segunda-feira, junho 09, 2003

Cada pergunta que as pessoas me fazem... Grande parte delas eu não sei (e nem quero saber) responder. Talvez seja egoísmo meu, que estou sempre buscando respostas para tudo. Minha mãe reclama dessa eterna busca de soluções instantâneas. Eu quero aqui, quero agora e já. E quero algo palpável, como se ela fosse um deus e pudesse me oferecer garantias. Termino buscando numa palavra amiga ou até num oráculo qualquer, tentando me enganar e acalmar meu coração, que vive em prantos, correndo em círculos, cego, confuso, atrás de certezas impossíveis, verdades improváveis. Cada sonho entra numa fila de espera e eu anseio de forma doentia sua concretização. Não vejo o presente, vivo do dia que a vida vai mostrar se era utopia ou se é real. Até lá, a ansiedade vem e vai, o êxtase passa e o tédio impera. Até o próximo desejo na eterna lista, a ansiedade, a busca e a barriga cheia. Ou vazia. Mas finalmente o tédio, sempre ele, inevitável numa rotina que só olha para o horizonte lá longe e esquece de encarar a si mesmo na frente do espelho.

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