quarta-feira, dezembro 31, 2003

Tem gente que parece que vai estar sempre ali, disponível e acessível, à mão numa estante, e a gente nem se preocupa em tratar bem, em tomar cuidado e pisar em ovos. Mas o perdão também cansa de perdoar, eu já vi esse filme e já devia ter aprendido. Conviver com pessoas, dividir momentos, dividir a vida, as alegrias e tristezas, além de raivas e frustrações é a coisa mais foda do mundo, foda de bom e de difícil, mas um puta aprendizado, sem dúvida. E pq que eu to dizendo isso tudo? Por nada, só pq tava pensando, pensando... Só isso. Pensando.

*****

Cortei o cabelo curtinho, de novo. E adorei.
Depois fui na Americanas renovar meu estoque de balas, um dos meus poucos vícios... Daí vi um cd do Lupicínio na promoção e não resisti. Cheguei em casa e catei mais um Noel e um Cartola aqui, maravilha. Ah, e pra vc ver... O povo do loser manos nem nega que a influência deles é do samba de raiz, mas essa é escancarada...

"Lá iá lá lá lá lá iá lá
Um pierrot apaixonado
Que vivia só cantando
Por causa de uma colombina
Acabou chorando, acabou chorando
A colombina entrou no botequim
Bebeu, bebeu, saiu assim, assim
Dizendo:
- Pierrot, cacete, vai tomar sorvete com o arlequim

Um pierrot apaixonado
Que vivia só cantando
Por causa de uma colombina
Acabou chorando, acabou chorando

Um grande amor tem sempre um triste fim
Com o pierrot aconteceu assim
Levando esse grande chute
Foi tomar vermute com amendoim

Um pierrot apaixonado
Que vivia só cantando
Por causa de uma colombina
Acabou chorando, acabou chorando

Um pierrot apaixonado
Lá iá lá lá lá lá iá lá
Acabou chorando, acabou chorando"


*****

Alguém me disse uma vez que passar o ano novo com pessoas é a garantia de estar com elassempre próximas no ano novo. Sempre lembro disso, mas não funciona muito não... Já cansei de ter pessoas comemorando comigo a chegada de um novo ano e não vê-las mais tão cedo. Uma pena, porque algumas dessas fazem MUITA falta. E esse é o meu pedido pra quem quer que seja: ter de volta perto de mim alguns amigos foda, que meu coração sente falta.

terça-feira, dezembro 30, 2003

Dentre as putarias que me aparecem no icq diariamente, esse aqui pelo menos foi criativo:

Catador de papelão (5:02 PM) :
sou catador de papelão e procuro pessoas pessoas mal-humoradas, anti-sociais e se possível que tenham depressão e que sejam inteligentíssimas pra teclar sobre coisas aleatórias.


O pior é que, de leve, eu bem me encaixo, rs.
Bons dias com os amigos. Virou milagre todos reunidos...
Que aliás, nem estavam todos, claro. Mas quase.
Ah, palhaços...
:~~~
"São as pequenas coisas que valem mais"
Sinto, penso, falo. Eu sempre falo o que eu penso, como se adiantasse alguma coisa. Me servia como alívio, mais um paliativo. Tsc, tsc. Dessa vez não vou falar, você mesmo me disse que tudo tem a sua hora. E não adianta eu tentar imaginar se ela vai mesmo existir, ou se terei que esperar e esperar ou improvisar. De qualquer forma, não sinto pressa, nem me reconheço. Porque é mais do que não sentir nada, e menos que o de sempre. Ou diferente...

domingo, dezembro 28, 2003

É deveras estranho estar há umas dez horas ouvindo a mesma música sem estar deprê ou apaixonada... Vá entender...
Minha mãe diria "cada um com seus problemas"...
Filminhos legais nas madrugadas blerght entre festas chatas de fim de ano; ontem teve O mágico de Oz, que eu adoro, hoje O piloto sumiu, que eu nem tô vendo, mas é legal saber que tá passando...

sábado, dezembro 27, 2003

"And I'll sing in your ear again"
lá, lá, lá, cantando sem parar, no repeat...

doença.
O Urban Hymns do The Verve é simplesmente foda, não canso de dizer isso. Ouço sempre, e ainda fico maravilhada e emocionada, sempre. As letras são de chorar, apesar deu não estar triste, só numa fase contemplativa, digamos assim. Pensando...
E eu adoro Sonnet, é a favorita, mas Drugs don't work é a "do dia"...

"All this talk of getting old
It's getting me down my love
Like a cat in a bag, waiting to drown
This time I'm comin' down
And I hope you're thinking of me
As you lay down on your side
Now the drugs don't work
They just make you worse
But I know I'll see your face again
Now the drugs don't work
They just make you worse
But I know I'll see your face again
But I know I'm on a losing streak
'Cause I passed down my old street
And if you wanna show, then just let me know
And I'll sing in your ear again
Now the drugs don't work
They just make you worse
But I know I'll see your face again
'Cause baby, ooh, if heaven calls, I'm coming, too
Just like you said, you leave my life, I'm better off dead
All this talk of getting old
It's getting me down my love
Like a cat in a bag, waiting to drown
This time I'm comin' down
Now the drugs don't work
They just make you worse
But I know I'll see your face again
'Cause baby, ooh, if heaven calls, I'm coming, too
Just like you said, you leave my life, I'm better off dead
But if you wanna show, just let me know
And I'll sing in your ear again
Now the drugs don't work
They just make you worse
But I know I'll see your face again
Yeah, I know I'll see your face again
Yeah, I know I'll see your face again
Yeah, I know I'll see your face again
Yeah, I know I'll see your face again
I'm never going down, I'm never coming down
No more, no more, no more, no more, no more
I'm never coming down, I'm never going down
No more, no more, no more, no more, no more
(Repeat and Fade Out)"
Yes, there's love if you want it don't sound like no sonnet, my lord

Desci pra pegar um copo de coca (da normal, só tem dela, que sem dúvida é mais gostosa... e cheia de limão espremido e quilos de gelo) e ouvi o Jamelão berrando letra do Lupicínio. É impressionante como a temática é a mesma das bandinhas indies, o cara loser, sofrendo pelo amor da mulher que caga pra ele. Idem pro Roberto Carlos da década de 60/70. A diferença, no caso do primeiro, é mais no ritmo mesmo, que junto do vozeirão parece baile de terceira idade. Mas é bonito de se ouvir, em todo caso.

Ontem passei o dia fora com um amigo, fomos ver a versão estendida pro primeiro Senhor dos Anéis, e é claro que eu apaguei. Depois fomos num japa, e eles foram gravar a participação do meu amigo nos teclados de uma música da banda do amigo dele. Saca "a pior música que vc já ouviu na vida", repetida centenas de vezes? Ou então, lembram-se daquele lance dos americanos (foram eles? nem lembro) torturando com Metallica no repeat? Foi mais ou menos isso pelo que passei. Um troço com vocal horroroso, e além de tudo, progressivo. Parecia a eternidade, castigo dos céus. Pelo menos eu tinha joguinhos e máquina digital num palm, mas uma hora tudo cansa. Até pensei em me jogar, mas não consegui abrir as janelas e tals. E depois, ainda gastei tudo o que me restava numa pizza cara da porra. Tô falida. Fora isso, foi até divertido, fiquei bebinha de sangria e ri um pouco.

Na noite de Natal, ou seja, na véspera, fomos dar uma volta, mas tava tudo fechado, um tédio, mesmo pra quem queria fugir dele. Matriz e Sister Moon fechadas, demos uma passada no Pizza Park da Cobal e depois, banana frita com sorvete no Manoel e Joaquim. E só.

Agora devo morgar no tédio do meu lar até próximo do meu aniversário, que é quando terei alguma grana de novo, já que sou uma anta e por vergonha gasto mundos e fundos. E eu tô bem, e tals, mas ando sentindo uma puta falta de algo que nunca tive, algo bacana e recíproco. Tá foda, nada nem ninguém me apetece, faz tempo que esse vazio se acomete e eu cansei dele. E as vezes eu acho que é simples, noutras penso ser raro demais e tals. Acho que são ambas as coisas. De qq forma, não vale esforço meu, nem tentando entender, nem buscando. E aliás, nem tenho mais saco pra isso. Agora só como comida pronta, rs (metáfora medonha).

Só queria uma balada legal pra ir, mas tb acho que tô de novo naquela fase "sem saco".
Oh, céus.
Acho que queria viajar. Quero ir pra Curitiba, ou São Paulo, ou qualquer outro lugar legal que algum amigo quisesse me arrastar.
Acho que quero cortar o cabelo.
E tenho certeza que minha mãe tem razão, tô insatisfeita e busco paliativos...

quinta-feira, dezembro 25, 2003

Pô, é clássico todo mundo não gostar de Natal, né? Mó cliché, ai ai. E eu achando que tinha motivos e tals. Não, não quero ser do contra. Não é só isso.
:(
Nandoca (que agora não tem mais blog, só fotolog) me emprestou alguns cdzinhos fodas. O primeiro dos Mutantes, o Panis et Circencis, da Tropicália, um do Caetano sem nome, mas da mesma época, eo Transa do Caetano. Pra animar o fim de ano... Aliás, engraçado foram as meninas ontem, na festinha after de Natal, confessando que ficaram debatendo se eu e ele tínhamos um caso. Eu sou a rainha dessas histórias, isso porque não sou ninguém. Fico pensando se eu fosse famosa... Não, não tenho e nem nunca tive nada com ele. E com toda certeza, nunca terei. Nandoca é só meu amiguinho querido, irmão mais velho do coração (palhaço).
:~~~
Mas que foi engraçado foi... E o cara que ficou cutucando meu pé e minha orelha enquanto eu dormia no sofá? O melhor da noite, pura filosofia aquela criatura "ogro da floresta". Sensacional.
Acho que você não percebeu que o meu sorriso era sincero

Chove lá fora e aqui faz tanto frio... Comi demais e não quero ver comida nos próximos dias. Bebi pouco, mas deu sono... A caixa de emails lotada de mensagens de votos de prosperidade, e eu não tive saco de ligar nem escrever pra ninguém. Negligência minha, tsc, tsc. Não sei se acho que sinto o que sinto por causa do lance de querer o que provavelmente não terei, ou se realmente tem algo. Acho que não... Blerght, de qualquer forma, não farei o menor esforço, simplesmente porque não adianta e porque não tenho mais saco para tal. Cansei, mas não desisti. Sò que agora sou adepta da filosofia zeca pagodiana, "deixa a vida me levar, vida leva eu..."
E é isso, hohoho.
SE TEM VONTADE FAÇA, NÃO ESPERE QUE ALGUÉM FAÇA POR VOCÊ
SE TIVER MEDO, TUDO BEM, ARRISQUE, POIS ASSIM VOCÊ SABERÁ O QUE PODE ACONTECER
SE FOR VERDADEIRO, CULTIVE, OS FRUTOS SERÃO BONS
SEJA VOCÊ MESMO, NÃO SEJA AQUILO QUE VOCÊ NÃO É, VOCÊ ESTARÁ ENGANANDO A SI MESMO
SEJA VERDADEIRO, É MELHOR O NÃO, DO QUE A DÚVIDA
SEJA FELIZ E SIGA EM FRENTE, POIS QUEM VIVE DE PASSADO É MUSEU
SE PERMITA A FAZER ALGO BOM NA VIDA, COMO AMAR, ACOLHER, AJUDAR O PRÓXIMO, SORRIR, CHORAR, EMOCIONAR-SE, SE RELACIONAR, TER AMIGOS, ENFIM... O QUE FOR BOM PRA VOCÊ E PARA ALGUÉM.

VIVA!!!!! POIS O DIA DE AMANHÃ NÃO LHE CABE SABER...


(Deus é mais, isso aqui tá muito auto-ajuda. Mas recebi por mail do Je, e gostei. So sorry...)

quarta-feira, dezembro 24, 2003

A felicidade é a empada do Bigode

No fim de ano todo mundo começa a falar: “Feliz Natal, feliz ano novo!”. Mas, ser feliz, como? O sujeito passou o ano todo quebrando a cara, reclamando da mulher, batendo nos filhos, lutando contra o desemprego, sendo humilhado pelos patrões, e aí chega o fim do ano e todo mundo diz: “Seja feliz!”. E aí o sujeito tem de estampar um sorriso alvar no rosto, uma baba simpática, um olhar vazado de luz bondosa, faz uma arvorezinha de Natal com bolotas coloridas, mata um peru magro e pensa: “Sou feliz! O ano que vem, vai melhorar!”.

