sexta-feira, agosto 02, 2002

Tô ouvindo a Fluminense desde a hora que acordei. O Dado tá lá, com o Barone, falou dos Netunos (viu JP?) e isso tudo me dá uma puta nostalgia, não bastasse aquele papo todo sobre aquelas coisas que me incomodam lá no fundo do coração. Chorei com o tal papo, e mais ainda quando li o comentário da Helena. Tá, tô sensível paca's, retornei as minhas origens de manteiga derretida, à época da escola em que eu ia chorar escondido no banheiro, depois de brigar com alguém que me irritava por algum motivo. É, eu caía na porrada, e a torcida toda era sempre a meu favor. Eu sempre ganhava, mas o que mais me recordo é de logo após ir arrumar os cabelos no banheiro, aos prantos. Mas saía de lá impecável. Hoje em dia eu não sou mais assim, não sou mais forte nem na aparência. Sou uma fraca, impotente. Só não sou covarde.

E tocou Tempo Perdido ao vivo agora, "a primeira vez que a música foi tocada no Rio". Foda, mais nostalgia, porque Legião faz parte de mim, me lembra tanta coisa, tantas pessoas e me dá uma saudade... É, acho que é isso, hoje é dia de saudade, saudade dos que já foram, saudade dos que estão longe, saudade dos tempos que não voltam mais, saudade de quem nunca foi e nem nunca será.
A vida podia ser feita de um único dia, porque aí tudo seria sempre muito recente, não daria tempo de ter medo de perder, talvez não desse tempo nem de perder.
Acho que a mosca vive só um dia, então a mosca deve ser um inseto feliz. Pena que não tem como eu saber disso. Mas mosca é nojento. Eu queria ser um "eu" melhorado e viver um só dia. Um dia feliz e só. Que não desse tempo de errar, nem de perder, nem medo de fazer nada. Só viver, e ter todo o prazer do mundo, por um único dia. E depois morrer.

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