segunda-feira, setembro 01, 2003
Eu não sou volúvel, só aprendi a não ficar chorando muito tempo por nada. Não deu, não quer, azar. Lamento, mas limpo os joelhos, levanto e sigo em frente. E passa, passa de verdade. Mas com você eu não sei o que houve, não sei porque que a fórmula desandou. Não passa, não esqueço, não deixo sequer de pensar, não consigo não desejar esbarrar com você na rua, não imaginar que quando o telefone toca pode ser você (mesmo sabendo que dificilmente vai ser você). Fico com as mãos geladas quando você aparece, torcendo pra que fale comigo. E fico tensa e com dor de barriga quando vou te ver. Mais tola e mais adolescente impossível. Se bem que isso não passa nunca, mesmo depois de "grandes" e maduros a coisa persiste, com o adendo de que esses sintomas não vêem acompanhados de qualquer pessoa, eles simplesmente surgem quando se trata de um alguém especial. E sei lá porque alguém é especial! A gente busca explicações nas afinidades, na carinha bonitinha ou sei lá mais no que, mas no fundo não tem muita lógica não. Seria bom se a gente só resolvesse gostar de "pessoas certas", tendo a recíproca verdadeira, ou seja, sentimentos mútuos. O cupido podia ser gentil e flechar ambos, ao invés de fazer essa sacanagem de nos deixar de quatro por qualquer desinfeliz que amanhã nem lembra mais da nossa existência. Ou até lembra, mas é indiferente. Eu queria não gostar de você. Ou melhor, queria gostar sim, muito, até mais. Na verdade, eu queria é que você também gostasse de mim.
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