Felicidade muda com a época. Antigamente, a felicidade era uma missão, a conquista de algo maior que nos coroasse de louros, a felicidade demandava o “sacrifício”, a luta por cima de obstáculos. Felicidade se construía — por sabedoria ou esforço criávamos condições de paz e alegria em nossas vidas.

Hoje, felicidade é ser desejado. Felicidade é ser consumido, é entrar num circuito comercial de sorrisos e festas e virar um objeto de consumo. Hoje, confundimos nosso destino com o destino das coisas... Uma salsicha é feliz? Os peitos de silicone são felizes?

A felicidade não é mais interna, contemplativa, não é a calma vivência do instante, ou a visão da beleza. A felicidade é ter um “bom funcionamento”. Marshall McLuhan falou que os meios de comunicação são extensões de nossos braços, olhos e ouvidos. Hoje, inverteram-se. Nós é que somos extensões das coisas. Fulano é a extensão de um banco, sicrano comporta-se como um celular, beltrana rebola feito um liquidificador. Assim como a mulher deseja ser um objeto de consumo, como um eletrodoméstico, um “avião”, uma máquina peituda, bunduda. Claro que mulheres lindas nos despertam fantasias sacanas mas, em seguida, pensamos: “E depois? Vou ter de conversar... e aí?”. Como conversar com um “avião” maravilhoso, mas idiota? (Aliás, dizem que uma das vantagens do Viagra é que, esperando o efeito, os homens conversam com as mulheres sobre tudo, até topam “discutir a relação”).

Mas o homem também quer ser “coisa”, só que mais ativa, como uma metralhadora, uma Ferrari, um torpedo inteligente e, mais que tudo, um grande pênis voador, pássaro superpotente, mas irresponsável, frívolo, que pousa e voa de novo, sem flacidez e sem angústias. Seu prazer é cumulativo, feito de apropriações indébitas, dando-lhe o glamour de uma eterna juventude que afasta a idéia de morte ou velhice.

E eu não falo isso como crítica. Não. Eu tenho inveja, a verde, viscosa e sinistra inveja dessa ausência de angústia, dessa ignorância gargalhante que adivinho sob os seios de mulheres gostosérrimas ou nos peitos raspados de garotões lindos. Quero ser feliz, mas carrego comigo lentidões, traumas, conflitos. Sinto-me aquém dos felizes de hoje. Posso ter uma crise de depressão em meio a uma orgia, não tenho o dom da gargalhada frouxa, posso broxar no auge de uma bacanal. Fui educado por jesuítas e pai severo, para quem o riso era quase um pecado. O narcisismo de butique de hoje reprime dúvidas e tristezas óbvias. Eles têm medo do medo e praticam uma espécie de fobia eufórica, uma síndrome de pânico ao avesso: gargalhadas de pavor. E ainda atribuem uma estranha “profundidade” a esta superficialidade, porque, hoje, esse diletantismo tem o charme raso de ser uma sabedoria elegante e “pós-tudo”.

Mas falo, falo e não digo o essencial. Hoje, a felicidade é entrar num pavilhão de privilegiados. Eu queria não pensar, queria ser um imbecil completo sem angústias — meus inimigos dirão: “Você tem tudo pra isso. Sou uma esponja que se deixa tocar por tudo, desde a crise da dívida pública até o muro da Cisjordânia. Lembro a personagem de Eça de Queiroz que dizia: “Como posso ser feliz se a Polônia sofre?”

Hoje, a felicidade está na relação direta com a capacidade de não ver, de negar, de “forcluir”, como dizem os lacanianos. Felicidade é uma lista de negativas. Não ter câncer, não ler jornal, não olhar os meninos miseráveis no sinal, não ver cadáveres na TV, não ter coração. O mundo esta tão sujo e terrível que a felicidade é se transformar num clone de si mesmo, num andróide sem sentimentos, sem esperança, sem futuro, só vivendo um presente longo, como uma rave sem fim. Pedem-me previsões para o ano que vem. Tudo pode acontecer. Quem imaginaria o 11 de Setembro?

Osama nos legou o fatalismo dos árabes. Daqui para frente, teremos de aprender com eles a dizer: “Maktub!” — tudo estava escrito, nada nos surpreenderá mais. Só nos restam a orientalização, a religião evangélica louca ou a “objetificação” do consumo. Ou, então, viver a felicidade das pequenas coisas. Outro dia, eu estava comendo uma empada de palmito na porta da Globo (na Kombi do Bigode, que faz as melhores empadas do mundo) quando, sem quê nem para quê, fui invadido por uma infinita ventura, uma felicidade que nunca tive. Durou uns minutos. Não sei a razão; acho que foi um protesto do corpo, um cansaço da depressão. Mas, logo depois, passou e voltei ao duro show da vida.

Hoje felicidade é o brilho de um solitário que suga o prazer, sem conflitos, sem afetos profundos, mas sempre com um sorriso simpático e congelado, porque é mais “comercial” ser alegre do que o velho herói dos anos 60, que carregava a dor do mundo. O herói feliz acha que não precisa de ninguém, que todos devem se aprisionar em seu charme, mas ele, a ninguém. Para o herói criado pela mídia, o mundo é um grande pudim a ser comido. Feliz Natal e feliz ano novo.

segunda-feira, dezembro 22, 2003

A moda dos testes acabou, fazia tempo que não via um deles... Daí achei esse aqui no blog dela.


Que pagodeiro você exterminaria?


domingo, dezembro 21, 2003

Argh, o Natal tá chgando. Me dá até frio na barriga... Já já escrevo aquelas coisas de sempre sobre o Natal. Afinal, são 2 anos de blog já, e 3 Natais. Que merda.
Muita preguiça de escrever, até porque não tenho nada demais pra falar. Deixe-me ver... Sexta teve amigo oculto no trabalho, depois um almoço e foi tudo bem divertido. Voltei pra casa com a cesta básica que ganhei (porque eu sou do povo) e nem dava tempo de dormir um pouco. Falei mó tempão com o amigo no tel e fui pro encontro nerd-fotologger no japa em Ipanema, com o Nandoca. Depois paramos rapidinho no Empório com o Alex /pilgrim, mas tava chatin e o resto do povo não voltou, daí viemos embora.
Ontem fui ajudar a Stela com umas fotinhos de banda, foi legal, até porque eu adoro foto e to sempre pronta a ajudar, né? Depois fiquei fazendo hora, passei no "bolacheiro" e fui pro "escada shopping", bater perna e esperar minha "companhia". Lanchamos no MC (finalmente quebrei meu jejum de meses!) e fomos ao cinema, ver "Simplesmente Amor". Oh, parece filme babinha, não sei se me deu ataque de besteirol, enfim, mas achei graça, e fofinho. Nada demais, nenhum filmão, mas comédias românticas sempre me deixam leve, me fazem me sentir bem, e acho que isso já vale muito. Depois não tinha PN pra se fazer nesse marasmo de cidade, e vim pra casa, beber sidra sozinha na net. Que triste, que tédio.
Hoje acordei com o telefone e nele fiquei por boa parte do dia. De resto, dormi. Não fui fazer as fotos, e é sempre uma decepção, queria ter sempre bons programas e companhias idem para me livrar do marasmo desse dia blerght.
Agora, The Cure. Que aliás, virou campainha do meu cel, bem como White Stripes, Oasis, Travis... Foda.
Charge sensacional, foda, foda, foda!

sexta-feira, dezembro 19, 2003

"Get me away from here, I'm dying"
Não é possível esse meu problema de junta. cada dia é uma coisa, coluna, gripe, alergia, tombo...

Ia escrever mais um monte de coisas, mas esqueci o que era, e tô ocupada demais... Mais tarde eu volto.

quinta-feira, dezembro 18, 2003

Amanheceu garoando (ops, que coisa mais paulista!). Tá chuviscando intermitantemente e eu me sinto no calçadão de Bangu. Nem acredito que faz frio e eu posso usar minha saia longa e camisa de manga. Nem ligo pros zilhões de espirros por conta da alergia que vem junto com a mudança de tempo e a variação de 15º de um dia para o outro. Ando meio confusa porque os dias são sempre de muito ou nada, não há meio termo na minha vida. Nem reclamo, melhor viver de extremos intensos que num marasmo sem fim. Novidades, alegrias, risadas, dúvidas, medo. Sou sempre uma confusão de sentimentos.

Hoje desencavei alguns livros de fotografia e trouxe pra ler no metrô. Descobri que vai ter um curso de férias do Walter Firmo, mas é um pouco longe. Er, em Paris. Acho que não terei tempo, infelizmente. Preciso retomar meus estudos e treinos, preciso de companhia para tal.

Sem mais para o momento, subscrevo-me.
:P
Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir
Socorro, alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor nem dor
Já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva
Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento
Encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada


(Socorro - Alice Ruiz/ Arnaldo Antunes)
Depois de ontem, que foi o dia mais quente do ano, hoje fez frio pra edredom e casaco, e uma chuvinha fria e gostosa, mas que dá um sono da porra. A rinite atacou, claro, e o mau humor veio junto.
Ontem andei do Leblon a Copacabana, e de prêmio, almocei numa churrascaria com um amigo. Depois o outro foi nos encontrar e - bizarro, se atrasou por causa de um suicida no metrô, fato chocante pra mim, sério, nunca vi disso aqui no Rio. Enfim... fomos na Facha, e tava um inferno. A cidade parecia um forno gigante, como há tempos não via. Fui no Rio Sul rapidinho com uma amiga e depois fui morgar e difundir meu mau humor na casa alheia. Depois, computador, telefone, e dormi tarde. Cara, não tenho mais saco com telefone, logo eu, que adorava. Agora fujo, evito, e fico nervosa quando demora demais. Acho que tô ficando velha...
Hoje foi engraçado, muito telefone também, e uma ligação no cel só pra me avisar do Fernando Mendes no Superpop. Foda! Foi legal porque o Ângelo Máximo foi também, dancei feliz na sala, sob o olhar reprovador de mamã. Dormi bastante de tarde, como nunca mais fiz, e é bom demais, ainda mais com essa combinação de frio + rinite.
Me deu uma saudade do Je, liguei pra ele mas não tava, fiquei de ligar depois mas o tel não parou aqui, e a idéia era dormir cedo, o que não rolou, claro. Preciso ligar pra ele, queria ele aqui comigo no Reveillon, ou no mais tardar no meu niver... Irmãozinho que eu amo :~~~

terça-feira, dezembro 16, 2003

Da minha janela eu vejo a rua, vejo as pessoas passando, apressadas, vejo os lentos que passeiam, a senhora com carrinho de compras, a outra com o bebê, o casal de namorados, a chuva, o sol. Vejo várias janelas, inúmeras, incontáveis janelas. Vejo a menina que limpa o vidro de uma delas, pendurada no nono andar. Logo acima, reparo na janela de cortininhas de desenho de criança, linda, com sua roseira de volta (ontem ela não estava lá). Fotografo aquela cena todos os dias, com o olhar, e reparei ontem que as flores vermelhas haviam sumido. Que diferença faz? Ah, eu gosto de olhar, simplesmente.

Hoje me sinto até bem, apesar das confusões mentais que eu teimo em criar na minha cabeça. Cismo com algumas coisas volta e meia, e crio paranóias. Doente, eu sei, mas eu aviso sempre antes. Ontem me aborreci, pra variar, e não há nada que eu possa fazer, a não ser seguir em frente no que já faço... E esperar, torcer pela sorte. Enfim, esquece.
Tô com cara de "menino do rock" (como se diz na Bahia) hoje; calça jeans, camisa branca e All Star vermelho-xadrez. Só faltou a camisa de banda, hehe. O que me salva como menininha é o rabo de cavalo, as unhas rosa-cheguei ("Deus é mais", disse mamã) e o colar de contas coloridas. Hoje tô com cara da adolescente que todos teimam em ver em mim. Vai ver que sou mesmo, pelo menos no espelho. Melhor assim... Os quase vinte e seis anos de velhice em nada me apetecem... E eu ainda lamentei quando fiz dezessete. Faça-me rir, tempo. Tempo, tempo, tempo...
Ontem fui na casa da minha amiguinha querida, mas claro que não podia ser algo tão cotidiano; peguei o ônibus na direção errada e fui parar na Presidente Vargas, tendo que atravessar uma daquelas assustadoras e pavorosas passarelas, sem ninguém para me dar a mão. Eu nem tenho medo de avião (não mais), mas passarelas me deixam trêmula. Hoje tenho mil coisas para fazer, mas a mistura calor + sono quase me fazem desistir. "Vida social", eu grito, e vou...
Argh, odeio esse cheiro de produtos de limpeza, cheiro de limpo que me faz espirrar... Quero a minha cama.

domingo, dezembro 14, 2003

Sexta-feira de encontro com amiguinhas de escola, bem bacana, inimigo oculto, coisa e tals. Mas sem álcool, com muita comida, música brega e risadas. Adorei! Claro que dormi cedo, jogada numa cadeira. Sexta-feira é foda, tô sempre morta. Mas nem é desculpa, no sábado a mosca tsé-tsé atacou novamente e eu dormi na Nautillus, vazia e bem chata com a segunda Soundtracks, bem inferior a primeira, que foi foda. O dj-biba tocou biba-music por horas e horas e eu perdi meu bom humor, encheu o saco. Tinha tomado várias catuabas no boteco pré-festa, mas ao invés de ficar elétrica, fiquei mais lerda que nunca. E poucas músicas salvaram a noite... E hoje, domingo, programa furado e o calor da porra voltou, infelizmente, junto com a dor de coluna. Argh.

sexta-feira, dezembro 12, 2003

"Momento Ira!"

