sexta-feira, agosto 30, 2002

Pensei em tanto pra escrever, em tanto pra te dizer. Até ensaiei, fiz uns rascunhos, mas fico por aqui, não digo mais nada. Já falei tudo o que precisava, fui até além. As vezes, o que não foi dito fala mais. E já demonstrei também, acho que você percebeu. Então tá.
Ah, e escrever não adianta nada.
Não?
Tsc, tsc.

É, Kamille, é por raiva, por medo, por falta de escolha que a gente escreve. E por apreensão, por tristeza, receio ou uma puta alegria. É por tudo e é por nada que a gente escreve. E muito mais. Sempre haverá um motivo especial para escrever. Pra se despedir, para agradecer, para receber, para saudar. Ou para se dizer o quanto se gosta, do nada, di grátis. Gostar de conversar, de ver, de estar junto.
Ah, e pra ficar tranqüila, porque mesmo não resolvendo nada, me alivia.
É isso, eu acho.
(...)

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