domingo, novembro 30, 2003

Estou sem o menor sono e daqui a pouco tenho que ir pra casa de um amigo estudar Estatística, matéria obrigatória (sabe Deus lá porque) na minha faculdade. Fiz um hamburguer e comi um "olho de sogra" (meu doce favorito) e estou me embriagando de guaraná natural, vício diliça. E isso interessa a alguém? Esse blog tá chato pacas, porque tudo tá lá no flog. Paciência, momento de falta de criatividade total, cansaço e desânimo. E algumas dúvidas...
Mas enfim, a noite de sábado é sempre a maior bosta, nada de realmente bom pra se fazer. Fui então com meus amiguinhos pra Matriz, que tava cheia de preibóis e só tocando hitzinhos. Mas eu bem gostei. Na minha última fase, a fase mala, até as festas mais legais me enjoavam. Não que agora eu goste de qualquer coisa, porque no dia que fui no Bukovski fiquei sem saco. Mas bem ando me divertindo, apesar da cara séria e dos constantes braços cruzados. Ok, ok, concordo que ando muito com cara de mau humorada, preciso assumir, já que é comentário unânime. Mas eu sou boazinha, vai...

E continuo lendo Fernando Pessoa no ônibus, quando consigo, já que o calor e o balanço me enjoam, fresca que sou.
Mais um dele. E um Gang 90 em seguida, que ouvi hoje e eu adoro. Sou véia, porra, vivi os anos 80 e adoro...

"Estou tonto,
Tonto de tanto dormir ou de tanto pensar,
Ou de ambas as coisas.
O que sei é que estou tonto
E não sei bem se me devo levantar da cadeira
Ou como me levantar dela.
Fiquemos nisto: estou tonto.

Afinal
Que vida fiz eu da vida?
Nada.
Tudo interstícios,
Tudo aproximações,
Tudo função do irregular e do absurdo,
Tudo nada.
É por isto que estou tonto...

Agora
Todas as manhãs me levanto
Tonto...

Sim, verdadeiramente tonto...
Sem saber em mim e meu nome,
Sem saber onde estou,
Sem saber o que fui,
Sem saber nada.

Mas se isto é assim, é assim.
Deixo-me estar na cadeira,
Estou tonto.
Bem, estou tonto.
Fico sentado,
E tonto,
Sim, tonto,
Tonto...
Tonto."


(Álvaro de Campos - 21/10/35)

e...

"São três horas da manhã, você me liga
Pra falar coisas que só a gente entende
São três horas da manhã, você me chama
Com seu papo poesia me transcende

Oh meu amor
Isso é amor
Oh meu amor
Isso é amor
É amor... é amor...
Sua voz está tão longe ao telefone
Fale alto mesmo grite não se importe
Pra quem ama a distância não é lance
Nossa onda de amor não há quem corte
Oh meu amor
Isso é amor
Oh meu amor
Isso é amor
É amor... é amor...
Pode ser de São Paulo a Nova York
Ou tão lindo flutuando em nosso Rio
Ou tão longe mambeando o mar Caribe
A nossa onde de amor não há quem corte
Oh meu amor
Isso é amor
Oh meu amor
Isso é amor
É amor... é amor... "


Vou lá ler o jornal...

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