quinta-feira, junho 26, 2003

"...mas não tem revolta não, só quero que você se encontre, ter saudade até que é bom, melhor que caminhar vazio, a esperança é um dom que eu tenho em mim, eu tenho sim, não tem desespero não, você me ensinou milhões de coisas, tenho um sonho em minhas mãos, amanhã será um novo dia, certamente eu vou ser mais feliz..."
Ainda na fase brega, essa música do Peninha é linda, linda. Mas esse trecho especialmente é resignado ao extremo, e me irrita. Dá vontade de meter uns sopapos na cara da criatura. Me lembra de uma noitada, eu, Kamille e Fernando voltando de ônibus da Loud, creio. Ela tava cheia de vódega na cara e a gente veio cantando várias coisas que eu não lembro mais, excrusive essa música. Eu que já tenho fama de Joselita, cantei junto e no mesmo tom (alto, por sinal). E nessa parte ela se revoltou e começamos um discurso sobre como a criatura é panaca, etc e tals. O Fernando não abriu a boca. E esse não é nosso primeiro esquete de humor, né? E sem público.
Os olhos físicos não só recebem impressões do mundo externo, eles também intervêem e criam. A realidade é infinita, mas você a organiza com seus olhos de acordo com o conhecimento que tiver dela. Procure ver mais, muito mais.

Isso é o meu horóscopo no Correio Braziliense e eu acho que serve pra qualquer pessoa, o tempo todo. Legal pra carai.

PS E Brasília, sempre ela. Minha vida é uma sucessão de deja vú.
Agora que as coisas se acalmaram dentro de mim não sei mais se a minha vontade era apenas impulso ou se realmente é um insight de que as coisas podem dar uma verdadeira reviravolta. Mas sem dúvida, é o caminho certo, embora eu ainda não saiba bem como serão as coisas. Mas adoro as surpresas e mesmo que os sonhos não sigam ao pé da letra já vai valer - e muito. Eu nunca gostei mesmo da mesmice, cansa poder sequer imaginar como será o dia de amanhã. Prefiro não saber e me surpreender. E aprender muito.
A gente precisa aprender a observar o mundo com outros olhos e, como as crianças, se surpreender com as situações do cotidiano, seja um sorriso amigo ou ou bichinho que cruza o caminho. É bom viver fotografando com os olhos e guardando na memória as imagens das pessoas coisas bichos situações inusitadas que esbarramos por aí todos os dias. Traz leveza, as vezes nos faz, rir ou chorar, mas faz o coração bater, a cabeça pensar e é melhor viver isso que ser indiferente. E no mínimo a gente aprende um monte de coisas.
Eu acho que eu nunca vou crescer. Me olho no espelho, reparo os olhos, o traço do nariz, os cabelos, e as roupas. Até elas, por mais que eu mude, parece que estão entranhadas. Não me sinto uma mulher de 25 anos, talvez uma menina que carrega essa idade porque os anos passaram, mas que na verdade continua com 7 anos, de melissinha azul, maria-chiquinha nos cabelos e a camiseta da boneca Paloma, aquela mesma, a de pano que sumiu num dia de sol no play e nenhuma outra pode substituir. Me sinto uma criança que sempre se surpreende com tudo, mesmo com o pôr do sol que vê todos os dias ou com o homem do ponto de ônibus que chega pontualmente pela manhã. Me surpreendo com o gatinho que teima em se esfregar em minhas pernas ou com o sorriso da meninha brincando na porta de casa. E me surpreendo com cada palavra da criatura nova que apareceu e veio falar comigo, tecendo meia dúzia de elogios. Velhos clichés que eu sei de cor, mas que continuam, ainda, me aquecendo e amolecendo toda e qualquer chance de agir como um velho coração cansado de apanhar. Nada de armaduras, nada de deixar o medo comandar. E mais um tombo, claro. O joelho traz as marcas, várias cicatrizes de tantos anos de quedas. Mas eu passo a mão por cima e levanto. Eu sempre levanto. Disfarço o choro e sigo em frente. Até dar de cara com a próxima pedra e ainda assim ir de encontro ao chão. E levantar de novo. Mas eu não desisto, por mais que eu diga, por mais que eu tente, não consigo fechar os olhos e o coração para as surpresas que dão um susto na gente todos os dias. E elas vêm, eu sei que vêm. E um dia, preparada pra cair, sabendo a dor que é e que nem assusta mais, eu não caio. Pelo contrário, uma mão amiga vem e me ampara.
Da primeira vez que ela vem até consegue me dar um susto, pega de surpresa e dói uma dorzinha chaaaata, que parece que não vai passar nunca. Mas aí ela vai ficando, ficando, se instala de mala e cuia e a gente se acostuma a ela. E daí a tal da lembrança nem dói mais tanto assim. E então ela se cansa e vai embora. Mais cedo ou mais tarde ela vai, pode ter certeza.
O que me trai é o cheiro. Cheiro é foda. Você tá andando pela rua alegre e contente. Ok, talvez nem tanto. Mas tá pensando na conta de gás que venceu semana passada e vai na bolsa pegar os óculos porque o sol tá forte. De repente, aquele cheiro. Pode ser o perfume de alguém ou até o cheiro do sabonete, do shampoo, qualquer coisa, qualquer cheiro. E pronto, dá um puta aperto no peito e uma vontade de ficar quietinho e só ficar curtindo aquelas imagens que teimam em aparecer na nossa cabeça nas horas e lugares mais inesperados. E dá uma pontada no peito também, sempre dá, mesmo que não doa. Mas é incômodo, não te deixa confortável em canto algum. Acho que lembrança que vem por cheiros é ainda pior que a lembrança que chega sozinha, porque ela é mais viva, parece de carne e osso, além de trazer os detalhes da forma mais real possível. E não dá pra não sentir, não é tão fácil dispensar. Fica o dia todo martelando, quando também não tenta se instalar. E nem adianta tentar ler jornal ou ver novela pra esquecer, porque essa coisa fica ali, olhando pra vc. E eu tô disfarçando pra ver se eles vão embora...