"São tolices
Que penso sobre você
Você não pensa em mim
Por que andamos na mesma rua
Vivo sonhando
Imaginando você
Imagino pegadas
E as vou seguindo
É tolice, eu sei
Você não sente os meus passos
Mas eu imagino
Mas eu imagino
São tolices
Que penso sobre você
Você não pensa em mim
Por que andamos na mesma rua
Vivo sonhando
Imaginando você
Imagino pegadas
E as vou seguindo
Um olá talvez
Mas pra mim de nada vale
Isso estragaria
O meu faz-de conta
É tolice, eu sei
Você não sente os meus passos
Mas eu imagino
Mas eu imagino"


(PS Tem mais aqui)
As fotos do Estadão são fodas. São as mais fodas de todos os jornais, na minha humilde opinião. Fogem do básico, do previsível. Fico feliz de ver fotos tão "artísticas" e belas num jornal tão sério. Taí, por causa delas eu comecei a gostar de fotojornalismo, e de gostar tanto a ponto de querer trabalhar com isso. E lá. Virou um sonho, virou projeto....

terça-feira, dezembro 09, 2003

Pô, queria eu ter pelo menos um décimo terceiro ou um papai que me bancasse...

Gol lança vôo durante a noite para concorrer com ônibus

Erica Ribeiro

Depois da venda de passagens a um real, a Gol Transportes Aéreos começa no dia 19 uma promoção para vôos noturnos durante o período de férias de verão. Apelidados pela própria empresa de “vôos vaga-lume”, as tarifas concorrem com os valores cobrados pelas empresas de ônibus. O trecho Rio-São Paulo, partindo do aeroporto Tom Jobim com chegada em Cumbica, está à venda por R$ 50, enquanto nos ônibus custa, em média, R$ 47, na classe executiva.

— Decidimos lançar os vôos para aproveitar melhor duas aeronaves que temos, uma em Recife e outra em Porto Alegre, que ficam paradas durante toda a madrugada. Mais do que isso, a nova operação vai dar oportunidade de viajar de avião, a preços baixos, àquelas pessoas que não têm restrições de horário e que normalmente usam o ônibus para destinos no Nordeste e Sul do país. Neste perfil se encaixa principalmente o público jovem — explicou Tarcísio Gargioni, vice-presidente de Marketing e Serviços da Gol.

Previsão é de 70% de ocupação dos aviões

A venda de bilhetes começou na última sexta-feira, apesar de os vôos só entrarem em operação no dia 19. A promoção é válida até 29 de fevereiro de 2004, apenas para compras pela internet, feitas no site da Gol. Os vôos têm saídas entre 22h40m e 6h.

— Apenas os trechos com destino a Florianópolis, Porto Seguro e Vitória têm saídas nos fins de semana e não fazem parte da rota preliminar: a do avião que sai de Recife, com escalas em Salvador, Rio, Guarulhos e Porto Alegre e a do avião que deixa Porto Alegre fazendo o caminho inverso. Esperamos uma taxa de ocupação de 70% nos aviões de cerca de 174 lugares. Serão 500 trechos voados até o fim da promoção — prevê Gargioni.

Para comprar um bilhete de avião com preço quase igual ao de um ônibus, no entanto, existem restrições. A principal delas é o tempo de permanência na cidade de destino. Quem sai do Rio para Recife paga R$ 209 se permanecer o mínimo de cinco noites na cidade nordestina e R$ 251 se pretende ficar pelo menos duas noites. Se o trecho escolhido for Rio-Porto Alegre, o bilhete varia de R$ 179 a R$ 215, dependendo do número de dias de viagem.

A iniciativa da Gol não é nova, lembrou ontem um executivo ligado às empresas do setor. Segundo ele, Transbrasil e Vasp já voaram de madrugada com tarifas reduzidas, uma alternativa para não deixar os aviões parados nos hangares. A Transbrasil teria até batizado o vôo de Ônibus Noturno Aéreo (ONA).
Me sinto com 150 anos. Minha coluna voltou a doer, com força total, como nunca. Tá foda, me enjoa (literalmente), me cansa e desanima. Mas enfim... A vida não para, né? Sexta fui na Maratona do Odeon e foi muito divertido, dois bons filmes e um horroroso, e café da manhã gostosinho (queimei a língua, claro). Ah, ok, dormi boa parte do tempo, mas como hospedeira da Tsé-tsé, não tinha como ser diferente. Sábado comprei celular novo, lindo, lindo, e de noite fui no loser manos e Orquestra Imperial na Fundição, com amiguinhos e amiguinha. Encontrei pessoas, e me diverti, só não mais por conta da tal dor. E domingo teve encontro nerd no botecão Roquinha, perto de casa. Perfeito! Eu que sempre reclamo do marasmo dominical, passei o dia fora, graças.
E hoje, trabalho, trabalho e provas, estudo, blerght. Quem manda matar aula e não saber a matéria?
Agora tô pensando no presente do meu inimigo oculto, que a Marise inventou... Isso vai ser divertido!

quinta-feira, dezembro 04, 2003

Ainda sem criatividade pra escrever, e com a cabeça ocupada com o trabalho e coisinhas da vida... Mas hoje vi uma criatura tosca no metrô, e a quem interessar possa, quero contar aqui.
Tinha uma senhoura mulata com uma roupa hiper-mega-ultra apertada de pé na minha frente. E fora isso, ela ainda era peluda e descoloria a cabeleira. Era tipo o Tony Ramos ou o Capitão Caverna, só que loiro. Medo horror! E logo hoje que eu não levei nada, nem livro nem revista pra ler... Daí procurei me concentrar em algum ponto fixo atrás dela, pra não olhar. E era difícil! Bizarrices me chamam atenção. Ai, ai...

segunda-feira, dezembro 01, 2003

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

(ouvindo The Clash, há dias... Não consigo parar!)

domingo, novembro 30, 2003

Finalmente um domingo longe do tédio mortal!
Aliás, tô morta...
Mal dormi, fui estudar com os meninos, mas fofocamos mais que tudo. Depois passei no Rio Sul, não resolvi nada e vim pra casa, e já saí de novo. Amiguinho tinha ingressos pro show do Chico César no CCBB, na expo da África (que eu não vi), e fui. O chato é que foi bem na hora que minha tia e primas da Bahia chegavam aqui... Mas amanhã mato as saudades delas, que ficam sóaté quarta...
O show foi ótimo, me deu vontade de ser menos desajeitada e saber dançar forró. Me diverti!

"É só pensar em você
Que muda o dia
Minha alegria dá prá ver
Não dá prá esconder
Nem quero pensar
Se é certo querer
O que vou lhe dizer
Um beijo seu e eu vou só
Pensar em você
Se a chuva cai
E o sol não sai
Penso em você
Vontade de viver mais
E em paz com o mundo
E comigo
E consigo"


Não ouvia essa fazia tempo, lembro que eu adorava, adorava... E ainda lembro a letra.
Estou sem o menor sono e daqui a pouco tenho que ir pra casa de um amigo estudar Estatística, matéria obrigatória (sabe Deus lá porque) na minha faculdade. Fiz um hamburguer e comi um "olho de sogra" (meu doce favorito) e estou me embriagando de guaraná natural, vício diliça. E isso interessa a alguém? Esse blog tá chato pacas, porque tudo tá lá no flog. Paciência, momento de falta de criatividade total, cansaço e desânimo. E algumas dúvidas...
Mas enfim, a noite de sábado é sempre a maior bosta, nada de realmente bom pra se fazer. Fui então com meus amiguinhos pra Matriz, que tava cheia de preibóis e só tocando hitzinhos. Mas eu bem gostei. Na minha última fase, a fase mala, até as festas mais legais me enjoavam. Não que agora eu goste de qualquer coisa, porque no dia que fui no Bukovski fiquei sem saco. Mas bem ando me divertindo, apesar da cara séria e dos constantes braços cruzados. Ok, ok, concordo que ando muito com cara de mau humorada, preciso assumir, já que é comentário unânime. Mas eu sou boazinha, vai...

E continuo lendo Fernando Pessoa no ônibus, quando consigo, já que o calor e o balanço me enjoam, fresca que sou.
Mais um dele. E um Gang 90 em seguida, que ouvi hoje e eu adoro. Sou véia, porra, vivi os anos 80 e adoro...

"Estou tonto,
Tonto de tanto dormir ou de tanto pensar,
Ou de ambas as coisas.
O que sei é que estou tonto
E não sei bem se me devo levantar da cadeira
Ou como me levantar dela.
Fiquemos nisto: estou tonto.

Afinal
Que vida fiz eu da vida?
Nada.
Tudo interstícios,
Tudo aproximações,
Tudo função do irregular e do absurdo,
Tudo nada.
É por isto que estou tonto...

Agora
Todas as manhãs me levanto
Tonto...

Sim, verdadeiramente tonto...
Sem saber em mim e meu nome,
Sem saber onde estou,
Sem saber o que fui,
Sem saber nada.

Mas se isto é assim, é assim.
Deixo-me estar na cadeira,
Estou tonto.
Bem, estou tonto.
Fico sentado,
E tonto,
Sim, tonto,
Tonto...
Tonto."


(Álvaro de Campos - 21/10/35)

e...

"São três horas da manhã, você me liga
Pra falar coisas que só a gente entende
São três horas da manhã, você me chama
Com seu papo poesia me transcende

Oh meu amor
Isso é amor
Oh meu amor
Isso é amor
É amor... é amor...
Sua voz está tão longe ao telefone
Fale alto mesmo grite não se importe
Pra quem ama a distância não é lance
Nossa onda de amor não há quem corte
Oh meu amor
Isso é amor
Oh meu amor
Isso é amor
É amor... é amor...
Pode ser de São Paulo a Nova York
Ou tão lindo flutuando em nosso Rio
Ou tão longe mambeando o mar Caribe
A nossa onde de amor não há quem corte
Oh meu amor
Isso é amor
Oh meu amor
Isso é amor
É amor... é amor... "


Vou lá ler o jornal...

sábado, novembro 29, 2003

"Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto -
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúrioa única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenhovisto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa."

