terça-feira, dezembro 31, 2002

Ando pensando demais. Mas não é um pensamento qualquer, são pensamentos acompanhados de sentimentos, de emoção. Eu lembro das coisas e as sinto de forma tão intensa quanto quando aconteceram. E dá um aperto no coração, porque vêm junto à idéia de que passou, acabou. E dá uma puta tristeza tudo o que acaba, mesmo que não tenha sido tão bom assim. O problema é que se foi. Argh.
E acabo de ouvir Kamikase na tv. Adoro essa música, música essa que nem sempre é tão inofensiva. Em dias como hoje, traz as tais lembranças e sensações.
Não, não é tão bom viver fases assim. Eu penso demais, fico um tanto quanto alheia ao mundo a redor. E viro um fio desencapado. Me sinto à flor da pele, qualquer coisa é capaz de me irritar e me machucar, e o contrário também é possível. Tenho que me segurar pra não atirar sete pedras em qualquer criatura que me dê bom dia, ou que resolva cruzar o meu caminho. Parece uma ameaça, não? Mas é assim que eu sinto, eu sou uma ameaça ao mundo e ele é uma ameaça a mim. Preciso sumir desse planeta por uns dias...

Escrevi isso ano passado (hehe), acho que no dia 31. Me sinto melhor, acho que essa sensação esquisita passou (espero). Mas foi bom ir na tal festa de reveillon, foi bom conversar... E sempre faz bem passar um tempinho quietinha, sozinha. Me faz por as idéias no lugar e perceber o quão tola eu sou, e como isso é mais forte que eu. Mas que mesmo assim eu posso - e devo - me controlar.

domingo, dezembro 29, 2002

"Não sei mais se é só questão de sorte"...
Vejam isso:
http://www.millan.net/funp/100/deerz2.html

(Tô com preguiça de colar uma animação bonita aqui, mas vale a pena conferir, é foda.)
Já dizia a dona-minha-mãe:
Não se deve contar tudo; evita aborrecimentos e mantém o tal do mistério.
Elas sempre têm razão.
Outro gerador de letras do Mundo Perfeito. Dessa vez, você faz uma música dos Engenheiros do Hawaii. Genial.
Ah, olha a minha:
O melhor impressora


O melhor impressora
A maior boneca
Já não pisa como asilo
Já não dá reação
Não adianta cagar
Não tente peidar
Não finja arrotar
Não seja Ricardo

Que o pedágio caia
Como uma pedra
Como um porco
Tudo se redime
Todos se reparam
O peteleco é pedido
A orelha não é umbigo
A bárbara não é castigo
Que o pedágio caia
Amigo
Amigo...

Repita 85 vezes até ser expulso do condomínio.
A gente não precisa de nada nem ninguém pra viver, só da gente mesmo, certo? Ok, digam o que quiserem, mas tem coisas que por mais que a gente diga que vive sem, fazem uma falta do caralho, como um braço ou uma perna. Você até vive sem, mas vive mal, sente falta, sofre e coisa e tals. E eu não vou me fazer de fodona porque eu tô longe de ser fodona. Eu sou uma insegura e carente, acima da média. Sou meio mau humorada e até rabugenta as vezes, reclamo demais (aprendi de berço, fazer o quê), tá bem, assumo. Mas sou emo total. E as vezes eu sinto que tudo o que eu sempre quis é pouco. Ou não é o bastante, não é de fato o que eu queria. E não dá pra devolver, não é assim, primeiro porque pessoas não são mercadorias, e segundo que não existe o ideal, existe aquilo que se adapta. Você se adapta, ele se adapta, as coisas vão se moldando e se encaixando, conserta (por vontade própria) daqui, aceita dali, e pronto, vai se levando a vida. Mas eu me irrito, eu fico puta com umas coisinhas tão bobas, e eu sei que são bobas, mas na hora são a coisa mais importante do mundo. E quando eu paro pra pensar, me dá vontade de largar de mão e ir curtir a vida. Parece que é aquela coisa do ideal romântico mesmo, aquele mesmo ideal idiota e que eu sempre critiquei, de viver idealizando e sóquerer o que não está ao alcance das mãos, o utópico, eternamente utópico. Eu sou burra pra caralho.

sexta-feira, dezembro 27, 2002

Minha mãe atrasou o provedor, pra variar. Só que dessa vez cortaram. Foi um dia só, mas mó desespero, fui correndo hoje lá pagar e liguei pra pedir pra religarem. Ufa. Nerdice...
Esse último cd do Belle and Sebastian (Storytelling) até q é bonito, mas é triste demais. Se vc estiver mal, se morre de vez...
Tava lendo o blog dele e peguei isso aqui, que adorei.

Pequenas coisas que fazem a vida maravilhosa:

- Ver estrelas cadentes deitado na areia
- Segurar a mão de alguém e não querer mais largar
- Beijos longos
- Sorriso de criança
- Começar a rir sozinho no meio da rua
- Ganhar massagem
- Fazer massagem
- Devorar bolo quente (e ter lambido a batedeira antes!)
- Gozar junto
- Banho de cachoeira
- Banho de chuva
- Ir dormir chorando e acordar alegre
- Ouvir elogios
- Escolher presentes legais
- Ganhar presentes fofos e inesperados
- Encontrar pessoas que tratam você bem em lugares inusitados
- Paixão recíproca
- Abraço apertado
- Lual com amigos
- Fondue a dois
- Conversar com um bicho e ouvir claramente as respostas
- Transar na praia
- Brincar em pracinha
- Dormir sob o luar
- Perceber que o tempo passou ao ver o sol nascer

Tem tantas outras... Alguém quer escrever mais?
Fui cortar um pão e quase arranquei a ponta do dedo fora. Agora tô com um mega curativo no indicador da mão direita, porque eu não sei fazer curativo direito. Parece coisa feita por criança, saca?

sexta-feira, dezembro 20, 2002

As vezes a sensação é a de que foi ele quem morreu. De novo.
Eu tô sentindo um vazio imenso, parece que tem um buraco negro dentro de mim, um buraco sem começo nem fim. Parece vazio de fome, sabe? Mas eu almocei, pouco, mas almocei. E comi um monte de fatias de abacaxi, mas o buraco continua lá, numa gigantesa sem fim. E dói pra caramba. E quando dói, eu não consigo conter a droga da lágrima que insiste em cair. Aí o nariz começa a falhar também e eu me toco e paro, enxugo as lágrimas, num ciclo sem fim.
Hoje é dia 20 já, né? Nem acreditei quando olhei no calendário, tá chegando o Natal. Me lembra quando eu era pequena, me lembra os preparativos para a noite de festa na casa da vó do Rafael, na casa da madrinha da Fabinha. A gente nunca passou Natal na casa da vó, nunca teve aquela ceia imensa com toda a família linda e feliz reunida, que nem no anúncio do "peruuuu de Natal", com a netinha mais nova cantando, e minha avó nunca cozinhou, mas a gente sempre passava lá, ficava umas horas, trocava presentes e comia, porque ela comprava algumas comidas já prontas. A gente comia três vezes, porque depois ainda tinha a casa da minha madrinha e só depois rolava a festa legal, que é onde tinha crianças, amigos e Papai Noel, que invarialvelmente adivinhava o que a gente tinha pedido na cartinha. Meu pai dizia que ele não era o Papai Noel oficial, mas era um ajudante dele, e que Papai Noel tinha vários ajudantes porque ele era um homem muito ocupado.


Mas eu não quero falar de Natal agora. Quero falar da tristeza que bate no fim de ano, de uns anos pra cá, e quero falar da tristeza que eu estou sentindo agora. Parece que um ciclo se fechou. Acabou a dor. Não a minha, a minha não importa, acabou a dor dela. Desde que "o" Papai Noel deixou de aparecer no Natal, ela sofria muito. E eu passei a tapar essa dor com a peneira, simplesmente fugindo de perto dela. Assim, eu fingia que não existia dor, fingia que essa dor não a consumia, como eu sei que acontecia.
Falando assim parece que era só isso, e claro que não era. Ela era divertida, super lúcida, contava umas histórias antigas que eram o maior barato, ela lembrava de muita coisa, e se não lembrava, sabia enfeitar bem, porque dava gosto ouvir. Contava histórias da infância e da adolecência, quando ela era modernosa, ia pra corrida de carros na Niemayer e pegava geral, porque era a gostosona da tchurma. Ela começou a dirigir em época que mulher não dirigia Sempre foi pra frente, à frente do seu tempo. Nadava um monte nas praias da Ilha, quando aquilo lá era limpo. E era inteligente, esperta. Eu queria ser assim. Mas também, nos dias de hoje, nada nem ninguém mais choca. Ela chocava. E gostava disso, e eu também, que sempre achei o máximo aquelas histórias todas.

Agora tá tudo mais triste, festas, festas e festas. Até o dia do meu aniversário é triste. E logo depois. E em seguida a vida continua, a gente ri, a gente chora, mas um pedacinho se foi. Mais um. E a gente aprende a viver assim, desmantelado, partido, faltando pedaços, pedaços que se vão sem nunca dizer adeus. Poucos dizem, poucos se despedem.
Sei que não adianta, mas como eu lamento não ter estado com você há alguns dias atrás. Como eu lamento tudo ter dado errado e nós não termos ido ao hospital ontem. Mas eu achava que você estava bem, e que logo, logo esse mal estar ia passar e você ia voltar pra sua casa.
Porque a minha vó sempre foi a pessoa mais saudável do mundo, mais saudável que eu, que você, que todos nós juntos. Eu achava que se um dia ela fosse morrer, fosse ser dormindo, como foi com meu avô, mas isso só daqui há uns 130 anos, que nem tartaruga. Mas não foi. E ninguém me avisou antes. Eu cheguei naquele hospital e ali, naquele minuto, várias pessoas em volta tentavam pedir uma chance mais a Deus. Mas não deu. Não deu.

quinta-feira, dezembro 19, 2002

Tô tão emo hoje...
Minha mãe brigou comigo, disse que eu tô chata e devo estar com problemas.
E não estou, não é nada.
Sou eu só.
Só.
saudade . [Do lat. solitate, 'soledade', 'solidão', pelo arc. soydade, suydade, poss. com infl. de saúde.] S. f. 1. Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; nostalgia.
Sei tudo que o amor
É capaz de me dar
Eu sei já sofri
Mas não deixo de amar
Se chorei ou se sorri
O importante é que emoções eu vivi

quarta-feira, dezembro 18, 2002

Olha dentro dos meus olhos
Vê quanta tristeza de chorar por ti, por ti
Olha, eu já não podia mais viver sozinho
E por isso eu estou aqui.

De saudade eu chorei
E até pensei que ía morrer
Juro que eu não sabia
Que viver sem ti eu não poderia

Olha, quero te dizer
Todo aquele pranto
Que chorei por ti, por ti
Tinha uma saudade imensa
De alguém que pensa
E morre por ti


(E por isto estou aqui, do RC)
Saudade dos Tremendões. Bem que podia ter show de fim de ano, que nem o rei sempre faz. Ia ser fodão.
Tô vendo o especial de fim de ano do Roberto Carlos. Tá certo que ele embregueceu bastante com o passar dos anos, e ainda fez o favor de estragar o arranjo das músicas mais lindas, mas eu ouço, lembro do arranjo original e continuo achando lindo. E o começo foi caprichado, Eu te amo, eu te amo, eu te amo e em seguida Força Estranha, música linda do Caetano da época que ele não era mala.

