sábado, abril 13, 2002

Pô, Murphy, dá uma folga aê, larga do meu pé, cacete! Eu levo tombo atrás de tombo, aliás, eta criatura pra levar tombo! Uma amiga, a Fabi, sempre diz que uma semana longe de mim ela já fica desatualizada de nomes e fatos. É, o que roda de gente na minha vida... Isso é bom, porque eu caio e logo logo um outro alguém me dá a mão pra eu me levantar... Pena que, normalmente, esse mesmo fulano rapidinho põe o pé na minha frente e me joga na sarjeta de novo... Ó, mundo cruel! (com a mão na testa)... Cara, eu sou legal. Eu sei que falo demais, e me culpo a todo momento por isso. Mas em compensação, eu falo merda, falo sério... e sou tranquila, nem fico cobrando nem brigando, e minha raiva normalmente não dura mais que cinco minutos... E é facinho me fazer rir... E eu ainda mando cartõezinhos fofos... Mas eu sempre me achei tão melosa e tão romântica e tão grudenta que me controlo ao extremo, e se deixar sou até fria... Mas acho que no geral eu equilibro bem... E isso não é propaganda minha, é pra eu ME convencer que não tô fazendo as coisas erradas, mas que as vezes não depende só de mim... Normalmente não depende. E hoje eu mandei um cartão meigo, com uma bela música dos Bítols, que eu só conheci por causa do Teenage, confesso... (Ah, mas a versão do Teenage é bem mais animadinha, a dos Beatles é folk demais...). E ele só me põe uma carinha sorrindo como resposta. Ai, icq... Eu te amo, eu te odeio. E me largou plantada na faculdade, esperando eternamente o telefone que não tocou. Ggggrrrrr... Foi beber com os amigos. Ok, ok, mas podia ter avisado. Pelo menos ele ligou quando chegou... E essa minha passividade me irrita. Mas brigar? Brigar pra quê? Nem sequer posso falar nada pra um alguém que nem se acerta deveras comigo. Ai...
Lá vai a musiquinha...

"If you let me take your heart I will prove to you,
We will never be apart if I'm part of you.
Open up your eyes now, tell me what you see.
It is no suprise now, what you see is me.

Big and black the clouds may be, time will pass away.
If you put your trust in me I'll make bright your day.
Look into these eyes now, tell me what you see.
Don't you realise now, what you see is me.
Tell me what you see.

Listen to me one more time, how can I get through?
Can't you try to see that I'm trying to get to you?
Open up your eyes now, tell me what you see.
It is no suprise now, what you see is me.
Tell me what you see.

Listen to me one more time, how can I get through?
Can't you try to see that I'm trying to get to you?
Open up your eyes now, tell me what you see.
It is no suprise now, what you see is me."

Chuif, chuif.

quarta-feira, abril 10, 2002

"Que se há de fazer com a verdade de que todo mundo é um
pouco triste e um pouco só".
(Clarice Lispector)

segunda-feira, abril 08, 2002

"Are you gonna in my dreams tonight?"