quarta-feira, junho 25, 2003

Nada pra fazer no estágio, trouxe meus cds e cantamos e dançamos as pérolas da MBB - música brega brasileira. Foda!
Parece que eu sabia
Que hoje era o dia
De tudo terminar
Pois logo notei
Quando telefonei
Pelo seu jeito de falar

Eu nunca pensei
Quem eu tanto amei
Fosse assim me desprezar

Mas o mundo é grande
Vou nem sei pra onde
Alguém há de me amar

Já que terminamos
Só resta agora
O adeus final

Te amar demais
Ser um bom rapaz
Foi o meu mal

Te amar demais
Ser um bom rapaz
Foi o meu mal

Parece que eu sabia
Que hoje era o dia
De tudo terminar

Pois logo notei
Quando telefonei
Pelo seu jeito de falar

Eu nunca pensei
Quem eu tanto amei
Fosse assim me desprezar

Mas o mundo é grande
Vou nem sei pra onde
Alguém há de me amar

Já que terminamos
Só resta agora
O adeus final

Te amar demais
Ser um bom rapaz
Foi o meu mal

Te amar demais
Ser um bom rapaz
Foi o meu mal

terça-feira, junho 24, 2003

Tô adorando brincar no meu novo brinquedinho. Fiz um fotolog hoje, e quero comentários lá! Pena que só dá pra mandar uma foto por dia.mas acompanhem!
I THINK I'M PARANOID
O mundo dá as voltas dele de sempre e volta e meia resolve mudar tudo. E alguém tem que ficar no controle da situação. Lógico que eu não gosto de sofrer, mas também detesto ter que dizer certas coisas. Eu poderia mentir, mas também não sei e não quero. Acontece que o tempo passa e ele sempre me cura, por pior que seja a dor. E daí nada faz as coisas voltarem a ser como eram. Nem esse seu jeito tão parecido com o de meses atrás, que me confundiu tão logo te encontrei, nem o seu jeito me faz sentir como antes. Eu pareço fria, seca ou sei lá o quê. Mas eu não sou uma máquina, eu sinto pô. Só não sinto como antes, nem como vc. É triste que seja assim, é triste ver que enquanto eu precisava de você nada aconteceu, nem um oi, nada, só palavras frias e agora estamos nós aqui, e a fria sou eu. E não é vingança, não é forçado, se eu forço algo é na tentativa de ser gentil. Que fim levamos...

domingo, junho 22, 2003

The lost art of keeping a secret

Whatever you do, don't tell anyone


And I know, I know
I know that everybody
I know that everybody be happy
Happy as you and me
Cause I know
I know

Come on baby, let me tell ya
All the things I wanna say
Come on baby, let me tell ya
All the things I wanna say

Everybody gonna be happy
Which means you and me, my love
Everybody gonna be happy
Which means you and me, my love

And I know, I know
And when I see you walkin down the street
Well it makes me happy to see you walkin
Makes my life complete
Cause I know
I know

Come on baby, let me tell ya
All the things I wanna say
Come on baby, let me tell ya
All the things I wanna say

Everybody gonna be happy
Which means you and me, my love
Everybody gonna be happy
Which means you and me, my love

And I know, I know
I know that you and me
I know that you and me be happy
A’happy as we can be
Cause I know
I know

Come on baby, let me tell ya
All the things I wanna say
Come on baby, let me tell ya
All the things I wanna say

Everybody gonna be happy
Which means you and me, my love
Everybody gonna be happy
Which means you and me, my love

I know, I know