terça-feira, dezembro 31, 2002

Ando pensando demais. Mas não é um pensamento qualquer, são pensamentos acompanhados de sentimentos, de emoção. Eu lembro das coisas e as sinto de forma tão intensa quanto quando aconteceram. E dá um aperto no coração, porque vêm junto à idéia de que passou, acabou. E dá uma puta tristeza tudo o que acaba, mesmo que não tenha sido tão bom assim. O problema é que se foi. Argh.
E acabo de ouvir Kamikase na tv. Adoro essa música, música essa que nem sempre é tão inofensiva. Em dias como hoje, traz as tais lembranças e sensações.
Não, não é tão bom viver fases assim. Eu penso demais, fico um tanto quanto alheia ao mundo a redor. E viro um fio desencapado. Me sinto à flor da pele, qualquer coisa é capaz de me irritar e me machucar, e o contrário também é possível. Tenho que me segurar pra não atirar sete pedras em qualquer criatura que me dê bom dia, ou que resolva cruzar o meu caminho. Parece uma ameaça, não? Mas é assim que eu sinto, eu sou uma ameaça ao mundo e ele é uma ameaça a mim. Preciso sumir desse planeta por uns dias...

Escrevi isso ano passado (hehe), acho que no dia 31. Me sinto melhor, acho que essa sensação esquisita passou (espero). Mas foi bom ir na tal festa de reveillon, foi bom conversar... E sempre faz bem passar um tempinho quietinha, sozinha. Me faz por as idéias no lugar e perceber o quão tola eu sou, e como isso é mais forte que eu. Mas que mesmo assim eu posso - e devo - me controlar.

domingo, dezembro 29, 2002

"Não sei mais se é só questão de sorte"...
Vejam isso:
http://www.millan.net/funp/100/deerz2.html

(Tô com preguiça de colar uma animação bonita aqui, mas vale a pena conferir, é foda.)
Já dizia a dona-minha-mãe:
Não se deve contar tudo; evita aborrecimentos e mantém o tal do mistério.
Elas sempre têm razão.
Outro gerador de letras do Mundo Perfeito. Dessa vez, você faz uma música dos Engenheiros do Hawaii. Genial.
Ah, olha a minha:
O melhor impressora


O melhor impressora
A maior boneca
Já não pisa como asilo
Já não dá reação
Não adianta cagar
Não tente peidar
Não finja arrotar
Não seja Ricardo

Que o pedágio caia
Como uma pedra
Como um porco
Tudo se redime
Todos se reparam
O peteleco é pedido
A orelha não é umbigo
A bárbara não é castigo
Que o pedágio caia
Amigo
Amigo...

Repita 85 vezes até ser expulso do condomínio.
A gente não precisa de nada nem ninguém pra viver, só da gente mesmo, certo? Ok, digam o que quiserem, mas tem coisas que por mais que a gente diga que vive sem, fazem uma falta do caralho, como um braço ou uma perna. Você até vive sem, mas vive mal, sente falta, sofre e coisa e tals. E eu não vou me fazer de fodona porque eu tô longe de ser fodona. Eu sou uma insegura e carente, acima da média. Sou meio mau humorada e até rabugenta as vezes, reclamo demais (aprendi de berço, fazer o quê), tá bem, assumo. Mas sou emo total. E as vezes eu sinto que tudo o que eu sempre quis é pouco. Ou não é o bastante, não é de fato o que eu queria. E não dá pra devolver, não é assim, primeiro porque pessoas não são mercadorias, e segundo que não existe o ideal, existe aquilo que se adapta. Você se adapta, ele se adapta, as coisas vão se moldando e se encaixando, conserta (por vontade própria) daqui, aceita dali, e pronto, vai se levando a vida. Mas eu me irrito, eu fico puta com umas coisinhas tão bobas, e eu sei que são bobas, mas na hora são a coisa mais importante do mundo. E quando eu paro pra pensar, me dá vontade de largar de mão e ir curtir a vida. Parece que é aquela coisa do ideal romântico mesmo, aquele mesmo ideal idiota e que eu sempre critiquei, de viver idealizando e sóquerer o que não está ao alcance das mãos, o utópico, eternamente utópico. Eu sou burra pra caralho.