Tanto tempo longe de você
Quero ao menos lhe falar
A distância não vai impedir
Meu amor de lhe encontrar
Cartas já não adiantam mais
Quero ouvir a sua voz
Vou telefonar dizendo
Que eu estou quase morrendo
De saudades de você
Eu te amo, eu te amo, eu te amo


A melhor coisa do Roberto Carlos das antigas é o drama que ele faz. Que nem que eu. Ou melhor, eu sou que nem que ele. Sem querer.
Eu não tenho vergonha na cara. Tenho tudo o que sempre quis na palma da minha mão e não dou valor. Quer dizer, dou valor, mas não da forma que deveria dar. E eu sei bem o que deveria fazer, mas não estou fazendo. Acho que sou masoquista, quando tá tudo bom demais eu não quero, não gosto, não sei ter. Tolinha. É preciso então que a vida se encarregue de dar uma desajeitada pra que eu acorde e consiga ver que a coisa tá ali. E preciso agarrar correndo, com todas as minhas forças, antes dela excapulir de vez.
Férias. Eu odeio férias. Férias só servem pra quem tem muita grana e companhia 24hs. Porque todo mundo tem amigos, mas amigos não tiram férias na mesma época que você. E se você tem grana, você pode comprar até companhia, por que não?
E eu me sintop uma aposentada de 180 anos, de pijama e pantufas o dia todo, vendo a reprise da novela no canal 4, comendo e dormindo o tempo todo. Só falta eu ir passear naquela velha loja de departamentos, arrumar uma poltroninha e tirar um cochilo por lá também. O tédio mata, e eu estou morrendo aos poucos.
Gente, tô topando qualquer coisa, aceito qualquer programa pra sair de casa, até praia (com protetor, claro). Aaaaaaaaaahhhh!!!

segunda-feira, dezembro 16, 2002

"E se hoje não fosse essa estrada
Se a noite não tivesse tanto atalho
O amanhã não fosse tão distante
Solidão seria nada pra você

Se ao menos o meu amor
Estivesse aqui
E eu pudesse ouvir seu coração..."
Tô ouvindo desde ontem o primeiro CD do Grande Encontro, e algumas coletâneas do Geraldo Azevedo, o meu favorito do grupo. Eu não gostava de forró até o dia em que estavam dando na rádio ingressos para um show do Geraldo no Norte Shopping. Liguei e ganhei pra minha mãe, que sempre adorou. Como foi no meu nome, eu tive que ir. E adorei. Bom demais. Depois disso, comecei aouvir o Grande Encontro e fui ao show também, do terceiro disco. Show de 3 horas, uma maravilha. Vc sai extasiado, impossível não gostar.
Ah, mas a culpa d'eu desencavar os cds é da Kamille, que na madruga de sábado pra domingo, quando voltávamos da festa diliça de pré Natal, desandou a cantar um zilhão de vezes "Diana me deu um talismãããããããã". Eu já não gostava dessa música, agora então, rs.... A música é pequenininha, mas ela só cantava uma frase, a mesma frase. Esse amor todo porque ela tem um fã que grava cds pra ela. E só põe músicas lindas, e ela não vai mostrar que se derreteu, mas eu sei que ela adorou. Hihihi...

sexta-feira, dezembro 13, 2002

Fui imitar a Ciça e fazer minha música Tribalista, mas ficou bem esquisita. Ou eu sou muito burra, ou fiz algo errado (o que dá no mesmo). Óia só:

"Todo mundo no mundo


Faço sapato no sala solitário
Divino caderno
Ninguém é de todo mundo no mundo

Bis

Seja em Araripina, Viena
Vamos apaixonar, Vamos acariciar
Lagarta linda loves me
Vamos apaixonar, vamos acariciar
Amor de filho, desmundo!
Girou a Terra, a terra de Lina
Vamos apaixonar, Vamos acariciar
Boneco bonito, na bola"


Repita 102 vezes até você ser deportado.
Tem um programa todo dia às 18hs na Fluminense (a rádio), acho que é "a hora do rush", ou algo assim. Eles dizem que tocam "soft rock". Não sei que porra é essa, mas pra mim aquele programa é muito indie. E é uma maravilha. Dia desses, ouvi January, Coldplay, Cosmic Rough Riders, Suede e Sugar. Foda. Tudo bem que Coldplay tá bem pop, tá até em trilha de novela, mas eu gosto. Ah, rolou Morrissey tb. E o bom é que são bandas não muito óbvias, com músicas idem. Vale conferir.

quinta-feira, dezembro 12, 2002

Acabei de perder o post, quando tinha escrito tudnho, grrrr. Dá vontade de não escrever nunca mais, mas vou segurar a raiva, e tentar lembrar do que tinha escrito. Mas agora, no bloco de notas, por precaução.
Eu nem devia dizer isso aqui, não interessa a ninguém, mas também, lê quem quer. Bem, eu descobri que eu era paranóica em relacionamentos porque ou os namoros eram conturbados, ou eu ficava direto, parecia o namoro mas não era, o que parece que não faz diferença, mas faz bastante, porque eu gosto de falar certas coisas, gosto de fazer certas coisas, e detesto ter medo do que o outro vai pensar, detesto ter que me castrar. E era isso o que eu fazia, o tempo todo. Mas não me habituei a isso, ainda bem. E eu sabia que merecia mais, e que podia ter mais. E agora que eu tenho, me sinto tão tranquila. Não vivo mais com medo, medo de perder (porque no fundo eu sabia que não tinha de fato). E não preciso cobrar, o que muita gente acha que é sinônimo de assumir relacionamento. Eu confio, e não preciso ficar no pé nem controlar os passos dele. Melhor assim. Deixar livre e fazer o mesmo. A gente fica preso é por vontade própria.

*****


O Leandro me emprestou um livro de HTML. Vou aproveitar as férias e a pobreza pra estudar. Quero aprender também o photoshop, mas esse exige um computador decente, coisa que eu não tenho. :(((

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Eu vou na festa, viu?

terça-feira, dezembro 10, 2002

O MAIOR FESTIVAL DE TODOS OS TEMPOS NO BRASIL

O cheiro de cascata era grande desde que começou a rolar essas histórias do megafestival curitibano em março com as bandas mais legais da atualidade. Radiohead, Strokes, White Stripes, Wilco, Hives, Capital Inicial e uma pancada de outros nomes bons.
Mas, já que foi divulgado, saiu no jornal e tal, ficamos na torcida louca para ver agrupadas todas essas bandas lindas, mesmo que para um festival desse propagado porte a coisa estava muito "em cima da hora".
Só que até agora não há nenhuma confirmação. Só baixas.
Depois de Strokes e White Stripes "desconfirmarem", desta vez foi a vez do Radiohead, talvez o nome mais desejado dos brasileiros.
Em um papo com o amigo Juliano Zappia, em Londres, o baixista Colin Greenwood, da banda de Thom Yorke, disse que o Radiohead deve vir ao Brasil mesmo em 2003, mas só mais para o final do ano. A história do Rock in Rio 4 continua de pé, portanto.
Mas, se vier só o Wilco, continua valendo a viagem a Curitiba.
PUNK DE NINAR CRIANCINHAS

Esta é sensacional e de utilidade pública. Já dá para "educar" seu priminho, irmãozinho, sobrinho, filhinho ou o "inho" que for com o velho e bom rock'n'roll. Foram lançados recentemente no exterior o projeto Punk Rock Baby, uma série de CDs mais abrangente do que o nome supõe e que transforma clássicos do pop, rock, dance e punk em canções de ninar.
O primeiro tem o nome do projeto, "Punk Rock Baby". Para você ter uma idéia, tem "Pretty Vacant", dos Sex Pistols, em versão com sininho, pianinho. Ao todo, são 13 canções punk-lullaby, para fazer a cabeça de qualquer bebê mais agitadinho: "Sheena Is a Punk Rocker" (Ramones) e "White Riot" (Clash) são duas boas músicas para descer ouvidinho abaixo dos meninos.
Há ainda o CD "Rock Baby", que tem, entre outras, "Smells Like Teen Spirit", para bebês loirinhos e problemáticos (brincadeira, Cobain!), e "Paranoid", do Sabbath, para nenês com comportamento estranho.
Para os ravers de 1 ano, nada como ouvir no berço a transformada "Unfinished Simpathy", lindaça do Massive Attack.
E, para o baby saudosista (?!), tem dá para mamar alegremente ouvindo "Karma Chameleon", do Culture Club, ou "Relax", do Frankie Goes to Hollywood.
Lançamento brasileiro dos discos Baby não deve rolar. Consulte o seu importador predileto e faça o pedido. Não pague caro, pois o CD da série custa a metade do preço do de um normal.
Confira no link do título a capa dos CDs educativos para tirar seu filho do mundo da Xuxa, KLB, Eliana (dedinhos) e afins.


Foda. Eu quero pra mim. E guardo pro dia que eu tiver a infelicidade de parir meu rebento.
Brincadeira, eu adoro crianças. Mas dos outros.
Ontem, excepcionalmente, eu trabalhei. Pô, tinham me dito que eu só precisava ir até sexta e eu acreditei, mesmo sabendo que o estágio ia até a próxima sexta-feira. Mas sabe como é, fiz planos de dormir até mais tarde, e tals... E acordei cedo, de madrugada. E ainda de porre. Porque o porre é pior no dia seguinte e eu não sabia disso, porque nunca tive ressaca. Mas também, não me lembro de ter tido que acordar cedo no day after. E fiquei de bobeira até quase a hora de ir embora, quando finalmente a chefia apareceu (pq plebeu chega cedo, chefe acorda tarde).
Domingo foi dia de acordar cedo. de manhã tinha o casamento da Letícia, velha amiga dos tempos do Pedro II. Não, eu não estudei lá, o Guto estudou, mas eu fiz e mantive os amigos. E fui lá na tal Igreja Messiânica do Grajaú, eu, Leandro e Guto. Não sabia que era uma Igreja oriental, o altar é diferente, simples, tem só algo escrito em japonês e a foto do Sr Myiagy, o fundador da Igreja que eu não lembro o nome. E a cerimônia é linda, cheia de símbolos, e tem o canto, bonito mesmo. Só não me contive quando a "pastora" lá pediu que todos acompanhassem o canto e era em japonês, corrido, ainda por cima. Ah, a noiva entrou ao som de uma música do Louis Armstrong, que eu esqueci o nome mas que todo mundo conhece então, se vc aí souber e lembrar, me fala). Foi lindo, segurei o quanto pude o choro, mas quando abri a torneira, já era... Chorei mesmo, se tem uma coisa que eu gosto é casamento. É clichézão e não combina com minha mente de aquariana, que gosta sempre do novo. Eu adoro casamento, adoro vestido braaaaaaaanco até dizer chega, com um rabão imeeeeeeeeeenso e um véu idem. Só não ligo pro sapato, pq ninguém vai ver mesmo. E eu não conseguiria me equilibrar em um salto fino de 30cm. Vou de sandalinha rasteira e ninguém vai nem perceber. Daí, aguento a sessão de fotos, aguento tudo. Aliás, o foda da sessão de fotos é que tá todo mundo comendo e bebendo e vc lá, debaixo de 30 anáguas, véu, vestido, suando em bicas e fazendoc ara de feliz, doida pra ir pra hidro com o homi que tá ali de pinguim do seu lado. Pois é, hipocrisia... Ah, não, não posso me convencer que casamento é hipocrisia, porque é lindo.
Pois bem, depois do casamento fomos pro churrasco do povo da faculdade. Pouca gente, mas foi divertido. E tinha uma máquina digital, a alegria geral. Ri muito, bebi mais ainda. Falei demais, lembro de pouca coisa do final. Só lembro do sorvete e do suco de morango. E apaguei logo depois, até o dia seguinte (não, acordei pra beber litros de água). Ontem fui trabalhar mal, como nunca. Não sabia que era tão ruim ter ressaca e ter que ir pro trabalho ficar a toa. Tomei sal de frutas e meu mal estar foi menosprezado por todos, só pq eu falei a verdade de sua origem. Foda, fui tachada por bebum, e eu nem sou. Só as vezes... Mas o Lê foi fofo, cuidou de mim, me deu suco de morango e nem reclamou do meu bafão de Véio Barreiro. E ontem ainda me ofereceu um banquete no Bob's, porque eu tava com fome e nada me apetecia. :~~~~

sábado, dezembro 07, 2002

Hoje fui num churrasco num sítio bem legal, em Alcântara. Neguin acha que Alcântara é depois de São Gonçalo, mas na verdade, é um bairro de São Gonçalo. E nem São Gonçalo nem Alcântara ficam em Niterói. Quem diz isso é porque acha mais chique ser índio. Mas eu que agora sou índia e tô sabendo tudo de Nikity, exprico logo...
Pois bem, fui ao tal churrasco, de um amigo do Leandro (meu bofe). Ele fez cinco anos de medicina antes de fazer informática, e o churrasco é de um amigo dele dessa época. Só tinha médico naquele lugar. Tinha uns nerds, e meu passatempo era adivinhar a especialidade do povo. Tinha cada nerd mais branco que eu, com cara de bozó. Como meu passatempo não passava muito o tempo, descobri uma vódega com Clight e tomei um monte. Dormi em cima das bolsas, com o som alto pacas. Ah, é, porque tinha didjêi lá, só música de preibói, com direito a forró e tudo, um horror. Mas fiquei contente, não toca mais aquele grupo de forró que tava na moda e torrava a paciência. A música da encheção de saco da vez é a dos Tribalistas, que diz que já sabe beijar de língua (foda-se). Teve a sessão "salvação da pátria", e tocaram os roquezinhos clichés de qualquer festa, mas que num lugar daqueles eram uma maravia. Tocou Cure (Boys don't cry), Morrissey (Suedehead) e aquelas coisinhas nacionais anos oitenta que eu adoro.
Tô reclamando mas nem foi tão ruim assim. Eu que ando rabugenta demais.