"AND IN THE END THE LOVE YOU TAKE IS EQUAL TO THE LOVE YOU MAKE"
E depois de tanto tempo juntos ela ainda se perguntava se ele realmente gostava dela. Ela tinha essa mania de se questionar quanto a tudo e todos o tempo todo, era insegura, mas dessa vez tinha certeza que não era paranóia, que não estava exagerando. Ele era presença constante na sua vida, era carinhoso, mas ao mesmo tempo que estava lá, também não estava. Podia ser só um impressão, ela tentava acreditar nisso, mas no fundo sabia que não, que algo estava estranho. Ele só falava muito, ria e brincava quando estava com os amigos, como se eles fossem sua fortaleza. Com ela ele parecia se sentir confortável, mas se trancava, ficava quieto, num silêncio que a deixava deveras constrangida. E ele permanecia tranquilo, como sempre. E os dias passavam, a vida seguia, e ela continuava se sentindo uma estranha perto dele, sem sequer conseguir conversar suas coisas cotidianas sem se sentir uma tola. "Ele nunca comenta nada", pensava. E não queria perdê-lo, tinha medo que ele sumisse do nada, da mesma forma que apareceu numa bela noite de sábado, naquela janelinha que piscava elogiando seu gosto musical. Numa rara exceção ela parou para conversar com aquela criatura, um número até então, dentre tantos outros que lhe apareciam diariamente. "Oh, whatever makes her happy on a Saturday night, Oh whatever makes her happy, whatever makes it alright." Culpa do Suede.
As férias acabaram, ele voltou ao trabalho e ao mestrado. Agora teriam menos tempo, e as neuras tendiam a aumentar, povoando sua cabeça de dúvidas eternas e perguntas sem respostas. Será ele só uma pessoa desligada e com pé atrás? Esse pelo menos não deixa de viver, só espera para rotular. E rótulos também não fazem tanta diferença assim, só passam uma falsa impressão de segurança. Mas ela sonhava com o dia que ouviria algo que mostrasse o vínculo entre seus corações, qualquer frase - até mesmo palavra - mais melosa. Mas como diz a Kamille, melhor um cara que age demais e fala de menos, do que um político, que promete, promete e não cumpre.
Mas porque diabos ele não fala comigo pelo icq? Hein, hein?

"ALL YOU NEED IS LOVE.
LOVE IS ALL YOU NEED"

domingo, abril 07, 2002

Sabe porque "Always in Love"? Já expliquei que é uma música, etc, etc... Mas essa sou eu, que sempre ama, que vive intensamente cada pessoa, cada amor, que se descabela, se entrega, sofre, chora, levanta e segue em frente. Tipo, já chorei até com "O Portão", saca aquela música do Rei, "meu cachorro me sorriu latindo"? Isso é muito trash! Vale pra rir no futuro, mas nem precisa, eu já rio por conta agora, que passou um pouco... Meu querido amigo de todas as horas, Giovani, acabou de ligar, ele disse que aposta que dessa vez vai dar certo. Eu também aposto. Mas eu sempre aposto! Sei que é sempre diferente, cada um é cada um. E ele é fofo, gracinha... Mas é sem noção e desligado, o que requer dose extra de paciência, coisa que estou aprendendo a ter ao longo dos anos. Mas estou mais encaminhada que nunca, disso não tenho dúvidas. Pelo menos ele me liga, e lembra de mim e não tem uma ex louca que o faça voltar atrás ou o deixe com traumas de tentar algo com uma nova pessoa. Depois escrevo mais, tô indo pra lá...
Ah, escrevi a primeira matéria da minha vida, pro brógui-que-virou-site do Fábio, namorado da minha miguinha queria, a Daia. Nem sei se vai sair lá, por que não me falaram e eu também não perguntei... Ainda tenho medo das críticas...

A matéria é essa aí...

