terça-feira, novembro 04, 2003

Se não estivesse chovendo, talvez essas idéias todas não tivessem invadido a minha cabeça e o meu coração, inundando, preenchendo todos os espaços vazios com uma sensação avassaladora, com um vazio maior que ele próprio, o vazio. "Alguma coisa está fora da ordem", foi a primeira coisa que me veio à cabeça. A culpa é da chuva, só pode ser, ela leva toda e qualquer ilusão e me estapeia com uma realidade cruel. Tento procurar o sol, fechar os olhos e não deixar os pensamentos tomarem conta, mas é inevitável. Vazio, a dor. "Ausente o mecanismo antes cultivado", e ainda assim permiti que algo acontecesse. Não, não. Não quero mais, não preciso, não posso, não quero essa vida pela metade, essa mentira perpétua que ilude meu corpo quando estou ali, e que depois traz essa coisa que não é nada. O vazio.
Argh.
Eu quero o sol, hoje eu quero ele, quente, com luz, com toda a luz do mundo. Quero que a chuva lave e leve tudo o que já não me serve mais. Quero o novo, quer aqui, agora, já.

Entendeu?

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