sábado, julho 20, 2002

"Eu sou do tipo que não gosta de casamento
E tudo que eu faço ou falo é fingimento
Eu pego o meu carro e começo a rodar
E tenho mil garotas uma em cada lugar
Me chamam lobo mau, me chamam
Lobo mau, eu sou o tal.
Eu rodo, rodo, rodo e nunca penso em parar
Se vejo um broto lindo logo vou conquistar
Todos os rapazes tem inveja de mim
Mas eu não dou bola porque sou mesmo assim
Me chamam lobo mau, me chamam
Lobo mau, eu sou o tal.
Eu estou sempre por aí a rodar
Eu jogo a rede em qualquer lugar
Garotas vivem a brigar por mim
Mas nem mesmo sei porque sou mal assim.
Mas sei que gosto de garotas a me rodear
Eu gosto de beijar, depois então me mandar
E quando estou rodando e não tenho onde ir
Fico até na dúvida com qual eu vou sair
Me chamam lobo mau,
Me chamam lobo mau, eu sou o tal."

Tsc, tsc, que maldade, que coisa mais injusta essa letra. Não existem homens assim, ou então são uma rara e cruel exceção. Puxa!

sexta-feira, julho 19, 2002

Até quero comentar o show de ontem, que eu gostei bastante, apesar das músicas novas. Mas agora tô com preguiça, então vou falar por alto. O Fred e o Fernando ficaram reclamando, mas isso porque eles têm 19 anos e não têm idéia do que foi o fenômeno "Revoluções por Minuto" em 85. Todo mundo tinha o Rádio Pirata ao Vivo, todo mundo foi ao show, um mega espetáculo nunca antes visto no Brasil, ainda mais numa banda nacional. Sim, o Paulo Ricardo continua o mesmo, a mesma carinha bonitinha (aliás, mais bonito que nunca. Acho que dos artistas do BRock, só ele e o Dado melhoraram consideravelmente com o tempo...), o mesmo bico, as caras e bocas, a eterna pose de rock star. Mas e daí? As músicas ainda funcionam porque quem conhece aquilo há mais de 15 anos nem tá mais parando pra pensar na letra, mas sim na melodia familiar e na alegria que ela desperta. Eu mesmo tirando fotos cantei junto e dancei feliz. O Fred disse que jornalista tem que ser blasé, mas a Kamille me defendeu, ainda bem. Eu não levo jeito pra estátua, nem pra ficar posando com cara de cu. Eu não sou indie, eu sou alegre demais pra isso, e eu gosto de rock nacional dos anos 80. Só concordo que aquele mega medley inserido em Rádio Pirata foi desnecessário. Do original dos anos 80, só Light My Fire. Mas ele cantou Elvis, Rolling Stones, Beatles. Não, não tinha precisão daquilo, não mesmo. E no bis, ele repetiu duas músicas, parece coisa de quem quer garantir aplauso. Tsc, tsc.
Mas o melhor da noite com certeza foi o momento groupie, que deu certo. Não, nada de Paulo Ricardo ou Fernando Deluqui. Schiavon muito menos, que tem cara de pai, Deus é mais. Tudo de bom ali era o meu negão do trompete. Valeu, Kamille!
Hoje eu vi um casal de velhinhos discutindo na praça. E isso simplesmente não pode acontecer, porque um casal de velhinhos é o meu ideal utópico de que o amor existe.

quinta-feira, julho 18, 2002

"Você sempre faz confusão, Diz que não, e vem
Vem chorando, Vem pedir desculpas
Vem sangrando, Dividir a culpa entre nós"

RPM, aí vamos nós!

