Hoje acordei assustada no meio da noite por causa de um pesadelo. Não lembro o que era, mas sempre que acontece ligo a tv, pois tenho medo do escuro. Me cobri e dormi de novo, tremendo, mas de frio.
Levantei de manhã com uma sensação pior que a de ontem, um vazio imenso, uma falta do que eu não tenho e nem nunca vou ter, mesmo tendo em mãos. Dá pra entender? Vc pode até tocar, achar que possui, mas não, quando para é que vê que a coisa te escorre por entre os dedos. E vc é assim, algo aparentemente palpável, mas que nunca conseguirei conter em meus braços. E então eu penso em fugir, fugir de você, não saber, não falar, não tentar nem ao menos viver alguns momentos. Mas aí penso que eu nunca fugi, de nada, nem de mim mesma, que dirás da vida. Eu sempre enfrento, busco o que eu quero.
Always in love... parece uma ironia isso, e é, auto ironia. Sabe, cansei. Alguém podia me livrar dessa coisa? Ok, antes estar sempre gostando de alguém que nunca se envolver. Mas eu precisava mesmo é de um meio termo, porque cansa pular de galho em galho. A vida é muito difícil, e sempre vem alguém me dizer que tem que ser assim. E aonde tá escrito isso, porque que tem que ser? Eu não quero que seja, chega, um quarto de século já me cansaram a beleza demais com lágrimas ao travesseiro e lamentos em ombros amigos. Quero o simples, quero um amor só, enterno, mesmo que enquanto dure, mas algo mais que apenas algumas semanas, e mão dupla, por favor, porque cansei de dar de cara com a placa de mão única no final da rua.
sexta-feira, setembro 12, 2003
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