sexta-feira, julho 27, 2007

um absurdo o jornal mais vendido por essas bandas fazer matérias discaradamente
tendenciosas, coisa que qualquer um de bom senso sabe que pega mal, além de ser super
discutido nas aulas de ética da faculdade. e eis que hoje saiu uma matéria de página inteira sobre o aumento de passageiros nas viagens rodoviárias por conta da crise aérea gerada sabe deus pq motivo (controladores de vôo?) e pelo medo de voar depois do acidente assustador com o avião da tam. o espaço aéreo nacional realmente não oferece a menor segurança, e os nossos governantes são constrangedoramente trapalhões, ninguém diz coisa com coisa, nego some, quando aparece só se desculpa, e fica tudo por isso mesmo, uma vergonha pra população que está de mãos atadas e nada pode fazer de concreto.

digressiono, sempre, mas o lance do jornal foi sair a tal matéria falando de viagens rodoviárias, com legendas de fotos julgando passageiros como entediados, e alegando que o único momento em que se pode comer é na única parada, tudo enfatizando como o trecho da
estrada é longo, como é horrível e transtornante ter de ir para sp por seis longas horas
que, ainda assim, podem ser mais garantidas que a espera eterna nos aeroportos. não estou
questionando qual é a forma de viagem melhor e mais agradável, e sim o fato do jornal/jornalista levar o leitor a pensar o que ele quer que pense, induzindo, manipulando o texto. pega mal, e é o que mais se vê por aí, veículos de direita (e os de esquerda também, não se enganem), usando o texto para fazer política, qualquer que seja o assunto.

-x-

... sou apaixonada pelo dapieve, amo, adoro, leio há uns quinze anos. cheguei inclusive, a
fazer coleção da coluna dele no caderno b do jornal do brasil, há trocentos anos atrás. pena que os recortes provavelmente se perderam em alguma mudança. guardo também outras dezenas de pedaços de jornal da coluna de o globo, mas essas também se foram com as idas e vindas entre lares. minha mãe sempre disse que tenho toc (sim, o transtorno) e que meu quarto e meus armários eram alimento para ácaros e cupins, já que tenho verdadeira compulsão por acumular revistas e partes de jornal com assuntos que me interessem. só que, com pouco espaço, ficou inviável a tal coleção.

lembro de um texto do dapi sobre hedwig, na época em que o filme passou por aqui no festival (ou teria sido antes disso o texto?). ele comentava que haviam dois álbuns lançados lá fora com a trilha, o da versão da peça da broadway, e o do filme, mas ambos não haviam saído lançados por aqui. o texto era magnífico, descrevia com emoção o trecho da música 'the origin of love', a minha favorita por sinal.

lembro também da coluna boboca sobre a juventude dele em copacabana onde descrevia o
sanduíche do bob's, e uma das coisas que mais gosto é isso, ele consegue entreter falando de qualquer amenidade, sem ficar chato, pelo contrário... não guento quando o cara desanda a falar do botafogo, e já mandei email falando disso, mas discordo do leitor que reclamou
quando dapi fala de bandas novas, porque adoro. só ele consegue dizer que descobriu tal som e adora tal banda sem soar pedante e indie, aqueles que teimam em se acharem os
descobridores de tudo, e que menosprezam quem não age da mesma forma e não conhece as mesmas coisas. dapi é ético, não puxa o saco, e não se acha. mil pontos pra ele.
e a coluna de hoje tá ótema, engraçada, e fala de... amenidades, o doze piscante do relógio do video cassete quando falta luz. é um dom, fazer uma coluna com um assunto tão dã. sou fã.

-x-

... da responsável pela agência de turismo aqui do trabalho: TAM - transporte aéreo da
morte. faz todo sentido.

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