quarta-feira, julho 17, 2002

As vezes eu penso que a gente bem podia nascer de chocadeira...
Outro dia eu tava pensando numa coisa e ela acabou de acontecer de novo, então resolvi escrever aqui. Sabe quando você pensa em alguém ou em alguma coisa e ela aparece na sua frente, de alguma forma? Tipo, agora começou a tocar uma música e o nome dela apareceu na minha frente, literalmente mesmo. Ou eu penso numa pessoa e ela me liga ou aparece no icq na mesma hora. Como é que isso funciona, alguém sabe, alguém me explica?
Fazia tempo que eu não lia o Só Por Hoje. Eu sempre cito, mas nunca mais li, e é tão foda, que devia ler todos os dias, até decorar. Faz bem, sabia?
Ele fala dos 12 mandamentos dos anônimos, eu tenho o livrinho, um dia quando era pequena descobri lá em casa e comecei a ler frequentemente. Aqui vai um dos mandamentos:
"Só por hoje serei feliz. Parece ser verdade o que disse Abraham Lincoln: "A maioria das pessoas é tão feliz quanto tenha decidido ser."
Ei, recadinho pra você, é, você mesmo, que disse que eu não sou alegre. Eu sei que "é melhor ser alegre que ser triste, que a alegria é a melhor coisa que existe", e tals. Mas ninguém consegue ser alegre o tempo inteiro, como já dizia o Wander Wildner. Mas eu tô. E só por hoje é o que importa.
:P
Hoje eu acordei com aquela martelada infernal de novo. Sim, porque eu joguei longe os meus tampões de ouvido, aqueles de natação mesmo, enquanto dormia. Eu sempre faço isso, jogo as meias, jogo o edredom, jogo tudo, e acordo tremendo de frio. Ou triste de sono, com o barulho, como tem sido. Mas nunca acordo de mau humor, e essa tristeza logo passa, ainda bem. Antigamente eu acordava triste todos os dias, era uma angústia tão grande, uma sensação muito, muito ruim. Mas eu me acostumei a essa sensação matutina, ainda mais porque ela passava ao longo do dia e nunca sequer contei a alguém. Um dia contei ao meu psicólogo, mas ele nem ligou. E era um desânimo tão profundo, uma vontade de não acordar nunca mais. E por nada, do nada, mas parecia que era por tudo, por qualquer coisa. E passou. PASSOU. Aí me leva a crer que a culpa era dele, do "falecido", como algumas das minhas alergias inexplicáveis e "incuráveis". Enfim... Mas hoje foi um dia bom, vi a dindi, vi o Rodrigo, comi brigadeiro que mamã fez (!!!), dei uma volta no shopping, fui na Helena pegar o gravador. Dia comum, mas dia legal. E agora vou dormir com o meu Vinícius. Feliz.

P.S. Só me dá uma pontinha de tristeza essa música que tá tocando agora, "Minha namorada", porque ele cantava pra mim. E "ele" não é o que você pensa. As vezes eu sinto sua falta, pai.
"É claro que a vida é boa.
E a alegria, a única indizível emoção.
É claro que te acho linda.
Em ti bendigo o amor das coisas simples.
É claro que te amo.
E tenho tudo para ser feliz.
Mas acontece que eu sou triste..."


Poxa, hoje eu li esse poema em algum lugar e fiquei bem feliz, porque eu amo Vinícius e amo esse poema especificamente. Chama-se Dialética, e eu lembrei que tenho ele narrado pela neta do Vinícius numa fita que eu gravei em mil novecentos e vovó garotinha d'um disco promo que a Rede Grobo ofereceu para VIPs em 80, quando ele morreu, e sabe-se lá como uma amiga tinha em casa, com som perfeitinho, nenhum chiado sequer. O disco é foda! Há um tempo atrás eu tinha um espelho no quarto e meus amigos escreviam nele e desenhavam, e eu escrevi esse poema. Mas aí um belo dia o vento derrubou ele e quebrou em pedacinhos. (...) Mas enfim, fui eu catar a tal fita. Nela, o nome do disco, o nome dele, Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes. Como alguém (que eu não me lembro quem) disse certa vez, "se fosse apenas um seria Viniciu de Morau". É isso.

terça-feira, julho 16, 2002

Mais pertinente que nunca:
"Não vai haver mais dor pra mim
Daqui por diante vai ter que ser assim"

segunda-feira, julho 15, 2002

"...E todo dia ao acordar
Eu vou querer saber
Que pedaço é esse que me falta
Que não me deixa esquecer
A dor, o pranto nos olhos
A fúria do seu olhar
Apesar de todo desencanto
Eu não desisto de amar..."

Eu gosto de Barão, principalmente das coisas antigas. Esse CD me lembra uma época não tão legal, mas sempre gostei muito dessa música, e hoje desencavei do fundo do baú, fui pegar o Autoramas e ele tava logo ali embaixo e eu não resisti ao seu psiu. Dá até vontade de dançar, mas tomei muito suco de maracujá, além de empanturrada, tô mole (ridículo).
Certas personalidades não deviam morrer. Tinham que cair no ostracismo, ficar morando num sobradinho no Centro da Cidade até resolverem bater as botas quando ninguém mais se lembrasse da existência deles, nem o Vídeo Show (que já lembrou há trocentos anos atrás, ufa). Porque quando eles morrem, as rádios dão uma enxurrada de homenagens, ou seja, tocam o dia inteiro esses desinfelizes, e eu não mereço isso. Tá certo, é só eu não ligar o rádio, mas eu não ligo. O problema é o rádio alheio, sempre ele. E eu não posso dar um bicão no rádio dos outros. Bem que queria, mas não posso.
"E eu que me cerquei de todos os escudos possíveis e repeti a mim mesma que não podia esperar de você mais do que algumas palavras encantadoras, não pude evitar. Olha como é fácil me conquistar. Palavras. Meia dúzia de belas palavras escolhidas com certo cuidado ou instintivamente. E agora estou confusa, sem saber em que isso vai dar.
Mas gostaria de saber até quando você vai entrar e sair da minha vida repentinamente."
Vou dizer uma coisa que volta e meia eu penso. Mas não estou triste nem nada, só sinto isso... As vezes eu acho que nunca vou dar certo com alguém porque ninguém me apetece, e quando apetece a mim, eu é que não interesso ao outro. E eu estar apaixonada não quer necessariamente dizer que a pessoa tem a ver comigo, a ponto de vivermos juntos por doces anos de nossas doces vidas. Ah, eu acho que eu sou uma pessoa complicada assim como todos os outros habitantes do nosso doce planeta, então, eu acho que seres humanos só são compatíveis à distância, de perto ninguém é normal e sempre acabam saindo faíscas. Se não, alguém acaba enjoando de qualquer forma. Amor e paixão são sentimentos que duram por tempo extremamente limitado, definitivamente.
Ah, esqueci de dizer, quem salvou minha vida, quem me amparou e me estendeu a mão hoje, foi minha amiga e minha irmã camarada (papa-papapapapapapa).

