sábado, fevereiro 17, 2007

SOBRE aquarianos...

Não grude, não aperte, não force, não pressione. Como um signo de Ar, Aquário precisa de muito espaço: deixe o aquariano respirar.

Regidos por Urano, o planeta da eletricidade e das tempestades, podem ser fascinantes e imprevisíveis - nunca se sabe onde o raio vai cair.

Como os ideais são sua prioridade, deduza em que posição ficam as emoções...
O que não quer dizer que sejam frios, sem sentimentos, não é isso. O que acontece é que os aquarianos não sabem muito bem como se movimentar no terreno emocional. O plano das idéias e dos conceitos é seu chão e o mundo dos anjos o seu habitat natural, ambientes em que paixão, possessividade, ciúmes, ira e outras coisas de humanos são só abstração. Na verdade têm dificuldade em contatar com suas próprias emoções, das quais, muitas vezes, não têm a menor noção.

Além de detestarem qualquer coisa que os prenda, sob sua aparência de racionalidade e calma, podem ser bastante estressados. E não vai ser você que vai querer levar choques de no mínimo 220 V...

Aquarianos, em geral, sofrem de altos e baixos de voltagem nervosa. [vc jura? ninguém nunca notou...]

Como sua cabeça vai longe e rápido, estão sujeitos a alterações bruscas de ritmo psiquíco. Ciclotímicos, eles passam abruptamente a uma rabugice infernal. Estas mudanças inexplicáveis de humor são normalmente seguidas de surtos de neurastenia, quando os aquarianos têm ímpetos de apontar um rifle para a janela do vizinho ou afogar na banheira o telefone que não pára de tocar.

-X-

Dizem que o aquariano, por ser regido por Urano, um planeta descoberto durante a Revolução Francesa, é o exemplo de cidadão do mundo, um porta-voz nato do lema "igualdade, liberdade, fraternidade". Isto pode ter sido em 1789, quando a democracia ainda era novidade. De fato, o aquariano sempre foi um cidadão do cosmos, muitos anos-luz adiante do seu tempo, ou, no mínimo, em dia com as causas mais vanguardistas de sua época - hoje, ele seria um veterano do Greenpeace, assim como na década de 60 deve ter sido o primeiro hippie da cidade.

O aquariano típico é aquele camarada que estava bolando certas reformas religiosas antes de Lutero nascer, cantava a Internacional quando Lênin ainda freqüentava o grupo escolar e já imaginava a teoria da relatividade quando Einstein usava fraldas. Pode não ter tido o gênio destes três, mas, seguramente, enxergava tão longe quanto eles. Na pele de herege, cientista ou reformista social, o aquariano é o grande inventor do zodíaco, um utopista incorrigível, o livre-pensador um tanto aéreo, que nunca desprega a cabeça das grandes e nebulosas causas da humanidade.

Naturalmente, eles ficam tão vidrados em suas causas abstratas que não enxergam um palmo adiante do nariz: o aquariano é também aquele que, por amor a humanidade, às vezes não hesita em sacrificar um ou dois homenzinhos de carne e osso. Em contrapartida, são os seres mais despreendidos e despreonceituosos do sistema solar. Você nunca verá um aquariano racista ou machista, a não ser que seja um gravemente neurótico.

Muito mais comum será encontrá-lo numa roda de amigos discutindo sua nova teoria para a solução dos problemas nacionais: terceirizar o governo, contratando consultorias internacionais para ocupar os ministérios: Impraticável? Protestantismo, comunismo e teoria da relatividade também pareciam, no início.

DOENÇAS:
Está sujeito a doeças nos calcanhares, nas pernas, nas extremidades e na circulação venosa. A baixa vitalidade, a anemia, os distúrbios circulatórios - principalmente nas pernas - podem aparecer no aquariano. O cansaço, sonolência, fácil excitabilidade mental e nervosa, esquecimento das necessidades físicas podem advir num estado fragilizado.

TERAPIAS:
Aquarianos, em geral, sofrem de altos e baixos de voltagem nervosa. Como sua cabeça vai longe e rápido, estão sujeitos a alterações bruscas de ritmo psiquíco. Ciclotímicos, eles passam abruptamente a uma rabugice infernal. Estas mudanças inexplicáveis de humor são normalmente seguidas de surtos de neurastenia, quando os aquarianos têm ímpetos de apontar um rifle para a janela do vizinho ou afogar na banheira o telefone que não pára de tocar.

