Nessas voltas que o mundo dá, volta e meia eu fico tonta, tentando acompanhar sem perder nada. Essa empolgação e a coisa de querer abraçar o mundo sem deixar escapar detalhe algum faz parte de mim, essa coisa adolescente que parece que não vai passar nunca (tomara que dure muito, ao menos). E é oito ou oitenta, não tem meio termo na maior parte do tempo; são tantas pessoas simultâneas que eu fico meio perdida, embora sempre adore essa movimentação. E tô tão certa do que eu não quero, que tô abrindo mão mesmo, coisa rara. Aquele que tirou mais uma lasquinha do meu coração ainda tá aqui dentro, guardadinho, bem cuidado numa esperança tola, utopia eterna. De resto, deixo rolar, tanto faz. Aquele que não sabe o que quer vai se decidir já já, porque é aquela coisa, ele domina a outra e se sente dominado por mim, mesmo que eu não levante um dedo. Mas todo mundo sempre fica fascinado pelo desconhecido, uma ameaça, de certa forma. Eu nem ligo, até literalmente, ele tem medo do que eu sinto e não percebeu ainda que quem tá mais vulnerável aqui é ele, não eu. Mas vai ver logo logo, ah vai. Agora aconteceu algo constrangedor, uma pessoa que se encantou e não tem como ser recíproco. Não tem como nem ao menos ser algo. Infelizmente. As vezes rola vontade de ver no que dá, e nesse outro caso eu até vou encarar, mesmo não querendo nada, que dirás esperando. Mas com esse que me constrange, nada. Não dá, simplesmente.
E pra variar, eu quero o mais difícil, utópico, quase impossível. Será que é de propósito, mesmo que inconscientemente? Eu não sei, só sei que eu tenho certeza que eu quero. Ele me faz rir, me deixa feliz, me dá vontade de ver, de falar, de estar perto, mesmo longe, perto. Mas tá, tá aqui, dentro do peito. Faz tempo...
quarta-feira, setembro 10, 2003
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