terça-feira, dezembro 03, 2002

A partir de sexta feira estou completamente de bobeira. Nada mais de aulas, nada mais de estágio. Até o ano que vem, sou uma inútil. E dura. Porque estagiário de faculdade não recebe nas férias. Mas anoque vem eu volto.
Descobri quem é a mulé macho do comments. Aliás, ela se assumiu. Ou melhor, ele. É o Tiago, o meu amigo mala da faculdade. Ele diz que eu sou fascista, mas a verdade é que ele é um chato, crítico e implicante. Põe defeito em tudo, zoa todo mundo, só o que ele gosta é bom. Se bem que ele anda mais democrático, aceitando as pessoas serem diferentes dele. A única que ele discorda mas continua um docinho é a namorada. Ainda bem, né? Meno male.
Ah, a mulé macho é a amiga dele, uma criatura que entrou junto com a gente, no primeiro período. Ela parece o Obelix (ou seria Asterix?), é gorda, feia, e tem mó jeitão de homi. Ah, e é implicante, chata, interrompe as aulas direto pra fazer comentários imbecis, e implica com a gente sempre que pode. Só porque a gente volta e meia fala merda e solta uns risinhos? E ela outro dia se ofendeu com um conto do Tiago, lido na aula de Psicologia. Um conto que falava de homossexualismo masculino, sem clichés, sem exageros. Depois até ponho aqui,se achar. O conto é bom pacas e a bicha ficou irritada, amassou a folha e saiu batendo pé. E eu perdi a cena, não fui nodia, uma pena. Mas ela já quis bater nele antes, quando ela foi falar mal do Michael, outro amigo nosso, e todo mundo se meteu. Chega a ser engraçado conviver com uma criatura dessas e que toma certas atitudes, em plena faculdade. Ela puxa-saco discarado dos professores, oferece desde caneta a cd emprestado, tira fotos e tudo. Hilário. E pra mostrar como anda de bem com a vida, o Tiago presta uma homenagem a ela (?) aqui no blog.
Niterói é linda, é calma e é novidade pra mim. Adoro novidade, caminhos novos, pessoas novas. As praias são lindas, nem gosto de ficar lá tostando, mas passear naquelas praias é delicioso. Ainda mais de noite, com o vento no rosto. Parece a região dos lagos, mas quando não é feriado, ou seja, sem um mundarel de turistas.

Oi, apareci. Estou viva sim, porém muito cansada. Pintei os cabelos de preto azulado, no começo parecia que tinha passado henné, agora eu acho que tá melhor, ou então fui eu que me acostumei mesmo. Tô comendo feito uma condenada. Quer dizer, isso foi hoje. Eu fico nervosa em época de provas, sei que preciso ler uma porrada de textos, sentar e ficar horas estudando, mas eu simplesmente não consigo ficar quietinha, parada por muito tempo. Não consigo. Saco. E também, eu leio e esqueço em pouco tempo... Sou uma memento, condenada a ser uma inútil pro resto da eternidade... Mas enquanto isso, preciso tentar aprender a diferenciar os tipos de métodos de pesquisa. Tenho até amanhã. Argh. Ah, e eu sinto sono, muito sono. Começo a ler e não saio do mesmo parágrafo, eu durmo de olho aberto.
Mas eu tô feliz, eu tenho o melhor namorado do mundo. Ele não sabe o que é Teenage Fanclub, aliás, ele acha Teenage igual a Lemonheads, igual a Stephen Malkmus, igual a Manics e igual a Gene. Mas pelo menos ele não é loser, e ele me dá beijos o tempo todo e me chama de linda (coitado).

quarta-feira, novembro 13, 2002

Andaram reclamando que eu não atualizo mais o brógui. O negócio é que eu não tenho mais a menos idéia do que escrever. Ando sem a menor criatividade, nada que eu leio me parece interessante, e nada que me acontece parece sair da rotina do dia-a-dia. E as coisas não estão ruins, muito pelo contrário, está tudo uma maravilha, a vida nunca me sorriu com tanta vontade. Vai ver que eu sou mais uma das idiotas que só consegue escrever quando tá triste, tudo dando errado, quando a vida tá uma merda. Preciso mudar isso. Preciso escrever sobre a felicidade, porque eu não largo mais dela não.

terça-feira, novembro 05, 2002

VALE A PENA LER TUDO:

O amor deixa muito a desejar....

Fui ver o lindíssimo filme do Pedro Almodóvar, “Fale com ela”, e saí pensando num conto da Carson McCullers, onde um homem conta que, antes de amar de novo uma mulher, ele estava aprendendo a amar as pedras, as árvores, as nuvens... Nesse grande filme de Almodóvar, vemos amores raros, feitos de entrega, feitos de compaixão, como uma “doação ilimitada a uma completa ingratidão”, como escreveu Drummond, aliás, o poeta do amor impossível, que é o único e verdadeiro amor.

A vitória do Lula também foi uma fome de amor política contra a era da técnica racionalista. Seu governo pode virar até um crime passional ou um folhetim melodramático, mas, hoje, é um grande desejo de happy end para todo o povo. Por isso, pergunto: onde anda o amor? Até isso o mercado estragou?

Sim. O amor já teve um toque sagrado, a magia de uma inutilidade deliciosa, já foi um desafio ao dia-a-dia que nos tirava da vida comum. Hoje o amor, como tudo, está perdendo a transcendência. Não existe mais o amante definhando de solidão, nem romeus nem julietas, nem pactos de morte, não existe mais o amor nos levando para a uma galáxia remota, não existe mais a simbiose que nos transportava a uma eternidade semi-religiosa. O amor tinha uma fome de bondade, de compaixão pelo outro, de proteção à pessoa amada. Isso está acabando. O amor já foi analisado por todas as ciências, a psicanálise mapeou as loucuras que estão sob sua poética, o ritmo do tempo atual acelerou o amor, o dinheiro contabilizou o amor, matando seu mistério impalpável. Hoje, temos controle, sabemos por que “amamos”, temos medo de nos perder no amor e fracassar no mercado. O amor pode atrapalhar a produção.

Por isso, o filme de Almodovar é tão belo e oportuno. Temos de fazer filmes assim, cheios de amor, sem efeitos, sem denúncias. Se eu, um dia, filmar de novo vai ser para celebrar o silêncio dos amantes ou a beleza do inútil. O amor perdeu a gratuidade, as pessoas “amam” por desejo de ter um amor que não sentem mais. O amor não tem mais porto, não tem onde ancorar, não tem mais a família nuclear para se abrigar, não tem mais a utilidade do sacrifício pelo “outro”. O amor ficou pelas ruas, em busca de objeto, esfarrapado, sem rumo. Não temos mais músicas românticas, nem o lento perder-se dentro de “olhos de ressaca”, nem nas “pernas de Fulana”, nem temos as bocas beijadas por amantes tutti tremanti , nem o formicida com guaraná. Não se diz mais: “Deus sabe quanto amei!...”, mas “Deus nem sabe quantos(as) amei...”

A publicidade devastou o amor, falando na “gasolina que eu amo” (“Shell que j’aime”), no sabonete que faz amar, na cerveja que seduz. Há uma obscenidade flutuando no ar o tempo todo, uma propaganda difusa do sexo impossível de cumprir. Como comer todas as moças da lingerie e do xampu, como atingir um orgasmo pleno e definitivo? A sexualidade total, por si só, levaria a uma assexualização desértica. A sexualidade é finita, não há mais o que inventar. Já o amor, não... O amor vive da incompletude e esse vazio justifica a poesia da entrega. Ser impossível é sua grande beleza. Claro que o amor é também feito de egoísmos, de narcisismos mas, ainda assim, ele busca uma grandeza — mesmo no crime de amor há um terrível sonho de plenitude. Amar exige coragem e hoje somos todos covardes.

Mas, hoje, o mercado exige a satisfação total no amor ou o dinheiro de volta. Como isso é impossível, deriva para o sexo ou a para sedução. O amor passa a buscar não mais uma entrega, mas um domínio. O amor vira um objeto de consumo, fast love , com obsolescência programada para durar pouco. O amor deixa muito a desejar. Em geral, o amor existe hoje como uma espécie de adoçante para justificar, legitimar uma tesão ou uma conquista. Os amores duram três edições de “Caras”. Os casais se permutam num troca-troca rápido e quantitativo. As próprias mulheres estão virando “D. Juans”. Vejam o périplo de jovens atrizes que vão comendo, um por um, os modelos que surgem nas revistas, elas, que deviam se manter damas inatingíveis para pálidos quixotes românticos.

Estamos com fome de amor cortês, num mundo em que tudo perdeu aura. O terrível bombardeio que a cultura americana está fazendo nos sentimentos é invisível, mas é pior que as bombas contra o Iraque. A cultura americana está criando um “desencantamento” insuportável na vida social. Tudo é tolerável, num arrasamento de mistérios. Vejam a arte tratada como algo desnecessário, sem lugar, sem uso, vejam as mulheres amontoadas na internet, nuas, com números — basta clicar e chamar. Estamos com fome de infinito em tudo, na vida, na política, no sexo. Por isso, o filme de Almodovar, cheio de compaixão sussurrada, apoiada na trêmula beleza dos balés de Pina Bausch e no Caetano cantando um pranto dolorido, parece um segredo religioso, uma saudade inexplicável de alguma coisa que existe “aquém”, antes da vida.

Nos anos 60, liberdade sexual foi uma questão polÍtica. Hoje, podemos tudo, podemos casar até com jacarés ou macacas, sem escândalos, desde que não prejudique a produção. Mas o que invisivelmente está virando uma nova necessidade política é o amor e seus subprodutos: compaixão, paz, justiça.

Aposto que virá aí um novo desbunde, um novo movimento hippie, sem utilidade, mas sem melancolia autodestrutiva, vêm aí marchas pelo amor, porque ninguém está agüentando mais somente “utilidade” e “desempenho”, poder e sucesso. Estamos virando coisas. Precisamos aprender a amar de novo as pedras, as árvores, as nuvens, até chegarmos a nós mesmos... E acho que isso vai surgir na América, como foi nos anos 60 — a luta pelos direitos civis será agora a luta pela beleza da inutilidade.

(Arnaldo Jabor, in Segundo Caderno do Grobo de hoje)

segunda-feira, novembro 04, 2002

Foda, foda,foda. Simplesmente foda.