Crises como estas são de fácil solução, e para isto basta recorrer ao arsenal psico-tecnológico high-tech: terapia por computador, biodança e alguns artigos importados como a dream-machine - as incríveis tiaras eletrônicas de ondas alfa que, uma vez presas à cabeça do aquariano, transmitem feixes relaxantes. São também muito úteis os recém-inventados óculos escuros plugados a um walkman com sons new-age, os quais, uma vez assentados sobre o nariz aquariano, emitirão ondas de harmonia e paz interior. Não adianta recomendar uma antiquada técnica de relaxamento zen se ela não vier acompanhada do kit eletrônico apropriado: a terapia para o homem do futuro tem que contar com o auxílio de engenhocas futuristas.

A psicanálise virtual pode ser uma boa pedida, também: o paciente aquariano simula no vídeo a realidade virtual de um consultório, um divã, e um psicanalista, e, depois de 50 minutos de silêncio contrito, desliga a aparelhagem, suspira fundo, e dá graças a Deus por tudo aquilo não ter passado de mera projeção de imagens.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

desci do ônibus, camelôs. o das frutas reclamava alto com um menino de rua, seus 12 anos, não ouvi bem o quê, mas o moleque aparentemente não fazia nada demais, só circundava. o cara bonitinho que desceu do mesmo ônibus que eu cutucou o velho da barraca e mandou pegar leve. daí parou e fitou-o, com cara séria, como que enfatizando a ordem. sensacional. existe? não, não existe, ainda mais nos dias de hoje... gostei. tipo de coisa que me deixa feliz.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

.você espera uma ligação... aí o maldito telefone toca, e sim, o número parece ser... o ddd...
.e é a criatura do telemarketing da embratel, oferecendo descontos em ligações... grrr.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Eis o Humberto que estava guardado em você!

O pato é puto

O pato é puto
O puto não penteia ninguém
O pato levou um pontapé na boca
O puto não penteia ninguém

Bis

Qualquer bola , seja bela
Bancos de memória, bancas de revistas
E o Roberto é calvo
E você está salvo
Um parque . Um cabelo
Um segundo eterno.
É pular no inferno.
É desprezar em beleza.
É cansar em tristeza.
bola bela
O pato é puto
O puto não penteia ninguém


Repita 109 vezes até derreter seu cérebro.

(gerador de textos do mundo perfeito, há)
estou sem ar. acordei sem ar, e desde então não consigo respirar. a cabeça dói, a barriga dói, estou sufocada. o filme passa incessantemente na cabeça, como quando você bebe e por um minuto encosta a cabeça num canto, de olhos fechados. o mundo gira loucamente, o enjôo vem e é preciso abrir os olhos, levantar e ater-se a realidade, a louca e transtornada realidade.

estou sem ar, e preciso desligar o filme, abrir os olhos e mirar no sol que brilha, na nuvem branquinha do céu azul, pensar que existem tantas pessoas desconhecidas que ainda virei a conhecer, pessoas que me ensinarão, alegrarão, encantarão, e por vezes puxarão o tapete. mas o mundo é grande, criatura. o mundo é grande demais, e gira velozmente. a gente nem percebe, mas ele não pára. e se teima em remar contra a maré, perdendo tempo fazendo força com coisas que deveriam ir com o vento.
"não leve a vida tão a sério", ela diz. n'ão leve as pessoas e as coisas tão a sério. pra que, me diz? tudo passa, tudo acaba. tudo dói e tudo para de doer assim, basta a gente querer."
é?
me ensina?

eu sabia, esqueci, preciso reaprender.

(cansei)
(hoje é dia da metade, do 13 do 1331).
viver doente é algo bizarro, ou é psicológico, para camuflar algo maior, ou é para chamar atenção. normal não é, não tem como ser. e eu não aguento mais viver assim, dor daqui, dor dali, problemas de "junta". hoje foi de novo a tal cólica infernal (pela segunda vez na vida) e a maldita dor na coluna, que desce pras pernas. me dopei, não comi, e fui trabalhar. aliás tem isso também. não como nada nunca e não emagreço. tireóide? acho que estou morrendo, definhando lenta e internamente.
ok, dramas a parte, problemas demais causam confusões. pensar enlouquece, e penso nisso o tempo todo. pensar em não pensar. aparentemente estou bem, e só com um olhar mais atento se percebe que há algo 'esquisito'.
amigos solicitantes, e eu mesma falando pouco de mim. amigos felizes, amigos com problemas, e ouvir é sempre melhor que falar, aprendi, hoje nem tenho mais tanta vontade de falar, só as vezes. e me preocupar com pessoas queridas me faz mudar o foco, me faz bem. ver a 'maria' feliz me faz bem.
e nessa de levar a vida, mesmo com um rombo enorme e um vazio sem fim aqui dentro, sorriso no rosto, olhar perdido além horizonte, algumas pessoas se encantam, não entendo bem. um, dois, três, quatro, cinco... uau. e ninguém me apetece. ou não, quase. eu não amo ninguém, não assim, e o que eles vêem em mim?
eu quero ver algo em alguém. quero coração que bate forte, esperar pelo telefone que vai tocar (e toca). quero gostar de um alguém que também goste. quero sorrir do nada, por nada, quero sentir que as coisas vão dar certo como eu sinto e sempre acerto com os amigos. eu quero também, sabe?
sei lá.
e hoje foi legal, a outra pulante, dar voltas no shopping, palavras carinhosas, bate papo, o detalhe bonito que a outra reparou... sempre vale a pena chegar em casa mais tarde, e isso acontece com frequência - ainda bem.

