domingo, agosto 04, 2002

Instável, inconstante, indeciso. In mais o quê? Independente também, incompassível? Será que ao invés de só não ser, você não podia variar um pouco e ser alguma coisa? Se decidir, se entregar. Ser carinhoso e meigo não dói não. Basta dar o primeiro passo. É melhor que viver cheio de medo e fugindo, na eterna dúvida. Porque você corre o risco de só conseguir enxergar e se decidir tarde demais. E isso não é uma ameaça, só uma constatação. Vai por mim... Até porque, eu sou muito impaciente. Não, mas também não é isso, não é isso. Eu não espero nada de você, nada além de um dia após o outro. Não tenho maiores expectativas do que ir vivendo e vendo no que dá. Só que eu quero pagar pra ver, experimentar. Não é pra isso que serve estarmos aqui nesse jogo? O que não dá é simplesmente ficar de braços cruzando esperando o céu mudar de cor, observando a vitrine pelo lado de fora, esperando que as coisas talvez aconteçam. Eu até sei esperar, mas tendo algo pra passar o tempo. E me irrita ficar aqui de olhos vendados. E eu não sei o que você pensa, muito menos o que sente. Você as vezes age como se as respostas fossem óbvias, mas não são. E eu também preciso de palavras, preciso ouvir as coisas de forma direta, mesmo que seja um não. Só preciso descer desse muro.
Eu sempre penso em largar de mão, nem seria tão difícil assim, mas quando eu ouço músicas tão díspares quanto o Geraldo Azevedo, o Paulinho Moska e Wilco, e lembro que você também gosta, só consigo ficar indignada com a sua inércia. É, eu ainda me importo.

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