Produção promete nomes como Radiohead, Strokes e White Stripes
Curitiba prepara megafestival

Nem Free Jazz. Nem Rock in Rio. Nem tão longe demais das capitais, Curitiba promete tornar-se a meca da música pop durante três dias daqui a menos de quatro meses.
O Curitiba Pop Festival será realizado de 1º a 3 de março de 2003 e pretende trazer as principais bandas de rock do mundo, numa estrutura parecida com a do Reading Festival, na Inglaterra.
Serão 18 bandas internacionais e nove nacionais. Segundo a organização, a produção do festival já está em negociações bem encaminhadas com bandas do primeiro time, como Strokes e White Stripes, e com duas das mais criativas e importantes do cenário independente, a americana Wilco e a escocesa Idlewild. Além dessas, outras 23 estão em fase de conversação, entre elas Radiohead, Foo Fighters, Hives e Vines.
No time nacional, serão escalados os principais representantes do mainstream nacional, como o Capital Inicial. A organização também está estudando uma maneira de incluir na escalação nacional bandas independentes de todos os Estados.
O Curitiba Pop Festival dará início a uma série de eventos preparados pela Fundação Cultural em 2003. A cada quatro meses, dois grandes eventos culturais serão realizados na cidade durante o próximo ano.
Tudo isso porque Curitiba foi eleita a Capital Americana de Cultura e, além do Pop Festival, também promoverá eventos na área de cinema, teatro, artes plásticas e será sede de uma Bienal de Fotografia no segundo semestre. Os eventos, através do Comitê das Capitais Culturais, sediado em Barcelona, na Espanha, recebem o apoio de entidades como a OEA (Organização dos Estados Americanos) e a Unesco.
Por contar com esse suporte é que a organização do Pop Festival garante que o evento acontecerá na data programada, mesmo se a cotação do dólar em relação ao real se mantiver alta. Se algumas das bandas pretendidas não desembarcar por aqui no ano que vem, será apenas por incompatibilidade de agenda.
O provável local do festival será as ruas do bairro Rebouças, que abrigará quatro tendas, com quatro espaços diferentes em quatro quadras. Um parque mais afastado da cidade também será analisado. Até dezembro, a organização do Pop Festival pretende divulgar a lista com todas as atrações confirmadas
.

(ALEXANDRE PETILLO
FREE-LANCE PARA A FOLHA)
This is my new blogchalk:
Brazil, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Tijuca, Portuguese, English, Juliana, Female, 21-25, music, photography. :)

sexta-feira, novembro 01, 2002

A mistura de todas as cores resulta no branco. Mas para se ter luz não basta a cor branca. É preciso algo mais. Assim como nem sempre o que parece ser o ideal é de fato. E várias vezes eu acreditei que certas coisas, situações e/ou pessoas eram o ideal. Mas com o tempo foram superadas, coisa aparentemente impossível quando estavam presentes na minha vida. E eu não me arrependo de ter acreditado profundamente nelas, porque eu soube aproveitar. Aliás, eu sei aproveitar bem as oportunidades, é aquele negócio de fazer uma limonada quando te oferecem um limão. Claro que eu tenho meus ideais, sonhos e talvez utopias, mas não vou ficar sentada esperando que elas aconteçam. E mesmo que eu corra atrás, as vezes é preciso viver e ver, que as coisas vêm com o tempo mesmo, não tem jeito. Então, enquanto isso, vale aproveitar, porque a vida é tão rara...
Jou Jou Balagandans
(Lamartine Babo)

Jou Jou, Jou Jou
Que é meu Balagandan
Aqui estou eu
Aí estás tu
Minha Jou Joo
Meu Balagandan
Nós dois depois no sol do amor de manhã
De braços dados, dois namorados
Já sei
Jou Jou
Balagandan
Seja em Paris ou nos Brasis
Mesmo distantes somos constantes
Tudo nos une, que coisa rara
É o amor, nada nos separa


Música lindinha, interpretada pelo João Gilberto. O tipo de música que a minha mãe cantava pra mim quando eu era pequena...

quinta-feira, outubro 31, 2002

Hoje eu fui ao banco pagar o Terra, que a minha mãe atrasou pela enésima vez. Pelo menos descobri que pago o dobro do preço pelo serviço, e esse mês mesmo vou trocar de provedor, até porque no Velox, o que importa é o serviço da Telemar, não faz diferença qual provedor você usa. Bem, mas o ruim foi que fiquei 1h naquela merda de Caixa Econômica à toa. Terminei pagando pela Internet, pela primeira vez, e na marra, porque minha impressora tá quebrada, senão eu ia terminar imprimindo e indo lá de novo, tolinha.

Essa semana tá uma maravilha, arrumei dezenas de cds emprestados. O cd do dia é João Gilberto ao vivo. É bom pra caramba, tem clássicos que todo mundo conhece, Retrato em branco e preto, Chega de saudade e Desafinado, entre outras. Pra ouvir no repeat.
É hoje!
Eu preciso aprender que quem controla a gangorra sou eu. E sou eu também quem pode transformar ela em algo menos instável.

*****


"Descobri" uma banda que eu acho que nunca tinha ouvido falar. Mas pode ser que eu já tenha ouvido antes e achado que era Smiths ou Morrissey. Esse tal de Gene é legal, outro dia ouvi na Fluminense e gostei da guitarreira, mas nem associei à banda britânica. Só que agora, ouvindo o CD, putz... É bom, mas é Smiths escarrado. Vou ouvir mais algumas vezes, porque primeira impressão pra mim não quer dizer nada...

Ah, o que eu ando ouvindo direto é o Vines, que eu peguei da Helena, e o ótimo pirata que ela tem do Grandaddy.

quarta-feira, outubro 30, 2002

Música do dia:

"Show me how you do that trick
The one that makes me scream" she said
"The one that makes me laugh" she said
And threw her arms around my neck
"Show me how you do it
And I promise you I promise that
I'll run away with you
I'll run away with you"

(...)
Se o sino toca, é sinal de que são 9 horas. E cadê vc? Chove discretamente nessa cidade quente, o calor se mantém. Eu tô aqui a toa, lendo jornal e blogs. Tudo ao mesmo tempo. E ouvindo a Fluminense, que intercala uma música foda e um lixo. Paciência. Ah, te mandei um mail, um cartão. Chegou? Aparece logo, estou com saudades.

terça-feira, outubro 29, 2002

(...)Brasília tem luz
Brasília tem carros
Brasília tem mortes
Tem até baratas
(...)
Brasília tem prédios
Brasília tem máquinas
Árvores nos eixos
a polícia montada
(...)
Brasília tem centros comerciais
Muitos porteiros e pessoas normais
(...)

Tô com essa música da Plebe na cabeça desde a semana passada e não tem nada que me faça esquecer a letra. Já ouvi mil coisas, mas quando estou tomando banho ou andando na rua, sem querer começo a cantarolar. Eu até gosto e tudo, mas enche.
Arrumei um crítico pro meu blog. Engraçado esse negócio de blog, você escreve meia dúzia de baboseiras e lê quem quer. Tem gente que gosta, se identifica e te escreve pra elogiar. E tem gente que fica zoando direto no sistema de comentários, mas é incapaz de se identificar. Ok, nem sei se te conheço, seu perfil me é familiar, mas de qualquer forma, você me diverte. Hahaha, continue debochando, como já dizia a minha mãe, "fale mal,mas fale de mim". Eu vou continuar dormindo e vivendo e me divertindo muito. Com ou sem você.
Humm, tá chegando fim do ano, Natal, Reveillón... Essa época me deixa meio triste, e eu fico assim atéééé... o meu aniversário. Acho que é culpa da nostalgia, saudade da alegria da época que o Santa Claus existia na minha vida e que me deixava feliz ao escrever a minha carta e a do Guto e da Fabinha. Porque eu era a porta-voz da casa e sempre dava as melhores sugestões de como melhor explorar o bom velhinho. E sinto falta também da ansiedade na espera das festas da noite do dia 24 e da manhã do dia 25, quando fazíamos a maior zona no segundo andar lá de casa.
Agora não tem mais Papai Noel, não tem mais nem as festas legais de Natal e de Ano-Novo. Faz tempo que não tenho um final de ano realmente legal. E eu queria isso, uma festa legal que me deixasse feliz por esses dias. Depois vem Janeiro, e Janeiro sempre me lembra o tão longínquo e tão próximo mês de janeiro de 1995. O aniversário de quando eu me tornei "quase adulta". E depois o show do Rolling Stones que eu ia com você e... fim. Assim, de maneira brusca, repentina, sem me avisar. Nem me deixou pensar, entender, nem me explicou nada. Só acabou. E eu fiquei com saudades. Me disseram que o tempo é mercúrio-cromo, que ele tudo cura. Mas ele não apaga o vazio da falta que as vezes eu sinto de você.
E o que eu faço? Eu quero um niver legal. Eu quero meus amigos lá, todos eles, aliás, todos vocês. Quero o meu amor. Só isso.
Ainda tô sem assunto. Só posso dizer que a vida é bela e Brasília é estranha.
Descobri que tem o setor das zonas lá, e não tem a ver com as eleições... É o setor de diversões...
Isso me faz lembrar que tem uma música inédita da Legião chamada "Setor de diversões sul" (ou norte), se eu não me engano. Eu cheguei a ver a letra manuscrita pelo Renato, meu amigo que era rodie e assistente pessoal do R.R. tem. Lembro que o Eduardo e a Mõnica eram citados, mas era bem trash, o Eduardo jogado na sarjeta, algo assim... Sei lá pq tô dizendo isso, acho que só porque lembrei mesmo.

sexta-feira, outubro 25, 2002

"E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração.
E quem irá dizer que não existe razão?"
No Rio Fanzine de hoje (muito legal):

Malhação punk
(Carlos Albuquerque)

Overão vem aí e você, lépido fanzineiro, quer ficar em forma para fugir dos arrastões. Você também quer ter bastante fôlego para quando rolar o boato de que os traficantes mandaram as pessoas pararem de respirar. Mas como queimar aquelas cervejas que desceram macias no meio da noite e aqueles salgadinhos que foram devorados na larica da madrugada?

Como, paizinho do céu, ficar saradão se você tem horrendos pesadelos imaginando-se no meio de uma aula de lambaeróbica, ao som do Chiclete com Banana, remexendo o popozão, com o dedinho indicador na boca e gritando “Aê, aê, aô, ô, ô, aê, uô, uô”?

Acalmai-vos, crianças alternativas. Nem tudo está perdido na terra de Little Rose e Little Boy. Esqueça o ABtronics. A salvação para o seu corpo existe! E seu nome é PRA.

A sigla significa punk rock aerobics, aeróbica punk, e é o último grito primal em matéria de preparação física. Como indica o nome, trata-se de uma aula de ginástica nada convencional, ministrada ao som de punk rock e que, no lugar de pesos, utiliza tijolos. Isso mesmo, tijolos.

A parada foi criada por duas maluquetes de Boston — Hilken Mancini e Maura Jasper — já se espalhou por Nova York e, se Deus e Joey Ramone quiserem, vai tomar conta do mundo.

— Tivemos a idéia após uma conversa de bar — conta Mancini ao RF. — Estávamos ouvindo Buzzcocks e pensando como seria legal se pudéssemos fazer ginástica ao som de punk rock. No dia seguinte, passada a ressaca, começamos a correr atrás disso.

E correram mesmo. O passado não as condenava. Mancini tem uma banda, a Fuzz, na qual canta e toca guitarra. Ela também estudou dança. Jasper é desenhista e fazia capas de disco. Mas, em determinado momento, viram-se desempregadas e, tal e qual os Sex Pistols, sem futuro, “no fuuuuuture”. Daí para o PRA foi um passo. Ou melhor, vários passinhos.

Mancini levou a idéia ao Aerobics and Fitness Association of America e rapidamente conseguiu o certificado para dar aulas:

— Não disse que era aeróbica punk. E eles nem quiseram saber. Então, ficou tudo bem.

Feito isso, a dupla começou a juntar músicas — Ramones, Pistols e pioneiros do barulho como Who e Iggy Pop — para a trilha sonora. Movimentos foram copiados livremente, tanto da famosa rodada de braço de Pete Townshend como de áreas nem tão punks assim, como as danças de John Travolta em “Grease”.

— O que queríamos era criar uma aula em que as pessoas se divertissem e não levassem as coisas tão a sério — diz ela.

E assim foi. Depois dos primeiros testes, a aula inaugural, em abril do ano passado, atraiu cerca de dez alunos. Cada um pagou US$ 7 pela malhação punk.