(Àlvaro de Campos - 12/09/35)


Comentários sobre o Fernando Pessoa lá no flog. Ah, e esse é um dos heterônimos do poeta português. E ele já disse, estou cansada. Cansada. Quer saber? Veja os últimos posts do flog. Bye.

sexta-feira, novembro 28, 2003

quinta-feira, novembro 27, 2003

Estava eu fazendo a unha com a manicure e comentei que acho um horror homens que pintam as unhas de esmalte incolor, acho cafonérrimo. Ou deixa sem esmalte, ou pinta de preto, eu disse. Ela ficou chocada e disse que homem tem que ter cara de homem, usar calça e camiseta. Concordo plenamente. E bem básico, tipo, calça jeans e camiseta. De banda. Ah, e All Star. Parece uniforme, e nem é, é brincadeira na verdade. Detesto ter que seguir modelos, acho bobagem. Ah, e ela disse que cabelo comprido é feio, brincos idem. Eu também não gosto de cabelo comprido, mas adoro homem de brinquinhos. Acho meigo. Ah, e a pior parte: eu gosto de homem com olhos pintados de lápis preto. Acho sexy. A mulher quase caiu pra trás. Hahahaha, que bobagem. Dias sem postar pra cair nessa futilidade. So sorry.

segunda-feira, novembro 24, 2003

Do you speak english?
Nooooooo!
Hahahahahahaahah
meu machucado fez casquinha :P
Calor, sono, estados alterados da mente.
Calma x tensão.
Foda-se.
E enjôo da porra no busum, naquela viagem monstruosa e infinita devolta do Leblon.
*O que ninguém vê quando estamos fazendo*
Porque se não for pra contar não tem graça, né?
E a maldade humana agora não tem nome...
Nautillus ontem, e foi muito legal. Amigos, amigos, bebida, risadas. Voltei de manhã, claro, com um amigo gracinha.
Hoje fui com uma amiga na casa de amigos, muito papo de fotografia, planos, e enfim saí da toca no domingo. Depois, pizza com amigos da faculdade e um papo bizarro pros outros e muito divertido pra mim. Chocamos, rimos, e eis que o gringo mais lindo do mundo surge na minha frente. Mais ainda, me olha! Incrivel. Capaz de ter sido pq olhei sem parar pra ele, hihihi. A Larinha disse que ele parece com o diretor do colégio do filme "Curtindo a vida adoidado", e eu achei o mesmo. Mas ele mais novo, e menos trash. Isso pq eu sempre acho semelhanças entre as pessoas, e sempre o mais bizarro possível. Mas ele era belo sim; cabelo desgrenhado, ruivo natural de olhos claros. A criatura que eu quero para pai dos meus filhos, o biotipo que eu terei na próxima encarnação. Ok, já disse que serei punk de moicano. Mas nada impede... E claro que não parou por aí. Mas esquece...

sábado, novembro 22, 2003

Nem tenho dormido tanto quanto gosto e deveria. Saí na quarta, festinha legal na Mariuzzin, mas tava cansada e na hora do funk não resisti e fui embora. Sou velha demais pra cair no hype e dançar "eguinha pocotó". Ontem fiz PN, e hoje fui no showzinho do Honkers, banda baiana legal pacas, no sebo novo lá de Ipanema, o "boca do sapo". Depois, Puebla.
Ah, e amigos, amigos sempre, nas baladas, no icq, no tel. Eu reclamo de um bando de coisas, mas tô cercada de pessoas amigas, gente foda e que eu amo muito. Sempre quis ter isso, gente boa que eu gostasse de verdade e que apesar dos defeitos e tals, que eu não tivesse do que reclamar, só agradecer. E taí, obrigada por me aturarem.

quarta-feira, novembro 19, 2003

Cena Orlando Orfei do dia:
Barraquinha de acarajé na faculdade por conta do "dia da consciência negra". Não resisti e fui comprar uma. Tirei o dinheiro da bolsinha e - pluft - um anel de latinha daqueles da promo da Coca-Cola que eu tava juntando voou dentro do vatapá. De onde a baiana (fajuta, poe sinal, porque eu perguntei) tava não dava pra ver, e eu não tive coragem de contar. Ah, e tava ruim pra porra...
As pessoas riem comigo ou de mim?

terça-feira, novembro 18, 2003

Hoje eu queria alguém bem legal pra um papo de horas e horas e horas...

segunda-feira, novembro 17, 2003

"Esse cansaço infinito a respeito de tudo e de todos haverá de passar, já passou outras vezes e acabará sempre passando. Todas as sensações inúteis e os becos mentaissem saída se dissolvem quando a felicidade retorna"

Eu sempre penso nisso, mas engraçado que veio assim no horóscopo filosófico do Estadão. Então tá.

domingo, novembro 16, 2003

"... se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os."


(Vinícius de Moraes)
[ Vivendo e não aprendendo }

Semana de tombos e mais tombos, até literalmente. Ontem quando ia pra Bunker levei um estabaco e acabei com meu joelho, que além de nojento, dói pacas. Não contente com isso, hoje levei outro tombo, mas metaforicamente falando. Isso porque sou uma anta boazinha que nunca aprende. Enfim...
Daí que fui pra Loud, manca, que nem uma tia velha. E foi chatinha pacas, área restrita e pequena do MAM, ao invés de ser aberto, como eu pensei. Cheia e com poucas músicas boas. Blá. Nem o show do Autoramas foi tão bom quanto eu esperava.
Oh céus, oh vida.
E por acaso ouvi essa música na casa de um amigo, nada mais apropriado...

"Agora você vai ouvir aquilo que merece
As coisas ficam muito boas quando a gente esquece
Mas acontece que eu não esqueci a sua covardia
A sua ingratidão
A judiaria que você um dia
Fez pro coitadinho do meu coração
Essas palavras que eu estou lhe falando
Têm uma verdade pura, nua e crua
Eu estou lhe mostrando a porta da rua
Pra que vocês saia sem eu lhe bater
Já chega o tempo que eu fiquei sozinho
Que eu fiquei sofrendo, que eu fiquei chorando
Agora quando eu estou melhorando
Você me aparece pra me aborrecer"


(Lupicínio Rodrigues - Judiaria, mas a versão com o Arnaldo Antunes, mais furiosa. O Lupicínio é conformado demais...)
Um dia alguém fez uma música pra mim, com o meu nome. Um dia eu achei que isso era amor, que ali havia amor, embora todo o resto sempre pusesse em dúvida. Daí um dia de conversa anos depois mostrou coisas boas naqueles dias conturbados, e isso me deixou feliz. Mas hoje as atitudes puseram tudo em dúvida de novo, e conseguiram desgastar o pouco de carinho que ainda havia. Importa?

sexta-feira, novembro 14, 2003

'Vinícius de Moraes disse um dia:

"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os
meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A
alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.

Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.... mas é
delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os
procure sempre." '


Recebi por email, e não concordo inteiramente. Acho sim que é sempre bom saber que os amigos existem e estão ali, para quando "precisarmos" deles. Mas prefiro ter os amigos sempre presentes e atuantes na minha vida, e eu na deles. Porque sem dúvida os amigos são as pessoas mais importantes da vida, mais que família e que amores. E esses se tornam tão importantes quanto os amigos se assim também forem para nós, amigos.

Outra coisa: não conheço esse texto, então não sei se é mesmo do meu querido Vinícius.
Todo mundo que me conhece sabe que pelo menos num dia do findi preciso dormir doze horas seguidas pra me recuperar do cansaço da semana. MAs ontem fui deitar pra ver tv e apaguei. Era hora daquela novela mais chata e tals, e só acordei hoje! Loucura.

quinta-feira, novembro 13, 2003

Where I end and you begin?
Pelo menos tenho empadas...

quarta-feira, novembro 12, 2003

A minha cara feia e vermelha e inchada no espelho assusta.
[ Querido Diário ]

Sinto em confessar isso até pra mim mesma, mas na falta de grana pro psicólogo, falo aqui, e fica até mais fácil falar só pra mim mesma. Er, e pra quem mais interessar possa. Mas eu finjo que é só pra mim, sempre, porque a idéia é essa. Me espanta quando descubro quanta gente desconhecida lê e tals... Mas bem, voltemos ao assunto.
Eu gosto de você. Te amo até, não tenho dúvidas. Amigo, né? Amigo com A maiúsculo, não tinha como não ser assim. Mas depois daquilo tudo eu morro de ciúmes, coisa que sempre senti, mas nunca dessa forma devoradora e incômoda.
Daí que hoje eu tava no metrô, Tijuca-Botafogo, pensando nisso tudo, em mim, em você, em nós, em tudo o que aconteceu e no que podia ter acontecido. Tudo era possível, o amor de nossas vidas podia ter surgido ali, e então só Deus saberia o que fazer conosco. Prefiro dizer então que fico feliz por nada disso ter acontecido, porque seria caro, doloroso, trabalhoso e desgastante. Claro que é uma desculpa, qualquer um que me conhece sabe bem. Seria bom demais viver um amor, um amor de verdade com um Amigo. Porque eu sempre disse que pra ter amor antes de mais nada deve haver amizade. E isso nós temos, sem dúvida. E então, eu tava pensando em como as coisas funcionam aqui dentro do peito. Eu separei tudinho, como nem sempre consigo fazer, e acho que cheguei a uma conclusão (que amanhã pode mudar, deixo bem claro); eu só me incomodo tanto com você por causa do amor que não despertei em você. Não o amor de amiga, esse sei que existe, mas o amor de mulher. Eu sei que é raro isso acontecer com você, e é raro acontecer comigo também. Não da minha parte, mas do outro. E acho que o amor mútuo é coisa cada vez mais distante na vida. E é por isso que eu lamento. Porque nego quer mistério, dificuldade, dúvida. Quando tem ali, na mão, "fácil", acessível, com certeza, não quer, não gosta. Cansei disso tudo. Mas enfim... O meu amor, o nosso amor é algo que eu queria talvez por vaidade, muito por orgulho mesmo. Orgulho de ser mulher pra um homem como você. Fica pra próxima, amigo.

"Bom dia, amigo

Bom dia, amigo
Que a paz seja contigo
Eu vim somente dizer
Que eu te amo tanto
Que vou morrer
Amigo... adeus"

(Vinicius de Moraes)

terça-feira, novembro 11, 2003

Ah, fui ver "Bem me quer mal me quer" com um amigo querido (redundância). Fui no Cep 20000 tb. Show chato do Leela, som legal. Assim que cheguei, Jesus & Mary Chain e "Just Like Honey". Pois é então...

Por que que eu preciso anotar tudo, absolutamente tudo pra não esquecer? Eu queria tanto lembrar das coisas, dos compromissos, do que eu fiz e disse... Biotônico Fontoura não resolve, aquilo só engorda. Eu acho que vou com a Dorothy e com o leão, o espantalho e o homem de lata lá pra Oz pedir um cérebro que funcione...
:/
Ontem fui a faculdade, e ainda saí cedo de casa, coisa rara. Se bem que matei o promeiro tempo numa visita ao lab de fotografia.
Well, e antes de ir pra Facha dei uma passadinha na Americanas pra tomar sorvete, desejo. Uma tia tava esperando também, e ficamos batendo papo por quase uma hora. Linda, doce, inteligente e baiana. Ah, e fomos embora sem tomar o sorvete, porque a criatura que atende não apareceu. Mas valeu pela conversa.

domingo, novembro 09, 2003

Viu a lua? Linda, linda, cheia, grandona, brilhante, e reinando absoluta no céu. Dá até vontade de estar em Lumiar, na beira da estrada, de papo com um alguém e só olhando pra ela...
Aliás, viram o eclipse ontem? Queria ter tirado fotos...
Let's spend the night together
(só pq tá tocando e tals...)

Findi movimentado, como há muito não acontecia.
Sexta-feira fui derrubada por uma gripe, fiquei mal, muito mal, mas fui trabalhar e não parei pra descansar à tarde. De noite acabei indo na Sister Moon, porque era niver de uma amiga especial que já havia adiado a comemoração por minha causa, que ia (e fui) ao Tim. Então eu não podia deixar de ir e fui... Confesso que nem tava na pilha, porque aquilo não é mais a mesma coisa depois que o Jesse saiu de lá, mas foi bem bom. Um membro do Orlando Orfei presente é garantia de diversão ;) Falei muita merda, paguei mico e me diverti muito.
Teve show do Zero, e umas criaturas bizarras que cantavam tudo e dançavam numa mistura de Morrissey com Renato Russo como se estivessem ainda nos anos 80, trataram de me animar bastante.
Depois de uns drinks coloridos e fortes, a dor de garganta e de ouvido milagrosamente passaram, assim como meus olhos pararam de lacrimejar e o nariz ficou ok. Ainda ganhei uma Bacardi Breezer por conta de uma aposta nonsense (hehe)...
Todos formaram caisaizinhos e eu sobrei, daí fui pedir uma música (Jesus & Mary Chain) e
descobri que o DJ era um velho conhecido da época que eu tinha alguma grana e o dólar era mais baixo e eu comprava cds importados e fodas e baratos na Pedro Lessa. Dancei sozinha mesmo, e foi legal pacas. Ainda levei cantada e tals...

Sábado acordei cedo com o telefone. Não foi de todo mal, porque tinha o encontro nerd na Colombo, que foi bem legal por sinal. Eu tava acabada e bem precisava dormir, mas fui papear com meu amigo Saraiva num boteco aqui perto. Daí já era quase hora de me arrumar pra Nautillus, e lá fui eu.
Acontece que os gorós não desceram bem e eu quase desmaiei, pressão baixa, creio. Muitos amigos, música boa começando a rolar e eu tive que ir embora, com a ajuda de uma alma bondosa.

E meu domingo ainda foi milagrosamente legal tb. Mais japonês com amigas fofas e um calor da porra.