daí telefone, quibe de forno... e pensamentos. muitos deles.
ainda não sei, ligo, não ligo? não sei.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

achei esse texto do dapi nos 'disquetes perdidos'. deve ser de 2000, 2001, sabe deus. mas tem a ver...

Independência

Deu nos jornais, nas rádios, nos sítios da Internet. No meio da tarde de segunda-feira da semana passada, Paulo Henrique C. Santos, de 25 anos, fechou as pistas dos dois sentidos da Ponte Rio-Niterói. Morador de Alcântara, ele estava numa van, obrigou o motorista a parar no vão central e, durante quase meia hora, sentou-se na mureta, ameaçando jogar-se lá de cima. Uma equipe de socorro da concessionária Ponte S.A. convenceu-o a sair dali, e ele foi encaminhado diretamente ao Hospital Psiquiátrico de Jurujuba. Até os jornais do dia seguinte, ninguém sabia o que havia motivado o ensaio de suicídio. Depois, Paulo Henrique foi esquecido em prol dessa infindável listagem de mortos, assassinados e suicidas bem-sucedidos a que chamamos vida.

Quando li pela primeira vez sobre esse episódio banal, numa curta nota no tempo (ir)real da internet, incomodou-me a naturalidade do encaminhamento ao hospício. Talvez ele devesse ser preso por atravancar o caminho de dezenas de milhares de pessoas já engarrafadas naquele trânsito infernal, talvez ele devesse ter que pagar uma multa à concessionária pelo trabalho que deu, tudo isso eu entenderia. No entanto, a mensagem subliminar - "quem pensa em se matar só pode ser maluco" - me parece
absolutamente incompreensível. E nós lá sabemos quais são, ou se soubéssemos teríamos como avaliar, as razões para o Paulo Henrique pensar em pôr fim à própria vida? Talvez ele nem pensasse nisso a sério, mas e daí? O mundo já não se esmera em nos dar motivos suficientes?

Vou ser franco. Não entendo como alguém que de fato nunca tenha pensado em se matar -apenas pensado, não é preciso ter comprado a corda ou contemplado o pátio lá embaixo - pode ter passado no exame psicotécnico do Detran. Saca aquele negócio de desenhar o chão debaixo da arvorezinha? Pois é. Senso de realidade. Quem nunca pensou em se matar que se atire da primeira pedra. Quando tinha 20 e poucos, entre um e outro drinque Chuva Ácida no Crepúsculo de Cubatão, planejava não chegar aos 30. Hoje, aos 30 e bastante, há dias em que fica difícil, muito difícil, contemplar os 40, e olhe que o Botafogo não está mal. Mas não tenho intenção de me apresentar ao Hospital Psiquiátrico de Jurujuba. Há, creio, algo de saudável em pensar de vez em quando no vão central.

Não sei se era isso que os Beatles tinham em mente ao cantar que "a felicidade é um revólver morno". Mas com certeza era a isso que se referia Nietzsche ao escrever: "A idéia de suicídio é uma grande fonte de conforto: com ela pode-se atravessar calmamente muitas noites ruins". Ou Cioran, em sua célebre e irônica declaração: "Sem a possibilidade do suicídio, eu teria me matado há muito tempo". Também era dessa independência, ou desapego, ou distanciamento crítico, e logo comprometimento consciente, em relação à vida de que falavam os existencialistas. Camus, por sinal, dedicou um lindíssimo livro, "O mito de Sísifo", ao suicídio, único "problema filosófico verdadeiramente sério". Depois de virar o assunto pelo avesso, o ex-goleiro amador tirava uma conclusão do fundo do gol: "É preciso imaginar Sísifo feliz". E, há, claro, Morrissey cantando e comemorando, num contexto distinto, apaixonado, que "há uma luz que nunca se apaga".