Calma, calma, isso não é um golpe nem uma tentativa de "vender" nada a ninguém. Mas pode ter certeza que você não vai se arrepender se "comprar" a dica. Essa é uma banda completamente deliciosa. Você conhece o Quasi? Se nunca ouviu falar, tudo bem, você é normal. O duo indiepop de Portland, no estado americano do Oregon, ainda é pouco conhecido por aqui, como outras tantas bandas do gênero. E até mesmo na Internet ainda é algo meio complicado se falar nessa dupla, formada pelo casal de ex marido e mulher (e felizes nessa condição, como fazem questão de frisar), Sam Coones (vocal principal, teclado e guitarra) e Janet Weiss (backing vocal e bateria). Mas se você é daqueles que conhece as bandinhas dos confins dos EUA ou da Inglaterra, pode ser que já os conheça também de suas antigas bandas. Sam era do Heatmiser. E Janet é baterista do Sleater Kinney desde 97. Confesso que nem eu mesma conhecia a banda do Sam Coones. O Sleater Kinney já é mais "pop". Mas nenhuma das duas se compara ao Quasi, com suas baladas grudentas, refrões assoviaveis, músicas inesquecíveis, toques de ironia e cinismo e os indefectíveis tecladinhos toscos a la Roberto "Jovem Guarda" Carlos.
Comparações? Não sou muito chegada a elas, mas ok, um pouco de Built To Spill, um pouco de Apples in Stereo, talvez Guided By Voices e Pavement. Mas, na real, Quasi é Quasi. E é phoda.
Quem volta e meia os acompanha é o trovador Elliot Smith, que também era do Heatmiser, e é fanático por John Lennon, assim como Coones é fã de Beatles e deixa bem claro em suas músicas.
O primeiro CD, "Early Recordings collection", saiu em 1996. Trata-se de uma coletânea com as primeiras gravações e com material deixado de lado, os famosos B Sides. Em 97 Weiss se juntou ao Sleater-Kinney, mas continuou colaborando com Coones, e lançaram nesse mesmo ano seu "R&B Transmogrification", sucedido em 98 pelo "Featuring Birds", álbum super aclamado pela crítica e nas turnês. O último e mais recente álbum, "The Sword Of God" veio num agito da gravadora, que relançou os três primeiros. Ah, e o melhor: você encontra tudinho no nosso querido amigo de todas as horas, o fabuloso e genial Audio Galaxy.

Our hapiness is guaranted.
Essa música é linda! E eu guio meus passos sempre lembrando dela... Confesso que as vezes me apresso, mas é por medo de perder o bonde. Como achar a medida do tempo? Você aí tem a fórmula? E será que alguém sabe o ponto de equilíbrio? Ah, acho que nunca saberemos ao certo. O negócio é ir experimentando, em cada caso, com cada pessoa, a cada dia. Até porque, somos únicos. E a gente erra, erra, mas também corre o risco de acertar. Eu reclamo, reclamo, mas quer saber? a graça é essa, o acaso...

Sometimes late at night
I lie awake and watch her sleeping
She's lost in peaceful dreams
So I turn out the lights and lay there in the dark
And the thought crosses my mind
If I never wake up in the morning
Would she ever doubt the way I feel
About her in my heart

If tomorrow never comes
Will she know how much I loved her
Did I try in every way to show her every day
That she's my only one
And if my time on earth were through
And she must face the world without me
Is the love I gave her in the past
Gonna be enough to last
If tomorrow never comes

'Cause I've lost loved ones in my life
Who never knew how much I loved them
Now I live with the regret
That my true feelings for them never were revealed
So I made a promise to myself
To say each day how much she means to me
And avoid that circumstance
Where there's no second chance to tell her how I feel

If tomorrow never comes
Will she know how much I loved her
Did I try in every way to show her every day
That she's my only one
And if my time on earth were through
And she must face the world without me
Is the love I gave her in the past
Gonna be enough to last
If tomorrow never comes

So tell that someone that you love
Just what you're thinking of
If tomorrow never comes
Não, eu não estou procurando alguém que caiba nos meus sonhos, como naquela velha música que sempre cantávamos na época da escola, das varizes em volta da lâmpada, dos insetos que vão aumentando... Não tenho tipo ideal, até porque jamais me limitaria a esse ponto... Porque sempre me lembram meu pai? Eu não sei, ela sempre diria que eu procuro por isso, mas não é verdade. Deve ser ironia de Deus, quiçá de
Murphy (mais provável esse último, que adora rir da minha cara).
Quando um homem leva um puta tombo e dói pra cacete, independente de estar no seu quarto sozinho ou no meio da rua, ele chora? Mais provável que só chore no quarto. Mas eu quero um que chore, e que cague se alguém tá olhando ou falando algo, ou rindo, ou dando de ombros. Isso, dê de ombros! Quero alguém que não repare se eu liguei 10 ou 100 vezes hoje, que só reclame se eu não ligar. Sem noção nesse caso as vezes é bom, aliás, necessário, imprecindível até. Você é assim, hein, hein? Seja, por favor.
Parei de escrever aqui porque esse troço é muito enrolado, e eu tava me irritando e tals... Comecei a fuçar pra tentar aprender e comecei a perder os posts antigos, gggrrrrrrrr... Mas agora senti vontade de escrever e jogar na cova dos leões, se alguém descobrir e ler, me conta... vou até deixar meu mail aqui... O problema é que agora todo mundo tem brógui e todo mundo põe fotos e eu nem sei, e nem posso perguntar porque até então isso aqui é secreto...
Ei, I'm so sorry, ainda estou aprendendo a usar isso aqui... "Coloquem um pé na frente do outro e logo estarão andando pelo chão...". Isso é de um desenho de Natal de criança, "A verdadeira história de Papai Noel" ou coisa assim... O velho mau resolve se regenerar... todavia, um passo de cada vez, isso é o que tem a ver...
Hahahaha, foi só um teste...
me envie um e-mail