***

Comentário nada a ver porém sempre pertinente. Não estou emo, mas tô carente e preciso de alguém pra chamar de meu. Blah.

sexta-feira, novembro 07, 2003

Tem um alguém, e eu acho que é um mesmo alguém, que sempre comenta aqui e usa nick names sensacionais. Não lembro de muitos porque ser memento é uma virtude, mas Dr Lair Ribeiro e o cantor ovelha são a mesma pessoa, né? Creio que sim, pela forma como escreve. E já faz um tempinho que vc aparece por aqui, e deve ser algum conhecido. Por favor, sou extremamente curiosa e te peço, te imploro, saia do armário, se assuma, se declare, se manifeste com seu nome de batismo. Quero saber quem você é!
Get me away from here, I'm Dying

Fui deitar cedo, mas dormi mal pacas, nariz entupido, dor de cabeça, garganta e ouvido, pesadelos... Ainda assim vim trabalhar, sabe Deus lá porque, e tô maus... Preciso de colo, mas tá em falta. Preciso de cama, mas tá longe.
Oh céus, oh vida, oh Lipe, oh azar.

quinta-feira, novembro 06, 2003

Cara, preciso ir dormir, mas calhou do Winamp tocar Jesus (& Mary Chain) e aí é foda, porque Jesus é foda e dá vontade de ficar ouvindo no repeat sem parar, até amanhã.
...
Faz tempo que meu coração não pula, não gela nem treme por ninguém.
Ok, nem faz tanto tempo assim, mas parece uma eternidade já.
Pede maiores emoções...
"Happy when it rains"
Tenho medo de tempestades com relâmpagos e trovões. Sempre me lembra o primeiro Poltergeist, filme mais foda de terror que já vi, que mais me trouxe pesadelos na vida, até hoje...Vi quando era criança (er, menor), meu pai adorava, deixava a gente ver... E fudeu, tive sonhos terríveis com a tal tempestade do filme. Enfim... tenho medo também de dormir sozinha no escuro, tenho medo de ficar em casa sozinha, acendo tudo. E tenho medo do monstro que mora debaixo das camas, de todas elas que não têm gavetas.
Pronto, nem preciso pagar terapia mais.
Fui na Americanas fazer as compras de mês (leia-se tinta de cabelo e estoque de balas) e não resisti às Ruffles de 70 centavos e Hershey's por 3 real, mais barato que os Garotos da vida. Claro que comi tudo em duas parcelas, e já fiz isso com duas barras essa semana, um horror. É ansiendade, eterna ansiedade.

***


Eu tive um sonho. Aliás, dois. Num, eu morria afogada, acho, sem ar. Acordei sem conseguir respirar, essa droga de rinite não me deixa :/
No outro sonho, tudo corria, corria muito, como eu, como tudo de melhor que me acontece. Eu não sei deixar rolar, esperar, ir levando. Gosto de tudo aqui, agora, já, dinâmico, ágil, tudo ao mesmo tempo agora. Assim é mais gostoso, dá friozinho na barriga mas nem dá tempo de pensar, pra que pensar? Assim se vive. Ah, foda. Preciso dessa coisa louca e maravilhosa de novo, logo.
Chega de lenga lenga.

quarta-feira, novembro 05, 2003

Da série "por quê"?

Por que que as pessoas quando têm fama ou poder ficam frescas e impacientes? Eu até sou ambas as coisas, mas tenho consciência de que o mundo não gira ao redor do meu umbigo. Os "estrelas" não.

Ah, outra coisa: por que que a maioria das meninas que a gente vê na rua parecem que são feitas na mesma forma, com roupas semelhantes, jeito, gosto, cabelo, modo de falar...? Parecem manequins de loja, bonecas Barbie, um nojo, um tédio. Depois dizem que eu sou "esquisita". Sou esquisita mas sou feliz, pelo menos não sou igual. Minha mãe sempre me chamou de "do contra", porque eu nunca seguia as opiniões dela nem de ninguém, nunca seguia a massa, rs. Me incomoda me olharem, me repararem, mas me incomodaria mais ainda ter essa aparência plástica delas. Argh.

terça-feira, novembro 04, 2003

Detesto me sentir de mãos atadas. Eu sempre faço a minha parte, digo que vou desistir e abrir mão, ou nem tentar nunca mais, mas é mais forte que eu. Sou uma dramática, faz parte do meu show, mas não peco por não tentar. Só que chega uma hora que as coisas não dependem mais de você. Então, o negócio é fazer como o leão da montanha e se retirar estrategicamente.
Lamento muito as pessoas complicarem demais tudo na vida, que é tão curta e passa que nem um furacão. Lamento tanto medo, tanta paranóia, tantos traumas, tanta bobagem. Lamento tudo parecer sempre tão igual apesar das pessoas serem tão únicas e diferentes. Lamento que certas coisas sejam tão difíceis e não dependam só de mim. E lamento esse medo de cair que cada vez mais gente tem, que vem com o tempo e com os tombos, mas que priva também do grande risco de sorrir e ser feliz.
"Maybe all I need is a shot in the arm"
Já dizia o rei "de hoje em diante (...) só vou gostar de quem gosta de mim"...
OK então.
Porque eu desisto, desisto de tudo e de todos, até desses aí.
Se não estivesse chovendo, talvez essas idéias todas não tivessem invadido a minha cabeça e o meu coração, inundando, preenchendo todos os espaços vazios com uma sensação avassaladora, com um vazio maior que ele próprio, o vazio. "Alguma coisa está fora da ordem", foi a primeira coisa que me veio à cabeça. A culpa é da chuva, só pode ser, ela leva toda e qualquer ilusão e me estapeia com uma realidade cruel. Tento procurar o sol, fechar os olhos e não deixar os pensamentos tomarem conta, mas é inevitável. Vazio, a dor. "Ausente o mecanismo antes cultivado", e ainda assim permiti que algo acontecesse. Não, não. Não quero mais, não preciso, não posso, não quero essa vida pela metade, essa mentira perpétua que ilude meu corpo quando estou ali, e que depois traz essa coisa que não é nada. O vazio.
Argh.
Eu quero o sol, hoje eu quero ele, quente, com luz, com toda a luz do mundo. Quero que a chuva lave e leve tudo o que já não me serve mais. Quero o novo, quer aqui, agora, já.

Entendeu?
Notinha Orlando Orfei que eu li hoje no JB:

"O coração de uma mulher é como um circo: sempre tem lugar pra mais um palhaço fazer graça"
"Eu Só Quero Um Xodó

Que falta eu sinto
De um bem
Que falta me faz
Um xodó
Mas como eu não tenho ninguém
Eu levo a vida assim tão só
Eu só quero um amor
Que acabe o meu sofrer
Um xodó pra mim
Do meu jeito assim
Que alegre o meu viver"


(Dominguinhos e Anastácia)

segunda-feira, novembro 03, 2003

Tava lendo o Folhateen hoje e vi que o Kid Vinil fez uma proposta de programação pra Rádio Brasil 2000, de SP. Foi aceita e tá legal pacas, voltei a ouvir, via Internet. Toca desde as bandinhas alternativas, aos clássicos do rock, às merdas do new metal. Mas não tocam só hits, de repente rola uma faixa obscura que por acaso é a sua favorita, e pronto, salva o dia. Logo de cara anunciaram que foi tocado Manic Street Preachers, Super Furry Animals e Toy Dolls. Foda, gostei. Mas já sei que tenho que esperar pelas merdas tb...

domingo, novembro 02, 2003

Ouvindo o novo do Travis, 12 Memories, tava tentando pensar em 12 lembranças foda, saudosas. Sei que vou lembrar de muito mais que isso, mas as 12 primeiras entram na lista. Ah, sem ordem cronológica.

01. Sorvete com velinhas surpresa no dia do niver de 17 anos, na nossa despedida;
02. A viagem secreta pra Brasília;
03. A viagem secreta pra Salvador;
04. O curso de fotografia e a máquina foda ganha de presente;
05. O primeiro dia na faculdade;
06. A briga no colégio e o choro escondido no banheiro;
07. Amores "únicos" vãos ou que se vão (sem citações, pq aqui pensei em alguns...);
08. O primeiro beijo;
09. Primeiros encontros com pessoas que ficaram na minha vida;
10. O último beijo;
11. A primeira bubiça;
12. A primeira vez que ouvi algumas bandas (também pensei em várias...);

Ei, faça a sua tb!

(ouvindo "Love will come trough". Hummmm, será?)
Everyday is like Sunday
Everyday is silet and gray


Detesto domingos solitários com chuva.
Chuva, friozinho, cama, edredom, jornal, nada que preste na tv.
Tédio.
Falta vc aqui...
Pra quem só lê o blog, quero dizer que o fotolog é um complemento disso aqui, só que com fotos, que nem sempre tem a ver, mas provavelmente têm. Então leia também o fotolog e mantenha-se atualizado das fofocas da vida alheia :P

PS E quero mais comentários, tanto aqui quanto lá;
Chove lá fora e aqui faz tanto frio
Me dá vontade de saber
Aonde está você
Me telefona
Me chama, me chama, me chama...


Achei o White Stripes bem meia boca. O Wjsgnmfobjsand (?) Heat foi bem legal. E nego diz que o álbum deles é ruim... Super Furry Animals foi o show da noite de ontem. Bom pacas. O tal Rapture tem alguma pouca coisa boa e muita coisa cansativa. Aliás, me acabei, mas ainda estiquei com o povinho. E nem dormi tanto quanto gostaria.

Hoje foi mais legal ainda, e bem menos cansativo. "Japa", caipirinhas, boa companhia, bom papo, risadas. Ah, e o after. Pouco rock, muita palhaçada com cara de anos 80 com a tal da Peaches (que me cansou, argh) e funk. Engraçado foi ver indies e punks e playboys e patricinhas dançando juntos e felizes o som do tal do DJ Marlboro. E eu não tava revoltada, só com sono, pois já era de manhã.
Bom ver e rever pessoas. Melhor ainda estar com outras.
(...)

sexta-feira, outubro 31, 2003

A KD Lang cantou Crying e foi foda. Eu nem chorei, sabe Deus lá porquê.
Senti sua falta lá, bem pensei em você.
E não esperava.
...

quinta-feira, outubro 30, 2003

Meu corpo pede cama. Não durmo como eu gosto, preciso e como tenho feito ao menos um dia na semana há quase um mês. Tô cansada, com sono e pareço triste de tanto desânimo. Mas nem tô triste, não mais. Tô empolgadíssima com esses dias e com toda a programação, e já me acostumei à idéia de que só vou dormir direito no sábado, que também será um dia que promete... Queria era não precisar tanto dormir, ou poder só dormir nos intervalos. Mas é bom voltar à fase de badalação, áureos tempos. Pena que eu seja tão boa de cama, pena que eu encoste e durma em qualquer canto, em todo canto, sempre, sempre. Todas as minhas lembranças de baladas incluem uma dormidinha básica. Pareço uma criança grande. E sou.
Ontem foi divertido, passeio com amigos, muito bate papo, vódega, sangria, "Cidade de Deus" e a dormidinha básica no meio do filme.

*****

Não, não, não.
Eu sou uma frouxa, não sei dizer não, embora eles as vezes pisquem na minha mente. E deixo.
Droga.
Esquece.

terça-feira, outubro 28, 2003

Eu queria.... eu quero. Mas quero pronto. Pela primeira vez quero não ter que correr, que ligar, que pensar, que esperar. Quero ver tudo vindo sem nem sentir. Puxa, não quero mais desejar em vão, rastejar e morrer na praia. Não. Quero a conquista, quero aquela coisa que flui da forma mais deliciosa do mundo. E de ambas as partes. Cansei de amar sozinha.
Comentário besta, porém esqueci o que ia escrever, então vai ele...
Acordei morrendo de frio e o tempo tava feio. Achei que ia chover, então resolvi trocar o modelito verão (sim!) separado na noite anterior pela minha saia de assembleiana que mamãe fez, camisa de manga e coturno, todos negros, como meu ânimo. Brincadeirinha, era só pra ficar bonito. Eu não tô tão mal assim não...
Mas então... Eis que abriu mó solão e eu virei atração das ruas. Foi ridículo. Porque juntando meu bronzeado de esquimó a todo o resto, parecia uma gródiga ou do metal, como nego tem pilhado graciosamente (ggrrrrr).
Pelo menos no trabalho não tem problema, acho que posso ir com uma melancia na cebeça que ninguém repara. Melhor assim.

(ouvindo Cartola; aliás, Cartola, Adoniram, Roberto Carlos... todos muito dramáticos, todos geniais. A minha cara essas letras com cara de novela mexicana...)
Sensacional, olha o que eu achei aqui:

"O ministro Guido Mantega ainda não revogou a portaria que proíbe o servidor público que tenha bicicleta de receber vale-transporte."
Álcool, confusão, palavras e sentimentos errados.
E uma conversa legal, pra surpreender e dar esperança de que dias melhores virão.
Sem dúvida.
Será?
Por que nego inventou essa tal "linguagem de internet", e comete o pecado de escrever tudo errado, como se fala? Fica um horror, feio pra ler, difícil de escrever. Pra que complicar, meu Deus? Por que não escrevem tudo certinho, bonitinho, como a tia do C.A. ensinou? Eu me recuso a conversar com pessoas que escrevem assim, tenho pré conceito mesmo, é que nem cigarro. Fumou, não tem segunda chance. Já conheci pessoas na net, acho legal e tals, Mas aqui o que forma o conceito é não só o que a pessoa fala, mas como fala. Então, se conquista com palavras, só palavras. E se elas forem confusas, tchau amigo.

