sábado, março 22, 2003

Engraçado como parece que eu tenho mais assunto no ócio das férias do que em tempo de aulas e estágio... Bem, sem idéias, só dá pra ficar no "querido diário" mesmo... Ontem fui a aula, mesmo debaixo de uma chuva torrencial, aluna aplicada que sou. Eu adoro tempo "feio", não aguento o calorão que tava, detesto sol, detesto ficar suada, dá preguiça, cansa, enfim... Devia ficar sempre nublado, no máximo caindo uma garoa, esse temporal também não dá...
Passei a tarde de hoje procurando o e-mail de jornalistas legais (leia "os que eu gosto"), pra uma matéria de 4 laudas que eu preciso fazer pra faculdade. Preciso que alguém tenha a boa vontade de me contar "qual a sua matéria inesquecível", anexando a dita cuja. Se alguém puder me ajudar, mandando os mails da Ana Maria Bahiana, Marcelo Fróes, Silvio Essinger, Jamari França, Pedro Só e do Lariú (que eu perdi), agradeço imensamente.

UPDATE
Bem, a Kamille me deu os do Lariú e do Jamari, agora falta o resto...

sexta-feira, março 21, 2003

Hilário, bizarro, surreal. Tudo ao mesmo tempo agora.
Não costumo ver tv, mas tava cortando/pintando as unhas e liguei a dita cuja. Como era de se esperar, nada de bom na tv aberta à tarde. Pra ver qualquer coisa, prefiro então ver alguma pérola trash. E a melhor da tarde é a Márcia Goldsmith (acho que é isso). Cada dia aquele programa traz alguma história mais engraçada. Os redatores são bons, muito criativos. E hoje um rapaz mandou chamar a mãe e a irmã para dizer que além de gay (isso elas já sabiam), ele quer se assumir mulher. E as duas, evangélicas, claro que não queriam aceitar a nova moça da família, alegando que a criatura foi casada(o) e tem um filho de 13 anos. A drag disse que foi obrigada a casar e que a esposa não era sapatã e acreditava que mudaria aquela criatura. Não mudou, e no final, os namorados dele transavam com ela. Loucura.
Ah, tal rapaz foi ao programa com um suntuoso vestido rosa shock de paetês, e chegou a dançar como a Gretchen, sua ídola.

***

No intervalo, flashes da guerra foram mostrados. Volta o programa e a apresentadora comenta que cada um tem a sua guerra, existe a guerra lá, e as nossas guerras pessoais aqui. Entra uma muié falando de "unha de gato" (???), remédio milagroso para sabe-Deus-lá-o-quê.

terça-feira, março 18, 2003

Frio. Sono.
Lugar comum.
Sem novidades.

segunda-feira, março 17, 2003

Fim de semana tranquilo, como tem que ser, agora com a volta às aulas e ao estágio. Acordei cedo pra aula de Leitura de Jornal, que é legal, mas o cara enrola pacas. Léleo me buscou e fomos ao Rio Sul. Almoçamos por lá, mas não achamos a tv que ele queria, então fomos ao Barrashopping. Adoro passear no shopping, mas não cansada e com salto dragqueenesco, que parece mais alto quando se está exausta. Achamos tv, dvd, tudo, e eu ainda pechinchei e consegui um bom desconto. Lanche no The Bakers (hummm, que sanduíche! e o suco de tangerina...) e fomos pra Nikity. Blockbuster, claro, pra estrear o equipamento novo. De noite os primos do Leandro foram pra lá e teve um puta rodízio de pizza. Depois ele descobriu ter um farto bar em casa e fomos inventar drinks, mas foi uma lástima, horror. Só salvou a vódega com suco de pêssego no fim da noite. Mas daí eu já tava mortinha de cansaço, e fui dormir no chão da sala, como uma pinguça, mas tava totalmente sóbria.
Ontem foi dia de filmes, muitos filmes. A maioria ruim, diga-se de passagem. Não sou nerd o suficiente pra assistir ao Senhor dos Anéis, argh. Mas enfim, bom entreterimento pro dia mais chato da semana. Nada melhor que preguicinha na cama, filmes, guloseimas e namorado.

