sexta-feira, julho 16, 2004

Will you still need me when I'm 64?
 
  Tenho certeza (ou quase, porque nunca se sabe...) que só tive um amor na vida. Correspondido e tudo, com direito a bons momentos, promessas e juras de amor, pacto de sangue, brigas e sorrisos, tudo como manda o figurino. Eu achava, até um tempo atrás, que tinha sido um inferno e a pior coisa que me aconteceu. Mas depois de um reencontro regado às deliciosas batidas do Só Kana, algumas lágrimas e um revival, lembrando das coisas boas, dos vários momentos bacanas, percebi, juntando também os caquinhos de todos os meus 565 mil ex qualquer coisa de antes e - principalmente - depois dele, que nada nem ninguém se compara. No máximo chegam perto. Claro que conheci pessoas bacanas, atenciosas, carinhosas, e nenhuma jamais foi tão agressiva e estúpida como ele. E da mesma forma que eu teria que juntar todos os defeitos de todos eles pra chegar aos pés dos dele, teria que juntar também todas as qualidades e bons momentos para se comparar de leve ao que foram aqueles anos nada saudosos, mas sempre lembrados. Não, não é o amor da minha vida, se é que isso existe. E nem tinha como ser. Mas sem dúvida foi um amor, coisa rara nos dias de hoje, e acho que nos dias de sempre, desde que o mundo é mundo.
  Eu não saio pulando de galho em galho meramente pra viver ciscando e experimentando, mas numa tentativa de achar um outro amor tão e principalmente mais gostoso e prazeiroso pro coração e pra alma. Quero algo que aquiete minha ansiedade, que me conforte a cabeça e  o coração que sempre bate forte em vão, tolo que é, sentimentalóide e ingênuo, que não se cansa desse exercício pesado que é viver batendo forte, a toa. Quero ter alguma certeza e segurança, quero não ter medo de nada (ou quase), nem tantos ciúmes, quero saber que o telefone vai tocar. Não aguento mais essas paixonites irritantes e inconstantes, que mudam a cada semana e atrapalham a vida, tomam tempo e espaço na memória ram da minha cabeça, espaço que podia e deveria estar reservado pros amigos e pro trabalho, e também pra ele, o amor tranquilo. Não aguento mais conquistadores baratos e profissionais, que quando conseguem te ganhar num sorriso, batem a porta e partem pra conquista de novas bocas arreganhadas e pessoas tolas, tolas como eu.
Como diz no email do spam enviado pela amiga, "essa é a classe de amor que eu quero para a minha vida. O verdadeiro amor não se reduz ao físico nem ao romântico. O verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é, do que foi, do que será e... do que já não é...". Simples assim.

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