domingo, julho 14, 2002

Hahaha, adorei, "amizade colorida que desbotou", muito bom, Fernando. É tão tosco que eu vou adotar.
Que coisa mais Mercury Rev esse álbum novo do Flaming Lips, o Yoshimi Battles The Pink Robots...

Ainda não sei se isso é bom ou ruim.
Esse texto é o maior cliché do e-mail, todo mundo já deve ter recebido, mas não deixa de ser ótimo. Eu gosto.

AME E DÊ VEXAME!!!
Por Roberto Freire

Você ama aquela petulante,
Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu,
Você deu flores que ela deixou a seco,
Você a levou para conhecer a sua mãe e ela foi de blusa transparente.
Você gosta de rock e ela de chorinho,
Você gosta de praia e ela tem alergia a sol,
Você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam.
Então?
Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD,
você adora brigar com ela e ela adora implicar com você.
Isso tem nome...
Você ama aquele cafajeste.
Ele diz que vai ligar e não liga...
Ele veste o primeiro trapo que encontra no armário e escuta Sivuca.
Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha.
Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e, ainda assim, você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga.
Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim...
Você é inteligente, lê livros, revistas, jornais.
Gosta dos filmes de Woody Allen, dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor.
É bonita.
Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de shampoo e seu corpo tem todas as curvas no lugar.
Independente, emprego fixo, bom saldo no banco.
Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettuccine ao pesto é imbatível. Você tem bom
humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo.
Com um currículo desses, criatura, por que diabo está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa.
Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática:
Eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ele(a) tem, caso contrário, os honestos, simpáticos e
não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão.
O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Costuma ser despertado mais pelas flechas do cupido que por uma ficha limpa.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano (N.E.: isso não mesmo!!!)
Isso são só referências.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca (N.E.:principalmente por isso).
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se
espera.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC.
Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá
assim, ó, mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é.
Não sinta vergonha de mostrar seu sentimento, não deixe para depois, não sinta vergonha, apenas faça o
que o coração mandar, viva com emoção, não pense no amanhã, deixe a vida fluir naturalmente da melhor
forma possível.
Às vezes aquela pessoa pode não ser perfeita para as normas do mundo, mas pode ser perfeita para te fazer
feliz.
Hoje eu dormi o dia todo, depois de ter sido vilipendiada e largada na sarjeta sem a menor compaixão.

Aí acordo e venho nerdear, e de repente uma sirene irritante dispara e - tcharam! - a Xuxa começa a berrar aquela coisa que ela "cantava" nos seus primórdios, o "Parabéns da Xuxa". Corri pra janela e vi pessoas (???) vestidas de bicho e outras não, e muitos balões coloridos, e uma bicha (suponho, porque tinha língua presa, e como se sabe, toda bicha tem língua presa) com um microfone chamando uma tal de Sueli. O fundo musical se alternava, tocaram Só pra Contrariar, Milton Nascimento e Laura Pausini (ela ainda existe?), enquanto amigos da tal da Sueli falavam ao microfone, emocionados. Agora eu pergunto: tem precisão d'eu ouvir isso? Porque os olhos a gente fecha, mas como fechar os ouvidos? E a tal da Sueli não aparecia, porque chamavam por ela incessantemente. Acho que a mulher fugiu pelos fundos, de vergonha. É o que eu faria. E eu tenho medo daquelas pessoas dançando vestidas de bicho.O que é aquilo? Deus me livre acontecer um pesadelo desses comigo, ainda mais num domingo, dia de ver Gugu e Faustão. Isso já é mais que suficiente para um domingo, não preciso de maiores emoções.
"Não me venha falar na malícia de toda mulher
Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"...

...

"Fundamental é mesmo o Amor, é impossível ser feliz sozinho"...

Com o João Gilberto.
Esse rádio da cozinha tá que tá hoje.
"Meu coração não se cansa de ter esperança de um dia ser tudo o que quer"

Ouvi no rádio da cozinha, com a chata da leila Pinheiro. Mas gosto da música.