domingo, março 16, 2003

Aula de marketing. O professor fala de propagandas escrotas por terem conotação sexual ou qualquer outra merda. Ele pergunta o nome do catamarã que vai pra Niterói. Ingenuamente, eu respondo. Pronto, me dei mal. Burra.

sexta-feira, março 14, 2003



A LOUD VOLTOU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Mamã voltou e trouxe comidinhas que eu pedi. Me empanturrei, antes de dormir, de acarajés e abarás, com direito a cocadinha de sobremesa. Pra quem tem comido pouco (poupando tempo livre pro descanso), o que eu fiz foi um abuso...

quarta-feira, março 12, 2003

Ah, como eu queria...

http://208.242.114.231/coachella/
Sono, muito sono.
E sem saber o que fazer, aqui, sozinha. Medo de todos que estão lá fora, por isso me tranco aqui.
Vontade de fugir, desistir. Mas eu não posso....
Será que eu sou capaz, será que eu consigo?
E se eu for burra demais, se esquecer tudo, se fizer merda?
Argh.
Preciso ir pra casa dormir.
Agora que eu já consigo andar sem gemer como uma velha caquética, eu só quero a minha cama.
Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz..........

domingo, março 09, 2003

Oh céus, oh vida, oh Lipe...

Tô com um furúnculo no joelho, que cresce - e dói - mais a cada dia.

Chuif.

sexta-feira, março 07, 2003

Se até a vida da gente desmorona, imagina as criações humanas... Tem uma cidade ao norte do estado, perto de Campos, Atafona é o nome dela. E a tal cidade tá sendo devorada pela fúria do mar. A cada dia que passa ele toma mais um pouquinho de terra que provalmente era dele (do mar), já que nego vive aterrando tudo... E as ruas estão sumindo, as casas, os prédios... Fiquei pensando em quantas vidas, quantas histórias, quantas lembranças não foram levadas água abaixo... Acho que a vida é isso, alegrias passageiras, lembranças deixadas num indulto pelas águas que tudo levam, que também levam as tristezas... quando querem.

quarta-feira, fevereiro 26, 2003

Chega de Saudade
(Tom Jobim)

"Vai, minha tristeza
E diz a ela
Que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz ,não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim
Não sai.
Mais se ela voltar
Se ela voltar, que coisa linda
Que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei
Na sua boca...
Dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser
Milhões de abraços apertado assim
Colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos
Sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim
Não quero mais esse negócio De você longe de mim
Vamos deixar desse negócio
De você viver sem mim"
"Just Like Heaven"

"Show me how you do that trick
The one that makes me scream" she said
"The one that makes me laugh" she said
And threw her arms around my neck
"Show me how you do it
And I promise you I promise that
I'll run away with you
I'll run away with you"

Spinning on that dizzy edge
I kissed her face and kissed her head
And dreamed of all the different ways I had
To make her glow
"Why are you so far away?" she said
"Why won't you ever know that I'm in love with you
That I'm in love with you"

You
Soft and only
You
Lost and lonely
You
Strange as angels
Dancing in the deepest oceans
Twisting in the water
You're just like a dream

Daylight licked me into shape
I must have been asleep for days
And moving lips to breathe her name
I opened up my eyes
And found myself alone alone
Alone above a raging sea
That stole the only girl I loved
And drowned her deep inside of me

You
Soft and only
You
Lost and lonely
You
Just like heaven"

terça-feira, fevereiro 25, 2003

Apelo
(Baden Powell-Vinicius de Moraes )

"AH! Meu amor não vá embora
Vê a vida como chora
Vê que triste, esta canção
Não, eu te peço não te ausentes
Pois a dor que agora sentes
Só se esquece no perdão
Ah! Minha amada me perdoa
Pois embora ainda me doa
A tristeza que causei
Eu te suplico não destruas
Tantas coisas, que são tuas
Por um mal que já paguei
Ah! Minha amada se soubesses
Da tristeza que há nas preces
E a chorar que te faço eu
Se tu soubesses num momento
Todo o arrependimento, como tudo entristeceu
Se tu soubesses como é triste
Eu saber que tu partistes
Sem sequer dizer adeus
Ah! Meu amor tu voltarias
E de novo cairias, a chorar nos braços meus"
De que vale tudo isso
(Roberto Carlos)