(ouvindo Of Montreal, que meu Winamp fez o favor de redescobrir, e que é legal pacas. E bebendo um delicioso licor de menta...)

domingo, outubro 26, 2003

As vezes ele bem que acerta...

"Hora em que tudo acontece um pouco diferente do esperado. Incômodo para quem procura coisas eternas ou definitivas. Pode haver indisposição física e preguiça mental. Caso isso ocorra, É por causa da tensão psíquica."

Vou dormir.
Ontem fui pra Nautillus, Back to the 90'
Dancei pacas, me diverti como há tempos não acontecia.
Adorei.
Vejo e revejo as fotos, a pretexto de mexer aqui e ali no photoshop. E assim também revivo aqueles dias tão saudosos que não saem da minha cabeça nem do coração.
Até pouco tempo eu estava ali, vivendo aquilo tudo e perto de você, e agora tudo não passa de cores e imagens presas num papel.
E não me resta nada além de lamentar e tentar esquecer, já que os outros planos também se foram e o fim chegou, definitivamente.

sábado, outubro 25, 2003

Minha lombriga Lulu (em homenagem a minha prima, cuja lombriga se chama Jujuba) estava com desejos e fui alimentá-la. Saí pra bater papo com meu amigo querido, o Saraiva, e aproveitei pra comer empadinha de queijo e tomar sorvete de menta, meu favorito. Tá quente pra porra aqui, e me dá uma lerdeza... Vontade de dormir até não poder mais.

Nada a ver, mas lembrei. Todo dia de manhã quando vou pegar os jornais na porta antes de ir para o estágio, o moço da padaria aqui do lado vai pra porta e fica me olhando. E de noite, quando vou pra escola, digo, faculdade, o menino da banca de jornais da esquina faz o mesmo. Resolvi então montar uma enquete, tipo, com qual dos dois ficar. E aí? Minha mãe diz que o padeiro é legal porque ela não precisaria mais comprar pães. Eu já acho melhor o jornaleiro, porque revistas estão caras e eu teria sempre a Fotografe, a Zero, a Rock Press, além dos jornais... E aí, o que vcs acham?


(ouvindo Maria Bacana, banda baiana que eu adoro desde sempre. Lançaram um único CD em 96, que eu sei de cor e salteado, e ouço sempre. Me traz várias lembranças, ouvi-lo é reviver com o coração várias coisas (aliás, que comentário brega, Deus é mais!)).

quinta-feira, outubro 23, 2003

UPDATE
Esquece. Melhor nem saber.
Sempre passa mesmo.
Tem que.
Chuva torrencial na cidade e casaco a mão novamente. Confesso que adoro esse friozinho, dá um charme a cidade, além de ser agradável. Mas ok, é meio triste, triste como eu.
Ontem conversei bastante, fiquei tonta com a caipirinha (acho até que falei merda) e estou muito cansada por ir dormir tarde mais uma vez, depois de dias e dias dormindo mal, dormindo pouco. Claro que valeu, mas o problema de junta se agrava. Num dia é estômago, noutro é coluna. Preciso de uma massagem, pelamordedeus!

Cansei da faculdade, cansei mesmo. Acho que mudei de jornalismo para turismo, porque mal tenho aparecido por lá, me aproveitando também dos professores que não fazem chamada. Cansei da cara das pessoas de mente vazia, das meninas que falam de forma afetada e se equilibram em saltos dragqueenescos. Cansei das bandas que tocam na hora do "recreio", que agridem meus ouvidos e testam a minha paciência copiando o que já é ruim. Ontem rolou um showzinho de um troço igual a esses CPM22 e Detonautas da vida. O que era aquilo? Deus é mais, eu não mereço. Claro que os playboys adoraram, é só o que tem lá mesmo. Playboys e modistas. Argh.

Cansei. Cansei da minha cara no espelho, cansei de ter que pintar os cabelos, cortar as unhas, de ter que esperar pelos meus sonhos enquanto o tempo passa. Aliás, ele corre.

quarta-feira, outubro 22, 2003

Parem de achar que tudo o que escrevo quer literalmente dizer algo. As vezes não é bem assim. Ou não. Hehe. Eu aumento, eu invento, eu distorço, eu emendo, completo. Eu as vezes até descrevo literalmente. Adivinhe quem puder e quiser.

Samba do grande amor
Chico Buarque/1983
Para o filme Para viver um grande amor, de Miguel Faria Jr.

Tinha cá pra mim
Que agora sim
Eu vivia enfim o grande amor
Mentira
Me atirei assim
De trampolim
Fui até o fim um amador
Passava um verão
A água e pão
Dava o meu quinhão pro grande amor
Mentira
Eu botava a mão
No fogo então
Com meu coração de fiador

Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira

Fui muito fiel
Comprei anel
Botei no papel o grande amor

Mentira
Reservei hotel
Sarapatel
E lua-de-mel em Salvador
Fui rezar na Sé
Pra São José
Que eu levava fé no grande amor
Mentira
Fiz promessa até
Pra Oxumaré
De subir a pé o Redentor

Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira


(acabo de ouvir no rádio)
Mas é doce morrer neste mar de lembrar
E nunca esquecer
Se eu tivesse mais alma pra dar
Eu daria, isto pra mim é viver


terça-feira, outubro 21, 2003

Perguntei a ela o porquê do silêncio.

- Tá faltando alguma coisa.

Não entendi.

- Me falta algo, algo que não fiz, que deixei passar, que perdi, não sei bem.

Eu sei.

segunda-feira, outubro 20, 2003

A sensação é a de que algo foi esquecido, então procuro nos bolsos o que me falta, mas está tudo ali. Há alguns minutos passeávamos naquele lugar tranquilo, comendo pastel, tomando sorvete e dando risadas em meio a paradas para fotos. A chuva finalmente deu trégua e o sol sorriu nesses últimos momentos, parece que tentando se redimir por ter se escondido nos últimos dias. Tudo isso soa um tanto quanto irônico agora, daqui de cima, longe de tudo, visto de fora como num filme, como se os personagens fossem outros que não eu e você. E o vazio? O vazio é inevitável, eu sabia dele desde o início e mesmo assim arrisquei e não me arrependo. Alegria com prazo de validade. Venceu hoje.

segunda-feira, outubro 06, 2003

Tudo é dor e toda a dor vem do desejo de não sentirmos dor"

domingo, outubro 05, 2003

{Ontem... }
Acordei cedo, resolvi minhas coisinhas e fui feliz e contente trabalhar. Sim sim, tentar terminar uma pesquisa interminável que é para ontem. Antes peguei minhas fotos (detestei, detestei) e fui com as meninas andar na praia. Estou cor de rosa!
Recebi milhares de ligações, me senti até uma pessoa requisitada. Terminei optando por três programas, mas só um rolou de fato.
(...)
Me diverti observando e comentando sobre aquelas criaturas. Tudo muito bizarro, tudo muito engraçado. Muito provavelmente não menos estranhas que as figuras sempre presentes nos lugares que eu frequento, mas a essas eu já me acostumei, assim como a mim mesma. Nada como se acostumar a elas, e se acostumar ao próprio espelho. Fica tudo familiar, tudo muito comum.
Companhia boa, papo bom, mas nem de longe o encanto antes cultivado. Melhor assim, eu acho.

Hummm, isso não quer dizer que não tenha sido bom. Aliás, ótimo. Me senti meio mal quando abri os olhos e encarei a situação. Logo me veio a cabeça os planos todos e eu ali, uma imensa confusão. Uma coisa de cada vez, deveria ser, mas comigo nunca é, é sempre tudo ao mesmo tempo agora. E eu aproveito, eu vivo, claro, comonão poderia deixar de ser.

sábado, outubro 04, 2003

Lembro que a Fabinha tinha uma caixinha de música em formato de rádio, que a dinda dela trouxe de alguma viagem. A música da caixinha ficou na minha cabeça por anos, e ainda hoje lembro dela perfeitamente, tanto que um dia estava a procura de mp3 e me deparei com uma versão de "When you wish upon a star" com o Mercury Rev. Incrédula, peguei, e era aquela musiquinha mesmo. A versão é lindinha demais, e em dias como hoje eu gosto de ouvir. Em dias alegres, mas também nos dias tristes, porque "I'm a believer". Não lembro da letra toda, mas acho que já cheguei a postar aqui. É algo como "When you wish upon a star your dreams come true". Pois é.

quinta-feira, outubro 02, 2003

Foda é auto sabotagem. Tanta espera pela festa e quando o dia tá chegando perto, quando se tem coisas palpáveis, o medo assola. Medo de alguma etapa do processo não andar como deveria, ou como eu gostaria. Talvez seja culpa do cansaço, talvez seja que nem o velho ditado de que gato escaldado tem medo de água fria. Ou não. Talvez seja culpa da minha mente burra e doentia e covarde. Deve ser isso. É isso, pronto. Então vai na base da auto ajuda mesmo...

quarta-feira, outubro 01, 2003

Tenho o que ficou e tenho sorte até demais, como sei que tens também

terça-feira, setembro 30, 2003

Sem você
Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim

Sem você, sem amor
É tudo sofrimento
Pois você é o amor
Que eu sempre procurei em vão

Você é o que resiste
Ao desespero e à solidão
Nada existe
E o mundo é triste sem você

Meu amor, meu amor
Nunca te ausentes de mim
Para que eu viva em paz
Para que eu não sofra mais

Tanta mágoa assim, no mundo
Sem você


(No Winamp, com o Chico Buarque)
...se fosse só sentir saudade, mas tem sempre algo mais...

segunda-feira, setembro 29, 2003

Fomos todos felizes comprar os ingressos para o TIM Festival. Eu, Fernando, Fred e Boo nos encontramos na UNE e fizemos a porra da carteira, muito a contragosto. Depois andamos até o posto BR da Rui Barbosa, que não tava vendendo os ingressos. Só conseguimos comprar no posto da Cardeal Arcoverde, mas é foda. Os atendentes não têm uma lista com os shows, horários nem preços. Ou você já vai sabendo de tudo, ou chuta. Mas se chutar errado, tem que pagar. Foda. Elas nem sabiam do lance da carterinha de estudante, então pensei que podíamos tentar ser espertinhos. Mas no ingresso tá escrita a ressalva da carteirinha da UNE, que será cobrada no dia do show. O negócio então é reclamar mesmo, porque se todo mundo disser amém, essas sacanagens vão continuar sendo feitas.
Meia-entrada no Tim Festival só com a carteirinha da UNE. É a volta do monopólio.
Pessoas
Reclamem no site da Alerj e no site da Tim contra o abuso da venda de meia entrada dos ingressos do Festival. Eles só aceitam a carteirinha da Une, quando a lei nos garante meia entrada com a apresentação da carteirinha da faculdade que estamos matriculados. Que absurdo é esse? Precisamos brigar pelos nossos direitos! Vamo lá, todo mundo reclamando, por favor!
Fui com Fred e Fernando ver "Encontros e desencontros" no Odeon. Filme non sense total, mas eu bem gostei, e ri muito. Destaque pro karaokê com o japa cantando "God save the queen", e o feioso do Bill Murray cantando Elvis Costello, "Peace and love and understanding", num desafino total, além do final com "Just like honey", do Jesus and Mary Chain.
Adorei. Valeu sair de casa num domingo a noite, pegar mó chuvinha e ficar bebericando e fofocando no "Verdinho" da Cinelândia. Sim, porque a Cinelândia tem o clássico Amarelinho, tem o Vermelinho e hoje descobri o Verdinho. Sensacional.

