domingo, janeiro 26, 2003

I'm dying.
Sim, só pode ser. Porque senão, como explicar esse meu vício recente de ficar relembrando o passado o tempo todo? Basta eu ficar sozinha, quieta, no banho, vendo tv ou deitada e pronto: alguma parte do filme da minha vida começa a rolar na minha frente e a minha atenção vai longe dali. Sem querer, e não me larga de jeito nenhum.
Dizem que quando a gente vai morrer a nossa vida passa como um filme na nossa frente. Mas isso nos últimos minutos ou segundos. Comigo é um troço mais lento, já tá rolando há uns meses. Vai ver que até nisso eu sou esquisita.

Bem, hoje eu tava pensando naquele velho esquema de todos nós de só darmos valor as coisas quando perdemos. Eu mesma já cometi essa burrice umas poucas vezes e prometi não permitir que isso acontecesse mais na minha vida. Porque eu sofro e mais gente sofre. É foda, mas na hora que você mete os pés pelas mãos, o que importa é o que se sente na hora, e mesmo que a gente tenha feito de cabeça pensada, quando se observa futuramente, parece que sempre quem manda é um impulso desarvorado. Daí vc chora, se arrepende e quase sempre é tarde. Não quero mais isso pra mim, não quero mais dor nem sofrimento. Mas eles me querem! Porque tá tudo bem, mas dentro de mim não tá tudo bem! Um turbilhão tá remexendo tudo aqui e não me deixa curtir as coisas mais simples e mais legais da vida. Eu tô sempre pensando, pensando... E esqueço de viver. Ou melhor, não sei se quero. Merda. É sempre assim. Aquela coisa do ideal romântico, de quem só gosta do utópico, de ser eternamente sofredor pelo que nunca vai estar ao alcance. E perde a graça se por algum motivo se torna possível. Eu ia dizer que comigo não era assim, mas pensando bem.... Argh. Acho que eu mesma vou tomar providências quanto a mim. Isso deve ser genetico. Sangue ruim.

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