Eu tenho uma certa dificuldade a me desapegar das coisas, das pessoas. Eu até consigo quando me esforço, e depois vejo que nem foi tão difícil e que muitas vezes, na maioria delas, nem faz muita falta. Mas o primeiro passo é que é o meu grande desafio. Sempre foi assim, tanto pra terminar com um namorado estorvo, quanto para jogar objetos antigos e agora inúteis fora. Porque me apego as lembranças, e esqueço que para tê-las, não preciso de nada material que as conserve. O fato é que minhas memórias só permanecem enquanto tenho algo palpável que as mantenha no ar. Mas nunca, nunca jogaria fora fotografias, quaisquer que fossem. Elas revelam da forma mais explícita possível momentos únicos (ok, todos os momentos são únicos), enfim, alegrias, tristezas, caretas, encontros, perdas, cores, nomes... Mas volta e meia alguém abre mão disso, e eu fico pensando... Olha só o que saiu na Folha.
quinta-feira, julho 25, 2002
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