domingo, agosto 24, 2003

Não deve ser por acaso, não pode ser. Dois "acertos de contas" depois de tantos anos... Acho um privilégio o meu não ter precisado nem ter ido atrás, ter recebido ambos assim de lambuja. E o mais curioso é que os dois vêm da mesma época, e acabaram me remetendo àqueles anos por alguns momentos. E foi bom pacas te encontrar hoje, na mesma mesa do mesmo bar. E você nem lembrava de detalhes, mas eu nunca esqueci. E lembro da carta de 3 dias depois, e da música, ah, a música que eu nunca deixei de cantar... Foi só um mês, e parece que foi uma vida, porque foram tantos momentos, tantas alegrias, tantos carinhos e tanto amor, que trinta dias não parecem ser capazes de produzir tanto. E eu dei fim naquilo, parece que pra ficar com esse gosto que tem hoje, de festa que acabou no auge. Talvez hoje tivesse gosto de ressaca se durasse mais. Eu até te indaguei quanto a isso, mas eu não sei, você não sabe, não dá pra saber. Só que tanta coisa teria sido diferente... E hoje foi tudo igual, como nos melhores dias, que foram todos os que estivemos juntos. Até a sua casa ainda é a mesma, o cheiro, o jeito, tudo. E eu não sei o que sinto, não sei se quero, não sei se devo querer mais. E independente do que vai ser daqui por diante, pelo menos pudemos ter, juntos, um pouco da alegria que faltava e que ficou contida por quase 5 anos.

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