"De que vale tudo isso
Se você não está aqui
De que vale tudo isso
Se você não está aqui
Meu amor há quanto tempo
Eu não falo com você
Isto só me deixa triste
E sem vontade de viver
E o meu amor que é puro
Pode crer meu bem eu juro
É tão grande que duvido
Que outro igual possa haver
Tanta coisa boa existe
E eu aqui meu bem tão triste
É demais qualquer minuto
Sem você
De que vale tudo isso
Se você não está aqui
De que vale tudo isso
Se você não está aqui
Se eu ficar pensando
Sou capaz de enlouquecer
Suportar eu não consigo
Tanto tempo sem te ver
Sem você e seu carinho
Eu não posso mais ficar
E não sei até que dia
Eu terei que te esperar
Meu sorriso é tão triste
Já nem sei mesmo sorrir
É demais qualquer minuto
Sem você
De que vale tudo isso
Se você não está aqui
De que vale tudo isso
Se você não está aqui
Mas eu sei o dia
Que você pra mim voltar
Minha vida outra vez
Alegre vai ficar
Toda esta tristeza
De repente vai ter fim
No dia que você
Voltar pra mim"

segunda-feira, fevereiro 24, 2003

"Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move, não
[ trabalha
E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela esquece
Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom samaritano
Cumprindo o seu dever, como se fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe prá mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os anti-depressivos e os calmantes não fazem mais
[ efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar prá casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada em seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu descanso
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir
E vou voar pelo caminho mais bonito
Clarisse só tem 14 anos"

domingo, fevereiro 23, 2003

terça-feira, fevereiro 18, 2003

"Da barca dava pra ver o avião decolando. E pensar que naquele dia era eu que estava no avião e outro alguém o observava dali mesmo, maravilhado, como aquele menino que sorri. Mas agora eu estava ali, voltando de Niterói, e o avião era só uma lembrança, aquela viagem era só uma lembrança. A brisa da baía refrescava o dia quente que só estava começando, acariciava meus cabelos e tentava acalmar meu peito, como se soubesse o pranto que se escondia ali por dentro. As idéias se confundem, como sempre, deixam os pensamentos fora de ordem, como se tivessem vontade própria. E eles têm, eles mandam em mim, me deixam com medo, me fazem ansiosa, controlam meus atos. E parece não haver jeito de voltar atrás, de voltar pra lá, pro avião, de voltar pr'aquele aeroporto, aonde tudo era perfeito e eu não sabia. Eu pressentia, eu podia imaginar que naquele momento tudo era bom demais, mas que como sempre, logo, logo iria acabar. Sempre acaba. Podia então mudar só um pouquinho, já que as coisas não conseguem ficar simplesmente sossegadas no seu canto. Podia deixar tudo continuar tranqüilo, mas, assim como o sol resolve nascer num lugar diferente a cada época do ano, assim também minha vida segue, sempre mudando os lados, sempre invertendo o jogo. Porque será que tudo sempre muda? O que um dia foi doce agora mostrava diferentes gostos, algumas vezes nada agradáveis.
E por que tem que ser assim, por que é preciso haver hierarquia, é preciso que haja ameaça, medo, insegurança? A certeza me acomoda, me estraga. A dúvida me faz dar valor. E eu sabia, desde o início eu sabia que seria assim, mas não tinha como mudar, nem muito menos devia desistir, simplesmente me restava seguir em frente. E cá estou sendo levada pela maré, sem saber aonde vai dar, e sem nada mais a fazer, fora rastejar, implorar, tentar remendar o que parece não ter mais jeito.
Da ponte dá pra ver a pista do aeroporto acesa, linda, com suas cores, e mais lindo ainda é o avião que toma seu rumo, impecável, preciso, e desce suavemente, num pouso sempre perfeito. E ali estava eu, ali estava você, a me esperar, observando o avião passeando na pista. E eu tinha medo, mas tinha certeza que você estaria ali a me esperar.
Era só eu que eu queria agora, aquela certeza novamente".


"You've lost that love feeling"