não ter ocupação, isso sim cansa. Vóu escrever então qualquer bobagem só pra matar ele, o tempo, e ver se chega logo a hora de ir embora.

Bebi tanto café hoje que só agora, quase 16hs, consegui almoçar. Café me dá azia, mas preciso dele no trabalho. Almocei sanduíche com suco de amora. Adoro frutinhas vermelhas!

Descobri erros no meu trabalho final de Cultura. Eu sabia que não devia olhar, tá impresso e encadernado. Agora já era, fudeu. Esquece, esquece. Pensarei em outras coisas... Aliás, a tensão pode ser ainda maior. Hummmm...
A Tijuca é o único bairro cujos moradores tem o agradável adjetivo "tijucanos". Os metaleiros estão espalhados por todo canto, e ontem tive a infeliz idéia de ir beber no Só Kana da praça Varnhagem (?), e estavam todos lá em perfeita (des)harmonia. Era um tal de cabelo comprido cortado em camadas e preibóis com camisa do bloco da Ivete Sangalo por todos os lados. Tinha um ser que foi o que mais me chocou, não conseguia parar de olhar para ele. O desinfeliz tinha um cavanhaque "alça de piru", usava calça jeans justa "zezé di camargo", sem camisa, tatuagem de sereia nas costas e postura de "eu sou foda e gostosão". Além disso, andava com o copo de cerveja na mão e vivia querendo chamar atenção com o potente som de seu Uno, tocando pérolas do axé e pagode. Um horror. Bem feito, tomou uma multa, mas nem assim sossegou. Fora os outros todos que ficavam brincando de se agarrar em briguinhas pelo chão do boteco. Tesão recolhido, só pode ser. Beija logo na boca, bando de bichas enrustidas! Mas então, o lance é comprar um litro de batida e ir beber noutro canto, até pq a tal batida é tudo de bom, melhor até que a do famoso Oswaldo da Barra. E a pizza tb é boa e barata, massa fininha. Comemos de carne seca. Diliça.

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Ah, vi Cazuza. Chorei e tals, mas continuo achando ele um filhinho de papai inconseqüente e exibido. Gostei do filme, o tal Daniel Oliveira é fodão, mas as falas pareciam decoradas demais, como se ele tivesse lido seus autores prediletos, citados na história, e usasse no dia a dia, o tempo todo. Mas o garoto tá foda, língua presa, canta bem, chocante. E a Marieta Severo tb tá ótima no papel da Lucinha, mimando além da conta o rebelde sem causa. E deu vontade de pegar os cds todos do Cazuza e ouvir, relembrar as letras, cantar junto. Amei um trecho que não li comentários em lugar algum, quando ele briga com o Frejat para gravar "O mundo é um moinho", do Cartola, a minha favorita. Lembro da primeira vez que ouvi essa gravação, ainda pequena, e simplesmente me apaixonei. Ele canta Cartola mais algumas vezes com a mãe, e é emocionante. Comparando com o livro, obviamente há diversas falhas. A ausência de uma citação sequer do Ney Matogrosso é imperdoável. Mas o filme vale a pena.

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Sou quase um alcólatra
Bebi sexta, sábado e domingo. Sexta fui finalmente no tal samba da rua do Mercado, adorei. Sábado teve vinho e várias andanças por aí... E ontem, já disse, cinema e Só Kana. E adorei a companhia. Eta, quero mais findis assim...
Eu te darei o céu meu bem, e o meu amor também

Acordei cantarolando uma música do Jota Quest, e já vi que vai ser o dia todo assim. Até sexta-feira estava morrendo de dúvidas e hoje tenho a maior certeza do mundo. E é isso que me deixa em dúvida novamente, e com medo. Essa minha mania de escolher a dedo o errado deve ser auto-sabotagem, só pode ser. Mas será, de novo? Tô pagando pra ver... Porque foi tudo tão bacana nesses últimos dias que eu fico pensando que se eu tivesse evitado como eu queria o encontro de sexta, estaria me contentando com menos do que eu realmente desejo. E eu quero muito mais...
Essa semana finalmente acaba o inferno do final de período da faculdade e eu tô quase pirando com tantos trabalhos, noites mal dormidas e a confusão da vida pessoal, que me consome mas me tira da rotina (que obviamente, eu detesto).
Sei lá...

Ah. Só agora eu lembrei de pegar no sobretudo as presilhinhas que eu usava ontem. Encontrei a flor que trocamos ontem lá. Estava murcha, tão rápido. Guardei numa agenda. Eu acho que eu não acredito em mais nada e em mais ninguém não. E quem me daria certezas infelizmente está longe demais da minha realidade. Acho que eu murcho rápido como a flor. E não sei o que fazer pra ser mais leve e não pensar.
...
(ouvindo Roberto Carlos, álbum de 66)