quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Eu sabia exatamente quais eram esses momentos. Pelas palavras, pelo olhar, pelos gestos. Foi bom ouvir, mas não precisava ter dito. Eu sabia, eu sentia. Uma amizade como outras tantas, de querer estar perto, de gostar de ouvir e de falar, uma coisa quase de alter ego. Mas é diferente em algum detalhe sutil que eu simplesmente não sei dizer. E talvez esse seja o grande segredo, a graça da nossa história. E tornar o subentendido óbvio poderia ser estragar tudo. E eu, que sempre gostei de correr riscos, não sei se vale a pena. Talvez melhor seja deixar correr. Sempre "talvez".

Eu quero, as vezes quero mais, as vezes menos, mas não deixo de querer. E talvez o grande lance seja esse, sempre querer e nunca ter de fato, pra jamais deixar de desejar. Afinal, a gente sempre quer o que não tem, né? E pra que simplesmente querer eternamente? Nem sei. Mas é bom, de qualquer forma.

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