terça-feira, agosto 05, 2003

E daí que ele me fez ter vontade de ficar, de não ir mais embora. Não, não era pra sempre, mas eu sou dramática, gosto de dar a impressão de que ninguém mais vai me ver a não ser por foto, talvez esperando alguma súplica. Patética, eu sei.
É que eu bati o pé, disse que nada nem ninguém mudaria os meus planos e não vai, não pode, eu me desafiei, porque eu me conheço bem. Só resisto sob um desafio mesmo. E você me faz querer ficar, cometer aquele erro de sempre de esquecer de mim, do que sou, sinto, penso, quero, gosto, faço, penso. Eu. Eu viro você e estrago tudo. Mas não dessa vez. Dessa vez eu vou, largo tudo, largo todos e vou. Por mim. Quem quiser que espere ou que vá atrás. Eu sempre fui atrás, deve ser uma delícia ter alguém assim, alguém que largue (quase) tudo por nós. Que esteja ali, do lado, perto, junto, dentro. Mas sem nunca deixar de ser uma outra pessoa, porque ser um só cansa.
Você me fez querer ficar quietinha de novo, calada, longe de tudo, só pensando. E me fez querer falar um monte, falar sem parar, rir de tudo e para todos. Mas agora eu não consigo, só quero escrever, e é só agora, daqui a pouco passa e eu me fecho de novo.
Eu quero tudo e não quero nada. Penso em você e não quero mais pensar, te desejo a cada momento e quero simplesmente não esperar.

*****

Long ago and oh so far away
I fell in love with you before the second show
Your guitar, it sounds so sweet and clear
But you're not really here
It's just the radio

Don't you remember you told me you loved me baby
You said you'd be coming back this way again baby
Baby, baby, baby, baby, oh, baby, I love you I really do

Loneliness is a such a sad affair
And I can hardly wait to be with you again

What to say to make you come again
Come back to me again
And play your sad guitar


*****

Claro que não é nada disso, você não fez promessas, nem sequer disse qualquer coisa.
Eu só adoro essa música, desde sempre.

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