terça-feira, março 16, 2004

Tem coisas que simplesmente não dá pra entender, por mais que a cabeça tente e explique, o coração se confunde. Eu (cabeça e coração) não entendo essas coisas da vida, não entendo um dia ter intimidade pra brincar, pra cobrar estar junto, pra andar sempre perto e por perto, ser amigo com A maiúsculo, e noutro simplesmente ter que se calar por não saber o que dizer, por medo de falar besteiras. Não saber onde por as mãos, não conseguir ser natural, aquele desconforto que sempre acompanha os momentos de insegurança. Insegurança com quem se tinha toda a liberdade...
Amigos falam o que sentem, o que dói pra poder deixar de doer (ou deveriam). E eu nem sei...
Queria ser indiferente, queria conseguir achar natural, queria não sentir falta. Mas eu não posso, não consigo. E lamento essa coisa de se tornar estranho de quem se conhece bem.

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