terça-feira, março 28, 2006


Bem, voltando ao "tudo sobre a minha vida", esqueci de falar de duas coisas da maior importância: música e fotografia.

Lembro que quando eu era criança tinha aquele disquinho do Vinicius e alguns outros infantis. Mas lembro também de ser apaixonada por Carpenters, Elvis Presley e, mais tarde, com uns 8 anos, Legião Urbana. Sempre gostei de buscar outras coisas, não gostava só do que todo mundo ouvia, nem de ouvir só coisinhas de criança, mesmo ainda criança. Eu era metida, queria saber de tudo, e queria ser igual aos grandes, mesmo gostando de ser criança. Eu sempre fui a mala aquariana do contra mesmo. Daí que um belo dia cismei que não havia só o que tocava no rádio, não era possível. E eu tinha noção de outras coisas, pois lia na Bizz (nada de internet ainda, internet é muderno e recente, gente), e comecei a fuçar em sebos, e com amigos. E fui descobrindo bandas, e discos históricos e essenciais, e fui comprando, comprando... Eu comprava álbuns importantes, mesmo caros, porque era um investimento. Meu dinheiro ia todo pra isso! E nessa fui conhecendo bandas, que apresentavam outras bandas, e influências... E comecei a sair, muitas vezes sozinha mesmo, porque cansei de ficar em casa ou de ir pra lugares que não gostava. E me achei, e fui conhecendo pessoas, fazendo amigos. O tempo passa rápido, faz anos, mas parece que foi ontem. no começo da faculdade, saí do meu emprego e fiquei um semestre só com aulas, sem trabalho. Passava as noites e madrugadas na internet fuçando bandas, sites, descobrindo coisas e pessoas, fazendo amigos. Até nisso a internet é legal, você conhece pessoas bacanérrimas que não conheceria muitas vezes na vida real. Fiz grandes e bons amigos por aqui, no icq. Nunca fui de irc não, não tive saco, nem com salas de bate-papo. Hoje em dia ainda sou viciada nisso aqui, mas bem menos que antes. O velox facilitou bastante a vida, e além de dar mais rapidez, baixou a conta de telefone, por incrível que pareça.

A fotografia também sempre foi o meu grande amor. Adoro desde que me entendo por gente ver fotos, exposições, álbuns de família, toda e qualquer foto. Observar, analisar, reparar nos mínimos detalhes. Sempre tive um olhar bom pra isso. E daí que queria viver de foto, fazer faculdade, mas não existia, e eu tinha medo do mercado. Resolvi então fazer comunicação, já que sempre gostei também de ler e escrever, e ter um diploma mais seguro (seguro??), e então trabalhar com foto, se possível. Aprendi laboratório, uma paixão, e tantas coisas que me dão ainda mais vontade de um dia poder me dedicar mais, profisisonalmente e pessoalmente a algo que me realiza. Adoro ensinar, aliás, é a única coisa que me garanto ensinando e faço bem. Já até troquei aula de violão por aula de foto (algo que terminou não dando muito certo, no fim das contas, rs). Agora, com o diploma de jornalista, penso em fazer algum tipo de especialização e me jogar. Preciso de emprego, mas preciso ser feliz nele, né?

Ah, isso tudo sobre o meu eu me fez pensar como eu detesto pessoas "wanna be", fakes, gente que não é, gente que "quer ser". Ok, querer ser é um bom começo, mas na maioria dos casos ou você é ou não, e daí, só lamento. Forçar não rola, fica nítido que é falso. Como diz a mala da Pitty que eu destesto, "o importante é ser você", seja como for. Não se fantasie, não monte uma personagem, pelamordedeus. Vergonha alheia.

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