— Cheguei a pensar em emoldurar meus primeiros dólares como professora de aeróbica punk — garante ela.

Daí em diante, a coisa pegou. Mais alunos começaram a aparecer nas aulas, todos atraídos pela estética punk dos exercícios, contados sempre a partir do “um, dois, três” e nada mais.

— Nossas aulas ficam cheias de pessoas que não gostam de academias tradicionais nem dos modelos de beleza divulgados por elas — diz Mancini. — Temos alunos gordos, magros e até com cabelo moicano (risos).

E quanto aos tijolos?

— Não tínhamos dinheiro para comprar equipamentos caros. Por isso, usamos os tijolos. Eles têm a mesma função dos pesos e são mais baratos — diz Mancini, que costuma sair para beber com os alunos após as aulas.

No verão (americano), a dupla também deu aulas em Nova York, em local mais do que apropriado, o lendário clube CBGB. Alguns astros do rock alternativo, como Jay Mascis (do Dinosaur Jr) e Evan Dando (do Lemonheads), já participaram das aulas, tocando ao vivo para animar as coreografias. Um luxo punk só.

E esqueça Jane Fonda. Os próximos planos de Mancini e Jasper incluem um vídeo com os ensinamentos da aeróbica punk. Preparem os tijolos.

quinta-feira, outubro 24, 2002

Eu não estou triste.
Eu estou com fome (ah, é, não disse, mas o lance de viver de luz tá funcionando, só que dá uma fome danada), com sono e entediada.
Eu ando sem a menor criatividade para escrever.
Mas eu estou feliz.
E preciso mais que tudo nesse mundo que chegue o fim-de-semana. E que o mundo pare, que a Terra pare, que tudo pare. Para sempre. Ou pule direto para a próxima quinta-feira.

domingo, outubro 20, 2002

I wanna be sedated.
Eu não sei esperar.
Eu não sei não saber.
Mas eu nunca vou saber ao certo.
Mesmo sabendo, não dá pra saber de verdade.
É isso aí.
Ontem fui na Sister Moon com o povo da faculdade e bem gostei. Na verdade, o melhor foi quando o Jesse entrou, porque antes tava um saco ouvir aquelas musiquinhas da rádio Cidade e aquele bando de preibói cantando e fazendo "uh-uh", em coro, como primatas, como disse o Tiago. Um horror. Mas o Jesse salvou. E ele tocou Housemartins, e a pista esvaziou. mas eu fiquei lá, sozinha, de olhos fechados, dançando. Bom.
O tunel Rebouças, quando se está dirigindo, causa uma sensação de tédio tremenda, porque é imenso e monótono. Tédio dá sono. Logo, ele representa um grande problema na minha vida, porque eu sempre fico lutando contra o sono ali dentro. Ainda mais que depois das baladas, eu tô sempre morta de sono. Aliás, antes também.

sábado, outubro 19, 2002

Sim, caro amigo dos comentários, meu macaco mia, pode acreditar. O seu Umberto mia. E tenho testemunhas.
Parei com os supérfluos.
Comida é supérfluo, é coisa da nossa cabeça.
Agora me alimento de luz.
O problema é de noite. Sinto muita fome a noite. Melhor dormir.

sexta-feira, outubro 18, 2002

Mesmo que não ponha o suposto príncipe num pedestal, no fundo (nem tão fundo assim), sempre que você considera alguém, espera algo desse alguém. E mais cedo ou mais tarde esse príncipe vira sapo. É batata, príncipe sempre vira sapo. Acho que na verdade, eles sempre foram sapos, a gente é que não sabia. Morte aos sapos!

quinta-feira, outubro 17, 2002


Ya estoy curado
Anestesiado
Ya me he olvidado de tí...
Hoy me despido
De tu ausencia
Ya estoy en paz...
Ya no te espero
Ya no te llamo
ya no me engaño
Hoy te he borrado
De mi paciencia
Hoy fui capaz...
Desde aquel día
En que te fuiste
yo no sabía
Que hacer de tí
Ya están domados
Mis sentimientos
Mejor así...
Hoy me he burlado
De la tristeza
Hoy me he librado
De tu recuerdo
ya no te extraño
Ya me he arrancado
Ya estoy en paz...
Ya estoy curado
Anestesiado
Ya me he olvidado

Te espero siempre mi amor
Cada hora, cada día
Cada minuto que yo viva... Te espero siempre mi amor...
Te quiero... Siempre
Mi amor...
Se que un día... volverás...
No me olvido y te quiero...T.E.S.M.A...T.E.S.M.A...


(La Despedida, Manu Chao)

segunda-feira, outubro 14, 2002

Mas se você me quer eu te quero
Se não, não me desespero
Afinal eu respiro por meus próprios meios
Afinal eu vivo enquanto espero


(Herbert Vianna)
Toda vez que eu ouço Cake eu lembro de você.
Porque sempre que eu ia dormir aí você me emprestava uma camisa, e essa era a que eu mais gostava. Virou minha camisola indie.
E agora não tem mais Cake, não tem mais camisola e muito menos tem eu dormindo aí. Só se for assim, por acaso, relâmpago. E sem você me abraçando.
E assim eu nem quero. Não tem graça.
After a week or two, I thought our love was true,
She was my girlfriend, but I couldn't call her my girlfriend.
(...)
She said 'You love to be in love, but your never really in love.'
She said 'You love to be in love, but your never really in love.'

Every single day, I get down and pray, that she'll change her mind
Love don't stop no wars, don't stop no cancer,
It stops my heart.
And if you don't love me now, if you don't love me now, if you don't love me, then you can't have me, you can't have me now.
Isso é provação, só pode ser.
Enquanto isso, o lobo se esconde sob pele de cordeiro e ronda a cabritinha burra e indefesa, que nada faz.
As vezes me sinto meio de penetra nesse planeta. Porque ele não faz o menos esforço pra nos agradar, nem muito menos tenta se adaptar, um pouquinho que seja, à gente e a nossas vidas e anseios. Não. A gente é que tem que se adaptar, e o processo é muitas vezes doloroso. Quase sempre.
Nada de trabalho hoje.
Nada de aula também.
Uhuu.
Hoje foi um domingo perfeitinho. Ou quase. E olha que isso é praticamente impossível, já que domingo é o dia uó, chato e sem graça. O domingo foi feito pra ser o dia do tédio, é o dia do pseudo descanso, já que você fica estressado por saber que no dia seguinte tudo volta, a chateação e os problemas da vida real. Porque o domingo não é real, o domingo é ilusão. Mas hoje foi um domingo legal. Todos podiam e deveriam ser como hoje, deveria ter uma lei proibindo toda a programação na tv aos domingos e que obrigasse as pessoas a saírem e a fazerem programas legais, salvo quando se bebe muito na véspera e você tá de ressaca. Mas como eu não tenho ressaca...
Mal dormi, porque ontem teve a festa de dia das crianças, e foi fodona. Adorei, me diverti muito. Tive meus ataques de Joselita, ainda mais depois do Sex on the beach, mas acho (e espero) que sem maiores consequências. E tudo ficou mais legal quando a trupe dos palhaços chegou e animou mais ainda a "minha" festa. Saí de lá com uma máscara daquele robô grande que eu não lembro o nome, do Retorno de Jedi, e com bambolês a tiracolo. Pra quê eu não sei. Mas eu tava feliz, e voltei feliz, com o carro cheio de palhaços que eu adoro. Isso me deixa feliz de verdade.
Enfim, fui dormir de manhã e acordei logo em seguida. Fui andar nas Paineiras, com o Gustavo. Andamos bastante, conversamos muito. Foi uma delícia, tava fresquinho lá, tiramos fotos, coisa e tal. Fora que ... humm, deixa pra lá. Vocês sabem...
Depois a gente ia no rodízio de pizza do Viena, porque eu tava (e ainda estou) com desejo. Mas como era só a tardinha e a gente tava morto de fome, fomos na churrascaria Palace. Maravilha, comi muito sashimi. Depois, sorvete do Alex. Eu já tava cansada, com sono, e aquele sorvete de maracujá me derrubou. Passei na casa do Gu pra dar uma dormidinha básica e confesso que essa nossa nova condição me deixa bem confusa. Porque as coisas mudam, você diz isso pra sua cabeça e tenta convencê-la, mas o coração não pensa, e ele custa a entender. Coração não aprende nunca, ele tem vontade própria, uma merda as vezes. E tava tudo bem, tava tudo bem antes e correu tudo bem hoje, eu não fiquei triste, muito pelo contrário, mas queria que as coisas fossem diferentes. Não quero que seja como era antes, quero que seja difente de forma nova. Eu quero mais, e eu mereço mais. E não é que eu precise de outro alguém. Isso sempre aparece, mais cedo ou mais tarde. Eu quero um alguém, um único alguém, e bem que podia ser ele. Porque eu quero alguém legal, alguém especial, alguém do bem, bonzinho e bonzão (hihihi), e ali eu tinha tudo isso. Mas não, as coisas nunca vêm fáceis pra mim, nada vem pronto, eu tenho sempre que fazer. Paciência, não vou abrir mão e desistir não, vou continuar fazendo minha parte pra ver aonde vai dar. Como a Lara me disse, não custa tentar. Se não der certo mesmo vai doer, mas depois passa. Pelo menos, eu corro o risco de ser recompensada. É o que eu espero.

xxx


Hold me Closer


I want a single bed, I want a simpler life,
But I want you by my side, I'm so confused.

I want you wishing something, that might come true,
Oh, I'm so confused, but I'm in love with you.

Hold me closer tonight,
Hold me closer tonight,
Say you will,
Hold me still,
Til the morning,
Til the morning.

You said you'd walk me down to the river side,
When I'm by your side, I'll walk miles and miles.

When we're old and grey, we won't talk this way,
We are stupid and dumb, but we're only young.

Hold me closer tonight,
Hold me closer tonight,
Say you will,
Hold me still,
Til the morning,
Til the morning.

I owe you my heart,
Do you understand?
I owe you my eyes and ears and hands.

domingo, outubro 13, 2002

Ah, eu esqueci de dizer, mas é de coração: eu amo meus amigos. Todos vcs. Não vou linkar um por um porque nem todos são nerds. Mas vcs sabem quem são. E é de verdade, eu amo muito vcs. Obrigado. Ah, P.S. não é só depois de beber, sóbria eu tb amo vcs. Eu juro.

sábado, outubro 12, 2002

As vezes parecia que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos tão certo,
Teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais:
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços de vidro.


Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir

Não queria te ver assim
Quero a tua força como era antes.
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada.

As vezes parecia que era só improvisar
E o mundo então seria um livro aberto,
Até chegar o dia em que tentamos ter demais,
Vendendo fácil o que não tinha preço.


Eu sei - é tudo sem sentido.
Quero ter alguém com quem conversar,
Alguém que depois não use o que eu disse
Contra mim.

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada que segui
E com a minha própria lei.

Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também.
Raspas e restos me interessam.

sexta-feira, outubro 11, 2002

Sabe aquela coisa que você nunca viu mas ainda assim acredita? Tem gente que acredita em Deus, tem quem acredite em bruxas, fadas, gnomos, Papai Noel e coelinho da Páscoa. Tem até quem diga que já viu alguma dessas criaturas, com o perdão da palavra.
Pois eu nunca vi, não,sei, não conheço, e tenho todos os motivos do mundo pra desacreditar, mas ainda assim acredito no amor. Demodé? Deve ser, mas é mais forte que eu. Infelizmente.
Caralho, tocou Kent na Fluminense!
Não acredito.
Foda.
Depois daquele dia de merda, depois de ter feito de tudo pra me distrair e esquecer os ocorridos, depois de tudo, ele ligou. Confesso que foi bom, o papo foi longo e até que bem agradável, mas eu sabia, claro que eu sabia que essa minha tranquilidade era ilusória, estava anestesiada. No dia seguinte é que vinha a ressaca e a dor de cabeça comuns. Não deu outra. Acordei com cara de ontem, com cara de fim-de-festa. Bem vinda a vida, queridinha, a festa acabou, mais uma vez. A gente se divertiu bastante, ele disse. É, eu sei, por isso mesmo, eu só não queria que tivesse acabado. Mas SEMPRE acaba.

quinta-feira, outubro 10, 2002

Another No-One

Ela não ficava muito tempo sozinha. Volta e meia aparecia um cara novo e era sempre assim, paixão avassaladora, os dois colavam e seguiam juntos pra cima e pra baixo, noite e dia. Carinhos e sorrisos, uma coisa. Até parecia amor de verdade, daqueles de filme, amor pra vida toda, com tudo o que se tem direito, fidelidade, coisa e tal.
Ela tinha cansado das baladas e calhava dos caras não gostarem de sair, então era tv e pizza todo dia. Mas ela adorava. Não existe rotina pra quem gosta, ela dizia. E acreditava de verdade. Mas eles não. E pronto, passava um mês. O seu coração apertava, ficava pequenininho, encolhidinho e perdido dentro do peito. A vontade é que ele se perdesse de vez ali, pra ninguém achar e não ferir, mais uma vez. Porque ela sabia que seria assim. Era sempre assim. Mas quem disse que adianta? Depois de um mês e mais alguns dias, tcharam, tudo iria por água abaixo, como sempre. E aparentemente do nada, depois de filmes e risadas e pizza e banho e de dormir abraçadinho. Acabou. Sempre acaba. E você se acostuma e a dor passa. E a vida volta, os amigos estão ali, têm as baladas, que mesmo sem graça as vezes são um passatempo interessante num findi interminavelmente tediante. Até que outro menino aparece, por aí. Não importa como ele aparece, ele sempre vai aparecer. E se você fugir do mundo e não sair nunca mais, ainda assim ele vai aparecer. Vai bater na sua porta, vai ligar ou vai cair de pára-quedas no seu computador. E vai tomar seu coração virulentamente, vai colar em você e vai te dar um-mês-e-alguns-dias maravilhoso, dos sonhos, e vai destroçar seu coração e devolvê-lo aos farrapos. Ah, e sem exceção, ele vai gostar de Suede. Vai ver que é isso.
Têm coisas que nunca mudam.
Hoje chorei, depois de tanto tempo. Sempre fui chorona, mas tinha colocado na cabeça que ia ficar bem e não ia chorar, que aí tudo ia dar certo. Parecia que tinha funcionado, mas como tudo na vida, por tempo limitado. E põe limitado nisso. Nem deu tempo de sentir o gostinho da alegria e do sorriso constantes. E é assim que tem que ser? Sempre? Pra sempre? Se for assim, me desculpe, mas eu não quero.
Minha mãe conta que certa vez, quando eu era criança, eu enfiei uma agulha de crochê na tomada e tomei um puta susto com o choque, voei longe. E o que é que eu fiz? Fui lá e enfiei de novo. E é isso aí, a melhor forma de se aprender uma lição é na prática, é caindo pra aprender a levantar, pra aprender a cair mesmo. Mas eu não aprendo, eu sempre volto pra levar outro choque. Não me protejo, não tomo o menor cuidado. E hoje eu tomei outro choque. E tá doendo. Porque você não aprende a não sentir dor, sempre dói. E parece que a dor não vai acabar nunca, porque ela é forte, ela é intensa. Eu não aprendo nem a lidar com a dor.
Mas um dia ela passa, sempre passa. E resolve voltar, quando menos se espera, quando a gente acha que tá finalmente curado. E dói muito, dói mais, porque é ferida por cima de ferida, corte em cima de ferida que nunca fecha. Nunca.

É, acabou.

quarta-feira, outubro 09, 2002

Sou uma metamorfose ambulante. Gosto disso, gosto de poder mudar de opinião e gosto de não me culpar por isso. Mas eu vivo oscilando, e desde sempre foi assim. Tenho dúvidas, vivo em dúvida. E as coisas comigo se transformam com muita facilidade. Bom? Ruim? Depende, mas me assusta. Mudo os cabelos, mudo as roupas, tenho vontade de ir a lugares que nunca liguei e desejo de comer alguma comida que não gosto. Meu humor as vezes varia bruscamente, meu ânimo também. Acordo feliz e saio de casa chorando, aparentemente sem motivo (mas aqui tem um adendo: eu penso demais). Espero ansiosamente por uma festa e no dia resolvo não ir. Acredito realmente que te amo, mas não consigo passar tanto tempo com você. Começo a ler um livro e não consigo terminar. Enjoa. Tenho toda a paciência do mundo para explicar como se liga o computador, mas não tenho saco com perguntas idiotas. Mas depende, tudo depende. Depende do dia, depende da pessoa, depende do tempo, depende. Não estaciono em nenhum dos extremos.
Eu tenho medo da rotina, medo de pizza domingo a noite, medo de ir toda semana ao cinema ou de assistir a vídeos em casa. Não que eu canse de fazer sempre as mesmas coisas. Não, nem sempre. Dependendo da companhia, cada dia tem um sabor diferente. É piegas, mas eu sou piegas, o amor é assim. E eu ainda acredito nisso. Não tenho medo dos dias aparentemente serem iguais, porque para mim nunca são, não quando você está ao meu lado. Tenho medo por você, que talvez não consiga perceber isso.
MÚSICA DO DIA:
E estamos conversados
(Paulo Tatit / Arnaldo Antunes)

Eu não acho mais graça nenhuma nesse ruído
constante
que fazem as falas das pessoas falando,
cochichando e reclamando,
que eles querem mesmo é reclamar,
como uma risada na minha orelha,
ou como abelha, ou qualquer outra coisa
pentelha,
sobre as vidas alheias, ou como elas são feias,
ou como estão cheias de tanto esconderem
segredos que todo mundo já sabe,
ou se não sabe desconfia.
Eu não vou mais ficar ouvindo distraido
eles falarem deles e do que eles fariam
se fosse com eles e o que eles não fazem de
jeito nenhum, como se interessasse a
qualquer um.
Eles são: as pessoas, todas as pessoas,
fora os mudos.
Se eles querem falar de mim, de nós,
de nós dois, falem longe da minha janela,
por favor, se for falar do meu amor.
Eu agora só escuto rádio, vitrola, gravador.
Campainha, telefone, secretária eletrônica
eu não ouço nunca mais, pelo menos por
enquanto.
Quem quiser papo comigo tem que calar
a boca enquanto eu fecho o bico.
E estamos conversados.
Não gosto de macarrão. Só gosto de Miojo, as vezes. Nem, não é que eu não goste, só não morro de amores. Mas ontem me deu uma puta vontade de comer macarrão e eu fiz um molho maravilhoso. E hoje deu vontade de novo, mas não tinha mais aquele de argolinha (não sei o qual é o nome, mas é daquele que a gente usava na escola pra pintar e fazer colar no dia do índio), então fiz espaguete mesmo.
Mas antes que vocês, amigos maldosos, digam que é "desejo", posso lhes garantir que é normal, já que algumas vezes no ano eu tenho desejo de comer (argh) ovo também. Vá entender...
Sempre achei meio escroto pessoas que se mostravam surpresas, em seus blogs, por serem lidas e receberem retorno no que escrevem. Achava forçado, falso. Mas cá estou eu, sendo tomada pela mesma surpresa, e juro que não é arrogância de estrelinha, até porque, grandes merdas, eu tenho um blog e ele tá na net, logo, quem sai na chuva é pra se molhar. Fico abismada, isso sim, por alguém gostar de algo que eu escrevo. Isso é foda, porque a minha insegurança não permite jamais que eu fique satisfeita com algo que eu pense, diga ou faça. Isso me lembra um fato que aconteceu logo de manhã, hoje. Resumindo, por eu ser estagiária de fotografia e por todos da fotografia sempre terem nariz em pé e, sei lá porque motivo, por ser a fotografia o lugar mais foda dos laboratórios da faculdade (os outros são rádio e vídeo)... bem, eu possuo um status que me torna metida a fodona. Hahaha. Eu, logo eu. Tsc, tsc. Não quero entrar naqueles papos chatos de que ninguém é melhor que ninguém, mas pô, é verdade. O mundo dá tantas voltas, as vezes tá tudo maravilhosamente bem, e as vezes você tá tão no fundo do poço que não tem mais pra onde cair. E sempre muda, sempre piora, melhora, mas estagnado você nunca está, pelo menos não enquanto estiver nesse planeta. Tudo muda tanto o tempo todo, que umas amigas costumavam dizer que se deixassem de falar uma semana comigo, perdiam o fio da meada. E é isso. Hoje eu acordei tristinha e tudo só piorou, a impressão que eu tenho é a de que não devia ter saído da cama. Mas papo vai, papo vem, e coisas boas aconteceram, existem pessoas legais também. E teve esse mail aqui, bem legal.

"Oi Juliana,

Tô te mandando esse e-mail só pra te dizer que vc não me conhece, MAS LEIO SEU BLOG TODOS OS DIAS. Acho muito legal o que vc fala sobre sentimentos e desamores, parece ser exatamente o que sinto ou que já senti. :) Pode ser que a gente tenha algo em comum, não só o nome, mas algo na personalidade. Legal, muito legal mesmo.

***Muito Obrigada***

Ju.

(de Brasília)"


Eu que te agradeço, puxa.
Obrigada.

terça-feira, outubro 08, 2002

Preciso tomar cuidado com o que eu digo.
Pessoas lêem isso aqui.
Mais pessoas do que eu imaginava.
E isso pode causar constrangimentos, por mais que eu não me arrependa do que eu disse.
Leiam os comentários.
Por muito tempo eu pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade. Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga. Aí sim, a vida de verdade começaria. Por fim, cheguei a conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade. Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho!
Assim, aproveite todos os momentos que você tem. E aproveite-os mais se você tem alguém especial para compartilhar, especial o suficiente para passar seu tempo; e lembre-se de que o tempo não espera ninguém. Portanto, pare de esperar até que você termine a faculdade; Até que você volte para a faculdade; até que você perca 5 quilos; até que você ganhe 5 quilos; até que você tenha tido filhos; até que seus filhos tenham saído de casa; até que você se case; até que você se divorcie; até sexta à noite; até segunda de manhã; até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova; até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos; até o próximo verão, outono, inverno; até que você esteja aposentado; até que a sua música toque; até que você tenha terminado seu drink; até que você esteja sóbrio de novo; até que você morra; E decida que não há hora melhor para ser feliz do que AGORA MESMO...
Lembre-se: "Felicidade é uma viagem, não um destino".


HENFIL

segunda-feira, outubro 07, 2002

Yes, there's love if you want it
Don't sound like no sonnet, my lord
Todos os rádios do mundo estão de complô contra mim!
Porque será que toca Cidade Negra all time?
A Fluminense agora resolveu fazer uma promo (???) que mais parece castigo: "seja rodie do Cidade Negra".
Deus é mais, que merda.

domingo, outubro 06, 2002

Os pensamentos foram mais fortes. Desculpe.
Ai, será que tem Tim Maia nessa casa?
Vou ver se leio, ou durmo, até que esse dia horroroso se acabe.
Já disse que detesto domingo?
Para toda ação há uma reação. Pessoas mudam do nada. Eu mudo do nada, como consequência. E não entendo, eu nunca entendo. Acho que nunca vou entender, então nunca vou aprender, vou passar o resto dos dias batendo cabeça, caindo e chorando. Levantando e seguindo em frente, até a próxima pedra no meu caminho. Tá, talvez eu esteja que nem o cara da piada que adivinha tudo o que o outro vai dizer e já chega chingando. Sofro por antecedência, imagino diálogos completos, mas sempre sou perdedora, me imagino assim. Burra. Mas se eu pudesse construir meus finais, se minha imaginação tivesse o poder de decidir meu destino, eu sei bem tudo o que eu ia querer fazer. Não quero muito não, quero muito menos do que muita gente tem fácil, fácil, sem esforço algum. Só quero ser feliz. Só isso. Ah, e com você.
O homem pensa demais, este é o problema. O homem não deve pensar muito, esta é a minha opinião. Deve amar e trabalhar. Deve tomar sol e olhar as árvores. Quando a minha cabeça quer pensar, eu compro chicletes e fico mascando, masco com força, o chiclete me ajuda a não pensar. Às vezes, os pensamentos querem invadir, querem construir uma torre, pedra sobre pedra, forçam a cabeça do homem, mas o homem é mais forte que os pensamentos, o homem pode esquecer. E quando não consegue esquecer, o homem pode cantar músicas do Tim Maia.

