quarta-feira, julho 30, 2003

Eu sempre tento acreditar que as coisas ruins são "só por hoje" e que amanhã tudo melhora e se resolve. Mas nesses dias essa minha filosofia não tem funcionado muito. Primeiro, aquelas histórias mal resolvidas que desandaram de vez (ok, foi até bom, mas é complicado o transtorno no momento em que as coisas acontecem...); depois, essa "coisa" que interfere em todas as coisas mais importantes da minha vida, meus ideias, meus sonhos, tudo adiado, "planos B" postos em prática as pressas e uma mega frustração. E agora "ela", com quem eu tanto já tentei me entender e que há tempos eu não faço mais o menor esforço de ter uma relação no mínimo cordial, é triste, mas até a vontade morreu, ou tá adormecida num canto escuro que eu nem sei onde fica. Nunca fui orgulhosa nem rancorosa, e acho que isso infelizmente veio com a idade e com os tombos sucessivos. Eu juro que eu me esforço pra não ter pé atrás, sempre perdôo tudo e todos porque eu não sou merda nenhuma pra guardar mágoas, mas, quando o outro não se esforça, não dá, não sou forte sozinha, não nesse caso específico. E ela volta e meia vem me atirar pedras, me criticar e dizer "verdades", esquecendo das próprias frustações e limitações, dos próprios erros. Eu realmente acreditei que dessa vez a tal conversa tinha sido um primeiro passo para um entendimento, que viria com o tempo. Mas ela tem o poder de estragar tudo num dia, se metendo, julgando, com os mesmos erros de sempre. E ainda diz que sou eu que nunca vou mudar... Todo mundo muda, todo mundo pode, mas tem que querer. Eu realmente queria resolver todos esses meus problemas, e esse é o mais antigo e mais difícil, mas depende muito de você também. Eu me tranquei e resolvi não tentar para evitar maiores aborrecimentos do que essas briguinhas infundadas já me trazem, até que você me fez querer tentar, me fez me abrir pra detonar tudo. Tsc, tsc, quanto tempo mais nesse inferno, querida?

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