Olá!
Essa é minha nova e derradeira (espero eu) tentativa de fazer o meu brógui. Sei que agora tá mais na moda que nunca, mas gosto e preciso escrever. Nem espero contar pra ninguém, descobre quem quiser e puder, ou se eu beber e falar demais... Vódega é phoda... Antes de mais nada, vou postar o que sobrou do meu antigo blog. Ele me irritou porque mandou pro espaço alguns posts, e a burra aqui não tinha salvo em putro lugar. Agora já aprendi. Inté.


Sábado, Dezembro 22, 2001
Eu tinha contado a historinha do nome do blog e do endereço, mas fiz umamerda tentando enfeitar e perdi tudo. Agora aprendi, escrevo no bloco de notas e salvo aqui, mais seguro e eu não me estresso.
Então, o endereço é o nome de uma música do Wilco, banda americana que lembra Teenage, folk, canções e letras belíssimas. Essa música, "Always in love" é do Summerteeth, o terceiro disco (não, CD... Você percebe que está ficando velho quando cisma em chamar as coisas renomeadas pelo nome antigo). Acho que já posso dizer que sou uma grande fã do Wilco. Graças ao Giovani, não posso esquecer, meu grande amigo, cara que me ensinou e me ensina muito sobre música, banda, letras, enfim, me dá todas as dicas, e ainda é um crânio em assuntos gerais, culturas, enfim, meu sonho de consumo se não fosse casado (mal casado, diga-se de passagem, mas isso já não é problema meu). Ai, ai...Mas voltando, o Gi ama Wilco e eu também. Tô com todos os discos (são quatro no total, AM, o duplo Being There, Summerteeth e o recente Yankee Hotel Foxtrot). Peguei também bootlegs, covers, versões ao vivo, solo, enfim...
O porque do "indie-gnada" eu conto depois, agora preciso ir, inté.
posted by Juliana Araújo 12/22/2001 08:11:36 AM
Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais? A gente fica deprimido porque ouve música pop ou ouve música pop e por isso fica deprê? Assim começa o filme Alta Fidelidade, o livro e a peça eu realmente não lembro, mas em algum momento ele cita isso. Sábado de manhã, não dormi e espero a hora de sair pra rodoviária. Vou pra Arraial do cabo, passar o Natal. Só vou mesmo por causa da minha mãe. Imagina eu, num lugar cheio de playboys marrentos, sol, praia, areia... Será que sobreviverei? Queria ir na Maldita de Natal, mas talvez o Marcelo tenha razão, é deprimente demais passar o Natal lá. Acredito que ele disse isso pelo mesmo motivo que me fez concordar: os caras as vezes cismam de tocar música de elevador a noite toda! Puxa, tem tanta coisa indie legal e animada, mais guitarreira, ou mesmo baladas menos pela-saco. Como diz minha mãe, tem precisão daquilo?
E lá vou eu, volto na terça, se Deus quiser...
posted by Juliana Araújo 12/22/2001 08:10:50 AM