Tô lendro um livro pra faculdade, chama-se O Matador, é da Patrícia Melo e é discaradamente inspirado num conto do Rubem Fonseca, O Cobrador. Detesto coisas "inspiradas discaradamente", mas até que tô gostando do livro, é bom de ler.
Tudo é dor e toda dor vem do desejo de não sentirmos dor.

sexta-feira, outubro 04, 2002

Eu odeio o sino.
Grrrrrrrr...
Barra de Hershey's a $2.49, na Americanas. Bom quando se tem uma porrada de coisas pra estudar e pouco tempo. Já sei tudo de " situação cinema" e fait divers. Ah, é prova de técnicas de comunicação. Matéria legal, mas muita decoreba.

xxxxxxxxxx


Acordei com a rádio Fluminense e a porra do Cidade Negra. Fui almoçar e + Cidade Negra no shopping. Morreu alguém da banda ou tão querendo morrer? Tolerância zero, tô de saco cheio, ainda mais porque tô o dia todo cantando aquela breguice de "...quero acordar de manhã do teu lado e aturar qualquer babado, vou ficar apaixonado, no teu seio aconchegado...". ARGH!

xxxxxxxxxx


Passar o dia nessa faculdade é prova de resistência. O sino da Igreja do colégio ao lado toca de 15 em 15 minutos. Irrita. E irrita mais ainda neguinho que passa do seu lado imitando o sino. Qualquer dia dou uma de Joselito, o mesmo que vou fazer quando alguém mais nesse planeta me oferecer Mate. Eu odeio Mate, sempre odiei Mate, não se esqueçam.

quinta-feira, outubro 03, 2002

Pronto, voltei a fazer parte da T.D.C.O.O.

quarta-feira, outubro 02, 2002

Outros olhos

No fundo de cada cabeça devem existir outros olhos, uns olhos que enxergam para dentro, e provavelmente são eles que vêem as imaginações, as reminiscências, os sonhos, as idéias, as doidices que a gente pensa.
Enquanto os olhos que olham para fora se limitam a contemplar o que está na frente deles, esses tais olhos de dentro ora vêem o que querem, ora o que a gente quer ver.
Às vezes eles são obedientes. Noutras são muito teimosos. Quase sempre são criativos. De vez em quando são tão sensíveis. São imprevisíveis, os olhos de dentro.
(...)
O mais difícil de entender é como eles conseguem inventar coisas que os olhos de fora nunca viram:
Acontecimentos que não aconteceram.
Momentos que jamais passaram.
Situações completamente estapafúrdias.
Condições imaginárias.
Suposições.
Tragédias.
Finais felizes.
Sinais.
Hipóteses.
Subterfúgios.
Absurdos.
Desejos.
Aquilo que não existe, ou não é visível, ou ainda não foi descoberto, o que já foi embora,..., o que foi arrancado, o que não foi aberto.
(...)
Tem hora que o melhor que se pode fazer é ver as coisas com outros olhos.


(Adriana Falcão in Veja Rio)
Hoje é aniversário do Wando. Porque como você dormiria os próximos dias de sua reles existência sem saber disso?
E olha o que eu achei aqui.
Numa das costumeiras voltas que o mundo dá as coisas finalmente resolvem se acertar e a vida parece sorrir de verdade pra mim, e não mais da minha cara.
(...)
E ao chegar cansada da faculdade, indo deitar, o telefone toca e todos os pesadelos de um passado real vêm a tona, e eu sou uma fraca, incapaz de ter voz ativa sobre minha vida e meus anseios, e fico ali, ouvindo todo aquele blá, blá, blá que tanto mal me fez e que ainda é capaz de me causar náuseas. Pensei em dizer tudo isso, mas simplesmente me calei e escutei. Agradecimentos, pedidos de desculpas, reconhecimento de feitos que na verdade não são nada demais, simplesmente sou eu, e sempre fui. Só ele que não soube ver. Dane-se. Eu sempre quis ouvir isso, sempre esperei por esse reconhecimento e agora não é nada. Nada. Argh.
As vezes certas lembranças trazem doces sensações, noutras, só causam dor, e deveriam ficar enterradas para sempre. Porque você resolveu mexer nisso? Vocês todos não me acrescentam nada hoje em dia, já aprendi o que tinha pra aprender com todas essas histórias entrelaçadas, agora chega. Me deixem em paz, malditos.
(...)
Então me lembro que tenho você, e que é a melhor coisa que podia ter me acontecido, e talvez seja a melhor que já me aconteceu. Mas no meio de tanta confusão desse passado que resolveu me assombrar, as idéias me confundem, e começo a ter medo até de você, porque é bom demais. E ouço coisas nas entrelinhas do que você diz, e talvez realmente sejam só fantasias doentias da minha cabeça. Aliás, eu espero que seja só isso.
Preciso dormir.
Hoje eu só queria colo... Mas não qualquer um. Queria o seu, queria cafuné até pegar no sono, pra fugir da vida real, só por hoje ao menos.
When the day is long and the night, the night is yours alone,
when you're sure you've had enough of this life, well hang on.
Don't let yourself go, cause everybody cries and everybody hurts sometimes.

Sometimes everything is wrong. Now it's time to sing along.
When your day is night alone, (hold on, hold on)
if you feel like letting go, (hold on)
when you think you've had too much of this life, well hang on.

Cause everybody hurts. Take comfort in your friends.
Everybody hurts. Don't throw your hand. Oh, no. Don't throw your hand.
If you feel like you're alone, no, no, no, you are not alone

If you're on your own in this life, the days and nights are long,
when you think you've had too much of this life to hang on.

Well, everybody hurts sometimes,
everybody cries. And everybody hurts sometimes.
And everybody hurts sometimes. So, hold on, hold on.
Hold on, hold on. Hold on, hold on. Hold on, hold on.
(Everybody hurts. You are not alone.)

segunda-feira, setembro 30, 2002

Como pode um cara que tá preso mandar numa cidade do porte do Rio de Janeiro? A palhaçada e a boataria correm soltas, e dá nisso. Comércio fechado, escolas e faculdades também. Voltei cedo do estágio, e tudo está na mais perfeita ordem nas ruas, cheias de polícia, como nunca se viu. Tsc, tsc. Vejam isso e isso.

xxxxxxxxxx


Ontem fui ver 24 hours party people (traduzido como "A Festa Nunca Termina"), filme que está no Festival do Rio. Pra quem não sabe, o filme trata do surgimento da Factory, a festa/gravadora que lançou o Joy Division e o Happy Mondays, passa pelo suicídio do Ian Curtis e o surgimento do New Order. Tudo sendo narrado pelo jornalista Tony Wilson (é isso?), o "cabeça" da parada. Bem legal, o filme começa mostrando o primeiro show do Sex Pistols, pra um público merreca de 42 pessoas, no que Tony diz que a Santa Ceia tinha apenas 13 pessoas. Genial. E o que era aquele povo dançando? Eu adoro esses ingleses de filme dançando, é esquisito, bizarro, muito bom.

xxxxxxxxxx


Hoje tem Los Hermanos no Teatro Rival. Foda-se Fernandinho Beira-Mar, esse é o último show da banda antes do disco novo e eu vou, e vou tirar fotos.

quinta-feira, setembro 26, 2002

Tudo bem que além do friozinho diliça desses últimos dias, tinha uma chuva um tanto quanto chata. Mas não tinha precisão de mudança tão radical: saí do laboratório e dei de cara com um sol forte e quente paca`s. Argh. Tava tão bom ali, hoje de manhã, tava quentinho, queria não ter que levantar. + argh. Preciso dormir.
O MUNDO É BÃO SEBASTIÃO

Ontem teve a reinauguração do Estação Botafogo (é isso? eu sempre confundo com o Espaço Unibanco...). Passei rapidinho na FACHA pra entregar o trabalho de RSEPB (quem quiser saber do que se trata, pergunte dispois), e fui pra lá. Tentamos (eu e Gu) comprar ingressos para um filme da Mostra, mas a fila estava quilométrica. Logo demos de cara com a Ciça, e em seguida achamos o Fred. Kamille e JP não deram as caras, estavam dormindo (juntos?). Foi bão, muito pro secco (N.E. - =champagne, mas só pode ter esse nome o espumante dessa região específica), pão de queijo e morangos. É, de novo, morangos, que nem no Paracambindie. O Fred enfiou o pé na jaca, bebeu todas, a nossa carona deu altos moles discarados, mas ele voltou sozinho e foi dormir com o amigo Tatu, coitado.
Ah, o filme. Foi bom, meio longo, mas bem legal. Não mi alembro do nome agora, mas era sobre a Rádio Favela. E filme depois dos goró fica sempre com outra cara. Aliás, o Fred não parou de falar um minuto. Bateu o recorde d'eu e Kamille juntas. E olha que isso é quase impossível.
No final, estávamos todos (menos a Ciça, que não perdeu a linha) muito sorridentes e dançando alegremente aquelas músicas de elevador.
Adoro essas bocadas, deveriam mandar convites desses pelo menos 1x por semana. Aliás, amigos, forwards são bem vindos.

quarta-feira, setembro 25, 2002

Não por mera coincidência nem por simples sinal, a Kamille me mandou isso aqui hoje.

"Precisamos ficar distraídas!
"...Até que tudo se transformou em um não. Então, a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas..." (...) "Tudo porque quiseram dar um nome. Tudo porque quiseram ser, eles que já eram."
(...)
"Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."

(Clarice Lispector)
Não por mera coincidência nem por simples sinal, a Kamille me mandou issoaqui hoje.

"Precisamos ficar distraídas!
"...Até que tudo se transformou em um não. Então, a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas..." (...) "Tudo porque quiseram dar um nome. Tudo porque quiseram ser, eles que já eram."
(...)
"Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."


terça-feira, setembro 24, 2002

Outra pérola desse disco. Acho que tô até começando a gostar.

"Como a abelha necessita de uma flor
Eu preciso de você e desse amor
Como a terra necessita o sol e a chuva eu te preciso
E não vivo um só minuto sem você."


Hehehe.
Peguei um CD do Roberto Carlos da minha mãe, um que eu não conhecia. Pela foto, achei que era bom, mas já era o começo da fase brega. Depois fui ver que é de 81, bem recente. O RC só tem coisas legais até 72, e algumas poucas depois, pinceladas de outros álbuns dos 70'. Nos 80', nada se salva.
Mas então, ouvi uma música que me deu uma puta saudade de uma grande amiga, a Fabi, amiga dos tempos de escola,que já me ajudou muito.