Cogitar tirar a própria vida, portanto, é um exercício de responsabilidade, consigo e com os circunstantes. É, ao mesmo tempo, um ensaio de liberdade frente a uma suposta providência divina (não é por outra razão que as principais religiões condenam os suicidas ao desterro: ele coloca em xeque a autoridade de Deus, considerado provedor da vida). Por tudo isso, uma apologia do suicídio é uma contradição em termos. Estão excluídos das duas últimas frases os kamikazes japoneses da Segunda Guerra Mundial e os palestinos que se explodem em pizzarias de Jerusalém em nome de Alá, entre outros. No meu aniversário de 21 anos, ganhei de presente de um amigo a edição brasileira (EMW Editores, 1984) de "Suicídio - Modo de usar", de Claude Guillon e Yves Le Bonniec, que à época causava celeuma não só por discutir o tema como por apresentar várias receitas de coquetéis de remédios que, se seguidas, eliminariam o risco de o suicida falhar, sobreviver e babando verde. Bom, os anos se passaram, sobrevivemos a várias namoradas, continuo aqui e o meu chapa também. (Hoje, aliás, é aniversário dele. Parabéns, William)

Seja como for, esse livro e alguns outros me fizeram incompreender por que um sujeito deve ser automaticamente encaminhado para tratamento médico porque pensou em ou tentou se matar. Veja bem, vivemos aqui no Parque Temático Dante Alighieri, no
qual o Paraíso está em reformas desde que Adão deu um amasso em Eva mas as filas do Purgatório e do Inferno dão a volta no planeta. A Michelly Machri não telefona, balas perdidas matam mulheres grávidas dia sim, dia não, marretas caem de cima dos prédios em construção, crianças católicas são quase linchadas por protestantes adultos no brinquedo Irlanda do Norte, crianças palestinas são fuziladas por colonos israelenses no brinquedo Terra Santa e, segue minha solidariedade aos leitores
rubro-negros, o Fábio Augusto e o Alexandre Gaúcho não acertam passe nem em tabuleiro de futebol de botão...

E louco é quem pensa em pular da ponte? Pena que a delegação dos suicidas não vai poder comparecer à conferência da ONU contra o racismo e a discriminação.
Pois se a macaca gosta de banana você gosta de mim.
Como o macaco gosta de banana eu gosto de ti.


joão penca e seus miquinhos. isso é tão bonitinho! e me lembra época de cursinho na cultura, de show no arpoador com amigos... só coisas boas.
ia postar clipezinho favorito, mas ocupa espação aqui. tá tudo no orkut, pode stalkear :)

domingo, fevereiro 11, 2007

um post que é a cara da lou. fui fuçar os arquivos e lembrei desse site, mundo perfeito. lá tem vários geradores de textos inúteis. eu fiz esse.

Gerador de Texto: Tribalistas

Se eles podem, você também pode! Eis aqui a forma mais fácil de ganhar dinheiro e pagar de intelectual. É só preencher os quadros da direita, seguindo as instruções que estão abaixo.
Atenção: se você for o Carlinhos Brown, leia duas vezes.


Eis sua Música Tribalista


Tcherererêkundu

Quero mangar quero vilipendiar
tem secador no terraço seco
a lua linda loves me
Quero mangar quero vilipendiar
Tcherererêkundu terraço
Apagou no lundu.
Lá vem mãe Lina

Bis

Bahia, Araraquara, Dublin
Encontram meu irmão, Iansã
O beijo bonito tem benção
água mole não quer pedra dura
Mas eu quero mangar, quero vilipendiar


Repita 87 vezes até levar um tiro.
back to the 2000...

achei dezenas de disquetes aqui, e nessa noite de sábado tão quente e tão tediante, resolvi abrir um por um. textos antigos, letras de músicas, fotos... mil lembranças, aquelas coisas que te atordoam. eu não precisava disso hoje, mais confusão mental, mas foi bom. textos que fiz sobre shows que vi, como o do belle and sebastian, grandaddy... crõnicas, colunas, coisas do dapi, emails trocados. nostalgia total. muito sentimento, saca? uma vida, uma pessoa ali, que por acaso sou eu, mas reconheço vagamente.

esse blog começou por ali, talvez 2001, 2002... seria curioso buscar históricos e ncontrar outras julianas nas entrelinhas... mas deixarei isso para outro sábado a noite de tédio.

(...)