UPDATE
O Tom Hanks tava lá, e eu quase fui pedir autógrafo. Se eu tivesse uma máquina digital, tinha tirado foto com ele. O Fernando disse que eu ia levar uma raquetada.

domingo, setembro 28, 2003

Come back to what you know,
Take everything real slow
I wanna lose you but I can't
Let you go.
Before you interfere
Let me make it loud and clear,
that you got no more to prove.
I'm a fool.
So take it easy on yourself,
There's nothing new about regretting how you felt.
I'll never let you down,
Or ever feel the way that I've been fearing now.
Coming back to what you know won't mean a thing.
Everything that you've done keeps you from me.
Now I know that I need more time,
Come back and let me see you're right.
I'm coming back to what you know,
Cos I know that I need it now it's gone.
Now I know that I need more time,
Come back and let me see you're right
So hang on to what you've got,
keep it safe.
Hang on to what you've got,
Keep it safe from harm.
You'll find.
There's nothing new that we can't leave behind.
Come back to what you know,
Take everything, real slow,
I wanna lose you but I got,
Far too high
To let go
Now the demon in me knows,
What I knew so long ago
Coming back to what you know won't mean a thing.
Everything that you've done keeps you from me.
Now I know that I need more time,
Come back and let me see you're right.
I'm coming back to what you know,
Cos I know that I need it now it's gone.
Now I know that I need more time,
Come back and let me see you're right.
So hang on to what you've got,
keep it safe.
Hang on to what you've got,
keep it safe from harm.
We got time.
We got time.
Coming back to what you know won't mean a thing.
Everything that you've done keeps you from me.
Now I know that I need more time,
Come back and let me see you're right.
I'm coming back to what you know,
Cos I know that I need it now it's gone.
Now I know that I need more time,
Come back and let me see you're right.
Come back to what you know,
Take everything real slow,
I tried to lose you,
But I got
far too close.


Eu sou uma doente que ouve músicas no repeat, sempre. A do dia é essa. Embrace, alguém conhece? Banda inglesa, naaada demais, mas a música é linda, linda...
Pessoas, amanhã começam a vender os ingressos do Tim Festival. Abram seus cofrinhos e corram para lá, porque é capaz de esgotar rápidinho. Ah, mas antes, acendam suas velas e peçam a todos os santos que role de aceitar carteirinha da faculdade. Os estudantes e estagiários agradecem.

(ouvindo When I was cruel, Elvis Costello)
Horóscopo as vezes é uma coisa bem engraçada; não que ele preveja muita coisa, mas diz certinho, direitinho o que você tá querendo. Coincidência? Chute? Sei lá, mas dá uma esperança boba, e um sorriso idem.
Meu Fredinho fez dez anos dia desses e eu nem dei parabéns. Eu senti uma falta absurda quando ele foi embora depois do sumiço que deixou a todos transtornados. E eu tava olhando pra ele agora aqui, dormindo tão lindinho no travesseiro e me deu uma puta vontade de chorar, um aperto no peito, um medo dele morrer um dia... E ele vai morrer, é fato. E eu vou sofrer porque eu sempre sofro, por tudo, por todos, por cada um. A diferença é que ele tá sempre comigo, nos bons e, principalmente, nos maus momentos. Ele fica no meu colo enquanto eu choro, e olha pra mim, e me conforta. Se eu pudesse desejar algo, desejaria que ele vivesse mais que eu. E que fosse sempre esse gordo e fofo que eu amo tanto.
Ihhh, tô tonta. Tava bem até chegar em casa, mas agora aqui sentada nessa cadeira com rodinhas, o mundo roda. Mas as rodinhas estão paradinhas aqui, eu é que rodo. Depois de uma jarra de sangria, to aqui falando besteiras, e esperando para chocar o mundo. Hahahaha. Só minha mais nova amiga de infância é que vai entender, né?

*****


PS Como eu queria que o tempo passasse e eu estive lá, e lá
então, o tempo parasse (...)

(ouvindo Elvis Costello & Gershwin - But not for me)
:~~~

sábado, setembro 27, 2003

E seu cheiro que eu nem conheço e que não sai da minha pele?

sexta-feira, setembro 26, 2003

In other words, hold my hand
In other words, baby kiss me
(...)
In other words, please be true"
"O meu amor sozinho
e assim como um jardim sem flor
so queria ir poder dizer a ele
como e triste se sentir saudades
"
Muito bom isso aqui. Leiam!
O melhor da festa é esperar por ela?
Sonhei que alguém me contava que você não é nada do que parece. Eu acordei bem triste, porque creio deveras em você. Mas o despertador tocou, aquela criatura horrivelmente brega (mudei o cd!) começou a cantar e fui pro banho, cabisbaixa. Sonho, sonho, não é real. As vezes o sonho nos acompanha numa compensação à vida real, como momentos de fuga, utopias do coração. Mas hoje não quero o sonho não, obrigada. Só quero o real.

quinta-feira, setembro 25, 2003

Hoje a tarde foi legal, japa, bate papo, mas ando sem saco. Não com todo mundo, não com qualquer um. Mas especificamente com você. E cansei, tô fora. Era ou dá ou desce. Perdeu o bonde, bye...
Eu queria tanto ser indiferente a você... Mas eu me mordo de ciúmes.
Preciso urgentemente mudar o cd do meu som. Eu quase não uso ele, fico mais no micro sistem que tem ao lado do computador ou com os mp3, o grandão fica quase que exclusivamente como despertador. Acontece que há dias tem um Roberto Carlos (fase Jovem Guarda) lá, e desperta sempre com a mesma música, o que me faz ficar cantarolando esta o dia todo. Insuportável pra mim e pra quem ouve. Parece "o dia da marmota".
Recebi por email a frase do dia:

"Ex-namorado(a) é igual a McDonalds: a gente sabe que não deve, mas acaba comendo de vez em quando."

"Sendo assim, figurinha repetida não enche álbum, mas vale para jogar bafo-bafo."


Ih, tô fora. Esse ano foi inacreditável...

Há coisas que é melhor fingir que não viu, que não ouviu. É melhor passar batido e esquecer, nem parar para pensar. Porque não dá pra saber de verdade, impossível tentar entender.

quarta-feira, setembro 24, 2003

Fiz o bolo mais feio da minha vida. Pior, consegui até solar um deles, que ficou horroroso. Espero que ao menos tenha ficado gostoso.
Alguém falou de você e me deu saudades. Lembrei das noitadas, das bebedeiras, das risadas, das músicas horrendas cantadas em conjunto, da competição de quem falava mais, do brigadeiro e do ombro de sempre, das confidências.
E no final das contas, minha mãe me berrou porque tinha Ritchie, Biafra e cover do Agepê no Ratinho.

terça-feira, setembro 23, 2003

Hoje eu tô sentindo falta de algo que volta e meia você comenta também desejar; um alguém pra dormir abraçadinho. Dormir, só isso, simples assim. Mas não server qualquer pessoa, não serve qualquer abraço. E com um abraço desses, eu que adoro dormir nem ia querer dormir tão rápido, queria só ficar te olhando, olhando, olhando... até dormir e sonhar, sonhar com você ali, dormindo abraçado comigo. E então acordar e sorrir ao te ver.
I love it!
Fiquei bem feliz de voltar com minhas amiguinhas de faculdade hoje. Rimos e falamos muito, e eu fiquei feliz de verdade porque elas estavam bem felizes. E porque vai ter festinha cafona. E lembraram de mim, hohoho. Isso vai ser muito divertido.
"Amor é propriedade. Sexo é posse. Amor é a lei; sexo é invasão.

O amor é uma construção do desejo. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre com tesão.

Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio ou veneno - depende da quantidade ingerida.

O sexo vem antes. O amor vem depois. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.

No sexo, o pensamento atrapalha.

O amor sonha com uma grande redenção. O sexo sonha com proibições; não há fantasias permitidas. O amor é o desejo de atingir a plenitude. Sexo é a vontade de se satisfazer com a finitude.

O amor vive da impossibilidade - nunca é totalmente satisfatório. O sexo pode ser, dependendo da posição adotada. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrário não acontece. Existe amor com sexo, claro, mas nunca gozam juntos.

O amor é mais narcisista, mesmo na entrega, na 'doação'. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo do egoísmo.

Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do 'outro'. O sexo, mesmo solitário, precisa de uma 'mãozinha'. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até na maior solidão e na saudade. Sexo, não - é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora. O amor vem de nós. O sexo vem dos outros. 'O sexo é uma selva de epilépticos' (N.

Rodrigues). O amor inventou a alma, a moral. O sexo inventou a moral também, mas do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge.

O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um cowboy - quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: 'Faça amor, não faça a guerra.' Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas. O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica.

O sexo sempre existiu - das cavernas do paraíso até as 'saunas relax for men'. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provençais do século 12 e, depois, relançado pelo cinema americano da moral cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem - o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção; sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira controlá-lo é programá-lo, como faz a indústria da sacanagem. O mercado programa nossas fantasias.

Não há 'saunas relax' para o amor, onde o sujeito entre e se apaixone. No entanto, em todo bordel, finge-se um 'amorzinho' para iniciar. O amor virou um estímulo para o sexo.

O problema do amor é que dura muito, já o sexo dura pouco. Amor busca uma certa 'grandeza'. O sexo é mais embaixo. O perigo do sexo é que você pode se apaixonar. O perigo do amor é virar amizade. Com camisinha, há 'sexo seguro', mas não há camisinha para o amor.

O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é a lei. Sexo é a transgressão. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo é o sonho dos casados. Amor precisa do medo, do desassossego. Sexo precisa da novidade, da surpresa. O grande amor só se sente na perda. O grande sexo sente-se na tomada de poder.

Amor é de direita. Sexo, de esquerda - ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta.

E, por aí, vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos fazer esquecer a morte. Ou não; sei lá... E-mails de quem souber para a redação."


Esse é do Arnaldo Jabor. De verdade, eu garanto, peguei no Estadão de hoje.
Sempre digo que eu sou que nem aqueles computadores da década de 70; imensos, mas com uma memória do tamanho das de agendas eletrônicas atuais. Mas mesmo Memento, tenho mania de observar os detalhes, as entrelinhas. E é isso o que as vezes me faz sorrir de orelha a orelha, como agora, mas também é o que muitas vezes me faz sofrer sem ao menos ter certeza.

segunda-feira, setembro 22, 2003

Tentativa de bloggar da faculdade. O lentium é tão, mas tão lerdo, que se você abre mais que uma janela, a espera se torna um martírio, como na época dos rpimórdios da internet, algo quase apagado das nossas mentes, esquecido no século passado.
A Fabinha passou a tarde no computador e só me restou dormir e costurar, salvar uma blusinha linda de gato que eu amo e que tava com o fio puxado. Costumizei ela com algumas miçangas e vai ficar um luxo.
O icq não abre mais aqui, dizem que deixa a rede lenta. Isso desde a semana passada, quando conectei daqui, e sem dúvida estava mais fácil acessar os sites. Tolerância zero pra isso aqui, Deus me livre. Mas ainda tenho aula no segundo tempo...
Meu coração

Ah, coração
Bate mais devagar , coração
Ah, coração
Toma jeito em meu peito, senão
Eu vou morrer
Nessa saudade sem fim
Não bate assim
Faz, coração, que ela volte
Ah, faz que sim, coração
Ah, volta não
Ela não gosta de mim
Ela é assim
Mais certo é que ela não volte
Ah, faz que não, meu coração
Ah! Ilusões,
Corações nunca batem iguais
Ah, batem sim
Por que é que o amor não tem paz
É sempre assim
Esse martírio sem fim
Ah, que ilusão
Ela não quer mais voltar não
Ela não tem coração, não
Recebi inúmeras declarações via email, carta, icq e sinal de fumaça por eu ter falado da tal da Pitty aqui. Pessoas, eu nem falei bem dela, disse que ela é chatinha e blasé, mas fui sim ao show, di grátis por sinal, e pra ver qual é, porque, até pra falar mal tem que se conhecer, né? Além do que, tinha boa companhia, e isso não se dispensa de forma alguma. Bem, só pra completar, não gosto do som dela, não vejo nenhum diferencial de um monte de bandinhas malas de nu metal e hc que tem por aí, não acho que ela se destaque no palco, e as letras são bobas. Aquele lance do "Seja você", "bizarro, bizarro" é bobo demais. Aliás, a Kamille imitando foi hilário. Bem, é isso.
Pessoas podem surpreender, e não precisa ser de uma forma ruim, as vezes é bem legal até. Talvez porque não saibam, mas as vezes até sabendo...
Festa estranha com gente esquisita
Ontem, na Nautillus, mas foi bem legal, pulei, dancei, me diverti, e ainda machuquei meu dedo, devido a minha enorme empolgação e joselitice, numa entrada triunfal no salão.
Pintei cabelo de manhã, e dormi pacas.

Hoje fui jantar num japa com a Julli, e isso é sempre bom. Sashimis fazem meu dia mais feliz.

sábado, setembro 20, 2003

"I don't mind if you forget me"

sexta-feira, setembro 19, 2003

A minha geração, principalmente os nascidos e criados na zona sul têm uma grande implicância com a Barra, que eu não entendo. Ela é longe, não tem esquinas e se parece com Miami sim, tem gente posuda como em qualquer outro lugar da cidade, mas tem os melhores cinemas, tem restaurantes japoneses diliça, além de ter aquele pier do Pepê que é tranquilo e silencioso, com um por do sol lindo de morrer. Adoro deitar na rede e ficar olhando a praia, pensando na vida, de preguiça.

