quarta-feira, julho 25, 2007

.aleatoriamente, zapeando no controle remoto já que a novela acabou mais cedo, dia de jogo. programa sobre a trajetória do smashing pumpkins na tv, pá, adoro smashing pumpkins, de uma época em que não se fazia downloads de qualquer coisa (aliás, de nada) pelo computador. lembro que era difícil achar os álbuns nas lojas. lançamentos então, impossível. pouca coisa saía com versão brazuca, e o jeito era importar ou catar na modern sound o álbum importado caríssimo. já fiz muito isso, torrava o salário todo em cds. depois descobri a pedro lessa, e a vida mudou com a baixa do dólar e os álbuns mais em conta, já lançados aqui, mesmo que tempos depois. quando internet já era algo menos alienígena e o napster existia nas casas, mesmo que em conexão discada que caía direto (e vc tinha que catar a música e começar a baixar novamente), o lance era ver na bizz e em revistas importadas o que rolava mundo afora e buscar nessa revolucionária máquina de trazer o mundo aos nossos pés... mas era complexo, difícil, demorado, não existia google. lembro de ter pago por cds piratas downloadeados, com capinha bonitinha, igual a original, coisa impensável hoje em dia. e lembro do colega de escola, segundo grau, 95, 96, que conseguia, sabe deus onde (acho que naquelas lojas de rock tão comuns em galerias na época. lojas sem franquias, sem filiais) bootlegs sensacionais de bandas de rock fodonas, que mudavam nossos recreios, que nos fazia matar aula pra ficar de papo ou ouvindo música na casa de alguém. o tal colega tinha vários piratas dos 'abóboras amassadas', e era uma das bandas favoritas. o amigo de sp também falava tanto daquele som, fazia air guitar imitando billy corgan, éramos adolescentes, felizes e empolgados com as descobertas musicais. não havia uma banda nova e revolucionária por semana, não tinha como uma imagem se difundir tão rapidamente. a gente tinha tempo de conhecer, degustar, a gente tinha tempo de descobrir do que gostava. hoje as pessoas gostam de tudo mesmo mal tendo tempo de ouvir e acompanhar tamanha frivolidade musical. se você trabalha o dia todo, 5x na semana e tem um mínimo de vida social, além de dormir, creio ser impossível acompanhar tamanha rotatividade. o lance então é citar nomes lidos nos NME's da vida, só pra se fazer atual. bah.
não, não reclamo por, meros 12 anos depois, tudo ser tão mais rápido e instantâneo. é fantástico. mas é maravilhosamente confuso como tudo mudou tanto em tão pouco tempo, como as novas crianças já conhecem um mundo totalmente novo e que, o passado de apenas dez anos atrás é impensável para eles hoje. crianças chegam a me achar velha (isso é hilário - crianças não têm noção de idade, tempo) por ter vivido coisas tão díspares. mas o fato é que sou muito nova pra tantas mudanças. me adequei a elas, mas quando a gente para pra pensar, é um tanto surreal.

passei anos levantando diariamente com o despertador do aparelho de som

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