sexta-feira, dezembro 19, 2003

"Get me away from here, I'm dying"
Não é possível esse meu problema de junta. cada dia é uma coisa, coluna, gripe, alergia, tombo...

Ia escrever mais um monte de coisas, mas esqueci o que era, e tô ocupada demais... Mais tarde eu volto.

quinta-feira, dezembro 18, 2003

Amanheceu garoando (ops, que coisa mais paulista!). Tá chuviscando intermitantemente e eu me sinto no calçadão de Bangu. Nem acredito que faz frio e eu posso usar minha saia longa e camisa de manga. Nem ligo pros zilhões de espirros por conta da alergia que vem junto com a mudança de tempo e a variação de 15º de um dia para o outro. Ando meio confusa porque os dias são sempre de muito ou nada, não há meio termo na minha vida. Nem reclamo, melhor viver de extremos intensos que num marasmo sem fim. Novidades, alegrias, risadas, dúvidas, medo. Sou sempre uma confusão de sentimentos.

Hoje desencavei alguns livros de fotografia e trouxe pra ler no metrô. Descobri que vai ter um curso de férias do Walter Firmo, mas é um pouco longe. Er, em Paris. Acho que não terei tempo, infelizmente. Preciso retomar meus estudos e treinos, preciso de companhia para tal.

Sem mais para o momento, subscrevo-me.
:P
Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir
Socorro, alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor nem dor
Já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva
Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento
Encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada


(Socorro - Alice Ruiz/ Arnaldo Antunes)
Depois de ontem, que foi o dia mais quente do ano, hoje fez frio pra edredom e casaco, e uma chuvinha fria e gostosa, mas que dá um sono da porra. A rinite atacou, claro, e o mau humor veio junto.
Ontem andei do Leblon a Copacabana, e de prêmio, almocei numa churrascaria com um amigo. Depois o outro foi nos encontrar e - bizarro, se atrasou por causa de um suicida no metrô, fato chocante pra mim, sério, nunca vi disso aqui no Rio. Enfim... fomos na Facha, e tava um inferno. A cidade parecia um forno gigante, como há tempos não via. Fui no Rio Sul rapidinho com uma amiga e depois fui morgar e difundir meu mau humor na casa alheia. Depois, computador, telefone, e dormi tarde. Cara, não tenho mais saco com telefone, logo eu, que adorava. Agora fujo, evito, e fico nervosa quando demora demais. Acho que tô ficando velha...
Hoje foi engraçado, muito telefone também, e uma ligação no cel só pra me avisar do Fernando Mendes no Superpop. Foda! Foi legal porque o Ângelo Máximo foi também, dancei feliz na sala, sob o olhar reprovador de mamã. Dormi bastante de tarde, como nunca mais fiz, e é bom demais, ainda mais com essa combinação de frio + rinite.
Me deu uma saudade do Je, liguei pra ele mas não tava, fiquei de ligar depois mas o tel não parou aqui, e a idéia era dormir cedo, o que não rolou, claro. Preciso ligar pra ele, queria ele aqui comigo no Reveillon, ou no mais tardar no meu niver... Irmãozinho que eu amo :~~~

terça-feira, dezembro 16, 2003

Da minha janela eu vejo a rua, vejo as pessoas passando, apressadas, vejo os lentos que passeiam, a senhora com carrinho de compras, a outra com o bebê, o casal de namorados, a chuva, o sol. Vejo várias janelas, inúmeras, incontáveis janelas. Vejo a menina que limpa o vidro de uma delas, pendurada no nono andar. Logo acima, reparo na janela de cortininhas de desenho de criança, linda, com sua roseira de volta (ontem ela não estava lá). Fotografo aquela cena todos os dias, com o olhar, e reparei ontem que as flores vermelhas haviam sumido. Que diferença faz? Ah, eu gosto de olhar, simplesmente.

Hoje me sinto até bem, apesar das confusões mentais que eu teimo em criar na minha cabeça. Cismo com algumas coisas volta e meia, e crio paranóias. Doente, eu sei, mas eu aviso sempre antes. Ontem me aborreci, pra variar, e não há nada que eu possa fazer, a não ser seguir em frente no que já faço... E esperar, torcer pela sorte. Enfim, esquece.
Tô com cara de "menino do rock" (como se diz na Bahia) hoje; calça jeans, camisa branca e All Star vermelho-xadrez. Só faltou a camisa de banda, hehe. O que me salva como menininha é o rabo de cavalo, as unhas rosa-cheguei ("Deus é mais", disse mamã) e o colar de contas coloridas. Hoje tô com cara da adolescente que todos teimam em ver em mim. Vai ver que sou mesmo, pelo menos no espelho. Melhor assim... Os quase vinte e seis anos de velhice em nada me apetecem... E eu ainda lamentei quando fiz dezessete. Faça-me rir, tempo. Tempo, tempo, tempo...
Ontem fui na casa da minha amiguinha querida, mas claro que não podia ser algo tão cotidiano; peguei o ônibus na direção errada e fui parar na Presidente Vargas, tendo que atravessar uma daquelas assustadoras e pavorosas passarelas, sem ninguém para me dar a mão. Eu nem tenho medo de avião (não mais), mas passarelas me deixam trêmula. Hoje tenho mil coisas para fazer, mas a mistura calor + sono quase me fazem desistir. "Vida social", eu grito, e vou...
Argh, odeio esse cheiro de produtos de limpeza, cheiro de limpo que me faz espirrar... Quero a minha cama.

domingo, dezembro 14, 2003

Sexta-feira de encontro com amiguinhas de escola, bem bacana, inimigo oculto, coisa e tals. Mas sem álcool, com muita comida, música brega e risadas. Adorei! Claro que dormi cedo, jogada numa cadeira. Sexta-feira é foda, tô sempre morta. Mas nem é desculpa, no sábado a mosca tsé-tsé atacou novamente e eu dormi na Nautillus, vazia e bem chata com a segunda Soundtracks, bem inferior a primeira, que foi foda. O dj-biba tocou biba-music por horas e horas e eu perdi meu bom humor, encheu o saco. Tinha tomado várias catuabas no boteco pré-festa, mas ao invés de ficar elétrica, fiquei mais lerda que nunca. E poucas músicas salvaram a noite... E hoje, domingo, programa furado e o calor da porra voltou, infelizmente, junto com a dor de coluna. Argh.