E eu voltei de lá olhando o mar, o reflexo dourado do sol brilhando forte na água logo de manhã me fez dar um sorriso, lembrando de como foi tão legal, não como sempre, mas como da primeira vez. A diferença é que não sonho mais, não espero mais, só me permito curtir esse momentos tão bons ao seu lado. Momentos que talvez nunca se repitam, e que não podem ser marcados como tantas vezes tentei fazer. Tem que deixar fluir, como aquelas ondas do mar, indo e vindo, ondas que sempre voltam, mas nunca voltam iguais.

*****


Eu tava na dúvida se ia ou não, showzinho que não gosto, showzinho da Pitty. Mas fui, porque sempre preferi qualquer programa a ficar em casa na mesmice de sempre. Vale muito a pena perder uma noite de sono e ganhar horas de distração com companhia boa. Fiz trajetos loucos, Jacarepaguá (sim, é longe pra caramba, e sim, citei Jota Quest, horror, horror), Piedade, expo legal, vinho, Vila da Penha.
Pô, continuo achando a tal Pitty chatinha, mas no palco é mais legal, sem dúvida. Mas naaaaada demais, nada novo, nada deveras interessante. Como baiana, achei tb ela bem antipaticazinha. Bonita, baixinha e blasé. Depois teve Biquini, com musiquinhas dos 80', de outras bandas e deles mesmos, além de algumas mais recentes. Bonzinho, cantei junto, mas não gostei dos arranjos novos das músicas velhas, e não gosto daquela lenga-lenga no final das músicas, aquele interminável prolongamento. E descobri também que o jeito dele reler as canções me incomoda, não sei bem dizer o porquê.
Resumindo, me diverti. Ah, e encontrei uma pessoa bem importante do passado, que cruzava comigo a todo momento naquele imenso lugar vazio. Ele fez questão de conversar todas as vezes, e reparei o quão bobo é, além de querer mostrar, em cada frase, como é pop, blasé, engraçado, simpático e sei lá mais o que. Cansativo. Engraçado é a gente fica tanto tempo louca por alguém e um belo dia se perguntar como pode...

*****


Bueno, bueno.

*ai,ai*

terça-feira, setembro 16, 2003

...as mãos dadas, o dia-a-dia, a união. Mas o amor não está ali, não necessariamente. O amor está nas entrelinhas, escondido numa amizade de coração. A confiança, a cumplicidade e o carinho disfarçados nas vírgulas do diálogo ou num mero sorriso...
"É a verdade o que assombra
O descaso o que condena
A estupidez é o que destrói
Eu vejo tudo o que se foi e o que não existe mais
(...)
Tudo passa, tudo passará"
Alguém aí sabe se o Tim Festival vai aceitar carteirinha? Tô tensa desde já, ansiosa para que chegue logo o dia 29 para eu garantir meus ingressos. Tava falando com o Tiago que tenho medo dos ingressos acabarem antes da hora deu poder ir comprar. Como ele disse, todas as pessoas que nós conhecemos vão, mas isso não lota de cara o lugar. Pois é... Vai ser foda, foda!

* 30 de outubro * *
- TIM Club, início 20h
Meirelles e Copa 5, Cedar Walton Trio e Maccoy Tinner Big Band
- TIM Stage, 21h
Tributo a Ary Barroso, Beth Gibbons e KD Lang Jazz Trio
- TIM Lab, 23h
Wado, Lambshop e Wilco
- TIM Afterhours
DJ Gilles Peterson

* * 31 de outubro * *
- TIM Club, 20h
Luiz Avelar, Terence Blachard e Illinois Jacquet Big Band
- TIM Stage, 21h
Los Hermanos, Super Furry Animals, The Rapture e White
Stripes
- TIM Lab, 23h
Chico Correa, Gotan Project e Coldcut
- TIM Afterhours
DJ Erol Alkan

* * 1 de novembro * *
- TIM Club, 20h
Argentino, Shirley Horn e Walt Weskpoft Nonet
- TIM Stage, 21h
AfroReggae, Instituto, The Streets e Public Enemy
- TIM Lab, 23h
Gerador Zero, Apavoramento Sound System, Peaches e Front 242
TIM Afterhour
2 Many DJs
Não há prazer sem dor
Não há amor sem dor
Não há amor...
Correr pra quê
Correr pra onde?
Não há lugar
Não existe fuga
A vida é uma rua sem saída
Uma estrada em construção
Eterna desilusão
Dias em vão
E a morte que não vem
Tudo é desperdício
Tempo, dor, amor, lágrimas, palavras
Palavras são inúteis
Sentimentos também


(2001)
Lágrimas, lágrimas, choro compulsivo, dor que dói lá dentro do peito, não sei bem aonde, mas dá vontade de arrancar o coração pra não doer mais tanto. Amor? Não. Recalque. Frustração pela minha incapacidade de te substituir como você prontamente fez comigo. E pela certeza que você diz ter ao saber o que quer. E não sou eu.
Egoísta, isso sim. E carente. Blerght.

segunda-feira, setembro 15, 2003

Pessoas com mal hálito deviam ser proibidas de abrir a boca em qualquer lugar público. Devia ter uma plaquinha que nem a de "proibido fumar". Desagradabilíssimo estar no metrô, as 8 da manhã, sentindo aquele cheiro podre de um cidadão que resolve bocejar sem parar ao meu lado. Quase pedi pra ele trocar de lugar, sério. Só não me levantei porque não ia viajar de pé, e muito menos dar esse gostinho a ele. Que aliás, deve ser mais saboroso que o gosto que a boca dele possivelmente tem. Argh.
"Se você quiser alguém pra ser só seu é só não se esquecer: estarei aqui". Decidiram as duas irem juntas fazer a camiseta com a tal frase, e depois presentearam os seus respectivos. A camisa durou alguns anos, como qualquer roupa costuma durar. Mas viveu menos do que aguentaria, rasgada no próprio corpo num ataque de fúria, por algum ciúme qualquer, atitude comum vinda dele. Melhor assim, porque ele queria alguém pra ser só dele, mas nunca um único alguém. Não sabia ter um só, queria muitos, queria todos. Só que ainda não descobriu que quem tem todos na verdade não tem ninguém...

domingo, setembro 14, 2003

Cara, a tal da Pitty tem estilinho, é bonita e simpática, mas até aí, foda-se, porque o que importa numa cantora antes de qualquer coisa é o som. E aquilo é mó Detonautas, CPM22 ou Charlie Brown Jr. de saias. Um horror.

sábado, setembro 13, 2003

Acho que quando eu ia nascer Deus disse assim: o castigo dessa aqui vai ser amar demais... vai amar num mundo onde ninguém ama, vai cair e vai levantar rapidinho, e amar de novo, sem ter receios, sem ter o pé atrás de amar de novo. Vai passar a vida assim até... Não sei o final. Pode ser até rolar de ser recíproco, ou até morrer... sozinha.
Só não sei o porquê do castigo...
Leva essa canção de amor dançante pra você lembrar de mim, seu coração lembrar de mim
na confusão do dia-a-dia no sufoco de uma dúvida,
na dor de qualquer coisa
É só tocar essa balada de swing inabalável que é o oásis do amor
Eu vou dizendo na sequência bem clichê
eu preciso de você

É forca antiga do espírito virando convivência de amizade apaixonada
Sonho, sexo, paixão
Vontade gêmea de ficar e não pensar em nada
Planejando pra fazer acontecer ou simplesmente refinando essa amizade
Eu vou dizendo na sequência bem clichê
eu preciso de você

Mesmo que a gente se separe por uns tempos ou quando você quiser lembrar de mim
Toque a balada do amor inabalável
swing de amor nesse planeta
Mesmo que a gente se separe por uns tempos ou quando você quiser lembrar de mim
Toque a balada seja antes ou depois,
eterna Love Song de nós dois
Acabo de chegar do show do Skank no Canecão. Ainda surda, com muito sono acumulado da semana, mas com uma boa sensação. Cheguei lá cedo e a porta tava lotada, como sempre. Me senti mais tia do que me sinto sempre, apesar de saber que é uma grande bobagem, graças a minha carinha de 20 anos e o jeito joselito de ser. Enfim... Fui com o Fred, que tentou pedir credencial pra mim pela Revista Bala, mas fui vetada. Como ele ia trabalhar, me deu seu convite, e o problema agora seriam as fotos, não fosse eu uma cara de pau e já conhecida dos seguranças, devido ao meu charme e simpatia. Arrumei cadeira e tudo pra esperar o show começar, levei cantada do câmera, que já me convidou pra um jantar e me pediu em namoro no show do Los Hermanos (sem comentários) e fiquei ali, conversando com as crianças que vinham puxar papo, maravilhadas com a fotógrafa (sim, porque a gente não ganha porra nenhuma pra escrever ou tirar foto de show, mas sempre rola um status pra quem vê de fora, coitados). E como tinha criança naquele lugar, Deus é mais! Era um povo que nem sonhava em nascer na época de lançamento do primeiro álbum da banda, que deve datar do início dos anos 90. Ok, puta exagero meu, mas sem dúvida aqueles meninos e meninas não se lembram de quando a maioria daqueles hits tocou nas rádios. Ah, sim, porque o Skank é uma banda de hits, e todo mundo canta e dança junto, impressionante. Eu mesma sabia todas de cor, mesmo as músicas que eu detesto, como "Jack Tequila" e "Garota Nacional". Argh. É que nem pagode, cola na cabeça, a gente decora a letra e ainda canta junto. Mas fiz cara de blasé e fiquei na minha, esperando as "minhas" canções. Sim, porque eu me empolguei de ir ao show essencialmente por conta do excelente novo álbum, "Cosmotron", fodão. E é no show que você se dá conta de como as músicas são boas, de como eles evoluíram, e que as músicas antigas são pop comum, sem diferencial algum, e chatas, bem chatas, salvo algumas exceções. Aliás, doces exceções, que me trouxeram deliciosas lembranças, como "Resposta", "Três lados", "Tão Seu" e a "Balada do amor inabalável". As músicas do disco novo estavam lá, quase todas presentes, e sem dúvida foram o ponto alto do show, se não para o grande público de ouvintes dos hits radiofônicos, para mim, que ouço sem parar "Amores Imperfeitos", "Pegadas na lua", "Dois rios", "Supernova", "Por um triz", "Vou deixar" e "Formato Mínimo", as canções indies novas. Já disseram que é bem britpop, que tem um "quê" de Bítols. Pois é, só sei que os fãs do segundo e terceiro álbuns do Los hermanos deviam dar atenção a esse Cosmotron. Como o Fred disse, se eles fizerem outro disco como esse, merecem respeito. Pena que ainda tenham que tocar aquela tonelada de músicas chatas, mas o repertório pode mudar com o decorrer do tempo e com lançamentos novos. E o público foi um show a parte, pelo menos ao meu ver. Começa pelo Fred, flertando discaradamente, que aliás parece descobrindo o mundo (risadas). Ah, e depois do cigarrinho fedido, ele dançou e cantou tudo, tudinho, até as músicas mais pavorosas que ele mesmo acha pavorosas. Vai entender... E ainda tinha um neném lindo que volta e meia me abordava, mas não, não sei, não quero e não posso dar confiança pra uma criança, primeiro porque ele nasceu nos anos 80, e eu não me vejo com alguém que nasceu nos anos 80, mesmo que para um simples beijo. Aliás, não gosto disso, nunca gostei, essa coisa de beijar um qualquer num show, numa balada. Acontece, mas não gosto. Foi bom só pra rir, por ego, por curiosidade. Mas dispensei, apesar do Fred ter me mandado "pegar" na cara da criatura. Hehe. Acho que somos tão crianças quanto eles...

UPDATE
Esqueci de falar do cenário tb, que tava bem legal. Eu nem sou fã da década de 70, apesar de ter nascido nela e de ter algumas lembranças do início dos anos 80, que nada mais eram que uma continuação dos 70'. Enfim, mas o cenário era bem colorido, formado por umas bolas gigantes penduradas, na verdade telões que transmitiam imagens coloridas. O chão tb era forrado com um plástico colorido, cheio de flores. Mais anos 70, impossível. Ah, e o que era a roupa do Samuel Rosa? Calça de veludo vermelha e camisa estampada azul. Parecia com as cortinas que tinha lá em casa. Aliás, que tinha na casa de todo mundo naquela época... O horror, o horror.