As Baleias
"Não é possível que você suporte a barra
De olhar nos olhos do que morre em suas mãos
E ver no mar de debater em sofrimento
E até sentir-se um vencedor nesse momento.
Não é possível que no fundo do seu peito
Seu coração não tenha lágrimas guardadas
Pra derramar sobre o vermelho derramado
No azul das águas que você deixou manchadas.
Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão.
O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e a fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos, em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão.
Como é possível que você tenha coragem
De não deixar nascer a vida que se faz
Em outra vida que sem ter lugar seguro
Te pede a chance de existência no futuro.
Mudar seu rumo e procurar seus sentimentos
Vai te fazer um verdadeiro vencedor
Ainda é tempo de ouvir a voz dos ventos
Numa canção que fala muito mais de amor."
MÚSICA DO DIA
"Você é incapaz de matar uma muriçoca mas como tem capacidade de mexer com o meu coração"
Pelo menos eu consegui esquecer o Pato Fu.
Amém, Sr.
Fui excluída da trupe do circo Orlando Orfei. Ok, vocês, vocês todos, meus amigos, me vilipendiaram, me limaram, me excluíram, me descartaram. Ninguém me ama, ninguém me quer, oh, chuif. Tá, mas é sério, estou magoada com tamanho desprezo. Eu não mereço isso. A vida é deveras cruel.

segunda-feira, setembro 23, 2002

Eu não sei o que levar em consideração deveras: se suas palavras ou seus atos. Se faço uma miscelânea, fico confusa. Porque seus atos são impecáveis, porém as palavras as vezes te entregam (entregam?) e me deixam com um certo receio. Não, nada mais daquele medo idiota e nada construtivo, mas confesso que existe um certo friozinho na barriga. Queria ser forte e segura, queria ter certeza de que você gosta de mim tanto quanto eu de você e que seremos "felizes para sempre" (enquanto durar). Mas tudo sempre me parece uma grande ameaça, eu tenho o poder destrutivo de construir monstros gigantes e ameaçadores na mais inocente das criaturas. Depois tento desfazer a imagem medonha criada e alimentada por minha mente doentia, mas sempre preciso de ajuda externa. Ou então fico remoendo fatos, analisando entrelinhas para tentar me convencer, inutilmente, de que estou errada e sou uma tola (isso eu tenho certeza).
Tá, eu sei que a gente tem que viver e ver, esperar que as coisas (talvez) aconteçam e que de nada vale sofrer por antecedência, é perda de tempo, e as vezes consegue destruir o que está tão legal. Aliás, impecavelmente bom, como nunca. Sem exageros. Mas vai lá, diz isso pras profundezas da droga dos meus pensamentos. Porque eles cismam em ter vontade própria. Me manipulam, e quase me convencem a estragar tudo. NÃO! Burra, burra, burra. Tapa os ouvidos, faz que nem quando era criança, põe os dedos e cantarola qualquer coisa, só pra ignorar as palavras. Mas abre bem os olhos, porque o mais importante está aí, na sua cara.

sexta-feira, setembro 20, 2002

Nada de choro, nada de lamentos. Hoje eu quero falar de dança, de alegria, de risada. Porque eu não quero saber de lágrimas, pelo menos por enquanto. Porque eu cansei dos clichés da vida e eles aparentemente tiraram férias de mim, então, eu quero continuar tendo os meus cinco anos, sendo sem noção e brincando, como se o carnaval da vida nunca tivesse fim. Não tem que dar certo, já está dando, e é isso o que importa. A gente se acostuma a depender de coisas que na prática não fazem a menos diferença. Meu nome só serve pra assinar documento, minha idade também, só pra constar. Não importa o que eu sou, o que somos. Não importa para onde estamos indo. Só sei que não estou perdida, a direção o vento nos mostra. Não tenho certeza de nada, e como ter? Dane-se, eu estou viva, e está tudo bem, obrigada. E eu não vou permitir que nem eu mesma atrapalhe isso.
Ei, me desculpem, sei que todos lêem o blog dela, mas foi inevitável copiar isso aqui, porque é bem o que eu queria dizer. Amei, Kamille.

Distraído
Frio, noite. Você me viu, não posso mais fugir. Você sorri. Eu não quero mais fugir. Eu quero ficar e te dizer tudo o que eu guardei e tinha esquecido, mas agora que estou aqui com você eu lembrei, e é tão bonito, e bonito é você, você que não sabe ou não quer saber o que eu sinto. Eu não quero mais ir embora, eu quero ficar, aqui ou em qualquer lugar com você.
Com você eu não tenho vontade de jogar. Não que eu saiba, mas com você eu sequer penso nisso. Sou toda risos, olhares atentos e tentativas de ser engraçada. Sempre. É bom porque você também ri, e isso já é alguma coisa. E também é o meu jeito de esconder o que se passa aqui dentro, o pensamento mais rápido do que posso agir ou mesmo entender, como sempre, a confusão entre razão e sentimentos que eu não consigo negar nem esconder que sou. Mas tento.
Eu gostaria de, num arroubo de coragem ou otimismo, arriscar te dizer de um jeito ou de outro o que eu penso todas as vezes que te encontro ou ouço falar em você. Te dizer que hoje eu vi aquela bebida que você gosta e lembrei de você. Que inúmeras outras vezes eu me lembro de você. Que, na verdade, raro mesmo é te esquecer.
E você, homem de sorriso encantador, você que para ser meu não precisaria nem deveria mudar nada desse jeito que é o jeito mais legal do mundo, que é magro e alto e gosta de falar, que tem a voz bonita e gosta de olhar livros, que presta atenção no que eu digo e quase sempre concorda, onde anda com a cabeça que não percebe que por trás de cada gesto ou palavra pra você existem muitas outras intenções?
(Por Kamille Viola)

quarta-feira, setembro 18, 2002

PS: Ouvindo Legião Urbana.
Vim no ônibus, voltando da facul, com uma vontade louca de ouvir Legião, coisa que tenho feito cada vez mais raramente. Mas é bom assim, parece que a música fica mais bonita, e aí ela continua te passando algo...
"Estou pensando em você, quero te ver..."

Eu tenho que parar com essa mania idiota de comparar e medir as coisas. Não, não qualquer coisa, eu só faço isso exatamente com o que não deveria. Não se compara vida, não se mede sentimento. Cada criatura desse mundo é única, cada história é única. Existem coisas parecidas, claro, mas nada é igual. A vida é eterna surpresa, e essa é que é a graça. Se a gente sempre soubesse o final do filme, não adiantava nada ter vindo pra esse planeta. O negócio é relaxar e gozar, ir curtindo cada passo novo sem pensar muito no que vem depois do próximo.
(...)
(Isso aqui tá mais parecendo minha aula de psicologia de auto-ajuda do que qualquer coisa. Sou eu querendo me convencer do óbvio. Tolinha.

"...e você sorriu pra mim"

segunda-feira, setembro 16, 2002

Estamos regredindo. Aliás, eles estão. Alguns deles. Nego se diz moderninho, mas é tão demodé quanto seus avós. Se bem que esses, na sua época, costumavam ser bem mais cavalheiros que esses cavalos que nós esbarramos volta e meia por aí. Não são todos, claro que não, existem gratas e doces exceções, mas o fato é que alguns homens ainda perdem tempo precioso fazendo rodinha pra falar mal de mulher. Falam mal até das que já pegaram, não têm a menor vergonha na cara, cospem discaradamente no prato que comem e se lambuzam. As mulheres, no geral, não ligam tanto pra aparência, e as vezes não se incomodam nem com a inteligência pouco beneficiada de alguns espécimes. E, se contentam com pouco sim, conseguem ser felizes e se satisfazer com a esmola que Deus lhes ofereceu. Se algum dia forem criticar alguma criatura, vai ser por merda que o tal desinfeliz fez, e não por causa do nariz que é grande ou do pau que é pequeno. Eu, pelo menos, sou assim. Não fico perdendo tempo em rodinha falando mal de homem do nada, assim, por falar. Como se precisasse de assunto, pra tirar vantagem, pra fazer tipo, ou sei lá o quê. Tô mais preocupada em encontrar alguém legal que eu possa falar bem. É tão melhor! E ainda bem que existe "alguéns" assim. Ah, vai tratar de ser feliz, cambada de homi mal amado!
"Vamos brincar, amor? vamos jogar peteca
Vamos atrapalhar os outros, amor, vamos sair correndo
Vamos subir no elevador, vamos sofrer calmamente e sem precipitação?
Vamos sofrer, amor? males da alma, perigos
Dores de má fama íntimas como as chagas de Cristo
Vamos, amor? vamos tomar porre de absinto
Vamos tomar porre de coisa bem esquisita, vamos
Fingir que hoje é domingo, vamos ver
O afogado na praia, vamos correr atrás do batalhão?
Vamos,amor, tomar thé na Cavé com madame Sevignée
Vamos roubar laranja, falar nome, vamos inventar
Vamos criar beijo novo, carinho novo, vamos visitar N. S. do Parto?
Vamos, amor? vamos nos persuadir imensamente dos acontecimentos
Vamos fazer neném dormir, botar ele no urinol
Vamos, amor?
Porque excessivamente grave é a Vida
."
Hoje é dia daquela velha música...
"Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com caras de abortadas
Pra pessoas de alma bem pequena..."

sexta-feira, setembro 13, 2002

Dez anos se passaram. Mas parece que foi ontem que você apareceu na minha vida, do nada. Claro, raramente coisas e pessoas aparecem com hora marcada, ligam pra avisar ou mandam um telegrama. Normalmente é assim, você esbarra por aí com a criatura, ou alguém te apresenta, ou... Enfim. E eu me acostumei. Desculpa, mas eu me acostumei a chorar com você quando estava triste, ou a te abraçar e te encher de beijos quando estava alegre. Me acostumei a ter você sempre aqui, todos os dias, todas as horas. Tantas pessoas apareceram e se foram nesses anos todos, tantas coisas mudaram, eu cresci, caí, me reergui, eu mudei. E continuo a mesma. E você também. A não ser... por ter ido embora. Por ter me deixado aqui tão só, sem você. E cada um desses dias de ausência pareceram intermináveis, e a dor de te perder foi maior do que eu podia sequer imaginar. Eu não preciso mais perder pra aprender a dar valor, foi-se o tempo... E eu chorei, todos nós choramos. Até ele, aparente fortaleza, chorou a sua falta. Mas da mesma forma que se foi, você voltou, numa madrugada quente de primavera. E me fez voltar a sorrir.

quarta-feira, setembro 11, 2002

Ah, esqueci de contar. Recebi um mail do Rodrigo Quik, acho que por causa do Ruídos. Ele quer me mandar CD da banda dele, o Narjara. E não pediu nada. Vai mandar do nada, por nada. E ainda foi supersimpático. Schlept, schlept.

terça-feira, setembro 10, 2002

"Quando não há compaixão
Ou mesmo um gesto de ajuda
O que pensar da vida
E daqueles que sabemos que amamos?..."
Não como nunca mais. Argh.
I'm Dying.
Champagne, vinho e muito sono.
Fui na estréia do site Porta Curtas, no Odeon, que tá lindo de morrer (o cinema), dá gosto. E valeu pra rever os amigos e prestigiar o trabalho deles (Fred e Kamille) no site. Aliás, encontrei o JP e o Fred já no metrô, ponto de encontro com o Fernando.
Passaram cinco curtas, dentre os quais dois eu já tinha visto, há tempos, na escola. O primeiro foi o clássico "Ilha das Flores". Gostei dos quatro primeiros, no quinto eu dormi. Depois rolou uma social e eu não resisti, mesmo passando meio mal. Mas tudo o que eu queria era a minha cama, tanto é que todos rumaram pra Matriz, e eu vim pra casa.
No ônibus, do nada, eu me lembrei dessa música, que eu conheci na voz do Tim Maia e, apesar de ser homônima de uma música dele, é do meu querido poetinha. Linda. Como tudo dele.
(...)

PRIMAVERA
"O meu amor sozinho
É assim como um jardim sem flor
Só queria poder ir dizer a ela
Como é triste se sentir saudade
É que eu gosto tanto dela
Que é capaz dela gostar de mim
E acontece que eu estou mais longe dela
Do que a estrela a reluzir na tarde
Estrela, eu lhe diria
Desce à terra, o amor existe
E a poesia só espera ver nascer a primavera
Para não morrer
Não há amor sozinho
É juntinho que ele fica bom
Eu queria dar-lhe todo o meu carinho
Eu queria ter felicidade
É que o meu amor é tanto
Um encanto que não tem mais fim
E no entanto ela não sabe que isso existe
É tão triste se sentir saudade
Amor, eu lhe direi
Amor que eu tanto procurei
Ah! quem me dera eu pudesse ser
A tua primavera e depois morrer."

segunda-feira, setembro 09, 2002

Fotos do findi: Glamourama, Autoramas e Penélope. O primeiro, no Festival London Burning, os outros dois no Ballroom. Todos no sábado.
Márvio sendo aclamado por populares
JP e Márvio
Simone, Autoramas
+ Simone
Gabriel, Autoramas
Érica, do Penélope
Yo...
Helena (linda!) e namô...