E agora? Não sei achar o equilíbrio da emoção com a razão. Uma sempre manda mais, faz força na gangorra e levanta ou detona a outra. E eu tô pensando. Pela primeira vez não quero ser apressada, quero e preciso pensar, pesar bem direitinho os prós e contras, pra não deixar a emoção mandar mais no que a razão me diz. E quando eu tiver certeza, jogo todas as cartas e vejo no que dá. Engraçado que não sinto ciúmes e nem tenho medo de não conseguir ou de errar mais uma vez, de perder tempo. Na verdade, acho que perda de tempo seria nem tentar, porque as coisas não saem da minha cabeça enquanto eu não faço. E nem tô preocupada com o tempo, agora eu sei de verdade que o que é da gente nada nem ninguém tira. Ou seja, no fundo eu já sei, só falta ter essa certeza conscientemente. Vou esperar, vou pensar, e vou vivendo, até lá, como eu sei que ele tá fazendo, e o que o ajuda a enganar os sentimentos, a adiar decisões... Pela primeira vez tenho em mãos algo que não passa com o tempo, acho muito bom isso, quer dizer que há mais verdade que nunca nessa história. E não pode ser a toa, não pode ser em vão. Não há de ser. Enquanto isso, o mundo dá suas voltas...